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Estado liberal

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Estado liberal:
Na monarquia absolutista, não havia princípio da legalidade, o rei determinava o conteúdo da lei. Com a revolução Francesa, houve uma congregação daqueles que não eram privilegiados (artesãos, burguesia), ou seja o terceiro Estado congregou o primeiro e o segundo Estado. A burguesia assume a ideologia do movimento, fazendo da liberdade o princípio mais importante. Não há intervencionismo do Estado, a burguesia então expandiu seus interesses econômicos, havendo uma opressão ao povo, os submetendo a jornadas extenuantes de trabalho e outros abusos.
Estado social:
No Estado social existe um intervencionismo. O Estado social veio em decorrência da cobrança do povo para que ele tivesse um papel mais positivo, que garantisse direitos sociais, há portanto, uma expansão do seu papel, prestativo, intervencionista. E seu principal elemento é a igualdade.,
Considerando o texto “Constituições econômicas no século XX e a constituição econômica brasileira contemporânea: o estado de exceção permanente no Brasil”, (FALLER, Maria Helena Ferreira; BALTHAZAR, Ubaldo Cesar; constituições econômicas no século XX e a constituição econômica brasileira contemporânea: o estado de exceção permanente no Brasil. Revista de Direitos Fundamentais e Democracia, Curitiba, v.10, n.10, p. 369), discorra sobre a Constituição Econômica Brasileira,  abordando necessariamente, os conceitos de constituição dirigente, constituição econômica e o que os autores consideram como “estado de exceção permanente” Constituição economica se concretiza como a forma em que o direito se relaciona com a economia, estabelecendo os principios e regras, informadores das normas que regerão as relações economicas, e existe em todos os sistemas juridicos economicos. As lições do professor Manuel Afonso Vaz, ¨a constituição economica tem pois uma parte da constiruição politica, e o seu objeto não se confunde com a ordenação total, global e acabada da sociedade. A constituição economica não se pode separar da democracia nem das exigencias de um estado de direito.¨ "Compete a ela definir o ordenamento essencial da atividade econômica desenvolvida pelo poder público e privado. É ela quem determina o que pode ou não pode ser feito no âmbito da atividade financeira.
A constituição dirigente se caracteriza por conter normas definidoras de tarefas e programas de ação a serem concretizados pelos poderes públicos. As constituições dirigentes tem como traço comum a tendência, em maior ou menor medida, a serem uma constituição totoal.
A carta magna de 1988 é um exemplo de constituição dirigente, pois consagra inumeras normas programaticas, como por exemplo, as que estabelecem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, previsto no Artigo 3, in verbis.
Artigo 3. Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária.;
II - garantir o desenvolvimento nacional;   
III - erradicar a pobreza e a amrginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos sem preconceitos de origem, ração, cor sexo, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
O conceito de Estado de exceção tem origem juridica precisa e aponta para um fenomeno social muito especifico: a suspensão do estado de Direito através do direito. A idéia geral de exceção é que é preciso suspender a constituição em momentos de crise e que, portanto tal suspensão deve ser legal, apesar de onconstitucional ( o que, obviamente. é um contracensso, mais um entre muitos dos que são necessários para o funcionamento dessa máquina de moer gente que é o capitalismo).       
1. O QUE É INTERVENÇÃO DIRETA ?
Segundo o professor Giovani Clark (2001):
“A intervenção direta é realizada quando o Estado cria as chamadas empresas estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista) para atuarem no domínio econômico, como agentes, concorrendo com os particulares ou detendo o monopólio; ou, ainda, quando o Estado cria as agências reguladoras para regularem e fiscalizarem serviços e atividades econômicas. Essa modalidade de intervenção pode ser também denominada Direito Institucional Econômico.” (CLARK, 2001, p. 33)
O Estado só pode intervir diretamente quando houver ameaça à segurança nacional ou ao interesse coletivo e precisa atender a algumas condições essenciais, dentre as quais se destacam:
“a) Não deve haver forma empresarial específica para o Estado, devendo-se observar aquelas previstas em lei (art. 173, § 1º, CR/88);
b) As empresas estatais só podem assumir duas formas, a de empresa pública ou a de sociedade de economia mista;
c) O Estado, atuando como empresa pública ou sociedade de economia mista, não pode ter benefícios fiscais que não tenham sido concedidos ao setor privado concorrente (art. 173, § 2º, CR/88);
d) Como sociedade de economia mista, o Estado deve necessariamente abrir seu capital.”
Ao versar sobre a intervenção direta no domínio econômico, é possível verificar que o estado pode seguir dois modelos de atuação: o de Regulador e o de Executor.
1.1. Estado Regulador: Quando o Estado age como Regulador, segundo José dos Santos Carvalho Filho, ele elabora normas, reprime abusos, interfere na iniciativa privada e regula preços e abastecimento. Estado pode intervir de forma direta na ordem econômica, só podendo fazê-lo em nome da segurança nacional e do interesse coletivo para que não venha a ferir princípios constitucionais como o da liberdade de iniciativa. Atuando como regulador o Estado impõe normas e mecanismos com o intuito de punir e/ou prevenir condutas abusivas que possam vir a prejudicar a harmonia social.
1.2. Estado Executor: Ao atuar como executor o Estado exerce atividade econômica. Há uma intervenção direta na economia na qualidade de Estado Empresário. Enquanto executor o Estado realiza atividades econômicas (estritamente) ou presta algum serviço público, comprometendo-se plenamente com alguma forma de atividade dentro das duas categorias apresentadas.
2. A INTERVENÇÃO INDIRETA: As formas mais comuns de intervenção estatal indireta se manifestam nas modalidades de regulamentação, fiscalização, incentivo e planejamento da atividade econômica. A intervenção direta é regulada pelo artigo 174 da Constituição Federal:
"Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
§ 1º A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento.
§ 2º A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.
§ 3º O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.
§ 4º As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade na autorização ou concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam atuando, e naquelas fixadas de acordo com o art. 21, XXV, na forma da lei." (BRASIL, 1988).
A fiscalização ocorre no momento em que o Estado faz uso de seu poder para fiscalizar as práticas econômicas, garantir que as normas vigentes sejam obedecidas pelos agentes econômicos e, caso seja necessário, punir os transgressores.
O incentivo normalmente se dá por meio da cessão de créditos e benefícios fiscais.
A regulamentação se dá pela intervenção do Estado com o objetivo de implementar políticas que promovem os valores sociais e os direitos fundamentais.
Por fim, o planejamento. É a forma escolhida pelo Estado para se organizar economicamente e perseguir objetivos diversos no mercado econômico. Dá-se através de planos econômicos e tabelamento de preços. 
Um exemplo de intervenção indireta ocorre quando o Estado atua por intermédio de suas autarquias e agênciasreguladoras, que visam a proteção dos princípios trazidos pela Constituição Federal, criando a oportunidade para a concretização efetiva.
De fato, não se exige lei em cada caso para estimular e apoiar a iniciativa privada na organização e exploração da atividade econômica, como também não é mediante lei que se limitam atividades econômicas. Essas intervenções todas se realizam mediante ato administrativo, embora não possam se efetivar senão de acordo com previsão legal. As limitações sim, como ingerência disciplinadora, constituem formas de intervenção por via de regulamentação legal, mas o fomento nem sempre demanda lei, tal a implantação de infraestrutura, a concessão de financiamento por instituições oficiais, o apoio tecnológico. A repressão do abuso do poder econômico é uma das formas mais drásticas de intervenção no domínio econômico e, no entanto, não é feita mediante lei, mas por ato administrativo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), embora sempre nos termos da lei (Lei 8.884/94), no que se atende ao princípio da legalidade.”

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