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TERAPIA DE RESTRIÇÃO E INDUÇÃO AO MOVIMENTO ANA LARISSA COSTA-FAL JATIÚCA DEFINIÇÃO: Também conhecida por Terapia por contensão induzida(TCI) é uma terapêutica que visa à recuperação da função do membro superior (MS) parético de pacientes com sequelas de lesões encefálicas por meio de treinamento intensivo, uso de uma restrição no MS não-parético durante 90% do dia. Visa o aprendizado motor* Desprogramação do desuso motor EVIDÊNCIAS Até o momento mais de 30 artigos apontando a melhora funcional no membro superior parético de pacientes que sofreram AVC. FISIOPATOLOGIA Áreas ativadas: revelou mudanças nas estruturas cerebrais, na região cinzenta das áreas sensoriais e motoras do cérebro melhora da função motora espontânea do membro com hemiparesia. Foram também identificadas mudanças no hipocampo que é uma estrutura que se relaciona com o processo de aprendizagem e memória. Neuroplasticidade É a capacidade de o SNC modular sua fisiologia e anatomia no nível celular em resposta a diversos eventos, como mudanças no ambiente ou aprendizado de uma habilidade. Restrição: Luva ou tipóia INDICAÇÕES: AVE(fase aguda, subaguda e crônica) TCE Encefalopatia Crônica da Infância EM OUTRAS PATOLOGIAS PROTOCOLO: . Restrição do membro superior não afetado por 90% do tempo acordado mediante órtese de posicionamento ajustada a punho, mão e dedos colocada em uma tipóia ou uma luva com a superfície palmar rígida. . Prática intensiva no ambulatório com o membro superior parético durante 6 horas por dia ao longo de 10 dias(5 dias por semana, 10 sessões). Duração total de 2 semanas. . Treinamento de tarefas funcionais que envolvam a prática de tarefas pré-estabelecidas durante 15 a 20 minutos com iguais períodos de descanso. .Aplicação do shaping, que é um método de treinamento em que os objetivos motores ou comportamentais são abordados em pequenos passos, ou seja, gradativamente. Aumento progressivo de dificuldade e de feedback(reforço positivo). . Pacote de transferência(PT), que é um conjunto de técnicas comportamentais para favorecer a transferência das habilidades motoras adquiridas na clínica para situações da vida real. Pacote de transferência . Assinatura de um contrato entre paciente e terapeuta com todas as condições de tratamento. O cuidador e uma testemunha também assinam. . Livro diário: dificuldades, tempo de uso da restrição, novas aquisições de movimento. . Administração diária da MAL. . Aplicação de técnicas de resolução do problemas para favorecer o uso do membro afetado nas AVD’s. .Tarefas prescritas usando o membro afetado: ex: escovar os dentes, usar controle remoto. .Realizar os exercícios domiciliares por cerca de 20 a 30 minutos. . Práticas das tarefas domiciliares( 2 ou 3 ) durante 10 minutos após a alta. . Telefonemas semanais no primeiro mês após a alta. TREINAMENTO ESCALA MAL . MAL: MOTOR ACTIVITY LOG . Desenvolvida em 1986 por Edward Taub para mensurar os efeitos da TRIM. . Avalia a funcionalidade dos pacientes em tarefas da vida real, para detectar o “não uso aprendido”. . Consiste em entrevista semisestruturada para pacientes ou cuidadores com uma parte quantitativa de movimento(QT) e uma qualitativa do movimento(QL). . 30 PERGUNTAS/Maior a média melhor é a qualidade e quantidade do movimento. Critérios de inclusão . Bom equilíbrio durante a deambulação; . Cognição preservada; . Capacidade mínima de 10 º de flexão e extensão de punho de forma ativa; . Arcos de movimento passivo >=90º para flexão e abdução e >=45º para rotação externa de ombro; > 30º para extensão de punho e dedos, não evidenciando contratura das metacarpofalangianas. Critérios de exclusão . Deficiência cognitiva; . Afasia; . Heminegligência; . Dor em membro superior, ombro doloroso; . Espasticidade importante em MS; . Hipotonia com alto grau. VÍDEO DEMOSTRATIVO: http://mobilidadefuncional.blogspot.com.br/2 009/01/video-terapia-de-conteno- induzida.html#!/2009/01/video-terapia-de- conteno-induzida.html https://www.youtube.com/watch?v=JT10HOCa H3c https://www.youtube.com/watch?v=y3WiQSY hM9g REFERÊNCIAS : http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103- 51502010000100015&script=sci_arttext http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/fpusp/v 15n3/14.pdf http://www.revistaneurociencias.com.br/edico es/2011/RN1904/revisao%2019%2004/622%20r evisao.pdf CARR, J.; SHEPHERD, R. Reabilitação neurológica. Otimizando o desempenho motor. São Paulo: Manole, 2008.
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