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Homicídio: Tipos e Penas

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HOMICÍDIO
Profa. Ma. FÁBIA DO PRADO
	Homicídio simples
        	Art. 121. Matar alguem:
        	Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
        
	Caso de diminuição de pena
        	§ 1º Se o agente comete o crime impelido 	por 	motivo de relevante valor social ou 	moral, ou 	sob o domínio de violenta 	emoção, logo em 	seguida a injusta 	provocação da vítima, o juiz 	pode reduzir 	a pena de um sexto a um terço.
       
 Homicídio qualificado
        
§ 2° Se o homicídio é cometido:
        I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
        II - por motivo futil;
        III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
        IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido;
        V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
        Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Feminicídio       (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:    
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição:    
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:     
I - violência doméstica e familiar;     
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.     
       
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado:     
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; 
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência;    
III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima.     
SERÁ ESTUDADO SEPARADAMENTE LOGO MAIS
Homicídio culposo
        § 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)
        Pena - detenção, de um a três anos.
       
 Aumento de pena
        § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. 
       § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. 
      § 6o  A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.    
- Conceito: é a eliminação da vida humana, ou seja, a morte de um ser humano provocada por outro.
* Observação – No caso da eliminação da vida humana intra-uterina o crime será de aborto e somente após o início do parto (rompimento do saco amniótico), a eliminação da vida humana caracterizará o crime de homicídio (posteriormente veremos a hipótese peculiar do infanticídio)
- Objetividade jurídica: o bem jurídico protegido é a vida humana extra-uterina (a partir do início do parto).
- Sujeito ativo: (é aquele que comete o crime, o autor ou partícipe). No caso do homicídio, exceto a própria vítima (sob pena de ser suicídio), pode ser qualquer pessoa.
Sujeito passivo: é a pessoa atingida pelo crime. Pode ser qualquer uma dotada de vida extra-uterina.
-Objeto material: é a coisa ou pessoa sobre a qual recai a conduta. No caso, “alguém”, isto é, a pessoa humana.
Consumação e tentativa: trata-se de crime material, que é aquele que exige a produção do resultado naturalístico. Quanto a este cumpre destacar que de acordo com a Lei 9.434/97, a cessação da vida humana ocorre com a morte encefálica. A prova da morte é feita com exame de corpo de delito. Por se tratar de crime material, admite tentativa.
* Obs: agente descarrega sua arma de fogo contra a vítima e não a acerta (tentativa) // agente dispara sua arma de fogo contra a vítima e interrompe por sua vontade a execução mesmo (desistência voluntária) // Agente dispara contra a vítima e não a acerta (tentativa de homicídio – não cruenta ou branca)
Tipo Objetivo: o núcleo do tipo está centrado no verbo “matar”, que significa eliminar a vida, no caso, a humana. É crime de forma livre, pois não há limitação de forma para sua prática (admite qualquer meio executivo); comissiva ou omissiva. Deixar de alimentar, desferir tiros, envenenar...
Tipo Subjetivo: é o dolo, consistente na vontade livre e consciente de praticar a conduta típica, ou seja, a vontade de matar – no caso, há o chamado “animus necandi”.
- Formas :
a) Homicídio simples
	
Art. 121. Matar alguém:
Pena – reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos.
 
Tal qual o homicídio, há delitos que se apresentam nas formas simples, privilegiada, qualificada. Daí que se fala em tipo fundamental e tipo derivado.
 
b) Homicídio privilegiado
 §1º: “Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço”. 
	Hipótese de diminuição da pena: Casos: 
motivo de relevante valor social ou moral : relevante valor social diz respeito aos interesses da coletividade (ex: matar um traidor da pátria); enquanto que o relevante valor moral corresponde a interesses individuais do agente (ex: pai que mata o estuprador da sua filha);
domínio de violenta emoção, logo após a injusta provocação da vítima: para sua caracterização o agente deve estar sob forte emoção e sua ação se dar imediatamente depois de ter sido provocado injustamente pela vítima. * Observação: As circunstâncias sob comento são incomunicáveis.
HOMICÍDIO QUALIFICADO 
Pena – reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
I- Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe: Torpe é o motivo abjeto que causa repugnância, nojo, sensação de repulsa pelo fato praticado pelo agente. Paga é o valor ou qualquer outra vantagem, tenha ou não natureza patrimonial recebida antecipadamente, para que o agente leve a efeito a empreitada criminosa. Promessa de recompensa, promessa de pagamento futuro. “ou outro motivo torpe”, permite a interpretação analógica. ”
II - Motivo fútil: é aquele insignificante, desproporcional ao resultado produzido. Cliente de bar que elimina a vida do dono do estabelecimento que se recusou vender fiado. Ciúme não configura motivo fútil. Ausência de motivo: discute-se se pode ser equiparada ao motivo fútil. O entendimento predominante é no sentido de não admitir.
III - Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum: Há neste inciso também hipótese de analogia “intra legis”, conforme já estudado acima. Meios insidiosos: “(...) aqueles constituídos de fraude, clandestinos, desconhecidos da vítima, que não sabe estar sendo atacada. Ex. armadilha, sabotagem no motor do carro da vítima.
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido-
Há também a aplicação da analogia “intra legis” relacionada aos modos de execução do crime. Traição é ataque desleal, repentino e inesperado (ex.: atirar na vítima pelas costas ou durante o sono) 
A emboscada pressupõe ocultamento do agente, que ataca a vítima com surpresa. Denota essa circunstânciamaior covardia e perversidade por parte do delinquente. Dissimulação significa fingimento da sua intenção hostil, apanhando a vítima desatenta e indefesa. Outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido deve ser condizente com a noção de traição, emboscada ou dissimulação).
V - Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime. Trata-se de qualificação pela conexão (ligação) com outro crime. O homicídio, nesse caso, aparece em um plano secundário, pois somente é levado a efeito em razão de outro delito. Ex. homicídio praticado contra pessoa que impede o agente de sair para assaltar um banco, ou contra uma testemunha presencial de crime, ou contra coautor para que o agente fique sozinho com o produto do furto. 
Pluralidade de circunstâncias qualificadoras : apenas uma será utilizada para qualificar o delito e as demais devem ser utilizadas na dosimetria da pena.
 
Coexistência da forma “qualificada-privilegiada” de homicídio: Admite-se a ocorrência de homicídio privilegiado-qualificado desde que as qualificadoras sejam objetivas. Ex. matar estuprador da filha, por comoção, valendo-se de meio insidioso ou cruel.
- Comunicabilidade das circunstâncias qualificadoras entre os agentes
A comunicabilidade diz respeito aos casos de concurso de agentes - ver art. 30 do CP - “Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime”. 
Qualificadoras, que são dados acessórios agregados ao crime para tornar a sanção penal mais grave. Quando tiverem caráter subjetivo (motivos determinantes do crime, p. ex., motivo fútil, homicídio praticado mediante paga ou promessa de recompensa) não se comunicam. 
No entanto, se tiverem caráter objetivo, por exemplo, homicídio cometido mediante emboscada, haverá a comunicação se for do conhecimento do concorrente, ou seja, se com relação a ele tiver agido com dolo ou culpa. Se desconhecida a presença da mesma, não poderá responder pela figura qualificada do homicídio.
Homicídio culposo
        § 3º Se o homicídio é culposo: 
        Pena - detenção, de um a três anos.
       
        § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. 
	O perdão judicial é direito subjetivo do réu e não mera faculdade do juiz.
	A sentença que o reconhece é declaratória de extinção da punibilidade – Sumula 18 STJ
 Aumento de pena
        § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
Homicídio praticado na condução de veículo automotor – Lei 9.503/97 – artigo 302

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