Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Formação Econômica do Brasil (Celso Furtado) Capítulo I Da expansão comercial à empresa agrícola - A expansão marítima portuguesa se deu pela necessidade de abertura de novas rotas comerciais. Uma vez aberta essas rotas, os preços das especiarias começaram a cair por toda a - Europa, impulsionando assim a busca das novas fontes de ‘riqueza’ através do mar. -A Espanha logra êxito na América com a extração dos metais (ouro e prata), entretanto Portugal não teve a mesma sorte que seus vizinhos e deixa o a sua descoberta, por meio século, de lado. -Portugal e Espanha se contrapõem as demais nações européias, criando assim divergências políticas. -A extração é novidade no mundo e isso impulsionou outros países a atacar a América Espanhola e outros começaram a empreender novas navegações. -Se não fosse o ouro, o continente americano teria progredido muito lentamente. -A colonização brasileira só se efetivou, pelo fato que as terras brasileiras estavam sendo alvo de invasões dos países europeus. -A França organiza uma expedição de povoamento visando à costa brasileira (atrás de ouro) e este fato, acelera a necessidade de ocupação dos lusitanos. -Portugueses e espanhóis tiveram que abrir mão de parte de suas terras, pois defender elas era muito custoso para eles. -A Espanha só defende suas rotas do ouro (México e Peru). -Holanda, França e Inglaterra (nações desenvolvidas comercialmente) contestam as posses das Coroas Ibéricas. -A empresa agrícola era completamente inviável no século XVI. Portugal foi pioneiro neste tipo de empreendimento. -O êxito lusitano na agricultura possibilitou a Coroa Portuguesa a colonização do Brasil. Sem este êxito seria impossível manter suas posses nas Américas. Capitulo II Fatores do êxito da empresa agrícola. · Portugal já tinha experiência agrícola do açúcar, desenvolvida nas ilhas do atlântico. · Houve um desenvolvimento de técnico (maquinários) nas instalações de engenho nas ilhas do atlântico. · Portugal se auto-desenvolveu tecnicamente, pois não contavam com as exportações das técnicas de outros países e isto foi de grande importância para o êxito da empresa agrícola no Brasil. · O açúcar português entra no mercado comercial europeu, mas com limitações (devido à superprodução da época). · Portugal vende o açúcar bruto aos flamengos e estes refinam e comercializam por toda e Europa. · Os holandeses foram de suma importância para o êxito agrícola brasileiro, pois eles eram os únicos capazes de inserir nom mercado europeu um novo produto: o açúcar. · O capital que financiava (grande parte dele) a empresa agrícola brasileira vinha da Holanda. · Os holandeses financiavam tudo: instalações, compra de escravos, refino, comercialização, etc. · O açúcar era um negocio mais holandês do que português. · A Holanda tinha o capital; Portugal tinha o desenvolvimento técnico; faltava a mão de obra – ESCRAVOS NEGROS. · O êxito do açúcar foi fator determinante que a coroa portuguesa permanecesse no Brasil. Capítulo III Razões do monopólio · O êxito agrícola no Brasil deu uma nova perspectiva às terras americanas para Portugal. · O enorme gasto com o setor público e privado, na aquisição de metais, provocou na Espanha e por toda a Europa altíssimas altas taxas de inflação. · O afluxo da importação do ouro aqui de forma de forma negativa na economia espanhola. · O artesanato local nas Américas (manufaturas) prejudicou o desenvolvimento econômico das colônias na América. · Se a Espanha tivesse implantado em suas colônias as plantações agrícolas, Portugal não teria êxito em sua empreitada, pois a Espanha dispunha de melhores terras, mão de obra em abundancia e um grande poder financeiro e isto não aconteceu devido a decadência espanhola. · Portugal obteve êxito na sua empresa devido a decadência econômica espanhola, pelo fato da descoberta precoce do ouro pelos espanhóis. Capítulo VI Desarticulação do sistema · A Holanda controlava todo o comercio europeu realizado pelo mar. · A luta pelo comercio do açúcar entre Holanda e Espanha · Quando os holandeses se instalaram no Brasil, adquiriram conhecimento técnico e com esse conhecimento, implantou nas Antilhas a cana de açúcar. O monopólio foi quebrado. Com isso a exportação de Portugal declina. Capitulo V As colônias de povoamento do hemisfério norte. Inglaterra e França, devido a suas guerras, não conseguem se estabelecer nas Américas, eles se estabelece nas ilhas do caribe em caráter militar. O povoamento dessas ilhas dá se na pequena propriedade. Devido os altos custos de translado para as Américas, cria-se companhias (principalmente inglesas) para financiar essas viagens. A Inglaterra tinha em seu território um excedente de mão de obra diferentemente das Coroas Ibéricas. O colono inglês assinava um contrato ao qual ele trabalhava por um prazo (5 á 7 anos) onde ao final deste, ele recebia um pedaço de terra e uma quantia em dinheiro. Esses ingleses recebiam um tratamento igual ou pior a do escravo africano. Na América do Norte (Nova Inglaterra) era impossível praticar a atividade agrícola para exportação, pois o clima era igual a da Inglaterra e o que se plantavam na colônia era igual ao que se colhia na Metrópole. As condições climáticas favorecem a plantação de algodão, café e açúcar. Capitulo VI Conseqüências da penetração do açúcar nas Antilhas. · Com o crescente sucesso do fumo na Europa, tem se a necessidade nas colônias, de se adquirir mão de obra e o escravo africano supriu essa necessidade, principalmente no sul dos EUA. · A Holanda começa seu plantio de cana nas Antilhas. · A implantação do açúcar nas Antilhas foi extremamente favorável para os holandeses, por estarem geograficamente bem localizados favorecendo assim sua exportação. · Com isso a população do caribe começou a se tornar mais negra e o sentido de povoamento se desfez. · A pequena propriedade das Antilhas deu lugar aos grandes latifúndios. · As colônias do norte do EUA se tornaram auto suficientes, pois pouco se dependia da metrópole e os seus colonos atendia os interesses da colônia e não o da metrópole. · Com a implantação da mão de obra escrava negra nas Antilhas, grande parte da população branca começou a migrar para o norte dos EUA. · Com o advento do açúcar nas ilhas do caribe, passou a ter necessidade de se exportar produtos para a subsistência destas colônias e o norte dos EUA, se beneficiaram deste emblema econômico. · Uma gama de circunstancias favoreceram os colonos do norte (EUA) para o seu desenvolvimento econômico: guerra entre Inglaterra e França, exclusão dos holandeses do comercio com as colônias, implantação do açúcar no caribe. · Para o pequeno proprietário era mais vantajoso contratar um colono do que um escravo africano. · As colônias do norte dos EUA, eram auto suficientes. Tinham mão de obra em abundancia, portanto não necessitavam de mão de obra escrava. · Enquanto que nas colônias de grandes latifúndios o consumo estava concentrado nas mãos de poucos, nas colônias de pequena propriedade os gastos de consumo se distribuíam entre a população. · As colônias da América, com exceção do norte dos EUA, viam se ligadas a Metrópole. Estavam submetidos a ela; buscavam os interesses da Metrópole. No norte do continente, a colônia inglesa era independente, os seus governantes não dirigiam a colônia voltada para a Inglaterra e sim voltada para seus interesses. Capitulo VII Encerramento da etapa colonial · Portugal viu-se enfraquecido com suas perdas (entreposto oriental e açúcar para a Holanda) por isso se aliou a Inglaterra, mantendo com ela acordos nada favoráveis. · A coroa lusitana sempre foi dependente de algum país: Holanda para expansão marítima e Inglaterra para a consolidação de suas colônias. · Privilégios para a Inglaterra dos acordos realizados com Portugal: jurisdição extraterritorial, liberdade de comércio com as colônias lusitanas, controle sobre tarifas.· Portugal teve que redefinir sua economia, e começou a importar menos com o intuito de fomentar sua indústria, fato que não aconteceu. Com a descoberta do ouro na América portuguesa, este redefinição econômica teve que ser deixada de lado. O acordo com a Inglaterra transferiu para ela todo o impulso aurífero, mas sem esse acordo, Portugal dificilmente consolidaria suas possessões na América. · O ouro brasileiro impulsionou o desenvolvimento econômico inglês. Incentivando sua indústria e com a aquisição do ouro, os banqueiros ingleses se tornaram os maiores de sua época. · O ouro é fictício para Portugal. · No final do século XVIII, com a revolução industrial, os liberais acabam com as barreiras protecionistas e deixando de lado o mercantilismo. · Com a transferência do governo português para o Brasil, transfere também a dependência econômica da Inglaterra. O material é uma resenha do livro - Formação Econômica do Brasil de Celso Furtado. A resenha foi feita pelo professor André Luiz e encontra-se no site:http://professorandreluiz-historia.blogspot.com.br/2007/09/resumo-do-livro-formao- economica-do.html
Compartilhar