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de britagem. A fragmentação do material ocorre por compressão efetuado pelos dois rolos sobre o material, à medida que o bloco de rocha desce no interior da câmara de britagem. A seguir apresenta-se uma foto de um britador de rolos. Fonte: Wills, 2003 Figura 7.1 – Foto de um britador de rolos 57 7.2 MANUTENÇÃO BÁSICA A manutenção básica consiste em: a) Lubrificação Periódica Lubrificação = ƒ (horas trabalhadas) b) Troca dos Revestimentos dos Rolos A troca dos revestimentos ocorre quando os mesmos apresentam-se desgastados. Troca de Revestimentos = ƒ (toneladas britadas ; abrasividade da rocha) A abrasividade da rocha é função da quantidade de sílica que a rocha apresenta, quanto maior a quantidade de sílica em uma rocha, mais abrasiva é a rocha, portanto, maior o desgaste que a mesma produz aos revestimentos. 7.3 AJUSTE OPERACIONAL O controle operacional é feito simplesmente pelo ajuste da abertura de saída, o qual é efetuado por meio da aproximação ou afastamento dos rolos, que produz respectivamente a diminuição e o aumento da abertura de saída. Isto é possível, pelo fato de um dos rolos apresentar-se deslizante sobre guias e apoiado em um sistema de alívio de molas, para permitir regulagem de abertura e proteger a máquina de objetos não britáveis A seguir apresenta-se uma figura esquemática explicando identificando o mecanismo de ajuste. Figura 7. 2 – Sistema para ajuste operacional 58 A regulagem da abertura de saída consiste em controlar duas variáveis operacionais, as quais são: a) Granulometria do produto britado; b) Capacidade produtiva do equipamento expressa em toneladas / hora ou m3 / hora. Os fabricantes de equipamentos fornecem o controle operacional dos mesmos através de: a) Curvas Granulométricas do Britador Estas relacionam o ajuste operacional do britador com a curva granulométrica do produto britado. Granulometria do Produto Britado = ƒ (Ajuste da Abertura de Saída) A seguir apresenta-se um exemplo de Curvas Granulométricas de Britadores de Rolos. Fonte: Manual de Britagem Faço Figura 7.3 - Curvas granulométricas de britador de rolos em circuito aberto 59 Fonte: Manual de Britagem Faço Figura 7.4 - Curvas granulométricas de britador de rolos em circuito fechado b) Tabelas de Capacidade Produtiva do Britador Estas relacionam o ajuste operacional do britador com a capacidade produtiva do equipamento. Capacidade Produtiva do Britador = ƒ (Ajuste da Abertura de Saída) A seguir apresentam-se Diagramas de Capacidade Produtiva. Fonte: Manual de Britagem Faço Figura 7.5 – Exemplos de modelos de britadores de rolos 60 Fonte: Manual de Britagem Faço Figura 7.6 – Diagramas de capacidade produtiva de britadores de rolos 7.4 GRANULOMETRIA DE ALIMENTAÇÃO A granulometria máxima (maior tamanho ou “top size”) para alimentação dos de britadores de rolos é função do modelo e do ajuste operacional do mesmo. A seguir 61 apresentam-se duas tabelas relativas a dois modelos de britadores de rolos, as quais demonstram a relação existente entre o ajuste operacional e o “top size” da alimentação. Fonte: Manual de Britagem Faço Figura 7.7 – Determinação de “top size” para britadores de rolos 61 CAPÍTULO 8 APLICAÇÃO OPERACIONAL APLICAÇÃO OPERACIONAL TIPO DE BRITADOR Etapa de Britagem Utilização de Mandíbulas Primária Secundária � Os britadores de mandíbulas aplicam-se para rochas de qualquer dureza, porém, que apresentem baixo teor de umidade e argila. � É um britador de uso muito comum em unidades de britagem. Giratório Primária Secundária � Os britadores giratórios aplicam-se para rochas de qualquer dureza, porém, que apresentem baixo teor de umidade e argila, sendo que o britador giratório apresenta maior produtividade do que o britador de mandíbulas. de Rolo Dentado Primária � O britador de rolo dentado aplica-se para rochas brandas como carvão, ou rochas com alto teor de umidade e argila. Cônico Secundária Terciária Quaternária � Os britadores cônicos aplicam-se para rochas de qualquer dureza, porém que apresentem baixo teor de umidade e argila. � Muito utilizado em usinas de britagem de pedreiras para dar um formato mais cúbico às britas. � É o equipamento mais empregado nesta etapa. Em muitas usinas estes equipamentos preparam o material para alimentar um moinho, portanto, constituindo o último estágio de britagem. de Rolos Primária Secundária Terciária � Caracteriza-se por gerar pouco fino, porém pode promover fraturas internas nos fragmentos britados, condição esta a qual não pode ser detectada por análise granulométrica, e que pode constituir-se em aspecto positivo (se mesmo anteceder uma operação de moagem), ou em aspecto negativo (se o produto britado é para gerar agregado graúdo ou miúdo). � Industrialmente pouco aplicado devido ao desgaste diferenciado que ocorre nos rolos, resultado da alimentação não distribuir ao longo do comprimento dos rolos e sim concentrar mais na parte central. � Apresenta bom desempenho com materiais argilosos. 62 CAPÍTULO 9 PROBLEMAS – CAUSAS E SOLUÇÕES PROBLEMAS DESCRIÇÃO CAUSA SOLUÇÃO Empastalamento Consiste em materiais que grudam nos revestimentos e não escoam para a abertura de saída. � Alimentação com grande quantidade de materiais argilosos, finos e úmida. � Realizar o escalpe de finos. Entupimento (“blocking”) Alimentação do britador com blocos ou fragmentos maiores do que a abertura de entrada do britador. Quando se trata de britagem primária estes blocos denominam-se por matacões. � Para o caso de britagem primária, a causa deve-se ao desmonte de rochas, o qual pode estar gerando blocos com tamanhos inadequados à alimentação do britador primário. � No caso de rebritagens, a causa deve-se a ajustes operacionais de britadores anteriores que geram um “top size” inadequado à alimentação do britador subseqüente. Para o caso britador primário pode-se: � Otimizar o plano de fogo; � Disponibilizar um rompedor hidráulico na frente de lavra ou uso alternativo de um “drop ball”; � Realizar um escalpe de grossos na alimentação do britador associado com um rompedor hidráulico. � Utilizar uma pinça hidráulica para retirar os matacões. Para o caso de rebritadores � Ajustar o britador anterior a fim de que o “top size” do mesmo torn-se adequado à alimentação do britador em questão. Atolamento (“bridging”) Condição comum de ocorrer em britador de mandíbulas, e que se caracteriza pelo fato das partículas se arrumarem dentro da câmara de britagem de maneira a formarem um arco que sustenta as partículas acima delas e impedem a passagem das mesmas, cessando o escoamento, apesar do funcionamento do britador. � Pode ser a forma de alimentação do britador. � Otimizar a alimentação do britador. � Colocação de um calço (fragmentos de rochas em geral) entre os espaços vazios a fim de que o britador, uma vez em movimento, possa gerar um processo de fragmentação de partícula contra partícula e assim desfazer a estrutura de arco. � Utilizar uma pinça hidráulica para desfazer tais estruturas (para casos de britagem primária). 63 PROBLEMAS DESCRIÇÃO CAUSA SOLUÇÃO Afogamento (“chocking”) Condição operacional quando a alimentação transborda da abertura de entrada do britador. A medida que a rocha desce na câmara de britagem coexistem as seguintes situações: � O fenômeno de empolamento da rocha britada; � Estreitamento do perfil da câmara de britagem A conjugação destes dois fatos dá origem a um escoamento mais lento,