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XXIII SIMPEP Art 1366

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See	discussions,	stats,	and	author	profiles	for	this	publication	at:	https://www.researchgate.net/publication/311611972
Evaluation	of	Inventory	Management	Models´
effectiveness:	use	of	AHP	method	in	weighing
of	importance	levels	of	perf....
Conference	Paper	·	December	2016
CITATIONS
0
READS
49
2	authors:
Lucas	Ikeziri
São	Paulo	State	University
5	PUBLICATIONS			0	CITATIONS			
SEE	PROFILE
Fernando	Souza
São	Paulo	State	University
53	PUBLICATIONS			61	CITATIONS			
SEE	PROFILE
All	content	following	this	page	was	uploaded	by	Lucas	Ikeziri	on	14	December	2016.
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AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DE MODELOS DE 
GESTÃO DE ESTOQUES: USO DO MÉTODO AHP NA 
PONDERAÇÃO DOS NÍVEIS DE SIGNIFICÂNCIA DOS 
INDICADORES DE DESEMPENHO 
 
LUCAS MARTINS IKEZIRI - lucas_ikeziri@outlook.com 
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP - BAURU-FEB 
 
FERNANDO BERNARDI DE SOUZA - fbernardi@feb.unesp.br 
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP - BAURU-FEB 
 
 
Área: 6 - PESQUISA OPERACIONAL 
Sub-Área: 6.2 - DECISÃO MULTICRITERIAL 
 
Resumo: ESTE ARTIGO TEM O PROPÓSITO DE PONDERAR OS GRUPOS DE 
INDICADORES RELACIONADOS À GESTÃO DE ESTOQUES (INVENTORY 
MANAGEMENT – IM) E OS INDICADORES SELECIONADOS PARA CADA GRUPO, 
POR NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA, UTILIZANDO O MÉTODO DE ANÁLISE 
HIERÁRQQUICA DE PROCESSOS (ANALYTIC HIERARCHY PROCESS – AHP), SOB 
AS PERSPECTIVAS DE UM PESQUISADOR ACADÊMICO DA ÁREA DE GESTÃO DE 
OPERAÇÕES, UM GESTOR DA ÁREA DE LOGÍSTICA E UM DIRETOR INDUSTRIAL. 
FOI ELABORADA UMA REVISÃO DE QUATRO TRABALHOS CONCEITUADOS NA 
LITERATURA ACADÊMICA, QUE LISTAM MÉTRICAS UTILIZADAS NA GESTÃO DE 
CADEIAS DE SUPRIMENTOS, POSSIBILITANDO A CONCEPÇÃO DE UM QUADRO 
CONTENDO 132 INDICADORES DE DESEMPENHO CLASSIFICADOS DE ACORDO 
COM OS CRITÉRIOS UTILIZADOS PELOS AUTORES DOS TRABALHOS 
ESCOLHIDOS. 15 INDICADORES RELACIONADOS À IM FORAM ELEITOS E 
DIVIDIDOS ENTRE OS GRUPOS DE INDICADORES PARA APLICAÇÃO DO 
MÉTODO AHP. OS RESULTADOS MOSTRARAM QUE O PESQUISADOR 
ACADÊMICO E O DIRETOR INDUSTRIAL PONDERARAM AS IMPORTÂNCIAS DOS 
GRUPOS DE FORMA SEMELHANTE E QUE HÁ UMA TENDÊNCIA NA UTILIZAÇÃO 
DE INDICADORES RELACIONADOS AOS GRUPOS NÍVEL DE SERVIÇO E TAXA DE 
ROTATIVIDADE DE ESTOQUES NA AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DE MODELOS 
DE IM. NO ENTANTO, O CONHECIMENTO DO CUSTO RELEVANTE TOTAL TEM 
IMPORTÂNCIA FUNDAMENTAL, POR EXEMPLO, PARA A PARAMETRIZAÇÃO DE 
SISTEMAS DE ARMAZENAGENS. 
 
Palavras-chaves: MEDIDAS DE DESEMPENHO; MÉTRICAS; GESTÃO DA CADEIA 
DE SUPRIMENTOS; GESTÃO DE OPERAÇÕES; SAATY. 
XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais 
Bauru, SP, Brasil, 9 a 11 de novembro de 2016 
 
 
 
2 
EVALUATION OF INVENTORY MANAGEMENT 
MODELS´ EFFECTIVENESS: USE OF 
AHP METHOD IN WEIGHING OF 
IMPORTANCE LEVELS OF 
PERFORMANCE INDICATORS 
 
Abstract: THIS ARTICLE IS INTENDED TO WEIGH INDICATORS´ GROUPS 
RELATED TO INVENTORY MANAGEMENT (IM) AND THE INDICATORS SELECTED 
FOR EACH GROUP, BY LEVEL OF IMPORTANCE, USING THE ANALYTIC 
HIERARCHY PROCESS (AHP) METHOD, UNDER THE PERSPECTIVES OF AN 
ACCADEMIC RESEARCHER OF OPERATIONS MANAGEMENT AREA, A MANAGER 
OF THE LOGISTICS DEPARTMENT AND AN INDUSTRIAL DIRECTOR. A REVIEW OF 
FOUR REGARDED WORKS IN THE ACADEMIC LITERATURE WAS CREATED, 
WHICH LISTS METRICS USED IN THE SUPPLY CHAIN MANAGEMENT, ENABLING 
THE CONCEPTION OF A FRAMEWORK CONTAINING 132 PERFORMANCE 
INDICATORS CLASSIFIED ACCORDING TO THE CRITERIA USED BY THE 
AUTHORS OF THE CHOSEN WORKS. 15 IM-RELATED INDICATORS WERE CHOSEN 
AND DIVIDED BETWEEN THE SETS OF INDICATORS FOR THE APPLICATION OF 
AHP METHOD. THE RESULTS SHOWED THAT THE ACADEMIC RESEARCHER AND 
THE INDUSTRIAL DIRECTOR WEIGHED THE IMPORTANCE OF GROUPS 
SIMILARLY AND THAT THERE IS A TREND IN THE USE OF INDICATORS RELATED 
TO SERVICE LEVELS AND INVENTORY TURNS GROUPS IN THE EVALUATION OF 
THE EFFECTIVENESS OF IM MODELS. HOWEVER, KNOWLEDGE OF TOTAL 
RELEVANT COST HAS A FUNDAMENTAL IMPORTANCE, FOR INSTANCE, FOR THE 
PARAMETERIZATION OF WAREHOUSE MANAGEMENT SYSTEMS. 
 
Keyword: PERFORMANCE MEASURES; METRICS; SUPPLY CHAIN MANAGEMENT; 
OPERATIONS MANAGEMENT; SAATY. 
XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais 
Bauru, SP, Brasil, 9 a 11 de novembro de 2016 
 
 
 
3 
1. Introdução 
Os estoques são componentes críticos para a estratégia de uma organização, que tem 
as suas operações sustentadas por meio da disponibilização dos itens corretos no momento em 
que estão sendo demandados pelos consumidores ou por novas ordens de produção (FENG et 
al., 2014). Sendo assim, uma gestão efetiva dos estoques é necessária para que as 
organizações elevem seus desempenhos em atendimento aos clientes e ainda consigam 
garantir elevados níveis de competitividade às cadeias de suprimentos (KIM; WU; HUANG, 
2015; YAN; ROBB; SILVER, 2009). 
A falta ou o excesso de estoques pode resultar em perdas irreversíveis, afetando as 
atividades e o resultado financeiro das empresas. As perdas relativas à falta de estoques 
podem ser classificadas em tangíveis, como as vendas perdidas, e intangíveis, mediante a 
migração dos clientes aos concorrentes na busca pela satisfação de suas necessidades atuais e 
futuras (WAN; EVERS, 2011). No entanto, o excesso de estoques eleva os custos das 
operações para mantê-lo. Por exemplo, em 2001, a empresa Cisco Systems, líder mundial em 
fornecimento de equipamentos de rede, assumiu uma dívida de U$ 2,25 bilhões devido ao 
estoque em excesso (LAI; DEBO; SYCARA, 2009; SRIVASTAVA, 2004). 
A importância da Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management – 
SCM) foi compreendida por diversas empresas nesses últimos anos, assim, a Gestão de 
Estoques (Inventory Management – IM) destaca-se como uma operação significativa nesse 
contexto. Contudo, sem o uso de métricas e indicadores de desempenho eficazes, torna-se 
altamente difícil a condução das suas atividades rumo ao desenvolvimento de um processo de 
melhoria contínua e ao alcance de seus objetivos (GUNASEKARAN; PATEL; 
TIRTIROGLU, 2001). 
Muitos trabalhos abordam as métricas utilizadas na IM, como a recente pesquisa de 
Azzi et al. (2014), que explora os custos incorridos dos estoques para diferentes tipos de 
sistemas de armazenagem, e a pesquisa de Ronen (1983), que revisa e discute as medidas de 
nível de serviço para o caso de disponibilização de apenas um produto e para o caso de vários 
produtos disponíveis no sistema. 
A avaliação da efetividade de modelos de IM também é referenciada na literatura 
acadêmica com frequência e as análises são realizadas por diversos indicadores de 
desempenho. Por exemplo, Jurado et al. (2016) utilizam a probabilidade de ruptura de estoque 
como indicador de nível de serviço, o número de ordens de reposição emitidas e os níveis de 
estoques junto aos custos relacionados a essas ordens para avaliar um modelo de IM aplicado 
XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais 
Bauru, SP, Brasil, 9 a 11 de novembro de 2016 
 
 
 
4 
em farmácias hospitalares. Feng et al. (2014) consideram taxa de rotatividade e deficiências 
do estoque para examinar a relação entre as fraquezas nos controles internos dos estoques 
sobre os relatórios financeiros de empresas, enquanto Vastag e Whybark (2005) utilizam a 
taxa de rotatividade de estoques para verificar a relação entre as práticas eficazes de IM e a 
implementação de outras práticas de manufatura. 
Conhecida a sua importância no âmbito da SCM e a existência de um número 
considerável de indicadoresvoltados para IM, que guiam as operações na direção de seus 
objetivos dentro desse contexto, este artigo tem o propósito de ponderar os grupos de 
indicadores, identificados na literatura acadêmica, relacionados à IM e os indicadores 
pertencentes a cada grupo, por nível de significância, utilizando o método de Análise 
Hierárquica de Processos (Analytic Hierarchy Process – AHP), sob as perspectivas de um 
Pesquisador Acadêmico da área de Gestão de Operações, um Gestor da área de Logística e 
um Diretor Industrial. 
Como os perfis dos responsáveis pelos julgamentos são diferentes, espera-se que 
ocorram divergências na ponderação e ordenação dos indicadores e de seus grupos, o que 
justifica a importância dada a cada tipo de medição de desempenho na IM de acordo com a 
área de atuação. 
Esta pesquisa faz contribuições para a literatura de IM e Gestão de Operações no 
contexto de cadeias de suprimentos, pois apresenta uma comparação entre os níveis de 
significância estabelecidos aos indicadores de desempenho por três profissionais de naturezas 
distintas, evidenciando as prioridades consideradas para a avaliação da efetividade de 
modelos de IM. Este estudo também tem implicações práticas, uma vez que compila diversas 
métricas utilizadas na SCM, que podem auxiliar os gestores a selecionarem os indicadores de 
desempenho mais apropriados para guiar as atividades das organizações em direção a seus 
objetivos. 
Na segunda seção deste estudo, os conceitos básicos para a sua realização são 
referenciados. Na terceira seção, o AHP, método utilizado para ponderar os grupos de 
indicadores e os indicadores pertencentes a cada grupo por nível de significância, é 
brevemente descrito. Na quarta seção, os resultados da pesquisa são apresentados e, 
posteriormente, na quinta seção, são discutidos. Na sexta seção, as conclusões e limitações 
desta pesquisa são evidenciadas, sendo apontadas algumas sugestões para trabalhos futuros. 
 
 
XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais 
Bauru, SP, Brasil, 9 a 11 de novembro de 2016 
 
 
 
5 
 
2. Fundamentação conceitual 
A IM é definida pelo dicionário APICS (American Production and Inventory Control 
Society) como sendo o ramo da gestão de negócios que se relaciona diretamente com as 
atividades de planejamento e controle dos estoques (BLACKSTONE, 2013). Tais atividades 
são consideradas como um problema comum presente em quase todas as organizações, cuja 
solução fundamenta-se na política e no modelo de gerenciamento adotado por elas, tendo, 
como exemplo, a definição de quando e como as ordens de reposição devem ser emitidas e 
quais níveis de estoques devem ser mantidos para garantir o atendimento da demanda 
(JURADO et al., 2016). 
Dificuldades associadas às incertezas e variabilidades da demanda, bem como a 
ocorrência de atrasos durante as reposições, caracterizam o problema da IM como estocástico, 
exigindo maiores quantidades de estoques de segurança para assegurar os níveis dos serviços 
disponibilizados aos consumidores e evitar rupturas no sistema (JURADO et al., 2016; 
RONEN, 1983). 
Assim, as atividades de IM devem ser guiadas por meio de um sistema de medição de 
desempenho efetivo capaz de influenciar as decisões tomadas pelos gestores e fornecer o 
retorno necessário quanto aos resultados das estratégias organizacionais. Inicialmente, os 
indicadores de desempenho eram utilizados para avaliar resultados de curto prazo, com base 
em eficiências locais. Após a consolidação do conceito de SCM, as métricas foram 
desenvolvidas no sentido da qualidade do produto e do processo, satisfação dos clientes e da 
integração funcional entre empresas (FAWCETT; COOPER, 1998). 
É reconhecida a existência de trade-offs entre os diferentes aspectos das medidas de 
desempenho utilizadas na avaliação de modelos de IM. Zeng e Hayya (1999) salientaram a 
existência de três grupos que formam o triângulo das decisões com relação à efetividade da 
IM: Taxa de Rotatividade de Estoques, Custo Relevante Total e Nível de Serviço, como 
mostra a Figura 1. 
Para os autores, o Custo Relevante Total envolve gastos com a efetuação de pedidos e 
a manutenção dos estoques; o Nível de Serviço é utilizado para controlar a quantidade 
necessária de estoque a fim de satisfazer a demanda dos consumidores; e a Taxa de 
Rotatividade de Estoques mensura a eficiência da utilização dos estoques. A demanda durante 
o tempo de reposição tem impacto significante nas decisões sobre os estoques e é a principal 
razão para mantê-los no sistema. 
XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais 
Bauru, SP, Brasil, 9 a 11 de novembro de 2016 
 
 
 
6 
 
FIGURA 1 – Triângulo das decisões relacionadas à efetividade da IM. Fonte: Adaptado de Zeng e Hayya (1999). 
Com base nesses três grupos apresentados na Figura 1, foram procurados na literatura 
acadêmica de SCM os indicadores que podem ser empregados na avaliação de desempenho de 
modelos de IM. Quatro pesquisas foram utilizadas como referência, sendo a primeira de 
Cannella et al. (2013), que analisa o efeito chicote em cadeias de suprimentos por meio de 
sete métricas; a segunda de Gunasekaran, Patel e Tirtiroglu (2001), na qual foi desenvolvido 
um framework contendo quarenta e três indicadores de desempenho para mensuração dos 
níveis estratégico, tático e operacional de cadeias de suprimentos; a terceira, de Beamon 
(1999), segmenta as medidas de desempenho em cadeias de suprimentos em três tipos: 
recurso, produção e flexibilidade; e a quarta, de Fawcett e Cooper (1998), categoriza os 
indicadores logísticos em gestão de ativos, custo, produtividade, serviço ao consumidor e 
qualidade da logística. 
Os indicadores de desempenho identificados nos quatro trabalhos utilizados como base 
para esta pesquisa foram compilados e organizados na Tabela 1, onde cada coluna mostra as 
medidas referenciadas de acordo com as classificações elaboradas pelos autores. Nota-se a 
repetição de algumas medidas entre os trabalhos como, por exemplo, Fill Rate, Pedidos não 
Atendidos e Reclamações de Clientes. 
Dos cento e trinta e dois indicadores tabelados, foram eleitos quinze para a condução 
desta pesquisa, que foram classificados dentro dos três grupos referentes ao triângulo das 
decisões relacionadas à efetividade da IM (ZENG; HAYYA, 1999). As definições dos 
indicadores selecionados estão na Tabela 2 e foram extraídas dos quatro trabalhos base. 
 
 
 
 
 
XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais 
Bauru, SP, Brasil, 9 a 11 de novembro de 2016 
 
 
 
7 
TABELA 1 - Flutuações dos níveis de produção ao longo da cadeia de suprimentos. 
Nível Operacional
Custo por Hora da Operação
Custo Incorrido das Informações
Utilização da Capacidade
Nível de Estoque de Entrada
Nível de Estoque em Processo
Nível de Refugo
Estoque de Produtos Acabados em
Trânsito
Taxa de Rejeição do Fornecedor
Qualidade da Documentação de
EntregaEficiência do Tempo de Ciclo de
uma Ordem de Compra
Frequência de Entrega
Confiança no Desempenho do
Motorista
Qualidade dos Produtos Entregues
Flexibilidade
Flexibilidade de Volume
Flexibilidade de Entrega
Flexibilidade no Mix de Produtos
Flexibilidade para Novos Produtos
Gestão de Ativos Custo Produtividade Serviço ao Consumidor Qualidade da Logística
Nível de Estoque
Comparação do Real em Relação
ao Orçamento
Produtividade da Mão de Obra do
Armazém
Entregas no Prazo Número de Devoluções de Clientes
Estoque Obsoleto Frete de Saída
Comparação com o Histórico
Padrão
Rupturas de EstoqueAcuracidade de Carregamento/
Expedição
Rotatividade de Estoque
Custo como um Percentual das
Vendas
Programas de Meta Erros de Expedição
Valor de Crédito Sobre
Reclamações
Retorno Sobre o Patrimônio
Líquido
Custo Logístico Total
Unidades Expedidas por
Funcionário
Fill Rate Frequência de Danos
Classificação de Estoque Custo Administrativo Índice de Produtividade Consistência na Entrega
Acuracidade da Documentação
/Fatura
Retorno Sobre o Investimento Custo da Mão de Obra Direta
Unidades de Produtos por Unidade
Monetária de Trabalho
Tempo de Ciclo Acuracidade da Entrada de Pedidos
Análises da Tendência de Custo
Produtividade da Entrada de
Pedidos
Pedidos não Atendidos Disponibilidade de Informações
Custo por Unidade
Tempo de Inatividade do
Equipamento
Ordens Completas Acuracidade das Informações
Custo dos Danos
Pedidos por Representante de
Vendas
Reclamações de Clientes
Processamento dos Pedidos pelo
Armazém
Produtividade da Mão de Obra
Relacionada ao Transporte
Satisfação Geral de Clientes
Custo Incorrido dos Estoques Confiabilidade Geral
Frete de Entrada
Tempo de Resposta às Consultas
dos Clientes
Custo de Produtos Devolvidos Reclamações da Força de Vendas
Rentabilidade Direta do Produto Exatidão da Resposta
Rentabilidade do Cliente ou
Segmento
Custo da Falha do Serviço
Custo de Pedidos Não Atendidos
Reposição Zero
Fill Rate
Cannella et al. (2013)
Taxa de Variação das Proporções das Ordens
Taxa de Variação de Estoque
Taxa de Variação de Estoque em Processo
Estoque Médio
Tempo de Resposta às Consultas do Cliente
Acuracidade das Técnicas de Previsão
Tempo de Ciclo para o Desenvolvimento de Produtos
Métodos de Entrada de Pedidos
Fawcett e Cooper (1998)
Beamon (1999)
Tempo de Entrega
Desempenho de Entrega
Nível de Valor Percebido pelo Cliente sobre o Produto/Serviço
Lucro Líquido X Índice de Produtividade
Taxa de Retorno Sobre o Investimento
Gama de Produtos e Serviços
Variações em Relação ao Orçamento
Tempo de Entrega de uma Ordem Capacidade do Fornecedor para Responder a Problemas de Qualidade
Flexibilidade dos Sistemas de Serviços para Atender às Necessidades
Específicas de Clientes
Pedidos Não Atendidos
Nível TáticoNível Estratégico
Tempo de Ciclo Total da Cadeia de Suprimentos
Tempo Total de Fluxo de Caixa
Gunasekaran, Patel e Tirtiroglu (2001)
Nível de Parceria Comprador-Fornecedor
Tempo de Entrega do Fornecedor em Relação ao Padrão do Ramo
Nível de Entregas Livres de Defeitos do Fornecedor
Eficácia dos Métodos de Entrega da Fatura
Tempo de Ciclo de uma Ordem de Compra
Tempo de Ciclo Planejado do Processo
Eficácia do Plano Mestre de Produção
Assistência do Fornecedor para Solucionar Problemas Técnicos
Iniciativas do Fornecedor para Redução de Custos
Procedimentos do Fornecedor
Confiabilidade de Entrega
Capacidade de Resposta às Entregas Urgentes
Eficácia do Planejamento do Programa de Distribuição Realização de Entregas Livres de
Defeitos
Produção
Vendas (Receita Total)
Lucro
Fill Rate
Reclamações de Clientes
Recurso
Custo Total
Custo de Distribuição
Custo Total de Produção
Investimento em Estoques
Atraso Médio das Ordens
Antecipação Média das Ordens
Porcentagem de Entregas no Prazo
Probabilidade de Ruptura de Estoque
Número de Pedidos Não Atendidos
Número de Itens em Falta de Estoque
Atraso na Entrega do Produto
Obsolescência dos Estoques
Custo de Estoque em Processo
Custo de Estoque de Produto Acabado
Retorno Sobre o Investimento
Nível Médio de Pedidos Não Atendidos
Tempo de Resposta ao Cliente
Tempo de Produção
Erros de Expedição
 
XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais 
Bauru, SP, Brasil, 9 a 11 de novembro de 2016 
 
 
 
8 
Fonte: Autores (2016). 
TABELA 2 – Definição dos Indicadores de Desempenho de cada grupo. 
Obsolescência dos Estoques: Valor relacionado aos estoques obsoletos.
Número de Itens em Falta de Estoque: Quantidade de itens que estão em falta de estoque.
Tempo de Entrega do Fornecedor em Relação ao Padrão do Ramo: Relação entre o prazo de entrega da organização e de seus concorrentes.
Capacidade de Resposta às Entregas Urgentes: Capacidade de atender às necessidades específicas e/ou urgentes dos clientes.
Custo Incorrido dos Estoques: Valor relacionado à posse e manutenção dos estoques.
Custo de Produtos Devolvidos: Valor relacionado ao processo de devolução de produtos.
Nível de Serviço
Fill Rate : Proporção de pedidos atendidos diretamente dos estoques.
Número de Pedidos Não Atendidos: Quantidade de pedidos não atendidos devido à falta de estoques.
Rotatividade de Estoque: Mede a eficiência da utilização dos estoques. Alta rotatividade significa menos investimento em materiais.
Taxa de Variação de Estoque: Mede a flutuação dos níveis de estoques. Alta variação pode impactar no Custo Relevante Total e no Nível de Serviço.
Custo Relevante Total
Estoque Médio: Valor médio dos níveis de estoque dentro do período observado.
Custo de Pedidos Não Atendidos: Valor relacionado a pedidos que não puderam ser atendidos diretamente dos estoques.
Taxa de Rotatividade de Estoques
Retorno Sobre o Investimento: Mede a rentabilidade e o quanto uma organização pode conseguir sobre o capital investido nos estoques.
Tempo Total de Fluxo de Caixa: Número médio de dias para transformar o dinheiro investido em ativos recebidos dos clientes.
Frequência de Entrega: Número de entregas por período. Alta frequência implica em taxas maiores de rotatividade de estoques.
 
Fonte: Autores (2016). 
 
3. Método 
Esta pesquisa aplica o método AHP desenvolvido por Thomas Lorie Saaty em 1977. 
Na AHP, os fatores de decisão são organizados em uma estrutura hierárquica e os 
especialistas ou tomadores de decisão fazem os julgamentos a fim de determinar o elemento 
dominante para cada par de relações entre os fatores, resultando em uma distribuição de 
porcentagens que afetam a decisão (SAATY, 2013; ERBAŞI, 2012). 
O processo de decisão adotado nesta pesquisa divide o método AHP em cinco passos, 
tal como foi feito por Erbaşi (2012): o primeiro passo consiste na estruturação hierárquica do 
problema; o segundo passo trata dos julgamentos das comparações por pares entre os grupos 
de indicadores e os indicadores pertencentes a cada grupo, utilizando a escala fundamental de 
Saaty apresentada na Tabela 3; o terceiro passo é a criação das matrizes normalizadas e o 
cálculo do nível de significância de cada fator; o quarto passo é a definição das taxas de 
consistência (Consistency Ratio – CR) dos julgamentos. CR inferiores a 0,1 são aceitáveis, 
caso contrário deve-se melhorar as consistências dos julgamentos (SAATY, 1990); e o quinto 
e último passo é a atribuição das prioridades. 
 
4. Resultados 
Como primeiro passo do método AHP, a estrutura hierárquica do problema foi 
construída, assim como mostra a Figura 2. 
XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais 
Bauru, SP, Brasil, 9 a 11 de novembro de 2016 
 
 
 
9 
Os questionários contendo as comparações por pares foram enviados, via e-mail, para 
um Pesquisador Acadêmico (PA) da área de Gestão de Operações com 22 anos de 
experiência, um Gestor da área de Logística (GL) com 9 anos de experiência e um Diretor 
Industrial (DI) com 8 anos de experiência. Houve um contato telefônico com cada 
entrevistado a fim de apresentar o objetivo e o método da pesquisa, de modo a esclarecer 
eventuais dúvidas que poderiam surgir durante os julgamentos. 
TABELA 3 – Escala Fundamental de Saaty. 
Intensidade de Importância
1
3
Mesma importância
Definição
2,4, 6, 8
Importância grande ou essencial 
de um sobre o outro
Importância pequena de um 
sobre o outro
Importância muito grande de 
um sobre o outro
Importância absoluta de um 
sobre o outro
Valores intermediários
A evidência favorece um critério em relação ao outro, com o mais alto grau de 
certeza
Quando é necessária uma relação de compromisso entre duas definições
Explicação
Os dois critérios contribuem igualmente para o objetivo
A experiência e o julgamento favorecem levemente um critério em relação ao 
outro
A experiência e o julgamento favorecem fortemente um critério em relação ao 
outro
Um critério é fortemente favorecido em relação ao outro e a sua dominância 
pode ser demonstrada na prática
5
7
9
 
Fonte: Adaptado de Saaty (2013). 
Após a realização dos julgamentos, que caracteriza o segundo passo do método, os 
dados inseridos pelos entrevistados foram transferidos a uma planilha elaborada no Software 
Microsoft Excel 2013, para auxiliar na normalização das matrizes e nos cálculos dos níveis de 
significância de cada fator e das taxas de consistência dos julgamentos, assim como são 
anunciados no terceiro e quarto passos do método AHP. Foram utilizados como índice de 
consistência aleatória, para o cálculo das taxas de consistência, os valores 0,58 e 1,12 
destinados aos julgamentos dos grupos de indicadores e dos indicadores pertencentes a cada 
grupo, respectivamente. 
Os níveis de significância, as taxas de consistência (CR) dos julgamentos e as 
comparações entre os fatores para os grupos de indicadores, o grupo Taxa de Rotatividade de 
Estoques, o grupo Custo Relevante Total e o grupo Nível de Serviço, segundo as perspectivas 
dos entrevistados, são apresentados nas Tabelas 4, 5, 6 e 7, respectivamente. As diagonais 
principais das matrizes sempre recebem o valor 1, pois um fator tem a mesma importância em 
relação a ele mesmo. Os campos superiores à direita das matrizes são preenchidos a partir dos 
julgamentos realizados pelos entrevistados, enquanto os campos inferiores à esquerda 
recebem os seus valores recíprocos. Nota-se que para todos os julgamentos, as CR 
XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais 
Bauru, SP, Brasil, 9 a 11 de novembro de 2016 
 
 
 
10 
mantiveram-se abaixo de 0,1, ou seja, eles podem ser considerados consistentes (SAATY, 
1990). 
 
FIGURA 2 – Estrutura hierárquica do problema. Fonte: Autores (2016). 
TABELA 4 – Comparação dos grupos de indicadores de desempenho, seus respectivos níveis de significância e 
taxas de consistência. 
PA GL DI PA GL DI PA GL DI PA GL DI
Taxa de Rotatividade 
de Estoques
1 1 1 5 4 4 1/3 4 1/3 0,2828 0,6667 0,2737
Custo Relevante Total 1/5 1/4 1/4 1 1 1 1/7 1 1/6 0,0738 0,1667 0,0869
Nível de Serviço 3 1/4 3 7 1 6 1 1 1 0,6434 0,1667 0,6393
CR 0,0834 0 0,0679
Taxa de Rotatividade de 
Estoques
Custo Relevante Total Nível de Serviço Nível de Significância
Grupos de Indicadores
PA = Pesquisador Acadêmico; GL = Gestor Logístico; DI = Diretor Industrial
 
Fonte: Autores (2016). 
TABELA 5 – Comparação dos indicadores do grupo Taxa de Rotatividade de Estoques, seus respectivos níveis 
de significância e taxas de consistência. 
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PA GL DI PA GL DI PA GL DI PA GL DI PA GL DI PA GL DI
Retorno Sobre o 
Investimento
1 1 1 5 3 3 3 1/3 5 3 1/3 5 7 3 5 0,4539 0,1633 0,4603
Tempo Total de Fluxo 
de Caixa
1/5 1/3 1/3 1 1 1 1/3 1/4 5 1/3 1/5 4 3 1/3 6 0,0858 0,0586 0,3006
Frequência de Entrega 1/3 3 1/5 3 4 1/5 1 1 1 2 1 1 7 3 3 0,2441 0,3216 0,0997
Rotatividade de 
Estoque
1/3 3 1/5 3 5 1/4 1/2 1 1 1 1 1 5 4 1 0,1760 0,3518 0,0769
Taxa de Variação de 
Estoque
1/7 1/3 1/5 1/3 3 1/6 1/7 1/3 1/3 1/5 1/4 1 1 1 1 0,0402 0,1047 0,0625
CR 0,0579 0,0654 0,0960
Nível de Significância
PA = Pesquisador Acadêmico; GL = Gestor Logístico; DI = Diretor Industrial
Taxa de Rotatividade 
de Estoques
Retorno Sobre o 
Investimento
Tempo Total de Fluxo 
de Caixa
Frequência de Entrega
Rotatividade de 
Estoque
Taxa de Variação de 
Estoque
 
Fonte: Autores (2016). 
TABELA 6 – Comparação dos indicadores do grupo Custo Relevante Total, seus respectivos níveis de 
significância e taxas de consistência. 
PA GL DI PA GL DI PA GL DI PA GL DI PA GL DI PA GL DI
Estoque Médio 1 1 1 1/7 1/3 1/4 1/5 2 1/4 1 1/3 1/2 3 3 1/5 0,0833 0,1614 0,0591
Custo de Pedidos Não 
Atendidos
7 3 4 1 1 1 3 2 1/2 5 2 5 7 3 1 0,4874 0,3457 0,2327
Obsolescência dos 
Estoques
5 1/2 4 1/3 1/2 2 1 1 1 5 1/3 6 7 3 4 0,2982 0,1371 0,4290
Custo Incorrido dos 
Estoques
1 3 2 1/5 1/2 1/5 1/5 3 1/6 1 1 1 3 3 1/4 0,0895 0,2822 0,0692
Custo de Produtos 
Devolvidos
1/3 1/3 5 1/7 1/3 1 1/7 1/3 1/4 1/3 1/3 4 1 1 1 0,0416 0,0736 0,2100
CR 0,0920 0,0923 0,0909
Nível de Significância
PA = Pesquisador Acadêmico; GL = Gestor Logístico; DI = Diretor Industrial
Custo Relevante Total
Estoque Médio
Custo de Pedidos Não 
Atendidos
Obsolescência dos 
Estoques
Custo Incorrido dos 
Estoques
Custo de Produtos 
Devolvidos
 
Fonte: Autores (2016). 
TABELA 7 – Comparação dos indicadores do grupo Nível de Serviço, seus respectivos níveis de significância e 
taxas de consistência. 
PA GL DI PA GL DI PA GL DI PA GL DI PA GL DI PA GL DI
Fill Rate 1 1 1 1 6 1 1 5 3 5 3 7 3 3 4 0,2805 0,4488 0,3394
Número de Pedidos 
Não Atendidos
1 1/6 1 1 1 1 1 1/5 4 5 1/4 7 3 1/5 5 0,2805 0,0452 0,3779
Número de Itens em 
Falta de Estoque
1 1/5 1/3 1 5 1/4 1 1 1 5 1/3 6 3 1/4 3 0,2805 0,1036 0,1623
Tempo de Entrega do 
Fornecedor em Relação 
ao Padrão do Ramo
1/5 1/3 1/7 1/5 4 1/7 1/5 3 1/6 1 1 1 1/3 1 1/3 0,0509 0,1889 0,0388
Capacidade de Resposta 
às Entregas Urgentes
1/3 1/3 1/4 1/3 5 1/5 1/3 4 1/3 3 1 3 1 1 1 0,1075 0,2135 0,0816
CR 0,0117 0,0999 0,0676
Nível de Significância
PA = Pesquisador Acadêmico; GL = Gestor Logístico; DI = Diretor Industrial
Nível de Serviço
Fill Rate
Número de Pedidos 
Não Atendidos
Número de Itens em 
Falta de Estoque
Tempo de Entrega do 
Fornecedor em Relação 
ao Padrão do Ramo
Capacidade de Resposta 
às Entregas Urgentes
 
Fonte: Autores (2016). 
Os resultados da pesquisa foram sintetizados na Tabela 8, que mostra os níveis de 
significância dos grupos de indicadores ponderados e ordenados à luz de cada entrevistado, 
bem como os indicadores pertencentes a cada grupo com ênfases nos níveis de significância 
internos dos grupos e em relação a todos os grupos. Por exemplo, sob a ótica do Pesquisador 
Acadêmico, o grupo Nível de Serviço tem 64,3% de significância, o indicador Fill Rate 
apresenta 28% de significância dentro desse grupo e tem importância de 18% em relação aos 
demais indicadores no geral. 
 
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5. Discussão 
Esperava-se que ocorressem divergências nas prioridades dos grupos de indicadores de 
desempenho por causa da diferença de perfil entre os entrevistados. No entanto, os resultados 
evidenciam que o Pesquisador Acadêmico da área de Gestão de Operações e o Diretor 
Industrial dão a mesma ordem de importância aos grupos (Nível de Serviço > Taxa de 
Rotatividade de Estoques > Custo Relevante Total) com diferenças mínimas durante a 
ponderação, aproximadamente 1%. Em contrapartida, os resultados dos julgamentos do 
Gestor da área de Logística diferenciaram-se dos demais tanto em ponderação como em 
ordenação(Taxa de Rotatividade de Estoques > Custo Relevante Total = Nível de Serviço). A 
Figura 3 ilustra as ponderações relativas a cada entrevistado dentro do triângulo das decisões 
relacionadas à efetividade da IM. 
TABELA 8 – Grupos de indicadores de desempenho e indicadores pertencentes a cada grupo ponderados por 
nível de significância, de acordo com o perfil do entrevistado. 
PA GL DI PA GL DI PA GL DI
Retorno Sobre o Investimento 45% 16% 46% 13% 11% 13%
Tempo Total de Fluxo de Caixa 9% 6% 30% 2% 4% 8%
Frequência de Entrega 24% 32% 10% 7% 21% 3%
Rotatividade de Estoque 18% 35% 8% 5% 23% 2%
Taxa de Variação de Estoque 4% 10% 6% 1% 7% 2%
Estoque Médio 8% 16% 6% 1% 3% 1%
Custo de Pedidos Não Atendidos 49% 35% 23% 4% 6% 2%
Obsolescência dos Estoques 30% 14% 43% 2% 2% 4%
Custo Incorrido dos Estoques 9% 28% 7% 1% 5% 1%
Custo de Produtos Devolvidos 4% 7% 21% 0% 1% 2%
Fill Rate 28% 45% 34% 18% 7% 22%
Número de Pedidos Não Atendidos 28% 5% 38% 18% 1% 24%
Número de Itens em Falta de 
Estoque
28% 10% 16% 18% 2% 10%
Tempo de Entrega do Fornecedor 
em Relação ao Padrão do Ramo
5% 19% 4% 3% 3% 2%
Capacidade de Resposta às 
Entregas Urgentes
11% 21% 8% 7% 4% 5%
100% 100% 100% 100% 100% 100%
63,9%
Nível de 
Serviço
Indicador
28,3%
7,4%
64,3%
66,7% 27,4%
16,7% 8,7%
16,7%
Nível de Significância 
do Grupo
Grupo de 
Indicadores
Nível de Significância 
no Grupo
Nível de Significância 
Global
Taxa de 
Rotatividade 
de Estoques
Custo 
Relevante 
Total
 
Fonte: Autores (2016). 
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FIGURA 3 – Ponderações dos entrevistados dentro do triângulo das decisões relacionadas à efetividade da IM. 
Fonte: Autores (2016). 
Ao defrontar estes resultados com os trabalhos utilizados como referência, verifica-se 
que há uma tendência na utilização de indicadores relacionados aos grupos Nível de Serviço e 
Taxa de Rotatividade de Estoques para avaliação da efetividade de modelos de IM, como foi 
feito em Feng et al. (2014), Vastag e Whybark (2005) e Ronen (1983). Apesar da utilização 
em menor proporção, as métricas relacionadas a custos não são menos importantes durante as 
operações de IM, pois muitos dos custos envolvidos com os estoques não estão evidentes, não 
são simples de calcular e têm papel fundamental para a parametrização de sistemas de 
armazenagens (AZZI et al., 2014). Trabalhos como o de Jurado et al. (2016) utilizam 
indicadores de grupos diferentes para avaliação de modelos, de modo a encontrar um balanço 
para a mensuração da efetividade da IM. 
 
6. Considerações finais 
Nesta pesquisa, o método AHP foi utilizado para ponderar os grupos de indicadores, 
identificados na literatura acadêmica, relacionados à IM e os indicadores pertencentes a cada 
grupo, por nível de significância, sob as perspectivas de um Pesquisador Acadêmico da área 
de Gestão de Operações, um Gestor da área de Logística e um Diretor Industrial. 
Este trabalho pode auxiliar os gestores a selecionarem os indicadores de desempenho 
mais apropriados para guiar as atividades das organizações em direção a seus objetivos, visto 
que fornece um framework com diversas medidas de desempenho compiladas a partir de 
pesquisas consagradas na literatura acadêmica. Este trabalho também tem efeito sobre as 
atividades de IM, pois pode servir de base para elevar a efetividade das operações. 
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Esta pesquisa possui limitações, primeiramente, com relação ao número de 
entrevistados de cada área. Portanto, pesquisas futuras poderiam abordar uma quantidade 
maior de profissionais a fim de garantir que as importâncias obtidas como consequência dos 
julgamentos sejam consistentes de acordo com a área de atuação. Um número maior de 
indicadores poderia ser utilizado para aumentar o alcance das escolhas dos entrevistados e o 
uso do método de análise de redes serviria para analisar a distribuição das relações entre 
indicadores de grupos diferentes. 
 
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