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Trabalho de PARASITOLOGIA OFICIAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES 
UNIDADE ACADÊMICA DE ENFERMAGEM
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
DISCIPLINA: PARASITOLOGIA HUMANA
DOCENTE: GEOFÁBIO SUCUPIRA
PLASMODIUM- MALARIE
 AÇUCENA DE FARIAS CARNEIRO
 ISABELE CÓRLET BARRETO 
 MARIA LARISSE RIBEIRO DA SILVA
PEDRO FERREIRA PARNAÍBA NETO 
 
 
CAJAZEIRAS-PB
NOVEMBRO DE 2017
AÇUCENA DE FARIAS CARNEIRO
ISABELE CÓRLET BARRETO
MARIA LARISSE RIBEIRO DA SILVA
PEDRO FERREIRA PARNAÍBA NETO
PLASMODIUM- MALARIE
TRABALHO APRESENTADO AO CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - CAMPUS CAJAZEIRAS SOBRE PLASMODIUM-MALARIE COMO REQUISITO PARA OBTENÇÃO DA 2° NOTA NA DISCIPLINA PARASITOLOGIA HUMANA, SOB A ORIENTAÇÃO DO PROF. GEOFÁBIO SUCUPIRA.
CAJAZEIRAS-PB
NOVEMBRO DE 2017.
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	4
2.	OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS	5
3.	REVISÃO DE LITERATURA	5
3.1	AGENTE ETIOLÓGICO	5
3.2	ETIOLOGIA	5
3.3	HABITAT	6
3.4	TRANSMISSÃO	7
3.5	MORFOLOGIA	7
3.6	IMUNIDADE	7
3.7	PATOGENIA	8
3.8	QUADRO CLÍNICO	8
3.9	EPIDEMIOLOGIA	9
3.10	TRATAMENTO	10
3.11	PROFILAXIA	11
3.12	VACINAÇÃO CONTRA A MALÁRIA	11
4	CONCLUSÃO	13
REFERENCIAS	14
INTRODUÇÃO
A malária conceituada como uma doença aguda ou crônica, causada por um protozoario do gênero plasmodium, que tem como vetor o anofelino, continua sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo,sendo um problema global, mas com características locais,também conhecida como paludismo, febre palustre, impaludismo, maleita ou sezão. De acordo com LETÍCIA FIGUEIRA ET AL 2007 “a doença não se distribui geograficamente de forma homogênea, fato que pode explicar diferenças na eficácia e efetividade dos tratamentos.”
A malária foi primeiramente citada na era pré-cristã por Hipócrates, no entanto, somente no início do século XIX que o termo malária teve origem. Escritores italianos defendiam a tese de que, a doença era causada por fatores nocivos exalados dos pântanos tiberianos. Apenas em 1880 o médico francês Charles Louis Alphonse Laveran conseguiu observar organismos em movimento ao examinar, a fresco, o sangue de um paciente com malária. A descoberta de que a malária era uma hemoparasitose foi posteriormente confirmada por Gerhardt em 1884, que conseguiu reproduzir a doença a partir da transfusão de sangue infectado. Já em 1885, Golgi e cols. descreveram o ciclo assexuado do parasito.
Em 1891, a morfologia dos parasitos sanguíneos foi demonstrada através de um método de esfregaços corados desenvolvidos por Romanowsky. Quando Grassi, Bastianelli e Bignami, e 1898 e 1899 tiveram a glória de descobrir o desenvolvimento completo das três espécies de plasmódio humano em anofelinos. A partir do conhecimento do ciclo de vida do parasito diferentes estratégias de ataque a doença têm sido propostas, visando a interrupção de sua transmissão. Entre elas destaca-se o Programa de Erradicação da Malária proposto em 1955 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), centrado principalmente em ações verticais, incluindo a borrifação de paredes com inseticida de ação residual (DDT) e o tratamento em massa com antimalárico de baixa toxicidade (cloroquina).
Tais métodos para erradicação desta doença apesar de bem sucedido em vários países do mundo apresentou efeito limitado em extensas regiões da África, Ásia e América do Sul, incluindo a Amazônia brasileira. Sendo assim com reconhecimento deste panorama fez com que a estratégia de enfrentamento fosse modificada ao longo dos anos. Atualmente a OMS possui um plano de ação iniciado em 1995, denominado Estratégia Global da Malária, o qual enfatiza a integração das atividades de controle as atividades dos serviços gerais de saúde, reconhecendo as especificidades locais de cada situação a ser enfrentada.
OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS
O trabalho em questão foi realizado com o intuito de abordar questões relacionadas à malária uma doença infecciosa, febril, potencialmente grave, causada pelo parasita do gênero Plasmodium, transmitido ao homem, na maioria das vezes pela picada de mosquitos do gênero Anopheles infectados. Além de evidenciar o ciclo biológico, modos de transmissão, morfologia, patogenia, epidemiologia profilaxia, e tratamento.
Foram evidenciadas, também, novas abordagens apresentadas por diversos autores quanto à situação de grande disseminação em que a doença se encontra e quais os motivos que levaram a isso, além das regiões brasileiras que apresentam mais casos recorrentes.
REVISÃO DE LITERATURA
AGENTE ETIOLÓGICO
A malária humana é uma doença parasitária que pode ter evolução rápida e ser grave. Ela pode ser provocada por quatro protozoários do gênero Plasmodium:Plasmodium vivax, P. falciparum, P. malariae e P. ovale. No Brasil, somente os três primeiros estão presentes. A transmissão natural da doença se dá pela picada de mosquitos do gênero Anopheles infectados com o Plasmodium. Estes mosquitos também são conhecidos por anofelinos, dentre outros nomes. No Brasil de acordo com o Ministério da saúde a malaria “ é causada por Plasmodium falciparum, P. vivax e, mais raramente, P. malariae. O P. vivax é responsável pelo maior número de casos e o P. falciparum é responsável pelo maior número de mortes”. Plasmodium vivax: é menos virulento e pode cuminar em complicações graves que resultem na morte, classificado como tercã benigno. Plasmodium falciparum:classificado como tercã maligno, Existe em todas as regiões tropicais. É a espécie que causa a malária mais grave. Plasmodium malariae: quartã benigna, Mais rara, ocorre em todos os continentes. Plasmodium ovale: mais restrito a regiões da África.
ETIOLOGIA
HOSPEDEIRO VERTEBRADO – HUMANOS
A infecção malárica inicia-se quando esporozoítos infectantes são inoculados nos humanos pelo inseto vetor. Durante o repasto sanguíneo infectante, aproximadamente 15 a 200 esporozoítos são inoculadas sobre a pele do hospedeiro, permanecendo ali cerca de 15 minutos antes de alcançarem a corrente sanguínea.
Os esporozoítos são móveis, apesar de não apresentarem cílios ou flagelos. Esta sua motilidade está ligada a reorientação de proteínas na superfície do parasito. Os esporozoítos podem entrar em células hospedeiras sem nelas se desenvolverem, assim pode haver sua migração por diferentes células antes que ocorra a infecção de um hepatócito, com a consequente formação de um vacúolo parasitóforo.
Após invadir o hepatócito os esporozoítos se diferenciam em trofozoítos pré-eritrócitos, estes se multiplicam por reprodução assexuada do tipo esquizogonia dando origem aos esquizontes teciduais e posteriormente a milhares de merozoítos, que invadem os eritrócitos. Esta primeira fase do ciclo é denominada exo-eritrocítica eritrocítica ou tissular e, portanto, precede o ciclo sanguíneo do parasito.
Nas células fígado o desenvolvimento para plasmodium falciparum e plasmodium vivax requer aproximadamente uma semana, ir para o plasmodium malariae cerca de duas semanas. Nas infecções causadas pelo plasmodium vivax e ovale o vetor mosquito e inocula populações geneticamente distintas de esporozoítos alguma se desenvolvendo rapidamente enquanto outras ficam em estado de latência no hepatócito sendo por isso denominadas hipnozoítos.
Estes episódios são responsáveis pela as recaídas tardias da doença, tais recaídas são, portanto, na parte do ciclo pré- eritrócitos e eritrócitos consequência esquizogonia tardia de parasitos dormentes no interior dos hepatócitos. O ciclo eritrocítico inicia-se quando os merozoítos tissulares invadem os eritrócitos, a interação dos merozoítos com os eritrócitos envolve o reconhecimento de receptores específicos. Devido aos diversos tipos de plasmodium se tem receptores diferentes, assim tendo implicações diretas sobre as parasitemias.O desenvolvimento dentro do eritrocítico do parasito se dá por esquizogônica com a formação de merozoítos que vão invadir novos eritrócitos após algumas gerações de merozoítos ocorre sua diferenciação em estágios sexuados os gametócitos que não mais se dividem em que seguiram seu desenvolvimento do mosquito vetor dando origem aos esporozoítos.
HOSPEDEIRO INVERTEBRADO-INSETO
Durante o repasto sanguíneo, a fêmea do anofelino ingere as formas sanguíneas do parasito, mas somente os gametófitos serão capazes de evoluir um inseto, dando origem ao ciclo sexuado ou esporogônico.
Pelo processo de gametogênese o gametócito feminino se transforma em macrogameta, e o masculino pela exflagelação da origem a oito microgametas, estes se fecundarão formando um ovo ou zigoto, que passará a ser denominado oocineto , em que atinge a parede do intestino médio passando a ser chamado oocisto, após um período de nove a quatorze dias são liberados os esporozoítos, que ingressaram no ducto salivar e que no repasto sanguíneo sairá junto com a saliva.
HABITAT 
O habitat varia para cada fase do ciclo dos plasmódios humanos no homem as formas infectantes, os esporozoítos, circulam brevemente na corrente sanguínea , na etapa seguinte o parasita se desenvolve no interior do hepatócito e posteriormente nos eritrócitos. No inseto vetor as diferentes formas evolutivas desenvolvem-se sucessivamente no interior da Matriz peritrófica, no epitélio médio, na hemolinfa e nas glândulas salivares.
TRANSMISSÃO
A transmissão natural da malária ao homem se dá pela fêmea do mosquito anofelinos, e quanto às fontes de infecção humana para como mosquitos, são pessoas doentes ou mesmo indivíduos assintomáticos, como também formas infectantes de transmissão ao homem podem ser pela forma acidental transmitida por uma transfusão sanguínea, seringas contaminadas compartilhadas, acidentes em laboratórios e raramente infecção congênita.
MORFOLOGIA
O esporozoíto tem formato alongado, após a penetração deste no hepatócito, ocorre a perda de organelas do complexo apical e o parasito se torna arredondado sendo chamado trofozoíto, assim com sucessivas divisões celulares dará origem ao equizonte tissular.
O merozoíto independentemente de sua origem, são células similares e capazes de invadir somente hemácias, se assemelham aos esporozoítos, sendo, porém, menores e arredondados, já as formas eritrocíticas compreendem os estágios de trofozoítos jovem e maduro, esquizonte e gametócitos, os microgametas são células flageladas originárias do processo de flagelação, a macrogameta são células que apresentam estrutura proeminente na superfície por onde se a penetração do microgameta, o oocineto tem forma alongada de aspecto vermiforme, móvel e por fim o oocisto apresenta grânulos pigmentados em seu interior sendo envolto por uma cápsula. 
 Esporozoítos Esquizontes Tissular
 
 Tropozoíto
IMUNIDADE
Os mecanismos imunes envolvidos na proteção contra a malária podem ser divididos em resistência inata e imunidade adquirida.
Resistência Inata: É uma propriedade inerente do hospedeiro e independente de qualquer contato prévio com o parasito. Pode ser absoluta, quando protege completamente o indivíduo da doença, ou relativa nos casos em que, mesmo havendo o desenvolvimento do parasito, o processo infeccioso é autolimitado. Um exemplo de resistência absoluta é o fato de o homem não ser suscetível à infecção por plasmódios aviários ou roedores. Resistência relativa pode ser comprovada em algumas infecções humanas com plasmódios simianos, as quais são controladas pelo hospedeiro antes de apresentar manifestações clínicas definida.
Imunidade Adquirida: É desenvolvida ao longo dos anos de exposição e permanência do paciente em zona endêmica A história natural da malária em regiões de alta transmissão, como na África e em algumas regiões da Ásia, ilustra bem a complexidade da resposta imunológica adquirida pelo homem contra o plasmódio e a dinâmica relação parasita-hospedeiro que se desenvolve nos indivíduos constante e cronicamente expostos à doença. Nessas áreas, onde o P. Falciparum é predominante, os recém-nascidos são protegidos de malária grave durante os três primeiros meses de vida. Isso ocorre devido a transferência passiva de anticorpo igG da mãe imune para o filho é considerada um dos principais fatores responsáveis pela resistência do recém nascido. Porém após este período, as crianças são altamente susceptíveis à malária grave, sendo frequentemente as infecções fatais durante os dois a três primeiros anos de vida. Com o aumento da idade, as crianças sofrem progressivamente menos episódios de malária grave, embora possam apresentar altas parasitemias, na ausência de sintomas. Atingindo a idade adulta, os sintomas clínicos das doenças são menos pronunciados e os níveis de parasitos sanguíneos muito baixos refletindo uma imunidade “antiparasito” ou premunição.
PATOGENIA
Apenas o ciclo eritrocítico assexuado é responsável pelas manifestações clínicas e patológicas da malária. A passagem do parasito pelo fígado (ciclo exo-eritrocítico) não é patogênica e não determina sintomas a destruição dos eritrócitos e a consequente liberação dos parasitos e de seus metabólicos na circulação provocam uma resposta do hospedeiro, determinando alterações morfológicas e funcionais observados no indivíduo com malária. As formas clínicas das doenças se baseiam na interação desses fenômenos patogênicos: 
Destruição dos eritrócitos parasitados; 
Toxicidade resultante da liberação de citocinas; 
Seqüestro dos eritrócitos parasitados na rede capilar, no caso específico do P. falciparum; 
Lesão capilar por deposição de imunocomplexos, no caso do P. malariae.
QUADRO CLÍNICO
O período de incubação da malária varia de acordo com a espécie de plasmódio, sendo de 9-14 dias para o P. falciparum, 12-17 dias para o P.Vivax, 18-40 para o P.malarie e 16-18 dias para o P. Ovale. Uma fase sintomática inicialmente caracteriza-se por mal-estar, cefaleia, cansaço, mialgia, geralmente precede a clássica febre da malária. Estes sintomas são comuns a muitas outras infecções, não permitindo um diagnóstico clínico seguro. Porém o ataque paroxístico agudo (acesso malárico), coincidente com a ruptura das hemácias ao final da esquizogonia, é geralmente acompanhado de calafrio e sudores, seguido de elevação rápida da temperatura corpórea podendo atingir 41ºc. Após um período de duas horas a seis horas, ocorre efervescência da febre e o paciente apresenta sudorese profunsa e fraqueza intensa. Depois de algumas horas, os sintomas desaparecem e o paciente sente-se melhor.
O quadro clínico da malária pode ser: malária não complicada e malária grave e complicada, na dependência da espécie do parasito, da quantidade de parasitos circulantes, do tempo de doença e do nível de imunidade adquirida pelo paciente. O diagnóstico precoce e o tratamento correto e oportuno são os meios mais adequados para reduzir a gravidade e a letalidade por malária.
A Malária não complicada as manifestações clínicas mais frequentes são comuns ás quatro espécies que parasitam os humanos. Em geral, os acessos maláricos são acompanhados de intensa debilidade física, náuseas e vômitos.
 A malária grave e complicada os adultos não imunes, bem como crianças e gestantes, podem apresentar manifestações mais graves da infecção podendo ser fatal no caso de P. Falciparum. A hipoglicemia, o aparecimento de convulsões, vômitos repetidos, hiperpirexia, icterícia e distúrbio da consciência são indicadores de pior prognóstico e podem preceder as seguintes formas clínicas da malária grave e complicada: Malária cerebral, insuficiência renal, Edema pulmonar agudo, Hipoglicemia, Icterícia e Hemoglobinúria.
EPIDEMIOLOGIA 
A malária permanece como uma das mais importantes causas de morbidade e mortalidade nas regiões tropicais do mundo, com estimativa de 2,4 bilhões de pessoas expostas ao risco de infecção pelo Plasmodium falciparum e 2,9 bilhõesde pessoas expostas ao risco de infecção pelo Plasmodium vivax. Embora a infecção pelo P. vivax tenha uma mortalidade consideravelmente menor, sua distribuição geográfica é muito mais ampla e sua frequência no Brasil é muito maior (1, 2), representando aproximadamente 86% dos casos notificados em 2011. 
No Brasil, mais de 99% dos casos de malária são registrados na região amazô­nica, que engloba os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Nessa região, as condições propícias para a sobrevivência do vetor e as condições socioeconômicas e ambientais favorecem a transmissão da doença.
Após a Conferência Interministerial de Amsterdã, realizada pela Organiza­ção Mundial da Saúde (OMS), em 1992, foram determinados, como objetivos principais para o controle da malária, a prevenção da mortalidade e a redução da morbidade. A Estratégia Global para Malária recomendada nessa reunião mudou o foco do controle vetorial para o controle dos casos clínicos e preconizou:
 a) adoção do diagnóstico precoce e pronto tratamento dos casos;
 b) planejamento e implementação de medidas de controle seletivas e sustentáveis, ajustadas às características particulares da transmissão existentes em cada localidade;
 c) detec­ção oportuna e contenção ou prevenção de epidemias; 
 d) monitoramento regular da situação da malária, em particular de seus determinantes ecológicos, sociais e econômicos.
Acompanhando a estratégia global mundial, o Brasil também adotou essas medidas, com resultados importantes para a expansão da rede de diagnóstico e tratamento. Como resultado, registrou-se uma redução das formas graves de malária determinadas pelo P. falciparum, o que levou ao declínio da mortalidade por malária e estabilizou o número de casos de malária em aproximadamente 500 mil casos anuais. O Programa Nacional de Controle da Malária (PNCM), criado em 2003, tem como objetivos principais: reduzir a letalidade e a gravidade dos casos, reduzir a incidência da doença, eliminar a transmissão em áreas urbanas e manter a ausência da doença em locais onde a transmissão já foi interrompida. 
A Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Malária segue a orientação da OMS, que recomenda três interven­ções principais para alcançar os objetivos traçados no controle da doença: diagnóstico rápido dos casos de malária e tratamento com medicamentos efetivos; distribuição de mosquiteiros impregnados com inseticida de longa duração para atingir cobertura total sobre toda população em risco; e borrifação residual intradomiciliar com inseticidas para reduzir ou eliminar a transmissão de malária.
Embora haja dados bem documentados sobre a situação da malária no Brasil, uma análise da tendência temporal da malária nesta última década tem sido pouco abordada. Sendo assim, os objetivos do presente trabalho foram descrever a situação epidemioló­gica da malária na região amazônica entre os anos de 2003 e 2012, enfocando particularmente a situação da malária por P. falciparum na região amazônica no ano de 2012.
 
TRATAMENTO
O tratamento adequado e oportuno da malária é hoje o principal alicerce para o controle da doença. Antes do surgimento da resistência do P. falciparum à cloroquina, esta droga era utilizada para as quatro espécies de plasmódios que parasitam o homem. Hoje, além da cloroquina, o P. falciparum apresenta resistência a diversos outros antimaláricos, tornando o seu tratamento um dilema para o médico e um desafio para as autoridades de saúde responsável pelo controle da malária (NEVES et al, 2005).
 O tratamento da malária visa atingir o parasito em pontos chave de seu ciclo evolutivo, os quais podem ser didaticamente resumidos em: 
a) interrupção da esquizogonia sanguínea, responsável pela patogenia e manifestações clínicas da infecção; 
b) destruição de formas latentes do parasito no ciclo tecidual (hipnozoítos) das espécies P. vivax e P. ovale, evitando assim as recaídas tardias;
 c) interrupção da transmissão do parasito, pelo uso de drogas que impedem o desenvolvimento de formas sexuadas dos parasitos (gametócitos).
 No Brasil o ministério da saúde, por meio de uma política nacional de tratamento da malária, orienta a terapêutica e disponibiliza gratuitamente os medicamentos antimaláricos utilizados em todo o território nacional, em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Para o cumprimento dessa política, o programa nacional de controle da malária (PNCM) preocupa-se, constantemente, em revisar o conhecimento vigente sobre o arsenal terapêutico da malária e sua aplicabilidade para o tratamento dos indivíduos que dela padecem em nosso país. Pesquisadores, professores e profissionais de saúde de renomadas instituições brasileiras de ensino, pesquisa e assistência compõem uma Câmara Técnica de Terapêutica da Malária, oficialmente nomeada pelo Ministério da Saúde, com o objetivo de assessorar o PNCM na determinação da política nacional de tratamento da doença. ( MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010)
Para atingir o objetivos do tratamento da malária, diversas drogas são utilizadas, cada uma delas agindo de forma específica, tentando impedir o desenvolvimento do parasito no hospedeiro. são exemplos destas drogas fornecidas pelo ministério da saúde: a cloraquina; a primaquina, mefloquina; a quinino; artesunato; e doxiciclina. A decisão de como tratar o paciente com malária deve ser precedida de informações sobre os seguintes aspectos:
 a) espécie de plasmódio infectante, pela especificidade dos esquemas terapêuticos a serem utilizados;
 b) idade do paciente, pela maior toxicidade para crianças e idosos; 
c) história de exposição anterior à infecção uma vez que indivíduos primoinfectados tendem a apresentar formas mais graves da doença; 
d) condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde; 
e) gravidade da doença, pela necessidade de hospitalização e de tratamento com esquemas especiais de antimaláricos. 
PROFILAXIA
Do ponto de vista teórico a profilaxia da malária pode ser feita em níveis individual e coletivo. Na prática, as circunstâncias que levam as pessoas e populações a viver sob o risco de adquirir a doença funcionam como limitadores do alcance dessas medidas. Assim, podemos dividir as medidas profiláticas em: 
Medidas de proteção individual: como o uso de repelentes, telar portas e janelas, dormir com mosquiteiros e etc, 
Quimioprofilaxia: consiste no uso de drogas antimaláricas em doses subterapêuticas, a fim de reduzir formas clínicas graves e o óbito devido à infecção por P. falciparum.
 Medidas coletivas: medidas de combate ao vetor, medidas de combate às larvas, medidas de saneamento básico, medidas para melhorar as condições de vida e etc.
VACINAÇÃO CONTRA A MALÁRIA 
Com base no conhecimento da imunidade naturalmente adquirida, muito se tem feito no sentido de identificar antígenos de diferentes estágios do parasito que seriam responsáveis pela indução da imunidade protetora. Esses antígenos, se utilizados em uma vacina, poderiam induzir mecanismos capazes de diminuir ou mesmo bloquear os efeitos do parasito e da doença no homem. A busca de vacinas eficazes contra a malária tem sido realizada em varias direções, incluindo estudos com as muitas formas evolutivas do parasito, os esporozoitos, as formas hepáticas, as formas assexuadas eritrocíticas e os gametócitos (NEVES et al, 2005).
Algumas vacinas já foram testadas em voluntários humanos, com resultados diversos. Dentre estas vacinas pode-se citar: vacinas antiesporozoitos, vacinas contra formas assexuadas Eritrociticas, vacinas contra formas sexuadas entre outras.
CONCLUSÃO 
Diante de todas as discussões feitas acerca da Plasmodium-malarie seu agente etiológico, pode-se concluir que essa patologia constitui um enorme problema para a saúde pública e a falta de profissionais familiarizados com o quadro da doença fora da região endêmica. No Brasil, por exemplo, ocorrem cem vezes mais óbitos nas áreas fora da Região Amazônica do quena região endêmica propriamente, Por isso é importante que, pessoas com suspeita de malária que residam fora da região endêmica procurem um serviço especializado no diagnóstico e tratamento da malária  recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que o diagnóstico dos pacientes com suspeita de malária se dê por meio de exames parasitológicos por microscopia ou de testes rápidos de diagnósticos (rapid diagnostic tests - RDTs). O diagnóstico precoce é essencial para o bom prognóstico do paciente e depende da suspeição clínica. A prevenção da malária consiste no controle/eliminação do mosquito transmissor a fim de controlá-la e evitar sua disseminação para que outros indivíduos não se tornem alvos desta doença que acomete tantas pessoas.
 
 REFERENCIAS
Biosaúde, Londrina, v. 14, n. 1, 2012- Aspectos parasitológicos e imunológicos da malária; Mioto,L.D; Galhardi, L.C.F; Amarante, M.K
Lapouble OMM, Santelli ACFS, Muniz-Junqueira MI. Situação epidemiológica da malária na região amazônica brasileira, 2003 a 2012. Rev Panam Salud Publica. 2015;38(4):300–6.
Ministério da saúde. Guia pratico de tratamento da malária no Brasil. Brasília,2010.
Ministério da saúde. Conheça a Malária. Disponível em http://www.fiocruz.br/ioc/media/malaria%20folder.pdf;.
NEVES, D. P et al Parasitologia humana 11ªedição. São Paulo: Editora Atheneu,2010.
FREITAS, Letícia Figueira; CHAVES, Gabriela Costa; WANNMACHER, Lenita  e  OSORIO-DE-CASTRO, Claudia FREITAS, Letícia Figueira; CHAVES, Gabriela Costa; WANNMACHER, Lenita  e  OSORIO-DE-CASTRO, Claudia Garcia Serpa. Cad. Saúde Pública [online]. 2007, vol.23, n.10, pp.2285-2294. ISSN 1678-4464.  http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2007001000004. 
Ministério da Saúde. Vigilância em saúde. Situação epidemiológica da malária no Brasil, 2005. http://www.saude.gov.br/svs (acessado em 24/Fev/2006).

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