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Disciplina: Didática Da História E Geografia Questão 1 A Geografia Clássica tinha como pressuposto teórico metodológico o positivismo. No entanto o paradigma do determinismo ambiental também orientou a Ciência Geográfica, uma vez que se acreditava no meio natural teria grande influência nas ações humanas e no desenvolvimento das sociedades. Diante do exposto assinale a alternativa que apresenta o geógrafo alemão que defendia os princípios do determinismo na corrente da Geografia Clássica: A) Paul Vidal de La Blache. B) Friedrich Ratzel. C) Pierre George. D) Alexander von Humboldt. E) Jean Brunhes. Questão 2 A Geografia antes de ser institucionalizada tinha como função o levantamento de informações sobre os espaços naturais propícios à exploração e ao mapeamento de rotas marítimas e comerciais. Entretanto, a partir da Idade Moderna, devido à transformação das relações entre a sociedade e a natureza e modificações sociais e culturais, a Geografia passou a ser concebida sob uma nova perspectiva. (MARTELLI, Lindolfo Anderson. Fundamentos e Metodologia de História e Geografia: Fundamentos Epistemológicos da Ciência Geográfica. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014) Assinale a alternativa que apresenta quais eram as aplicabilidades da Geografia a partir da Idade Moderna: A) Produção cartográfica, levantamentos territoriais e caracterização das regiões a serem habitadas. B) Descrição dos lugares e a produção cartográfica das regiões habitadas e também as que eram imaginadas. C) Produção cartográfica, instrumento de análise astronômica e levantamentos de informações sobre os países. D) Valorização dos projetos nacionais e a descrição e caracterização criteriosa das paisagens dos países. E) Legitimação de projetos dos Estados Nacionais, descrição dos lugares e produção cartográfica. Questão 3 Leia e analise o trecho a seguir: “Perrenoud (1999) define competências como a capacidade de agir eficazmente em determinado tipo de situação, apoiado em conhecimentos, mas sem se limitar a eles. Fundamentos e Metodologia de História e Geografia:Geografia, Temas Transversais e os Desafios da Interdisciplinaridade. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014.) Sobre o tema competências e habilidades avalie as afirmações a seguir: I – Os conhecimentos não devem ser o objetivo principal do processo de ensino, pois eles só serão úteis na medida em que forem mobilizados para uma ação eficaz. II – O professor necessita centrar suas práticas no modo discursivo que apresenta as informações, no domínio e no repasse de conhecimentos. III – Ao abordar as competências, o professor pode ampliar a flexibilização no tratamento dos conteúdos, uma vez que o objetivo principal é a mobilização de conhecimentos integrados. IV – O trabalho interdisciplinar permite o aprofundamento das fragmentações impostas pelo modelo conteudista, centralizador e objetivo. V – Os professores conscientes da importância da abordagem por competências centram suas práticas no ensinar, e não no fazer aprender. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: A) V, F, F, V, V. B) F, V, V, F, V. C) V, F, V, F, F. D) F, F, V, V, F. E) F, F, F, V, V. Questão 4 Leia: “A Geografia no início de sua institucionalização, conhecida como Geografia Clássica, teve como fundamentos epistemológicos o positivismo e o darwinismo. Cada um destes fundamentos epistemológicos influenciaram os estudos geográficos de um modo diferente. A orientação positivista que marcou as ciências geográficas até então sedimentava a ideia de que o saber deveria ser neutro, desvinculado das esferas políticas e das relações de poder, com preocupações voltadas para a infalibilidade científica pautada na observação, descrição e busca de leis gerais e objetivas que permitissem explicar diferenças regionais.” Fonte: MARTELLI, Lindolfo Anderson. Fundamentos e Metodologia de História e Geografia: Fundamentos Epistemológicos da Ciência Geográfica. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. Assinale a alternativa que apresenta o modo como o darwinismo influenciou os estudos geográficos da Geografia Clássica. A) Os conceitos de seleção natural e superioridade do homem sobre o meio influenciaram a construção do pensamento geográfico da Geografia Clássica. B) A influência das teorias naturalista de Darwin nos estudos geográficos se restringe ao conceito de neutralidade do meio B) sobre as sociedades. C) O darwinismo teve influência especialmente na descrição dos lugares e para determinação de uma geografia regional baseada no historicismo. D) A influência do darwinismo na ciência geográfica está relacionada com a superioridade do homem sobre o meio. E) O darwinismo influenciou os estudos geográficos, por meio do conceito de seleção natural e de que o meio influenciava as relações sociais. Questão 5 O ensino de Geografia perpassa diversos recursos didáticos e metodologias, para promover aprendizado efetivo do educando, fazendo com que este seja agente ativo na construção de seu conhecimento. A metodologia de levar os alunos para visitação de um determinado local com finalidades didáticas é chamada: ______________________________. Assinale a alternativa que apresenta a nomenclatura correta da metodologia apresentada e completa corretamente a lacuna do texto. A) Leitura da paisagem B) Trabalho de campo C) Apreensão da realidade D) Observação do espaço E) Alfabetização geográfica Questão 6 Leia o texto: “Quando caracterizou o discurso histórico como interpretação e a interpretação histórica como narrativização, White partiu um debate historiográfico sobre a natureza do conhecimento histórico que contrapõe narrativa e teoria, bem como pensamento literário e pensamento científico. Para o autor a história é antes de mais nada um artefato verbal, produto de um tipo especial de uso da linguagem, portanto, antes do discurso histórico ser compreendido como produtor de um conhecimento específico, ele deve antes ser analisado como uma estrutura de linguagem.” (ASSIS, Gabirella Lima de; CRUZ, Marcus Silva da. Descontruindo a história: Hyden White e a escrita da narrativa. In: Revista Mosaico, v. 3, n. 1, p. 111-118, jan./jun., 2010. Disponível em: <http://seer.ucg.br/index.php/mosaico/article/viewFile/1837/1141>. Acesso em 03 maio 2016. p. 117) Quando Hyden considera que o discurso histórico deva ser analisado como uma estrutura de linguagem, ele está afirmando que o conhecimento histórico é uma interpretação. As três maneiras pelas quais essa interpretação apresenta-se na historiografia são: A) paralelamente, subitamente e seriamente. B) contextualmente, apreciativamente e praticamente. C) pré-iconograficamente, iconograficamente e sinteticamente. D) textualmente, analiticamente e sinteticamente. E) esteticamente, epistemologicamente e eticamente. Questão 7 Leia o texto: “As ideias da revista [dos Annales], que criou e excitou entusiasmo em muitos leitores, na França e no exterior, podem ser sumariadas brevemente. Em primeiro lugar, a substituição da tradicional narrativa de acontecimentos por uma história-problema. Em segundo lugar, a história de todas as atividades humanas e não apenas história política. Em terceiro lugar, visando completar os dois primeiros objetivos, a colaboração com outras disciplinas, tais como a geografia, a sociologia, a psicologia, a economia, a linguística, a antropologia social, e tantas outras.” (BURKE, Peter. A Escola dos Annales (1929-1989). São Paulo: Editora Unesp, 1997. p. 11-12) O texto de PeterBurke cita algumas características da chamada Escola dos Annales. Sobre essa forma de pensar a História, é correto afirmar: A) adotou a perspectiva positivista da História. B) representou uma mudança de paradigma no estudo da História. C) correspondeu à vitória do paradigma materialista nos estudos históricos. D) rompeu com a relação entre História e outras disciplinas. E) abandonou a história-problema ao preferir a história do tipo narrativa. Questão 8 Leia o texto: “Durante os anos de l998, l999 e primeiro semestre de 2000, desenvolvemos uma atividade de seminários sob título de História do Brasil através da Literatura. Indicávamos a leitura de uma obra literária e de um texto de apoio da área de história ou de análise literária. Os alunos eram orientados a estabelecer comparações entre os textos e a elaborar questões relacionadas ao conhecimento histórico que porventura tivessem adquirido com a leitura do texto literário. [...] Com esta metodologia procurava-se desenvolver algumas noções e conceitos específicos para a construção da consciência histórica, uma aprendizagem que favorecesse a incorporação do pensar histórico, ou, em outras palavras, a inclusão da dimensão temporal como elemento importante na organização do pensamento e na escolhas e decisões da vida cotidiana. De modo bem sintético esperava-se abordar as noções de processo histórico, agentes sociais, múltiplas temporalidades, imaginação histórica e valor da narração no processo cognitivo.” (MORAES, Dislane Zerbinatti. Literatura e história na escola. In: Anais do SILEL, v. 1, 2009. Disponível em: <http://www.ileel.ufu.br/anaisdosilel/wp- esta, a resistente e história da cultural produção a como Roche por content/uploads/2014/04/silel2009_gt_lt01_artigo_7.pdf>. Acesso em 04 maio 2016.) O texto nos apresenta, parcialmente, a descrição de uma experiência de ensino de história por meio do uso da literatura. Pondere a respeito das afirmações a seguir, sobre o uso da literatura como fonte: I – Permite compreender a mentalidade dos grupos sociais. II – Contribui para a compreensão do modo como se davam as relações de poder. III – Favorece a compreensão dos conceitos subjetivos que permeavam as ações no passado. IV – Auxilia a compreensão dos preconceitos e outros aspectos da mentalidade de uma época. Podemos afirmar que estão corretas as afirmações: A) apenas I e II. B) apenas I, II e III. C) apenas II e III. D) apenas II, III e IV. E) I, II, III e IV. Questão 9 Leia o texto: “[...] a organização tripartite do tempo é mais um resíduo trinitário da mentalidade cristã do que uma necessidade racional e as três durações são arbitrariamente ligadas a tempos específicos: a longa para o geográfico, média para o econômico-social-mental e curta para o político – que é um reducionismo!” (REIS, José Carlos. Nouvelle Histoire e o tempo histórico. São Paulo: Annablume, 2008.p. 127) A divisão do tempo em três durações: longa, média, curta, comentada de forma crítica no trecho, geralmente é vinculada ao seguinte historiador: A) Karl Marx, historiador da primeira geração dos Annales. B) Jacques Le Goff, historiador marxista crítico dos Annales. C) Peter Burke, historiador da segunda geração dos Annales. D) Michel Foucault, historiador positivista adepto dos Annales. E) Fernand Braudel, historiador da segunda geração dos Annales. Questão 10 Leia o texto: “Daniel Roche é autor da obra A Cultura das Aparências: uma história da indumentária (séculos XVII - XVIII), publicada originalmente em Paris em 1989, e no Brasil em 2007, pela Editora Senac São Paulo. O estudo do fenômeno das modas, estilos, gostos e etiquetas proposto por este autor teve como base um consistente e exaustivo trabalho de pesquisa, demonstrando clareza sobre o tema que instiga o avanço em leitura suave, precisa e objetiva. Deixa de lado as frivolidades que geralmente cercam o mundo da moda, encontrando reflexões historiográficas da escola francesa contemporânea no mundo real das sociedades, nas entrelinhas dos aspectos político-econômicos, como também nos elementos da cultura, nas mentalidades e nos comportamentos. A obra proporciona o estudo, com outros olhos, de várias categorias de análise: o rico e o pobre, o dominado e o dominante, a cidade e o campo, o real e o imaginário, o popular e o erudito. A roupa é entendida permitindo ‘(...) ver o papel social das restrições naturais e funcionais, internas ou externas ao sistema do qual ela È ao mesmo tempo objeto e sujeito.’ (Roche, 2007, p.505). A Cultura das Aparências conta-nos a história acerca das civilizações, revelando os seus códigos mais íntimos.” (TRONCA, Flávia Zambon. Resenha da obra A Cultura das aparências: uma história da indumentária, de Daniel Roche. Disponível em: <http://www.ceart.udesc.br/modapalavra/artigos/resenharoche_flaviatronca.pdf>. Acesso em 04 maio 2016.) Os estudos de Daniel Roche, comentados no texto, são exemplos de: A) estudo histórico irrelevante para a história cultural. B) trabalho de história econômica que utilizou séries históricas. C) pesquisa histórica política que prescindiu do estudo da cultura material. D) produção de história cultural por meio do estudo da cultura material. E) análise da cultura material que inviabilizou a compreensão da história cultural. GABARITO 1 B A alternativa correta é a B, pois como apreendemos no tema 1 e 2 de nossa disciplina teóricos como o geógrafo alemão Friedrich Ratzel (1844-1904) adotaram os pressupostos do Positivismo evolucionista como instrumento legitimador do colonialismo e defesa da hegemonia dos povos considerados mais fortes e desenvolvidos. 2 D A alternativa correta é a D, pois como apreendemos nas discussões do tema 1 de nossa disciplina a Geografia na Idade Moderna, devido ás transformações apresentada no texto-base, passou a ser aplicada para valorização dos projetos nacionais e na descrição e caracterização dos lugares. 3 C alternativa C. Hoje, a hegemonia pedagógia pertence à perspectiva construtivista, centrada no aluno e em seus interesses individuais. 4 E A alternativa correta e a E, pois como apreendemos durante a construção de nossos conhecimentos relativos aos fundamentos epistemológicos da geografia, os estudos geográficos foram influenciados pelas teorias de Charles Darwin, em especial pelo conceito de seleção natural e pela soberania do meio (principalmente o clima) sobre as sociedades. 5 B A alternativa correta é a B, pois como apreendemos no tema 5 de nossa disciplina faz parte da alfabetização geográfica as saídas de campo, as atividades realizadas fora da sala de aula. Grande parte da compreensão da Geografia passa pelo olhar, portanto, as saídas dos alunos para passeios didáticos são imprescindíveis. Programar passeios, excursões e visitas a espaços e lugares, com objetivos passeios, excursões e visitas a espaços e lugares, com objetivos didáticos bem definidos, possibilitam que conceitos e informações sejam assimilados de forma prazerosa. 6 E alternativa E. Para White (1978, p. 89), a interpretação entra na historiografia por pelo menos três maneiras: esteticamente (na escolha de uma estratégia narrativa), epistemologicamente (na escolha de um paradigma explicativo) e eticamente (na escolha de uma estratégia pela qual as implicações ideológicas de dada representação possam ser deduzidas para a compreensão de problemas sociais do presente). C9P9. 7 B alternativa B. A Escola dos Annales, ao propor uma série de mudanças na forma de pensar e fazer a História, colocou um novo paradigma em ação. A ampliação dos objetos e das abordagens, aproximandoa História de outras formas de conhecimento, dinamizaram a ciência histórica. C6P14. 8 E alternativa E. A História busca resgatar na Literatura a mentalidade de diferentes grupos sociais de uma época; sua pretensão é investigar como as pessoas concebiam o mundo em que viviam. A literatura como fonte possibilita ao historiador compreender a mentalidade dos grupos sociais, o modo como se davam as relações de poder, os conceitos subjetivos que permeavam as ações, os preconceitos e tantos outros aspectos da mentalidade de uma época. C9P11. 9 E alternativa E. Braudel compreendia o conhecimento histórico como resultado do desdobramento de três níveis distintos de temporalidade: curta, média e de longa duração. Os eventos de curta duração são relativos aos acontecimentos “vividos no calor do momento”; os de média duração são relativos à conjuntura na qual as transformações podem ser percebidas; já as transformações históricas consideradas lentas, que só podem ser percebidas em um espaço de tempo de séculos e milênios, compreendem a noção de estrutura. C7P31 10 D alternativa D. Nos últimos anos, muitos historiadores culturais voltaram-se para o estudo da cultura material, aproximando-se da arqueologia e de curadores de museus, especialistas da história do vestuário, do mobiliário, das religiões, entre outros temas. Um exemplo dessa aproximação pode ser dado a partir da obra La culture dês habits(1989), do historiador francês Daniel Roche, que se debruçou sobre fontes da cultura material, como o vestuário, e desenvolveu uma análise complexa sobre o comportamento e a mentalidade das pessoas durante o período da Revolução Francesa. C10P34.
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