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SEMI Estrutura e Analise Dem Fin 04

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Estrutura e Análise das 
Demonstrações Financeiras
Autor: Vinícius Fernandes Inácio
Tema 04
Análise pelo Método Dupont e Termômetro 
de Insolvência: Modelo de Stephen Kanitz; 
Modelo de Roberto Elizabetsky
seç
ões
2 3
Tema 04
Análise pelo Método Dupont e Termômetro de 
Insolvência: Modelo de Stephen Kanitz; Modelo 
de Roberto Elizabetsky
Como citar este material:
INÁCIO, Vinícius Fernandes. Estrutura e Análise 
das Demonstrações Financeiras: Análise pelo 
Método Dupont e Termômetro de Insolvência: 
Modelo de Stephen Kanitz; Modelo de Roberto 
Elizabetsky. Caderno de Atividades. Valinhos: 
Anhanguera Educacional, 2018. 
Seções
2 3
Seções
LEITURAOBRIGATÓRIA
FINALIZANDO
REFERÊNCIAS
GABARITO
CONTEÚDOSEHABILIDADES
AGORAÉASUAVEZ
GLOSSÁRIOLINKSIMPORTANTES
4 544 5
Tema 04
Análise pelo Método Dupont e Termômetro de 
Insolvência: Modelo de Stephen Kanitz; Modelo 
de Roberto Elizabetsky
54 54 5
O tema proposto neste caderno tem por objetivo aprofundar os conhecimentos adquiridos 
até o momento sobre os indicadores de análise econômico-financeira.
Isto porque tanto a análise de solvência/insolvência quanto o modelo de análise Dupont se 
utilizam dos indicadores abordados anteriormente (liquidez, endividamento e rentabilidade) 
para gerar novas informações para auxiliar nas tomadas de decisão.
O caderno começa explicando o que significam os conceitos de solvência e insolvência no 
âmbito empresarial, apresentando na sequência dois métodos possíveis de se fazer essa 
análise.
Os referidos métodos foram desenvolvidos por Stephen Kanitz e Roberto Elizabetsky, razão 
pela qual as técnicas levam esses nomes. De maneira geral, ambos os métodos têm por 
finalidade descobrir se as empresas estão ou não em estado de falência, ou próximo disso.
O que os diferencia, portanto, são as variáveis contempladas na equação, bem como as 
ponderações estatísticas que acompanham estas variáveis (X).
Por fim, trabalharemos o método de análise Dupont, que costumo dizer que se trata de uma 
análise em “árvore” ou “ramificada”, visto que iniciamos a análise pela TRI (taxa de retorno 
do investimento) e, a partir dela, vamos desdobrando as variáveis que a compõem.
Vamos lá?! Bons estudos!
CONTEÚDOSEHABILIDADES
6 766 7
LEITURAOBRIGATÓRIA
Foi abordado nos temas anteriores que a análise das demonstrações financeiras possui 
muitas vantagens, e que nos permite extrair informações sobre diferentes aspectos de 
uma organização, tais como sua capacidade de pagamento, a quantidade de capital de 
terceiros presente na empresa ou mesmo a margem de lucro obtida em um determinado 
período. Contudo, se pudéssemos pontuar três características principais da análise de 
demonstrações sob a perspectiva da empresa em si, destacaria os objetivos abaixo:
•	 Avaliar o desempenho do negócio ao longo do tempo;
•	 Comparar o desempenho próprio com os demais concorrentes;
•	 Verificar as características e tendências do mercado no qual está inserida.
E se eu dissesse para você que, além desses objetivos, é possível, por meio da combinação 
de alguns indicadores, prever se a empresa está entrando em processo de falência, ou 
como é chamado atualmente, de recuperação judicial?
Pois então, isso é possível!
As técnicas que abordaremos neste caderno, chamadas de análise de solvência/insolvência 
das empresas, permitem que descubramos se uma empresa está saudável ou com risco de 
entrar em um processo de recuperação judicial.
Nesse sentido, vale ressaltar que essas técnicas reiteram a importância de combinar a 
utilização de múltiplos indicadores nas análises das demonstrações financeiras, haja vista 
que será a partir dessa análise combinada de indicadores que teremos condições de avaliar 
a solvência ou não de uma companhia.
Mas... antes de entrarmos de fato nessa técnica, vamos à definição dos conceitos básicos 
de solvência e insolvência!
Você sabe o que essas expressões significam?
76 76 7
LEITURAOBRIGATÓRIA
E como será que elas se aplicam no contexto empresarial?
Se buscarmos a definição, digamos, genérica da expressão no dicionário de português, 
vamos encontrar o seguinte:
Solvência: Ação ou efeito de solver; solução. Particularidade ou estado de 
solvente. Característica do que se pode dissolver; qualidade do que é solvível; 
solvibilidade. (DICIONÁRIO ONLINE, 2017)
Parece complicado, não é?!
Vamos tentar desmistificar essa expressão, trazendo uma abordagem para o “mundo dos 
negócios”, vejamos: 
Solvência, em finanças e contabilidade, é o estado do devedor que possui seu 
ativo maior do que o passivo, ou a sua capacidade de cumprir os compromissos 
com os recursos que constituem seu patrimônio ou seu ativo. Portanto, do 
ponto de vista econômico, uma empresa é solvente quando está em condições 
de fazer frente a suas obrigações correntes e ainda apresentar uma situação 
patrimonial e uma expectativa de lucros que garantam sua sobrevivência 
no futuro. Na estrutura econômico-financeira da empresa deve haver uma 
certa coerência entre a natureza dos investimentos e a origem dos recursos 
financeiros. A prudência e a lógica aconselham que os investimentos de longo 
prazo sejam financiados por capitais permanentes. Nunca uma dívida de curto 
prazo deve financiar um bem imobilizado. Os capitais permanentes não só 
devem financiar o ativo fixo, mas também uma parte do ativo circulante. A parte 
do ativo Circulante financiada com capitais permanentes constitui o chamado 
Capital de Giro. (DICIONÁRIO PORTUGUÊS, 2017)
Perceba que ao classificar uma empresa como solvente, poderíamos dizer que a mesma 
tem uma boa saúde financeira, certo?
Sendo assim, poderíamos dizer que uma empresa solvente é aquela que possui uma 
situação econômica, financeira e patrimonial satisfatória.
Isto porque a análise de solvência/insolvência reúne índices que medem essas três 
dimensões da empresa (econômica, financeira e patrimonial), portanto, essa análise 
combinada permite obter uma visão mais abrangente do desempenho do negócio, além, é 
claro, de verificar o risco de falência. 
Compreendido o termo “solvência”, vejamos o que a sua expressão “contrária” nos mostra 
em relação à empresa:
Insolvência: Circunstância em que se encontra a pessoa que não tem meios e/ou 
88 9
LEITURAOBRIGATÓRIA
condições para pagar aquilo que deve; condição de insolvente; inadimplência. 
(DICIONÁRIO ONLINE, 2017)
Nesse caso, quando uma empresa é classificada como insolvente, o cuidado deve ser 
redobrado!
A insolvência no contexto empresarial evidencia que a empresa não possui capacidade de 
honrar os compromissos assumidos junto a terceiros, possui endividamento alto e o retorno 
do investimento não está sendo suficiente para manter o negócio funcionando.
Com o intuito de desenvolver meios para verificar a condição das empresas em relação 
a esses estágios de solvência/insolvência e, com isso, ajudá-las a tomar decisões mais 
assertivas e que possam, eventualmente, reverter o quadro de insolvência instalado na 
empresa, é que vamos abordar neste caderno algumas técnicas de análise utilizadas para 
esse fim.
Termômetro de Kanitz
Uma das técnicas mais conhecidas para analisar a solvência/insolvência das empresas foi 
idealizada por Stephen Charles Kanitz, professor de Análise de Demonstrativos Financeiros 
da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, que apresentou 
um novo método para prever falências.
Vamos conhecer um pouco da história desse importante nome para a análise das 
demonstrações financeiras!
Em 1971, um banco paulista recebia uma solicitação de financiamento de uma revendedora 
de automóveis. Os balanços da empresa, assim como outros dados indicativos de sua 
performance, foram exaustivamente analisados.
Embora os balanços apresentassem alguns pontos negativos, a empresa foi consideradaboa e, no conjunto, o parecer dos analistas do banco foi plenamente favorável. Seis meses 
mais tarde, a concessionária entrava com um pedido de concordata.
Em abril de 1972, depois de um ano de trabalho, uma conceituada empresa internacional 
de auditoria, com escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo, entregava a uma empresa-
98 9
LEITURAOBRIGATÓRIA
cliente um parecer de auditoria dando como satisfatório o balanço da empresa auditada. 
Do ponto de vista financeiro, o balanço era impecável, exceto por um ou outro detalhe de 
menor importância: Onze dias após a entrega do parecer, a empresa falia.
No dia 26 de novembro de 1973, uma fábrica recebia um pedido milionário de fornecimento 
para uma cadeia nacional de supermercados. O supermercado se comprometia a comprar 
40% da produção da fábrica e o pedido foi prontamente aceito. Quatro meses mais tarde, 
a cadeia de supermercados pedia concordata. Exatamente um mês depois, a fábrica que 
vendia 40% de sua produção ao supermercado ia à falência.
Todos esses casos são citados na obra do professor Kanitz, que deu origem ao modelo e 
encontra-se disponível ao final deste caderno nas referências. Mas... O que todos esses 
episódios têm em comum?
Foi o que o professor Kanitz buscou desvendar quando iniciou, em 1974, sua investigação 
acerca da falência das organizações. Estudo esse que resultaria na sua tese de doutorado 
dois anos mais tarde, representando um grande marco para as técnicas de análise financeira, 
sendo ainda utilizado.
Kanitz (1974, p.95) afirma que “os primeiros sintomas de uma insolvência surgem muito 
antes que ela se concretize”.
O método propõe a descoberta com antecedência e um razoável grau de segurança, qual 
a situação da empresa, por meio de um indicador chamado de fator de insolvência.
Feito isso, depois é só verificar se o valor obtido coloca a empresa numa faixa perigosa ou 
não, em termos de solvência. Entra aqui a figura do termômetro de insolvência, que indica 
a maior ou menor probabilidade de falência.
Em resumo, a análise do índice de solvência permite:
1) descobrir empresas em estado de pré-insolvência;
2) hierarquizar as empresas numa escala de solvência/insolvência, a fim de selecionar 
clientes prioritários;
3) determinar previsões para a conta “devedores duvidosos”, segundo a probabilidade 
de insolvência de cada cliente.
1010 11
LEITURAOBRIGATÓRIA
Para calcular o ”fator de insolvência”, utiliza-se uma combinação de índices, ponderados 
estatisticamente, conforme segue:
1) lucro líquido sobre patrimônio líquido (rentabilidade do patrimônio);
2) ativo circulante mais realizável a longo prazo dividido pela soma do passivo circulante 
e passivo não circulante (ou seja, o índice de liquidez geral);
3) ativo circulante menos estoques sobre passivo circulante (índice de liquidez seca);
4) ativo circulante sobre passivo circulante (índice de liquidez corrente);
5) Passivo circulante mais passivo não circulante sobre patrimônio líquido (ou seja, o 
grau de endividamento/participação de CT).
Vejam que são todos indicadores que já trabalhamos nos cadernos anteriores!
Em outras palavras, o cálculo prevê a utilização combinada de indicadores econômico-
financeiros, multiplicada por um fator estatístico predefinido (MARION, 2012), desta forma:
X1 = Rentabilidade do PL x 0,05
X2 = LG x 1,65
X3 = LS x 3,55
X4 = LC x 1,06
X5 = Grau de endividamento (participação de capital de terceiros) x 0,33
Fator de Insolvência = X1 + X2 + X3 – X4 – X5
Trata-se de uma ponderação relativamente complexa, mas que pode ser aplicada a qualquer 
empresa, utilizando-se, inclusive, informações que não constam de seus demonstrativos 
financeiros, tais como: idade média dos equipamentos e parecer dos auditores, entre outros.
Nesse sentido, é importante ressaltar que os fatores estatísticos (destacados em negrito) 
que são multiplicados pelo resultado de cada indicador, para se chegar ao valor da cada 
1110 11
LEITURAOBRIGATÓRIA
variável “X”, fazem parte de uma lógica desenvolvida pelo “inventor” da técnica, a qual não é 
possível de identificar exatamente como foi obtida. Sendo assim, esses fatores estatísticos 
são considerados padrão e estáticos (não mudam), o que vai mudar é o valor de cada índice 
(de liquidez, rentabilidade ou endividamento) que será multiplicado pelo respectivo fator.
Depois de realizadas as operações indicadas na fórmula, obtém-se o fator de insolvência. 
Para facilitar a avaliação da situação de uma empresa com base no valor obtido, esse fator 
é comparado com termômetro da insolvência, que apresenta variações abaixo e acima de 
zero.
Figura 1 - Termômetro da insolvência 
Fonte: <https://partiturafinanceira.wordpress.com/2016/03/09/encontrando-kanitz/>. Acesso em: 26 set. 
2017.
Os valores abaixo de -3 indicam que a empresa se encontra numa situação que poderá 
levá-la à falência: Evidentemente, quanto menor esse valor, mais próxima da falência estará 
a empresa;
Se uma empresa apresenta um fator de insolvência positivo (acima de zero), menores são 
as suas possibilidades de vir a falir. E essa possibilidade diminuirá à medida que o fator 
positivo for maior;
Quanto	à	área	do	termômetro	compreendida	entre	0	e	–3,	intitulado	zona	de	"penumbra",	
ou seja, é uma área em que a indicação do fator de insolvência não é suficiente para 
determinar a situação da empresa. (MARION, 2012). 
Vamos a um exemplo prático!
1212 13
LEITURAOBRIGATÓRIA
Considerando uma situação hipotética, em que os indicadores de rentabilidade, liquidez e 
endividamento apresentem os seguintes resultados:
X1 = Rentabilidade do PL (0,39) x 0,05 = 0,0195
X2 = LG (1,22) x 1,65 = 2,013
X3 = LS (0,81) x 3,55 = 2,8755
X4 = LC (1,50) x 1,06 = 1,59
X5 = Grau de endividamento (1,49) x 0,33 = 0,4917
Aplicando na fórmula e calculando o fator de insolvência, chegaremos ao seguinte:
Fator de Insolvência = X1 + X2 + X3 – X4 – X5
FI = 0,0195+2,013+2,8755-1,59-,04917
FI = 2,8263
Logo, como o valor ficou na faixa positiva, acima de zero, a empresa está solvente!
Passemos agora ao modelo proposto por Roberto Elizabetsky.
Modelo de Roberto Elizabetsky
Assim como Stephen Kanitz, Roberto Elizabetsky desenvolveu um modelo para analisar o 
grau de solvência e insolvência das empresas.
Roberto Elizabestky desenvolveu em 1976 um modelo para a decisão de crédito em bancos 
comerciais. Na oportunidade, o autor utilizou a análise discriminante para um grupo de 373 
empresas do ramo de confecções. Silva (1983) destaca que, das empresas analisadas 
por Elizabetsky, 274 eram empresas em boas condições financeiras, enquanto que 99 
apresentavam problemas de liquidez.
O modelo desenvolvido foi o seguinte (ELIZABETSKY, 1976):
1312 13
LEITURAOBRIGATÓRIA
Veja que no referido modelo, o autor utilizou algumas contas específicas por exemplo, o 
Contas a Receber e o Estoque, como também grupos de contas como no caso do Disponível, 
que reúne as contas de Caixa e Equivalentes de Caixa, assim como o grupo do Passivo 
Circulante.
Da mesma maneira, o autor utiliza, em alguns casos, a divisão dessas contas por valores 
totais do Ativo e das Vendas da empresa e, em outro, o grupo específico do Ativo Permanente, 
atualmente classificado como Imobilizado. 
Perceba, contudo, que em linhas gerais a proposta do modelo para a determinação do fator 
de insolvência se assemelha com o método de Kanitz, em que o Fator de Insolvência (FI) 
foi substituído por Z, as variáveis “X” possuem valores estatísticos diferentes que serão 
multiplicados pelo resultado das equações de cada variável “X” como, por exemplo, lucro 
líquido dividido pelas vendas, conforme demonstrado na figura acima. 
Porém, nesse modelo a classificação adotada por Elizabetsky determina que se Z for inferior 
a 0,5, a empresa torna-se insolvente e, se superior, a empresa é solvente. Destaforma, não 
temos no referido modelo a área de penumbra ou incerteza proposta por Kanitz.
Modelo de Análise Dupont
No início do século XX, nos Estados Unidos, ocorreram várias incorporações de empresas, 
que produziram grandes companhias. Diversas atividades que antes eram isoladas e 
controladas por firmas independentes, passaram a ser integradas em uma única organização, 
este processo deu início ao sistema de gestão de múltiplas atividades.
1414 15
LEITURAOBRIGATÓRIA
Diante desse cenário, fundada em 1903, a firma de explosivos DuPont Powder Company 
era um ótimo exemplo de utilização da contabilidade gerencial em uma indústria integrada 
de múltiplas atividades. O ramo de atuação inicialmente compreendia várias firmas de 
administração independente engajadas somente na fabricação de produtos químicos, 
principalmente a pólvora. (ANGOTTI, 2010)
A gestão da firma adotava o retorno do investimento como medida básica do desempenho, 
utilizava no planejamento, avaliação e controle dos lucros desejados pelos acionistas em 
função dos recursos investidos na firma. Angotti (2010) relata que governava as decisões o 
princípio de que não se gastariam em acréscimos de equipamentos produtivos se a mesma 
quantia de recursos pudesse ser aplicada para um propósito melhor em outro ramo dos 
negócios da companhia. Inicia, neste momento, o uso do custo de oportunidade dentro da 
empresa.
Angotti (2010) corrobora a ideia de Casa Nova et al. (2005), que define que a análise 
Dupont representa uma radiografia da empresa em seus aspectos inerentes à obtenção do 
retorno sobre os investimentos. Pode-se acompanhar a evolução do ROA no decorrer dos 
períodos e analisar as causas e efeitos na rentabilidade da empresa.
O modelo de análise Dupont parte do cálculo da taxa de retorno do investimento, a TRI, 
ou simplesmente do ROA (retorno sobre os ativos), desvendando como o resultado da 
TRI obtido pela empresa foi gerado, ou seja, quem são as variáveis que exercem maior 
influência no resultado da TRI.
Esse “esquema” de análise em forma de árvore, que nos mostra as ramificações do indicador 
de retorno do investimento, permite que a empresa atribua a uma ou mais variáveis a razão 
pela qual sua TRI está aumentando ou diminuindo no decorrer do período.
Vejamos graficamente como a técnica Dupont se apresenta:
1514 15
LEITURAOBRIGATÓRIA
Gráfico 1 - Técnica Dupont
Fonte: elaborada pelo autor
Taxa de Retorno 
do Investimento 
- TRI
Lucro Líquido
Custos dos 
Produtos 
Vendidos
Despesas
Outras 
Despesas
Disponível
Duplicatas a 
Receber
Estoques
Realizável a 
Longo Prazo
Investimento
Imobilizado
Intangível
Margem Líquida
Giro do Ativo
Despesas de 
Vendas
Despesas 
Administrativas
Despesas 
Financeiras
Despesas Não 
Operacionais
Provisão para 
o IR
Outras
Vendas
Vendas
Ativo Circulante
Ativo Não 
Circulante
Vendas
Custo total
Ativo Total
16 171616 17
LEITURAOBRIGATÓRIA
Desta forma, se a empresa observar uma redução na TRI quando comparada a outro 
período, a explicação poderá se encontrar na margem líquida ou no giro do ativo, uma vez 
que a TRI é o resultado da divisão de um pelo outro (Margem Líquida / Giro do Ativo).
Se constatado que houve queda na margem líquida, então poderemos sugerir que ela é a 
responsável pela queda na TRI. Porém é possível ir um pouco além! Ora, se a TRI caiu, por 
que a margem líquida caiu, que variável fez com que a margem líquida reduzisse?
Bem, considerando que a margem líquida é o resultado da divisão do lucro líquido pelas 
vendas líquidas (Lucro Líquido / Vendas Líquidas), conforme desdobramento da figura 
acima, a explicação da redução da margem líquida só poderá se encontrar em dois lugares: 
houve modificação no lucro ou nas vendas da empresa.
Essa relação causa e efeito é o que orienta a análise por meio do modelo Dupont, sempre 
identificamos as modificações ocorridas em uma determinada variável da empresa e, a 
partir daí, vamos buscando as possíveis explicações nos desdobramentos ou ramificações, 
conforme o gráfico apresentado acima.
1716 1716 17
Quer saber mais sobre o assunto? Então:
Muito embora não seja possível afirmar que o modelo Kanitz ou o modelo Elizabetsky seja 
o “melhor”, afinal tudo depende da análise e do que o usuário deseja obter de informação, 
alguns estudos têm realizado uma análise comparativa entre a aplicação dos dois modelos. 
Vamos ver os resultados encontrados no artigo “Aplicação dos modelos de Elizabetsky e 
Kanitz na previsão de falência: um estudo descritivo das melhores e maiores empresas 
por setor listadas na Revista Exame em 2010, disponível em: <http://revista.crcmg.org.br/
index.php?journal=rmc&page=article&op=viewFile&path[]=229&path[]=58>. Acesso em: 26 
set. 2017. 
Neste caderno, estamos trabalhando com duas possibilidades de análise para descobrir se 
uma empresa está solvente ou insolvente. Mas você sabia que existem outros modelos que 
também possibilitam essa informação? Acesse o artigo “Insolvente ou Solvente? Um estudo 
comparativo entre empresas em diferente situação econômico-financeira”, disponível em: 
<http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:JfKuJy970mIJ:www.unifra.br/
eventos/sepe2010/2010/Trabalhos/sociais_Aplicadas/Completo/4753.pdf+&cd=1&hl=pt-
BR&ct=clnk&gl=br>. Acesso em: 26 set. 2017.
O modelo de análise de solvência/insolvência que vimos neste caderno também está 
associado à expressão “previsão de falência”, que atualmente chamamos de recuperação 
judicial. Mas você já parou para pensar por que as empresas “quebram”? No vídeo “Onde 
as empresas erram”, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=O1yWx74vNl8>, 
você terá mais informações a respeito do assunto! Acesso em: 7 out. 2017.
LINKSIMPORTANTES
18 191818 19
LINKSIMPORTANTES
Vimos que o modelo de análise Dupont parte do cálculo da taxa de retorno do investimento, 
a TRI, ou simplesmente do ROA (retorno sobre os ativos) para explicar quais foram as 
variáveis responsáveis pelo aumento ou diminuição da referida taxa. No vídeo a seguir 
vamos conhecer mais algumas particularidades do modelo. Acesse <https://www.youtube.
com/watch?v=iIiCD8UFJqw>. Acesso em: 7 out. 2017.
1918 1918 19
Instruções: 
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você 
encontrará algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia 
cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
AGORAÉASUAVEZ
Questão 1:
Agora que você conhece sobre alguns dos 
métodos para analisar a solvência das em-
presas, você diria que é possível, com base 
Considere as demonstrações financeiras apresentadas a seguir para responder as questões 
de 2 a 4:
Balanço Patrimonial - (Reais Mil)
Guararapes Confecções S.A.
 Conta Descrição 31/12/X4 31/12/X3 31/12/X2 
 1 Ativo Total 5.941.264 4.758.289 4.240.672
 1.01 Ativo Circulante 3.563.606 2.619.343 2.372.135
 1.01.01 Caixa e Equivalentes de Caixa 358.993 232.914 297.238
 1.01.02 Aplicações Financeiras 202.179 176.937 163.463
 1.01.02.01 
 Aplicações Financeiras Avaliadas a 
Valor Justo 
202.179 176.937 163.463
 1.01.02.01.03 Títulos e Valores Mobiliários 196.122 176.937 163.463
 1.01.02.01.04 Instrumentos Financeiros Derivativos 6.057 0 0
 1.01.03 Contas a Receber 2.102.907 1.522.287 1.291.437
 1.01.03.01 Clientes 2.102.907 1.522.287 1.291.437
nesses indicadores, afirmar que uma empre-
sa está entrando em processo de recupera-
ção judicial?
2020 21
AGORAÉASUAVEZ
 1.01.04 Estoques 774.084 558.654 537.563
 1.01.06 Tributos a Recuperar 99.730 89.817 60.735
 1.01.08 Outros Ativos Circulantes 25.713 38.734 21.699
 1.01.08.03 Outros 25.713 38.734 21.699
 1.02 Ativo Não Circulante 2.377.658 2.138.946 1.868.537
 1.02.01 Ativo Realizável a Longo Prazo 272.009 203.538 174.343
 1.02.01.06Tributos Diferidos 171.525 111.897 105.041
 1.02.01.06.01 
 Imposto de Renda e Contribuição 
Social Diferidos 
171.525 111.897 105.041
 1.02.01.09 Outros Ativos Não Circulantes 100.484 91.641 69.302
 1.02.01.09.03 Depósitos Judiciais e Outros 13.106 11.713 10.427
 1.02.01.09.04 Tributos a recuperar 87.378 79.928 58.875
 1.02.02 Investimentos 206.296 212.135 214.391
 1.02.02.02 Propriedades para Investimento 206.296 212.135 214.391
 1.02.03 Imobilizado 1.832.482 1.670.457 1.440.150
 1.02.04 Intangível 66.871 52.816 39.653
 1.02.04.01 Intangíveis 66.871 52.816 39.653
 2 Passivo Total 5.941.264 4.758.289 4.240.672
 2.01 Passivo Circulante 1.643.301 1.240.928 995.122
 2.01.01 Obrigações Sociais e Trabalhistas 226.067 180.055 150.452
 2.01.01.01 Obrigações Sociais 84.658 73.887 81.389
 2.01.01.01.01 FGTS 9.009 7.568 6.210
 2.01.01.01.02 INSS 17.863 10.488 15.472
 2.01.01.01.03 PIS e COFINS 57.786 55.831 59.707
 2.01.01.02 Obrigações Trabalhistas 141.409 106.168 69.063
 2.01.01.02.01 Salários 555 3.253 2.209
 2.01.01.02.02 Provisão de Férias e Encargos 66.503 62.017 52.126
 2.01.01.02.03 Participação nos Lucros 67.944 35.201 11.130
 2.01.01.02.04 Outros 6.407 5.697 3.598
 2.01.02 Fornecedores 256.775 244.427 227.777
 2.01.02.01 Fornecedores Nacionais 203.167 223.933 203.708
 2.01.02.02 Fornecedores Estrangeiros 53.608 20.494 24.069
 2.01.03 Obrigações Fiscais 286.630 229.519 178.084
 2.01.03.01 Obrigações Fiscais Federais 145.143 89.410 82.613
 2.01.03.01.01 
 Imposto de Renda e Contribuição 
Social a Pagar 
145.143 89.410 82.613
 2.01.03.02 Obrigações Fiscais Estaduais 141.487 140.109 95.471
2120 21
AGORAÉASUAVEZ
 2.01.03.02.01 
 Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias e Serviços - ICMS 
141.487 140.109 95.471
 2.01.04 Empréstimos e Financiamentos 212.119 170.658 148.349
 2.01.05 Outras Obrigações 661.710 416.269 290.460
 2.01.05.02 Outros 661.710 416.269 290.460
 2.01.05.02.04 Dividendos a pagar 785 824 76.505
 2.01.05.02.05 Outros Passivos 75.303 84.149 66.141
 2.01.05.02.08 Juros sobre Capital Próprio a Pagar 115.037 101.602 0
 2.01.05.02.09 
 Obrigações com Administradoras de 
Cartões 
470.585 229.694 147.814
 2.02 Passivo Não Circulante 1.122.190 688.238 718.621
 2.02.01 Empréstimos e Financiamentos 790.739 406.672 476.268
 2.02.02 Outras Obrigações 162.818 137.876 112.123
 2.02.02.02 Outros 162.818 137.876 112.123
 2.02.02.02.05 Empréstimos com partes relacionadas 152.836 127.819 100.419
 2.02.02.02.06 Outros Passivos Não Circulantes 9.982 10.057 11.704
 2.02.03 Tributos Diferidos 64.961 70.181 73.974
 2.02.03.01 
 Imposto de Renda e Contribuição 
Social Diferidos 
64.961 70.181 73.974
 2.02.04 Provisões 103.672 73.509 56.256
 2.02.04.01 
 Provisões Fiscais Previdenciárias 
Trabalhistas e Cíveis 
103.672 73.509 56.256
 2.02.04.01.05 
 Provisões para Riscos Trabalhistas, 
Fiscais e Cíveis 
103.672 73.509 56.256
 2.03 Patrimônio Líquido Consolidado 3.175.773 2.829.123 2.526.929
 2.03.01 Capital Social Realizado 2.600.000 2.300.000 2.000.000
 2.03.04 Reservas de Lucros 419.862 368.729 362.133
 2.03.04.01 Reserva Legal 90.508 81.127 81.907
 2.03.04.04 Reserva de Lucros a Realizar 329.354 287.602 279.888
 2.03.04.08 Dividendo Adicional Proposto 0 0 338
 2.03.06 Ajustes de Avaliação Patrimonial 155.911 160.394 164.796
Demonstração do Resultado do Exercício - DRE
Guararapes Confecções S.A.
Conta Descrição 31/12/X4 31/12/X3 31/12/X2
 3.01 
 Receita de Venda de Bens e/ou 
Serviços 
4.728.129 4.069.090 3.545.995
 3.02 Custo dos Bens e/ou Serviços Vendidos -1.824.128 -1.651.885 -1.474.969
 3.03 Resultado Bruto 2.904.001 2.417.205 2.071.026
2222 23
AGORAÉASUAVEZ
 3.04 Despesas/Receitas Operacionais -2.271.367 -1.845.402 -1.566.522
 3.04.01 Despesas com Vendas -1.789.743 -1.436.865 -1.216.400
 3.04.02 Despesas Gerais e Administrativas -485.068 -399.006 -351.344
 3.04.02.01 Gerais e Administrativas -470.344 -386.248 -339.026
 3.04.02.02 Honorários da Administração -14.724 -12.758 -12.318
 3.04.04 Outras Receitas Operacionais 3.444 -9.531 1.222
 3.05 
 Resultado Antes do Resultado 
Financeiro e dos Tributos 
632.634 571.803 504.504
 3.06 Resultado Financeiro -29.805 -35.458 -20.449
 3.06.01 Receitas Financeiras 70.469 42.190 53.157
 3.06.02 Despesas Financeiras -100.274 -77.648 -73.606
 3.07 
 Resultado Antes dos Tributos sobre o 
Lucro 
602.829 536.345 484.055
 3.08 
 Imposto de Renda e Contribuição 
Social sobre o Lucro 
-122.719 -115.761 -118.504
 3.08.01 Corrente -190.561 -134.899 -128.832
 3.08.02 Diferido 67.842 19.138 10.328
 3.09 
 Resultado Líquido das Operações 
Continuadas 
480.110 420.584 365.551
 3.11 Lucro/Prejuízo Consolidado do Período 480.110 420.584 365.551
Questão 2:
O cálculo da TRI, indicador base para se tra-
balhar com o modelo Dupont, leva em con-
sideração tanto a margem líquida quanto o 
giro do ativo. Para o ano de X4, portanto, a 
margem líquida foi de, aproximadamente:
a) 3%
b) 7%
c) 10%
d) 5%
e) 9%
Questão 3:
Ainda em relação à TRI, cujo cálculo consi-
dera tanto a margem líquida quanto o giro do 
ativo, podemos afirmar que o giro do ativo 
para o ano de X4 foi de, aproximadamente:
a) 0,8
b) 2
c) 1,2
d) 1,5
e) 3
Fonte: <https://www.rad.cvm.gov.br/ENETCONSULTA/frmGerenciaPaginaFRE.aspx?NumeroSequencialD
ocumento=53595&CodigoTipoInstituicao=2>. Acesso em: 19 nov. 2017.
2322 23
AGORAÉASUAVEZ
Questão 4:
De acordo com o que aprendemos sobre o 
modelo Dupont, a análise se inicia pelo cál-
culo da TRI (taxa de retorno de investimen-
to), cujo cálculo envolve a margem líquida 
e giro do ativo, calculados nas questões 2 
e 3. Sendo assim, para o ano de X4, pode-
mos afirmar que a TRI foi de aproximada-
mente:
a) 10%
b) 8%
c) 15%
d) 5%
e) 11%
Questão 5:
Ainda tomando por base as demonstra-
ções da empresa Guararapes apresenta-
das acima, você entende que a situação da 
empresa, no que diz respeito ao índice de 
solvência pelo método de Kanitz, qual foi o 
resultado apurado para o ano de X4?
Questão 6:
Considerando os anos de X4 e X3, qual 
deles apresentou o melhor resultado, em 
termos de solvência pelo modelo Kanitz?
2424 25
FINALIZANDO
O tema abordado neste caderno discutiu sobre a possibilidade da previsão de falências por 
meio do método de análise de insolvência. Para isso, utilizamos os métodos propostos por 
Stephen Kanitz e Roberto Elizabetsky.
Ambos os métodos permitem que o analista verifique a saúde financeira da empresa por 
meio de uma equação que reúne diferentes tipos de indicadores, como os índices de 
liquidez, endividamento e rentabilidade.
Além dos métodos de análise de solvência/insolvência, também aprendemos sobre o 
modelo de análise Dupont, que é representado por uma espécie de desdobramento a partir 
do cálculo da taxa de retorno do investimento, a TRI. Essa análise também é conhecida 
como relação causa e efeito.
Finalizamos esta unidade com o cálculo de alguns dos indicadores propostos pelo modelo 
Dupont, bem como identificamos a situação da empresa Guararapes, sob o ponto de vista 
da análise de solvência/insolvência, calculando o fator de insolvência para os anos de X3 
e X4.
2524 25
GLOSSÁRIO
Solvência: situação em que a empresa tem condições de fazer frente a suas obrigações 
correntes e ainda apresentar uma situação patrimonial e uma expectativa de lucros que 
garantam sua sobrevivência no futuro.
Insolvência: é a situação contrária à solvência. Inadimplência.
Penumbra: área do termômetro de insolvência de Kanitz que representa incerteza quanto à 
condição da empresa, isto é, a empresa ainda não “quebrou”, mas também não se encontra 
em uma situação financeira confortável.
Recuperação judicial: medida jurídica legal utilizada paratentar evitar a falência de uma 
empresa.
TRI: taxa de retorno sobre o investimento. Representa quanto a empresa está gerando de 
retorno/rentabilidade em relação a tudo que foi investido para a sua constituição.
26 272626 27
GABARITO
Questão 1
Resposta: Os modelos de previsão de falência, como são popularmente conhecidos 
os métodos de análise de solvência/insolvência, são uma boa ferramenta para se ter 
conhecimento acerca da saúde da empresa. Contudo, assim como discutido em relação 
aos outros indicadores, a análise de demonstrações financeiras sempre exige cautela em 
suas afirmações, haja vista que se tratam de informações históricas, de eventos passados 
e que, por conta disso, podem sofrer oscilações que comprometam a análise.
Questão 2
Resposta: C
Explicação da resposta:
ML = Lucro líquido / Vendas
ML = 480.110 / 4.728.129
ML = 0,10 ou 10% 
Questão 3
Resposta: A
Explicação da resposta:
GA = Vendas / Ativo total
GA = 4.728.429 / 5.941.264
GA = 0,8
2726 2726 27
GABARITO
Questão 4
Resposta: B
Explicação da resposta:
TRI = Margem líquida x Giro do Ativo
TRI = (0,10 x 0,8) x 100
TRI = 0,08 ou 8%
Questão 5
Resposta: 
Questão 6
Resposta: Embora os dois anos analisados tenham mostrado bom resultado, o ano de X3 
se destaca ligeiramente, por apresentar maior solvência em relação a X4.
2014 Fator estatístico padrão
X1 Rentabilidade do PL 0,15 0,05 0,01
X2 LG 1,39 1,65 2,29
X3 LS 1,70 3,65 6,03
X4 LC 2,17 1,06 2,30
X5 Grau de endividamento/ 0,87 0,33 0,29
FI X1+X2+X3+X4-X5 5,74 Solvente
2013 Fator estatístico padrão
X1 Rentabilidade do PL 0,15 0,05 0,01
X2 LG 1,46 1,65 2,41
X3 LS 1,66 3,55 5,90
X4 LC 2,11 1,06 2,24
X5 Grau de endividamento/ 0,68 0,33 0,23
FI X1+X2+X3+X4-X5 5,85 Solvente
28 292828 29
REFERÊNCIAS
ANGOTTI, Marcello. Análise Dupont como ferramenta de apoio às decisões de investimen-
to em ações. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/hand-
le/1843/BUOS-8E5L9E/angotti__marcello.pdf?sequence=1>. Acesso em: 26 set. 2017.
DICIONÁRIO PORTUGUÊS. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/solvencia/>. Acesso 
em: 26 set. 2017.
DICIONÁRIO ONLINE. Disponível em https://www.dicio.com.br/solvencia/. Acesso em set. 
2017.
B3. Brasil, Bolsa, Balcão. Empresas Listadas. Disponível em: <http://www.bmfbovespa.
com.br/pt_br/produtos/listados-a-vista-e-derivativos/renda-variavel/empresas-listadas.htm>. 
Acesso em: 26 set. 2017.
ELIZABETSKY, Roberto. Um modelo matemático para decisões de crédito no banco co-
mercial.	1976.	Dissertação	(Mestrado	em	Engenharia	da	Produção)	–	Escola	Politécnica	da	
Universidade de São Paulo. São Paulo, 1976.
KANITZ, Stephen Charles. Como prever falências de empresas. Artigo publicado na Revis-
ta Exame, dezembro de 1974.
KANITZ,	Stephen	Charles.	Indicadores	contábeis	financeiros	–	previsão	de	insolvência:	a	
experiência da pequena e média empresa brasileira. Tese de Livre-Docência entregue ao 
Departamento de Contabilidade da FEA/USP, 1976.
KANITZ, Stephen Charles. Como Prever Falências. São Paulo: McGraw do Brasil, 1978.
SILVA, J. P. Administração de crédito e previsão de insolvência. São Paulo: Atlas, 1983.
MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresarial. 7. 
ed. São Paulo: Atlas, 2012.
MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços: abordagem gerencial. 7. ed. São 
Paulo: Atlas, 2010. 
mariana.agulhari
Comentário do texto
Disponível em: <https://www.dicio.com.br/solvencia/>. Acesso em: 26 set. 2017.null
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