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ESTUDO DAS TIPOLOGIAS DE TELHADOS SUSTENTÁVEIS

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1 
 
ESTUDO DAS TIPOLOGIAS DE TELHADOS SUSTENTÁVEIS 
Leticia Mascarello 
Universidade Tecnológica Federal do Paraná/Brasil 
leticia.mascarello@hotmail.it 
 
Luana Caroline Schneider 
Universidade Tecnológica Federal do Paraná/Brasil 
luanacschneider@hotmail.com 
 
 
RESUMO 
 
Frente aos inúmeros impactos ambientais causados por ações humanas nas últimas décadas, o ramo 
da construção civil tem criado alternativas a fim de minimizá-los, e dentre elas, está o 
desenvolvimento de telhados sustentáveis, enfoque do presente artigo. Assim, ele tem como objetivo 
analisar os tipos de telhados sustentáveis existentes e fazer um comparativo entre eles, entendendo 
seu funcionamento, vantagens e desvantagens de cada um, assim como seus valores de aplicação e 
manutenção. Para tanto, o método utilizado se constitui em diversas pesquisas bibliográficas feitas 
nos meios eletrônicos. Uma análise comparativa demonstra que existem aspectos distintos a serem 
observados por cada tipo de usuário, carecendo um estudo no orçamento de cada um. Por fim, 
analisando todos os aspectos vistos no decorrer do trabalho, pode-se avaliar qual o tipo de telhado 
mais viável. 
 
Palavras-chaves:​ telhado; sustentabilidade; construção. 
 
1. INTRODUÇÃO 
Com os inúmeros poluentes emitidos nos últimos séculos desde a 
Revolução Industrial, fez-se necessário consolidar meios para minimizar os impactos 
destes materiais. Reconhecidamente, a área da construção civil tem ganhado 
destaque na preocupação e concretização de projetos sustentáveis, visto que é o 
setor que mais gera problemas no que diz respeito ao meio ambiente, de acordo 
com o Conselho Internacional da Construção (CIB). 
Dentre esses projetos, desenvolveram-se telhados cujo objetivo é reduzir os 
transtornos ambientais. Para se determinar o tipo de telhado mais viável, muitos 
aspectos devem ser considerados, tais como o tempo de duração, a resistência à 
desastres naturais, o peso da estrutura, sua inclinação, aparência (se possui um 
visual que complementa o estilo da edificação), os tipos de materiais utilizados (eco 
amigáveis, reciclados), tipo de cobertura (observar se é permitida por códigos de 
construção locais), e seu custo, fator muitas vezes determinante na escolha de uma 
cobertura. 
Por meio desses aspectos, além de analisar demais características, foi 
desenvolvido o artigo, baseado em pesquisas bibliográficas. Ele foi dividido em 
2 
 
capítulos e sub-capítulos, cujos conteúdos, de modo geral, são: o capítulo 2 consiste 
na fundamentação teórica, dividida, respectivamente, em tipos de coberturas 
sustentáveis, vantagens e desvantagens, custos de aplicação e manutenção, e um 
comparativo dos telhados sustentáveis com os convencionais. Em seguida, no 
capítulo 3, se encontram os métodos utilizados e a metodologia. Já no capítulo 4, se 
apresenta a análise dos dados e resultados, levando em conta todos os dados 
apresentados e discorridos no artigo. Por fim, os capítulos 5 e 6 se constituem a 
conclusão e as referências, respectivamente. 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
2.1. Tipos de coberturas sustentáveis 
Como já debatido na introdução, alternativas sustentáveis vêm sendo 
desenvolvidas e aplicadas a fim de atenuar os problemas ambientais, os quais foram 
ocasionados pelo uso desenfreado e irresponsável de recursos ambientais nas 
últimas décadas. Dentre esses recursos, está a expansão dos tipos de coberturas 
possíveis a uma edificação. Além dos tradicionais, foram desenvolvidos telhados que 
favorecessem o meio ambiente de alguma forma, tais como: o telhado ecológico, 
branco, verde, e o reciclado, tipologias foco do nosso artigo. A seguir, descreve-se 
cada telhado, assim como suas aplicações e especificações. 
2.1.1. Telhado ecológico 
O telhado ecológico se caracteriza como telhas produzidas a partir de fibras 
naturais ou de materiais reciclados, e por conta das inúmeras opções, existem 
diversas tipologias distintas de telhas ecológicas, constituídas de materiais 
diferentes, com dimensões, formatos, design e densidades diversos. Dentre elas, 
estão: 
● aquelas desenvolvidas a partir de fibras vegetais, impregnadas de 
betume, pigmentadas e com uma camada de resina protetora. Esse 
material pode ser mais leve ou mais pesado que a telha de barro 
convencional, dependendo do fabricante. Quando implantada em 
3 
 
edificações localizadas em lugares úmidos, indica-se o uso de uma 
manta térmica ou forro para evitar a condensação da água na face 
interna da telha. A cor da telha pode ser alterada por meio de pinturas 
à base de água; 
● as constituídas de papel, asfalto ou resina, que conferem proteção 
dos raios UV e evita a descamação da sua superfície. Ela possui uma 
boa resistência às cargas dinâmicas, como chuvas de granizo. 
Na perspectiva ambiental, esses telhados são uma alternativa viável. São 
resistentes, leves, e possuem vários atrativos ecológicos, além de não absorver 
água, ter alta flexibilidade, não haver riscos de aparecimento de mofo, possuir 
resistência ao fogo, ser semi-acústica e 100% reciclável. 
2.1.2. Telhado branco 
Esse tipo de telhado pode ser feito a partir de telhas compradas brancas de 
fábrica, ou mesmo pintando o telhado já existente. Caso o telhado for pintado, 
deve-se tomar cuidado como o tipo de tinta empregado na pintura, já que é 
imprescindível que ela seja de boa qualidade e adequada ao uso. Tintas que não 
forem apropriadas estão suscetíveis ao aparecimento de fungos, e por conta disso, 
necessitam de frequente manutenção, deixando de se comportar adequadamente 
como uma cobertura sustentável. 
No que diz respeito à redução da temperatura interna dos ambientes, o 
telhado branco é uma opção viável, de baixo custo e de considerável praticidade. O 
telhado de cor clara possui uma grande capacidade reflexiva, o que ajuda a impedir 
o ganho de calor pela radiação solar, melhorando o conforto térmico dentro das 
edificações em até 6ºC. Desse modo, o consumo de energia com ar-condicionado e 
ventiladores é reduzido, gerando significativa economia de energia elétrica. Essa 
cobertura também auxilia na redução da temperatura média da área urbana onde se 
localiza, visto que não cria superfícies quentes, diminuindo, assim, as ilhas de calor. 
Como citado em uma publicação da Gazeta do Povo (2016), estudos feitos 
pelo pesquisador Akbari Hashem, do Lawrence Berkley National Laboratory, nos 
Estados Unidos, comprovaram que a utilização do telhado branco pode reduzir entre 
4 
 
40% a 70% da temperatura nos ambientes. Além disso, sua capacidade refletora 
está em uma média de 80% dos raios solares, e até 96% dos raios UV. 
2.1.3. Telhado verde 
Esse tipo de telhado é baseado em um método construtivo que se 
caracteriza pela cobertura vegetal feita sobre o edifício fazendo uso de grama e/ou 
plantas. Geralmente instalado em lajes e telhados convencionais, esse recurso 
consiste na colocação de camadas de impermeabilização e de drenagemsobre a 
cobertura em questão, as quais irão receber o solo e a vegetação indicada para o 
projeto. 
Além de fornecer uma beleza estética, esse recurso também age como 
isolante térmico. Para os munícipios, são contados como área vegetada, o que 
contribui para melhorar a qualidade do ar e minimizar o efeito das ilhas de calor. 
Além disso, regula a drenagem de águas pluviais de forma mais acentuada do que 
outros sistemas de captação, assim como também absorve o dióxido de carbono e 
produz oxigênio. 
No entanto, esse tipo de revestimento também possui algumas 
desvantagens. Uma delas é o seu maior custo, sendo em média 50% mais caro que 
os telhados convencionais, e no caso de uma instalação mal feita, vazamentos 
podem ocorrer. 
Quanto à classificação, existem dois tipos de telhado verde: o intensivo e o 
extensivo. O i​ntensivo (ou semi) é um tipo de cobertura mais espessa que suporta 
uma maior variedade de plantas. Com isso, ela se torna mais pesada e exige uma 
maior manutenção. Sua espessura mínima de instalação é de 20 cm. São 
necessárias que considerações nos cálculos estruturais sejam feitas de maneira 
cuidadosa, pois nos edifícios em concreto armado, no Brasil, a carga média é de 
300kg/m². Já o extensivo é mais fino e leve que o anteriormente citado, possuindo 
um valor máximo de 8cm de espessura e coberta tipicamente com forração. É mais 
viável financeiramente, no entanto, não suporta tanta carga de águas pluviais. 
2.1.4. Telhado Reciclado 
5 
 
Algumas empresas, preocupadas com o meio ambiente, realizam a 
reciclagem de materiais que seriam descartados para criar novos produtos. Materiais 
como o vidro, o plástico, papelão, até mesmo tubos de pasta de dente são reciclados 
cada vez mais, e uma de suas reutilizações é na fabricação de telhas. 
As telhas fabricadas a partir dos tubos se caracterizam por serem 
impermeáveis e resistentes. Assim como o telhado branco, amenizam o calor interno 
dos ambientes, visto que possui alumínio em sua composição, refletindo os feixes 
solares. Além disso, são consideravelmente mais leves (de acordo com Voitille 
(2012), reduzem o peso da cobertura em até 80%), dispensando o uso de estruturas 
reforçadas. Por conta dessas características, os gastos com estrutura e com mantas 
isolantes térmicas são relativamente baixos. 
Dessa forma, esse tipo de material contribui na eficiência térmica do edifício, 
além de contribuir para que uma quantidade menor de lixo seja liberada no meio 
ambiente, diminuindo a contaminação de solos, nascentes, e da atmosfera. 
2.2. ​Vantagens e desvantagens 
2.2.1. Telhado ecológico 
● Possui fácil manuseio e instalação: tanto seu estoque quanto seu transporte 
são relativamente fáceis (pois a telha é flexível), fato que reduz o número de 
fraturas ou perda de material. Ainda assim, é recomendado que a 
mão-de-obra seja qualificada para melhores resultados. 
● Economia de tempo e de material: em sua maioria, é mais leve que a telha 
tradicional, reduzindo os custos da construção por emanar uma estrutura 
menos reforçada. É de suma importância destacar que o planejamento é 
crucial para a redução dos custos, sendo assim, o desenvolvimento de um 
bom projeto arquitetônico e estrutural é essencial, decidindo quais materiais 
serão utilizados antes do início da obra. 
● É um material resistente e flexível frente a fenômenos naturas, por exemplo, 
como as chuvas de granizo; 
● Grande parte não propaga chamas. 
● São melhores absorventes de água que as telhas comuns, evitando a 
proliferação de limo. 
6 
 
● Promovem o conforto térmico: Alguns tipos ajudam a criar um ambiente 
interno mais confortável térmica e acusticamente. 
● Sustentabilidade: geralmente são produzidas com fibras e resinas, materiais 
reciclados e não contém elementos tóxicos. 
● Valor: o custo das telhas ecológicas é muito semelhante ao da convencional 
(cerca de 10% a mais). Considerando o conjunto (estrutura e tempo de 
mão-de-obra), seu valor pode ser inferior. 
2.2.2. Telhado branco 
Dentre as vantagens mais relevantes, pode-se listar as seguintes: 
● Redução das ilhas de calor: a ilha de calor é um fenômeno climático cuja 
principal característica é a elevação da temperatura, e isso ocorre 
principalmente nas cidades com elevado grau de urbanização. Nesses locais, 
a temperatura pode variar de 1 a 6ºC a mais em comparação às áreas rurais. 
Nessa perspectiva, o telhado branco foi desenvolvido com a finalidade de 
diminuir esse aumento considerável na temperatura por meio da reflexão dos 
raios solares, o que ajuda a impedir o aquecimento mediante a radiação solar. 
● Diminuição da emissão de CO​2​: indiretamente, a utilização do telhado branco 
contribui para a redução da emissão desse poluente, visto que o processo de 
fabricação das telhas convencionais consome oxigênio e libera dióxido de 
carbono na atmosfera, substância responsável pelas chuvas ácidas e o efeito 
estufa. De acordo com uma publicação no site 2 Quartos, a substituição de 93 
m​2 de telhado tradicional pelo branco resultaria em um deslocamento de 10 
toneladas por ano de CO​2​ equivalente. 
● Redução no consumo de energia em períodos quentes: por meio do telhado 
branco, os ambientes ficam menos quentes, e assim, há uma necessidade 
menor do uso de sistemas de ar condicionado e ventiladores. Como já citado 
anteriormente, estudos comprovaram que a utilização do telhado branco pode 
reduzir entre 40% a 70% da temperatura nos ambientes. 
● Aumento da vida útil do telhado: com o uso de tintas adequadas, o telhado 
branco impede a deformação e rachaduras devido o calor; evita a proliferação 
de fungos; e cria uma camada extra de proteção contra o tempo. Dessa 
7 
 
forma, a manutenção pode ser feita entre intervalos de tempo superiores aos 
tradicionais: normalmente, a cada 5 anos. 
Porém, existem desvantagens, tais como: 
● Consumo alto de energia em períodos frios: enquanto o telhado branco 
proporciona maior comodidade térmica nos ambientes em temporadas 
quentes, em controvérsia ela gera um gasto maior quando está frio. De 
acordo com uma publicação de Spors (2012), estudos feitos por cientistas 
afirmam que esse tipo de telhado aumenta os custos de aquecimento mais do 
que conserva-los nas estações quentes. 
● Aquecimento global: Ainda em relação ao que defende Spors (2012), em sua 
publicação ela afirma que um estudo feito por Stanford, publicado em 2011, 
descobriu que o calor que está sendo refletido a partir de telhados brancos 
pode reduzir o calor nas cidades, mas realmente pode exacerbar a mudança 
climática na atmosfera. Quando a luz solar é refletida pelo telhado branco, ela 
volta às regiões de ar acima da habitada pelos seres humanos, onde é 
absorvida por partículas escuras e poluição do ar. Assim, há absorção de 
mais calor e mais emissões, contribuindo para a acentuação do aquecimento 
global. 
2.2.3. Telhadoverde 
Dentre as vantagens observadas, as principais são: 
● A vegetação presente no telhado auxilia na drenagem da água, reduzindo a 
necessidade de escoamento de água e de sistemas de esgoto. 
● A vegetação também é capaz de reduzir ruídos urbanos e tornar mais amena 
a temperatura interna das edificações, tornando o ambiente mais agradável. 
Dessa forma, gera-se uma economia de energia. 
● Os locais com esse tipo de telhado adquirem uma aparência mais elegante e 
requintada. 
● Os imóveis que recebem o projeto do telhado verde tendem a ser mais 
valorizados no mercado, devido aos benefícios trazidos por eles. 
8 
 
● A instalação desse tipo de telhado colabora com a sociedade​, ​uma vez que 
leva a vegetação para ambientes urbanos, trazendo inúmeras melhorias para 
o dia a dia dos indivíduos. 
No entanto, também existem desvantagens em sua aplicação: 
● Necessita de frequentes manutenções para manter sua estrutura saudável e 
bonita. 
● O projeto inicial pode ter um alto custo de instalação. 
● A vegetação possui diversas restrições quanto à estrutura, temperaturas e 
outras características ambientais que podem impossibilitar o projeto. 
● Um projeto de telhado verde é complexo e necessita de mão de obra 
especializada, pois envolve diversos aspectos de um imóvel. 
● No caso de não receber manutenção, o surgimento de pragas urbanas pode 
acontecer no telhado e seus benefícios tornam-se quase inválidos. 
● O retorno financeiro leva um tempo considerável para ser viável. 
 
2.2.4. Telhado reciclado 
● Ajuda a reciclar um número maior de materiais, diminuindo o lixo produzido. 
● Confere um bom conforto térmico ao edifício, visto que possui poder refletivo. 
2.3. Custos de aplicação e manutenção dos telhados 
Neste capítulo, serão apresentados os custos médios de aplicação e 
manutenção das coberturas sustentáveis mencionadas nos capítulos anteriores, 
para que se possa compará-las e analisá-las a fim de classificar aquela mais viável 
nos termos avaliados no decorrer do artigo. 
Em relação ao telhado ecológico, seu custo pode ser 10% mais caro que as 
telhas de cerâmica. No entanto, por necessitarem de uma estrutura de sustentação 
menos efetiva, se torna mais barata. 
Segundo publicações acerca do telhado branco, no site eletrônico 2 Quartos, 
os gastos dos materiais necessários a se construí-lo, no Brasil, são relativamente 
variados. No que diz respeito aos telhados mais econômicos a se pintar, aqueles de 
telhas de metal possuem superfícies mais regulares. Os preços para telhas de 
9 
 
cerâmica ou feitas de material similar, cujo telhado se constitui por várias delas, 
pode se tornar elevado, principalmente no preparo da superfície para a pintura. 
Ainda em relação às pesquisas realizadas pelo site mencionado, o preço 
base para um telhado branco de 40 m​2 é estimado em R$500,00, incluindo a tinta, 
processo de lixamento do telhado, primer (camada que prepara a superfície para 
receber a tinta) e as ferramentas de pintura. Caso o telhado que será aplicada a tinta 
estiver danificado ou há a necessidade de uma limpeza química por conta da ação 
do tempo, esse valor aumenta cerca de 30%. Além disso, na condição de 
contratação de mão de obra, estima-se um valor entre R$50,00 e R$100,00 por m​2 
de cobertura. 
O preço cobrado para a colocação do telhado verde depende do tipo de 
sistema escolhido, do projeto e também da localidade. Ele varia entre R$170,00 e 
R$250,00 por m​2​. Porém, na região de Toledo, esses tipos de telhados são difíceis 
de se encontrar, e seu custo é muito elevado por conta da baixa procura. 
Por fim, o valor do m​2​ de telhado reciclado está em torno de R$45,00. 
2.4. Comparativo com os telhados convencionais 
Como demonstrado no tópico anterior, cada tipo de telhado possui um valor 
diferente de implantação, e quando comparados com os telhados convencionais 
(telhas onduladas, cerca de R$ 30,00), é possível ter uma noção dos custos de cada 
um dos tipos de telhado. 
Nota-se que todos os telhados são mais caros que os convencionais. O que 
mais se aproxima de seu valor é o telhado reciclado, tendo um acréscimo de 50%, 
possibilitando sua aplicação em residências onde os moradores não possuem um 
montante tão grande a ser investido, mas desejam ajudar o meio ambiente. 
3. METODOLOGIA/ MÉTODOS ADOTADOS 
A pesquisa desenvolvida foi de natureza básica, uma vez que por meio de 
levantamento bibliográfico realizou-se uma análise documental de abordagem 
qualitativa e quantitativa. 
O universo de pesquisa teve como enfoque a tipologia das coberturas 
sustentáveis em edificações. Quanto à amostragem, foram apresentados os custos e 
10 
 
a forma de produção e aplicação das coberturas verdes, brancas, recicladas e 
ecológicas. Por meio dessas informações, foi feito um comparativo entre todos os 
telhados para constatar qual o mais viável para cada tipologia de usuário. 
Em relação ao instrumento de coleta, o desenvolvimento do trabalho se deu 
por meio de pesquisas bibliográficas em trabalhos científicos como artigos, 
dissertações, teses, estudos, sites online e publicações com informações pertinentes 
ao tema. 
4. ANÁLISE DE DADOS E RESULTADOS 
Analisando a longo prazo, o telhado ecológico e o verde são investimento 
que vão dar retorno ao longo do tempo, pois auxiliam a obter um bom conforto 
térmico, além de aumentar a economia de luz. Quando se refere ao verde, também 
há uma considerável economia de água. 
Já quando a análise é feita em telhados brancos e reciclados, o retorno do 
investimento é alcançado em um curto período de tempo, visto que oferece maior 
conforto térmico, economia de luz e custos extremamente baixos com a manutenção 
dos telhado. 
5. CONCLUSÃO 
A partir da análise dos dados, torna-se evidente que os telhados com retorno 
a longo prazo são boas opções, no entanto não darão um retorno financeiro tão 
rapidamente. Dessa forma, a ideia inicial se consiste apenas em ajudar o meio 
ambiente, não tendo enorme preocupação com valores. Uma dessas opções é o 
verde. 
No entanto, se a busca pelos telhados sustentáveis forem além de ajudar o 
meio ambiente, que forneça um rápido retorno financeiro, o telhado branco e o 
reciclável são, sem dúvidas, os melhores. O de menor valor de aquisição e reparos é 
o reciclado, tornando-se assim, o mais viável. 
6. REFERÊNCIAS 
ABRE. ​Reciclagem avança com parcerias​. Disponível em: 
<http://www.abre.org.br/noticias/reciclagem-avanca-com-parcerias/>. Acesso em: 18 
11 
 
nov. 2017. 
ABRE. ​Empreendedor fatura r$ 12 milhões vendendo telhas de plástico 
reciclado. Disponível em: 
<http://www.abre.org.br/noticias/empreendedor-fatura-r-12-milhoes-vendendo-telhas-
de-plastico-reciclado/>. Acesso em: 18 nov. 2017. 
CHASE CONSTRUCTION NORTH WEST. ​Advantages and disadvantages of 
white roofs​. Disponível em: 
<http://www.waroofingcontractor.com/kent-roofing/advantages-and-disadvantages-of-
white-roofs.html>. Acesso em: 20 nov. 2017. 
CLIQUE ARQUITETURA. ​Telhas ecológicas​. Disponível em:<http://www.cliquearquitetura.com.br/artigo/telhas-ecologicas.html>. Acesso em: 19 
nov. 2017. 
DOMOSOLAR. ​O que é um painel fotovoltaico?. Disponível em: 
<http://www.domosolar.net/domotica/o-que-e-um-painel-fotovoltaico/>. Acesso em: 
18 nov. 2017. 
ECOCASA. ​Telhado verde​. Disponível em: 
<http://www.ecocasa.com.br/telhados-verdes>. Acesso em: 31 out. 2017. 
ECODHOME. ​Coberturas sustentáveis​. Disponível em: 
<http://www.ecodhome.com.br/blog/coberturas-sustentaveis/>. Acesso em: 31 out. 
2017. 
ECOEFICIENTES. ​O que é e como fazer um telhado verde​. Disponível em: 
<http://www.ecoeficientes.com.br/o-que-e-e-como-fazer-um-telhado-verde/>. Acesso 
em: 31 out. 2017. 
ECOTELHADO. ​Arquitetura sustentável e seus pormenores​. Disponível em: 
<https://ecotelhado.com/arquitetura-sustentavel-e-seus-pormenores/>. Acesso em: 
12 
 
31 out. 2017. 
ECOTELHADO. ​O importante é ter o menor impacto possível!​. Disponível em: 
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2017. 
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13 
 
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SUSTENTARQUI. ​Vantagens e desvantagens de um telhado verde​. Disponível 
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14 
 
<http://sustentarqui.com.br/dicas/vantagens-e-desvantagens-de-um-telhado-verde/>. 
Acesso em: 31 out. 2017. 
ZAP EM CASA. ​Telhado verde: conheça mais sobre o sistema que diminui 
custos e ajuda o meio ambiente. Disponível em: 
<https://revista.zapimoveis.com.br/telhado-verde-conheca-mais-sobre-o-sistema-que
-diminui-custos-e-ajuda-o-meio-ambiente/>. Acesso em: 21 nov. 2017 
2030STUDIO. ​Telhado verde: uma opção sustentável?​. Disponível em: 
<http://2030studio.com/telhado-verde-uma-opcao-sustentavel/>. Acesso em: 31 out. 
2017. 
2 QUARTOS. ​Pintar o telhado de branco é uma boa ideia?​. Disponível em: 
<https://www.2quartos.com/pintar-telhado-branco-boa-ideia/>. Acesso em: 20 nov. 
2017.

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