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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/311611972 Evaluation of Inventory Management Models´ effectiveness: use of AHP method in weighing of importance levels of perf.... Conference Paper · December 2016 CITATIONS 0 READS 49 2 authors: Lucas Ikeziri São Paulo State University 5 PUBLICATIONS 0 CITATIONS SEE PROFILE Fernando Souza São Paulo State University 53 PUBLICATIONS 61 CITATIONS SEE PROFILE All content following this page was uploaded by Lucas Ikeziri on 14 December 2016. The user has requested enhancement of the downloaded file. AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DE MODELOS DE GESTÃO DE ESTOQUES: USO DO MÉTODO AHP NA PONDERAÇÃO DOS NÍVEIS DE SIGNIFICÂNCIA DOS INDICADORES DE DESEMPENHO LUCAS MARTINS IKEZIRI - lucas_ikeziri@outlook.com UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP - BAURU-FEB FERNANDO BERNARDI DE SOUZA - fbernardi@feb.unesp.br UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP - BAURU-FEB Área: 6 - PESQUISA OPERACIONAL Sub-Área: 6.2 - DECISÃO MULTICRITERIAL Resumo: ESTE ARTIGO TEM O PROPÓSITO DE PONDERAR OS GRUPOS DE INDICADORES RELACIONADOS À GESTÃO DE ESTOQUES (INVENTORY MANAGEMENT – IM) E OS INDICADORES SELECIONADOS PARA CADA GRUPO, POR NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA, UTILIZANDO O MÉTODO DE ANÁLISE HIERÁRQQUICA DE PROCESSOS (ANALYTIC HIERARCHY PROCESS – AHP), SOB AS PERSPECTIVAS DE UM PESQUISADOR ACADÊMICO DA ÁREA DE GESTÃO DE OPERAÇÕES, UM GESTOR DA ÁREA DE LOGÍSTICA E UM DIRETOR INDUSTRIAL. FOI ELABORADA UMA REVISÃO DE QUATRO TRABALHOS CONCEITUADOS NA LITERATURA ACADÊMICA, QUE LISTAM MÉTRICAS UTILIZADAS NA GESTÃO DE CADEIAS DE SUPRIMENTOS, POSSIBILITANDO A CONCEPÇÃO DE UM QUADRO CONTENDO 132 INDICADORES DE DESEMPENHO CLASSIFICADOS DE ACORDO COM OS CRITÉRIOS UTILIZADOS PELOS AUTORES DOS TRABALHOS ESCOLHIDOS. 15 INDICADORES RELACIONADOS À IM FORAM ELEITOS E DIVIDIDOS ENTRE OS GRUPOS DE INDICADORES PARA APLICAÇÃO DO MÉTODO AHP. OS RESULTADOS MOSTRARAM QUE O PESQUISADOR ACADÊMICO E O DIRETOR INDUSTRIAL PONDERARAM AS IMPORTÂNCIAS DOS GRUPOS DE FORMA SEMELHANTE E QUE HÁ UMA TENDÊNCIA NA UTILIZAÇÃO DE INDICADORES RELACIONADOS AOS GRUPOS NÍVEL DE SERVIÇO E TAXA DE ROTATIVIDADE DE ESTOQUES NA AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DE MODELOS DE IM. NO ENTANTO, O CONHECIMENTO DO CUSTO RELEVANTE TOTAL TEM IMPORTÂNCIA FUNDAMENTAL, POR EXEMPLO, PARA A PARAMETRIZAÇÃO DE SISTEMAS DE ARMAZENAGENS. Palavras-chaves: MEDIDAS DE DESEMPENHO; MÉTRICAS; GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS; GESTÃO DE OPERAÇÕES; SAATY. XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais Bauru, SP, Brasil, 9 a 11 de novembro de 2016 2 EVALUATION OF INVENTORY MANAGEMENT MODELS´ EFFECTIVENESS: USE OF AHP METHOD IN WEIGHING OF IMPORTANCE LEVELS OF PERFORMANCE INDICATORS Abstract: THIS ARTICLE IS INTENDED TO WEIGH INDICATORS´ GROUPS RELATED TO INVENTORY MANAGEMENT (IM) AND THE INDICATORS SELECTED FOR EACH GROUP, BY LEVEL OF IMPORTANCE, USING THE ANALYTIC HIERARCHY PROCESS (AHP) METHOD, UNDER THE PERSPECTIVES OF AN ACCADEMIC RESEARCHER OF OPERATIONS MANAGEMENT AREA, A MANAGER OF THE LOGISTICS DEPARTMENT AND AN INDUSTRIAL DIRECTOR. A REVIEW OF FOUR REGARDED WORKS IN THE ACADEMIC LITERATURE WAS CREATED, WHICH LISTS METRICS USED IN THE SUPPLY CHAIN MANAGEMENT, ENABLING THE CONCEPTION OF A FRAMEWORK CONTAINING 132 PERFORMANCE INDICATORS CLASSIFIED ACCORDING TO THE CRITERIA USED BY THE AUTHORS OF THE CHOSEN WORKS. 15 IM-RELATED INDICATORS WERE CHOSEN AND DIVIDED BETWEEN THE SETS OF INDICATORS FOR THE APPLICATION OF AHP METHOD. THE RESULTS SHOWED THAT THE ACADEMIC RESEARCHER AND THE INDUSTRIAL DIRECTOR WEIGHED THE IMPORTANCE OF GROUPS SIMILARLY AND THAT THERE IS A TREND IN THE USE OF INDICATORS RELATED TO SERVICE LEVELS AND INVENTORY TURNS GROUPS IN THE EVALUATION OF THE EFFECTIVENESS OF IM MODELS. HOWEVER, KNOWLEDGE OF TOTAL RELEVANT COST HAS A FUNDAMENTAL IMPORTANCE, FOR INSTANCE, FOR THE PARAMETERIZATION OF WAREHOUSE MANAGEMENT SYSTEMS. Keyword: PERFORMANCE MEASURES; METRICS; SUPPLY CHAIN MANAGEMENT; OPERATIONS MANAGEMENT; SAATY. XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais Bauru, SP, Brasil, 9 a 11 de novembro de 2016 3 1. Introdução Os estoques são componentes críticos para a estratégia de uma organização, que tem as suas operações sustentadas por meio da disponibilização dos itens corretos no momento em que estão sendo demandados pelos consumidores ou por novas ordens de produção (FENG et al., 2014). Sendo assim, uma gestão efetiva dos estoques é necessária para que as organizações elevem seus desempenhos em atendimento aos clientes e ainda consigam garantir elevados níveis de competitividade às cadeias de suprimentos (KIM; WU; HUANG, 2015; YAN; ROBB; SILVER, 2009). A falta ou o excesso de estoques pode resultar em perdas irreversíveis, afetando as atividades e o resultado financeiro das empresas. As perdas relativas à falta de estoques podem ser classificadas em tangíveis, como as vendas perdidas, e intangíveis, mediante a migração dos clientes aos concorrentes na busca pela satisfação de suas necessidades atuais e futuras (WAN; EVERS, 2011). No entanto, o excesso de estoques eleva os custos das operações para mantê-lo. Por exemplo, em 2001, a empresa Cisco Systems, líder mundial em fornecimento de equipamentos de rede, assumiu uma dívida de U$ 2,25 bilhões devido ao estoque em excesso (LAI; DEBO; SYCARA, 2009; SRIVASTAVA, 2004). A importância da Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management – SCM) foi compreendida por diversas empresas nesses últimos anos, assim, a Gestão de Estoques (Inventory Management – IM) destaca-se como uma operação significativa nesse contexto. Contudo, sem o uso de métricas e indicadores de desempenho eficazes, torna-se altamente difícil a condução das suas atividades rumo ao desenvolvimento de um processo de melhoria contínua e ao alcance de seus objetivos (GUNASEKARAN; PATEL; TIRTIROGLU, 2001). Muitos trabalhos abordam as métricas utilizadas na IM, como a recente pesquisa de Azzi et al. (2014), que explora os custos incorridos dos estoques para diferentes tipos de sistemas de armazenagem, e a pesquisa de Ronen (1983), que revisa e discute as medidas de nível de serviço para o caso de disponibilização de apenas um produto e para o caso de vários produtos disponíveis no sistema. A avaliação da efetividade de modelos de IM também é referenciada na literatura acadêmica com frequência e as análises são realizadas por diversos indicadores de desempenho. Por exemplo, Jurado et al. (2016) utilizam a probabilidade de ruptura de estoque como indicador de nível de serviço, o número de ordens de reposição emitidas e os níveis de estoques junto aos custos relacionados a essas ordens para avaliar um modelo de IM aplicado XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais Bauru, SP, Brasil, 9 a 11 de novembro de 2016 4 em farmácias hospitalares. Feng et al. (2014) consideram taxa de rotatividade e deficiências do estoque para examinar a relação entre as fraquezas nos controles internos dos estoques sobre os relatórios financeiros de empresas, enquanto Vastag e Whybark (2005) utilizam a taxa de rotatividade de estoques para verificar a relação entre as práticas eficazes de IM e a implementação de outras práticas de manufatura. Conhecida a sua importância no âmbito da SCM e a existência de um número considerável de indicadoresvoltados para IM, que guiam as operações na direção de seus objetivos dentro desse contexto, este artigo tem o propósito de ponderar os grupos de indicadores, identificados na literatura acadêmica, relacionados à IM e os indicadores pertencentes a cada grupo, por nível de significância, utilizando o método de Análise Hierárquica de Processos (Analytic Hierarchy Process – AHP), sob as perspectivas de um Pesquisador Acadêmico da área de Gestão de Operações, um Gestor da área de Logística e um Diretor Industrial. Como os perfis dos responsáveis pelos julgamentos são diferentes, espera-se que ocorram divergências na ponderação e ordenação dos indicadores e de seus grupos, o que justifica a importância dada a cada tipo de medição de desempenho na IM de acordo com a área de atuação. Esta pesquisa faz contribuições para a literatura de IM e Gestão de Operações no contexto de cadeias de suprimentos, pois apresenta uma comparação entre os níveis de significância estabelecidos aos indicadores de desempenho por três profissionais de naturezas distintas, evidenciando as prioridades consideradas para a avaliação da efetividade de modelos de IM. Este estudo também tem implicações práticas, uma vez que compila diversas métricas utilizadas na SCM, que podem auxiliar os gestores a selecionarem os indicadores de desempenho mais apropriados para guiar as atividades das organizações em direção a seus objetivos. Na segunda seção deste estudo, os conceitos básicos para a sua realização são referenciados. Na terceira seção, o AHP, método utilizado para ponderar os grupos de indicadores e os indicadores pertencentes a cada grupo por nível de significância, é brevemente descrito. Na quarta seção, os resultados da pesquisa são apresentados e, posteriormente, na quinta seção, são discutidos. Na sexta seção, as conclusões e limitações desta pesquisa são evidenciadas, sendo apontadas algumas sugestões para trabalhos futuros. XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais Bauru, SP, Brasil, 9 a 11 de novembro de 2016 5 2. Fundamentação conceitual A IM é definida pelo dicionário APICS (American Production and Inventory Control Society) como sendo o ramo da gestão de negócios que se relaciona diretamente com as atividades de planejamento e controle dos estoques (BLACKSTONE, 2013). Tais atividades são consideradas como um problema comum presente em quase todas as organizações, cuja solução fundamenta-se na política e no modelo de gerenciamento adotado por elas, tendo, como exemplo, a definição de quando e como as ordens de reposição devem ser emitidas e quais níveis de estoques devem ser mantidos para garantir o atendimento da demanda (JURADO et al., 2016). Dificuldades associadas às incertezas e variabilidades da demanda, bem como a ocorrência de atrasos durante as reposições, caracterizam o problema da IM como estocástico, exigindo maiores quantidades de estoques de segurança para assegurar os níveis dos serviços disponibilizados aos consumidores e evitar rupturas no sistema (JURADO et al., 2016; RONEN, 1983). Assim, as atividades de IM devem ser guiadas por meio de um sistema de medição de desempenho efetivo capaz de influenciar as decisões tomadas pelos gestores e fornecer o retorno necessário quanto aos resultados das estratégias organizacionais. Inicialmente, os indicadores de desempenho eram utilizados para avaliar resultados de curto prazo, com base em eficiências locais. Após a consolidação do conceito de SCM, as métricas foram desenvolvidas no sentido da qualidade do produto e do processo, satisfação dos clientes e da integração funcional entre empresas (FAWCETT; COOPER, 1998). É reconhecida a existência de trade-offs entre os diferentes aspectos das medidas de desempenho utilizadas na avaliação de modelos de IM. Zeng e Hayya (1999) salientaram a existência de três grupos que formam o triângulo das decisões com relação à efetividade da IM: Taxa de Rotatividade de Estoques, Custo Relevante Total e Nível de Serviço, como mostra a Figura 1. Para os autores, o Custo Relevante Total envolve gastos com a efetuação de pedidos e a manutenção dos estoques; o Nível de Serviço é utilizado para controlar a quantidade necessária de estoque a fim de satisfazer a demanda dos consumidores; e a Taxa de Rotatividade de Estoques mensura a eficiência da utilização dos estoques. A demanda durante o tempo de reposição tem impacto significante nas decisões sobre os estoques e é a principal razão para mantê-los no sistema. XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais Bauru, SP, Brasil, 9 a 11 de novembro de 2016 6 FIGURA 1 – Triângulo das decisões relacionadas à efetividade da IM. Fonte: Adaptado de Zeng e Hayya (1999). Com base nesses três grupos apresentados na Figura 1, foram procurados na literatura acadêmica de SCM os indicadores que podem ser empregados na avaliação de desempenho de modelos de IM. Quatro pesquisas foram utilizadas como referência, sendo a primeira de Cannella et al. (2013), que analisa o efeito chicote em cadeias de suprimentos por meio de sete métricas; a segunda de Gunasekaran, Patel e Tirtiroglu (2001), na qual foi desenvolvido um framework contendo quarenta e três indicadores de desempenho para mensuração dos níveis estratégico, tático e operacional de cadeias de suprimentos; a terceira, de Beamon (1999), segmenta as medidas de desempenho em cadeias de suprimentos em três tipos: recurso, produção e flexibilidade; e a quarta, de Fawcett e Cooper (1998), categoriza os indicadores logísticos em gestão de ativos, custo, produtividade, serviço ao consumidor e qualidade da logística. Os indicadores de desempenho identificados nos quatro trabalhos utilizados como base para esta pesquisa foram compilados e organizados na Tabela 1, onde cada coluna mostra as medidas referenciadas de acordo com as classificações elaboradas pelos autores. Nota-se a repetição de algumas medidas entre os trabalhos como, por exemplo, Fill Rate, Pedidos não Atendidos e Reclamações de Clientes. Dos cento e trinta e dois indicadores tabelados, foram eleitos quinze para a condução desta pesquisa, que foram classificados dentro dos três grupos referentes ao triângulo das decisões relacionadas à efetividade da IM (ZENG; HAYYA, 1999). As definições dos indicadores selecionados estão na Tabela 2 e foram extraídas dos quatro trabalhos base. XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais Bauru, SP, Brasil, 9 a 11 de novembro de 2016 7 TABELA 1 - Flutuações dos níveis de produção ao longo da cadeia de suprimentos. Nível Operacional Custo por Hora da Operação Custo Incorrido das Informações Utilização da Capacidade Nível de Estoque de Entrada Nível de Estoque em Processo Nível de Refugo Estoque de Produtos Acabados em Trânsito Taxa de Rejeição do Fornecedor Qualidade da Documentação de EntregaEficiência do Tempo de Ciclo de uma Ordem de Compra Frequência de Entrega Confiança no Desempenho do Motorista Qualidade dos Produtos Entregues Flexibilidade Flexibilidade de Volume Flexibilidade de Entrega Flexibilidade no Mix de Produtos Flexibilidade para Novos Produtos Gestão de Ativos Custo Produtividade Serviço ao Consumidor Qualidade da Logística Nível de Estoque Comparação do Real em Relação ao Orçamento Produtividade da Mão de Obra do Armazém Entregas no Prazo Número de Devoluções de Clientes Estoque Obsoleto Frete de Saída Comparação com o Histórico Padrão Rupturas de EstoqueAcuracidade de Carregamento/ Expedição Rotatividade de Estoque Custo como um Percentual das Vendas Programas de Meta Erros de Expedição Valor de Crédito Sobre Reclamações Retorno Sobre o Patrimônio Líquido Custo Logístico Total Unidades Expedidas por Funcionário Fill Rate Frequência de Danos Classificação de Estoque Custo Administrativo Índice de Produtividade Consistência na Entrega Acuracidade da Documentação /Fatura Retorno Sobre o Investimento Custo da Mão de Obra Direta Unidades de Produtos por Unidade Monetária de Trabalho Tempo de Ciclo Acuracidade da Entrada de Pedidos Análises da Tendência de Custo Produtividade da Entrada de Pedidos Pedidos não Atendidos Disponibilidade de Informações Custo por Unidade Tempo de Inatividade do Equipamento Ordens Completas Acuracidade das Informações Custo dos Danos Pedidos por Representante de Vendas Reclamações de Clientes Processamento dos Pedidos pelo Armazém Produtividade da Mão de Obra Relacionada ao Transporte Satisfação Geral de Clientes Custo Incorrido dos Estoques Confiabilidade Geral Frete de Entrada Tempo de Resposta às Consultas dos Clientes Custo de Produtos Devolvidos Reclamações da Força de Vendas Rentabilidade Direta do Produto Exatidão da Resposta Rentabilidade do Cliente ou Segmento Custo da Falha do Serviço Custo de Pedidos Não Atendidos Reposição Zero Fill Rate Cannella et al. (2013) Taxa de Variação das Proporções das Ordens Taxa de Variação de Estoque Taxa de Variação de Estoque em Processo Estoque Médio Tempo de Resposta às Consultas do Cliente Acuracidade das Técnicas de Previsão Tempo de Ciclo para o Desenvolvimento de Produtos Métodos de Entrada de Pedidos Fawcett e Cooper (1998) Beamon (1999) Tempo de Entrega Desempenho de Entrega Nível de Valor Percebido pelo Cliente sobre o Produto/Serviço Lucro Líquido X Índice de Produtividade Taxa de Retorno Sobre o Investimento Gama de Produtos e Serviços Variações em Relação ao Orçamento Tempo de Entrega de uma Ordem Capacidade do Fornecedor para Responder a Problemas de Qualidade Flexibilidade dos Sistemas de Serviços para Atender às Necessidades Específicas de Clientes Pedidos Não Atendidos Nível TáticoNível Estratégico Tempo de Ciclo Total da Cadeia de Suprimentos Tempo Total de Fluxo de Caixa Gunasekaran, Patel e Tirtiroglu (2001) Nível de Parceria Comprador-Fornecedor Tempo de Entrega do Fornecedor em Relação ao Padrão do Ramo Nível de Entregas Livres de Defeitos do Fornecedor Eficácia dos Métodos de Entrega da Fatura Tempo de Ciclo de uma Ordem de Compra Tempo de Ciclo Planejado do Processo Eficácia do Plano Mestre de Produção Assistência do Fornecedor para Solucionar Problemas Técnicos Iniciativas do Fornecedor para Redução de Custos Procedimentos do Fornecedor Confiabilidade de Entrega Capacidade de Resposta às Entregas Urgentes Eficácia do Planejamento do Programa de Distribuição Realização de Entregas Livres de Defeitos Produção Vendas (Receita Total) Lucro Fill Rate Reclamações de Clientes Recurso Custo Total Custo de Distribuição Custo Total de Produção Investimento em Estoques Atraso Médio das Ordens Antecipação Média das Ordens Porcentagem de Entregas no Prazo Probabilidade de Ruptura de Estoque Número de Pedidos Não Atendidos Número de Itens em Falta de Estoque Atraso na Entrega do Produto Obsolescência dos Estoques Custo de Estoque em Processo Custo de Estoque de Produto Acabado Retorno Sobre o Investimento Nível Médio de Pedidos Não Atendidos Tempo de Resposta ao Cliente Tempo de Produção Erros de Expedição XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais Bauru, SP, Brasil, 9 a 11 de novembro de 2016 8 Fonte: Autores (2016). TABELA 2 – Definição dos Indicadores de Desempenho de cada grupo. Obsolescência dos Estoques: Valor relacionado aos estoques obsoletos. Número de Itens em Falta de Estoque: Quantidade de itens que estão em falta de estoque. Tempo de Entrega do Fornecedor em Relação ao Padrão do Ramo: Relação entre o prazo de entrega da organização e de seus concorrentes. Capacidade de Resposta às Entregas Urgentes: Capacidade de atender às necessidades específicas e/ou urgentes dos clientes. Custo Incorrido dos Estoques: Valor relacionado à posse e manutenção dos estoques. Custo de Produtos Devolvidos: Valor relacionado ao processo de devolução de produtos. Nível de Serviço Fill Rate : Proporção de pedidos atendidos diretamente dos estoques. Número de Pedidos Não Atendidos: Quantidade de pedidos não atendidos devido à falta de estoques. Rotatividade de Estoque: Mede a eficiência da utilização dos estoques. Alta rotatividade significa menos investimento em materiais. Taxa de Variação de Estoque: Mede a flutuação dos níveis de estoques. Alta variação pode impactar no Custo Relevante Total e no Nível de Serviço. Custo Relevante Total Estoque Médio: Valor médio dos níveis de estoque dentro do período observado. Custo de Pedidos Não Atendidos: Valor relacionado a pedidos que não puderam ser atendidos diretamente dos estoques. Taxa de Rotatividade de Estoques Retorno Sobre o Investimento: Mede a rentabilidade e o quanto uma organização pode conseguir sobre o capital investido nos estoques. Tempo Total de Fluxo de Caixa: Número médio de dias para transformar o dinheiro investido em ativos recebidos dos clientes. Frequência de Entrega: Número de entregas por período. Alta frequência implica em taxas maiores de rotatividade de estoques. Fonte: Autores (2016). 3. Método Esta pesquisa aplica o método AHP desenvolvido por Thomas Lorie Saaty em 1977. Na AHP, os fatores de decisão são organizados em uma estrutura hierárquica e os especialistas ou tomadores de decisão fazem os julgamentos a fim de determinar o elemento dominante para cada par de relações entre os fatores, resultando em uma distribuição de porcentagens que afetam a decisão (SAATY, 2013; ERBAŞI, 2012). O processo de decisão adotado nesta pesquisa divide o método AHP em cinco passos, tal como foi feito por Erbaşi (2012): o primeiro passo consiste na estruturação hierárquica do problema; o segundo passo trata dos julgamentos das comparações por pares entre os grupos de indicadores e os indicadores pertencentes a cada grupo, utilizando a escala fundamental de Saaty apresentada na Tabela 3; o terceiro passo é a criação das matrizes normalizadas e o cálculo do nível de significância de cada fator; o quarto passo é a definição das taxas de consistência (Consistency Ratio – CR) dos julgamentos. CR inferiores a 0,1 são aceitáveis, caso contrário deve-se melhorar as consistências dos julgamentos (SAATY, 1990); e o quinto e último passo é a atribuição das prioridades. 4. Resultados Como primeiro passo do método AHP, a estrutura hierárquica do problema foi construída, assim como mostra a Figura 2. XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais Bauru, SP, Brasil, 9 a 11 de novembro de 2016 9 Os questionários contendo as comparações por pares foram enviados, via e-mail, para um Pesquisador Acadêmico (PA) da área de Gestão de Operações com 22 anos de experiência, um Gestor da área de Logística (GL) com 9 anos de experiência e um Diretor Industrial (DI) com 8 anos de experiência. Houve um contato telefônico com cada entrevistado a fim de apresentar o objetivo e o método da pesquisa, de modo a esclarecer eventuais dúvidas que poderiam surgir durante os julgamentos. TABELA 3 – Escala Fundamental de Saaty. Intensidade de Importância 1 3 Mesma importância Definição 2,4, 6, 8 Importância grande ou essencial de um sobre o outro Importância pequena de um sobre o outro Importância muito grande de um sobre o outro Importância absoluta de um sobre o outro Valores intermediários A evidência favorece um critério em relação ao outro, com o mais alto grau de certeza Quando é necessária uma relação de compromisso entre duas definições Explicação Os dois critérios contribuem igualmente para o objetivo A experiência e o julgamento favorecem levemente um critério em relação ao outro A experiência e o julgamento favorecem fortemente um critério em relação ao outro Um critério é fortemente favorecido em relação ao outro e a sua dominância pode ser demonstrada na prática 5 7 9 Fonte: Adaptado de Saaty (2013). Após a realização dos julgamentos, que caracteriza o segundo passo do método, os dados inseridos pelos entrevistados foram transferidos a uma planilha elaborada no Software Microsoft Excel 2013, para auxiliar na normalização das matrizes e nos cálculos dos níveis de significância de cada fator e das taxas de consistência dos julgamentos, assim como são anunciados no terceiro e quarto passos do método AHP. Foram utilizados como índice de consistência aleatória, para o cálculo das taxas de consistência, os valores 0,58 e 1,12 destinados aos julgamentos dos grupos de indicadores e dos indicadores pertencentes a cada grupo, respectivamente. Os níveis de significância, as taxas de consistência (CR) dos julgamentos e as comparações entre os fatores para os grupos de indicadores, o grupo Taxa de Rotatividade de Estoques, o grupo Custo Relevante Total e o grupo Nível de Serviço, segundo as perspectivas dos entrevistados, são apresentados nas Tabelas 4, 5, 6 e 7, respectivamente. As diagonais principais das matrizes sempre recebem o valor 1, pois um fator tem a mesma importância em relação a ele mesmo. Os campos superiores à direita das matrizes são preenchidos a partir dos julgamentos realizados pelos entrevistados, enquanto os campos inferiores à esquerda recebem os seus valores recíprocos. Nota-se que para todos os julgamentos, as CR XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais Bauru, SP, Brasil, 9 a 11 de novembro de 2016 10 mantiveram-se abaixo de 0,1, ou seja, eles podem ser considerados consistentes (SAATY, 1990). FIGURA 2 – Estrutura hierárquica do problema. Fonte: Autores (2016). TABELA 4 – Comparação dos grupos de indicadores de desempenho, seus respectivos níveis de significância e taxas de consistência. PA GL DI PA GL DI PA GL DI PA GL DI Taxa de Rotatividade de Estoques 1 1 1 5 4 4 1/3 4 1/3 0,2828 0,6667 0,2737 Custo Relevante Total 1/5 1/4 1/4 1 1 1 1/7 1 1/6 0,0738 0,1667 0,0869 Nível de Serviço 3 1/4 3 7 1 6 1 1 1 0,6434 0,1667 0,6393 CR 0,0834 0 0,0679 Taxa de Rotatividade de Estoques Custo Relevante Total Nível de Serviço Nível de Significância Grupos de Indicadores PA = Pesquisador Acadêmico; GL = Gestor Logístico; DI = Diretor Industrial Fonte: Autores (2016). TABELA 5 – Comparação dos indicadores do grupo Taxa de Rotatividade de Estoques, seus respectivos níveis de significância e taxas de consistência. XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais Bauru, SP, Brasil, 9 a 11 de novembro de 2016 11 PA GL DI PA GL DI PA GL DI PA GL DI PA GL DI PA GL DI Retorno Sobre o Investimento 1 1 1 5 3 3 3 1/3 5 3 1/3 5 7 3 5 0,4539 0,1633 0,4603 Tempo Total de Fluxo de Caixa 1/5 1/3 1/3 1 1 1 1/3 1/4 5 1/3 1/5 4 3 1/3 6 0,0858 0,0586 0,3006 Frequência de Entrega 1/3 3 1/5 3 4 1/5 1 1 1 2 1 1 7 3 3 0,2441 0,3216 0,0997 Rotatividade de Estoque 1/3 3 1/5 3 5 1/4 1/2 1 1 1 1 1 5 4 1 0,1760 0,3518 0,0769 Taxa de Variação de Estoque 1/7 1/3 1/5 1/3 3 1/6 1/7 1/3 1/3 1/5 1/4 1 1 1 1 0,0402 0,1047 0,0625 CR 0,0579 0,0654 0,0960 Nível de Significância PA = Pesquisador Acadêmico; GL = Gestor Logístico; DI = Diretor Industrial Taxa de Rotatividade de Estoques Retorno Sobre o Investimento Tempo Total de Fluxo de Caixa Frequência de Entrega Rotatividade de Estoque Taxa de Variação de Estoque Fonte: Autores (2016). TABELA 6 – Comparação dos indicadores do grupo Custo Relevante Total, seus respectivos níveis de significância e taxas de consistência. PA GL DI PA GL DI PA GL DI PA GL DI PA GL DI PA GL DI Estoque Médio 1 1 1 1/7 1/3 1/4 1/5 2 1/4 1 1/3 1/2 3 3 1/5 0,0833 0,1614 0,0591 Custo de Pedidos Não Atendidos 7 3 4 1 1 1 3 2 1/2 5 2 5 7 3 1 0,4874 0,3457 0,2327 Obsolescência dos Estoques 5 1/2 4 1/3 1/2 2 1 1 1 5 1/3 6 7 3 4 0,2982 0,1371 0,4290 Custo Incorrido dos Estoques 1 3 2 1/5 1/2 1/5 1/5 3 1/6 1 1 1 3 3 1/4 0,0895 0,2822 0,0692 Custo de Produtos Devolvidos 1/3 1/3 5 1/7 1/3 1 1/7 1/3 1/4 1/3 1/3 4 1 1 1 0,0416 0,0736 0,2100 CR 0,0920 0,0923 0,0909 Nível de Significância PA = Pesquisador Acadêmico; GL = Gestor Logístico; DI = Diretor Industrial Custo Relevante Total Estoque Médio Custo de Pedidos Não Atendidos Obsolescência dos Estoques Custo Incorrido dos Estoques Custo de Produtos Devolvidos Fonte: Autores (2016). TABELA 7 – Comparação dos indicadores do grupo Nível de Serviço, seus respectivos níveis de significância e taxas de consistência. PA GL DI PA GL DI PA GL DI PA GL DI PA GL DI PA GL DI Fill Rate 1 1 1 1 6 1 1 5 3 5 3 7 3 3 4 0,2805 0,4488 0,3394 Número de Pedidos Não Atendidos 1 1/6 1 1 1 1 1 1/5 4 5 1/4 7 3 1/5 5 0,2805 0,0452 0,3779 Número de Itens em Falta de Estoque 1 1/5 1/3 1 5 1/4 1 1 1 5 1/3 6 3 1/4 3 0,2805 0,1036 0,1623 Tempo de Entrega do Fornecedor em Relação ao Padrão do Ramo 1/5 1/3 1/7 1/5 4 1/7 1/5 3 1/6 1 1 1 1/3 1 1/3 0,0509 0,1889 0,0388 Capacidade de Resposta às Entregas Urgentes 1/3 1/3 1/4 1/3 5 1/5 1/3 4 1/3 3 1 3 1 1 1 0,1075 0,2135 0,0816 CR 0,0117 0,0999 0,0676 Nível de Significância PA = Pesquisador Acadêmico; GL = Gestor Logístico; DI = Diretor Industrial Nível de Serviço Fill Rate Número de Pedidos Não Atendidos Número de Itens em Falta de Estoque Tempo de Entrega do Fornecedor em Relação ao Padrão do Ramo Capacidade de Resposta às Entregas Urgentes Fonte: Autores (2016). Os resultados da pesquisa foram sintetizados na Tabela 8, que mostra os níveis de significância dos grupos de indicadores ponderados e ordenados à luz de cada entrevistado, bem como os indicadores pertencentes a cada grupo com ênfases nos níveis de significância internos dos grupos e em relação a todos os grupos. Por exemplo, sob a ótica do Pesquisador Acadêmico, o grupo Nível de Serviço tem 64,3% de significância, o indicador Fill Rate apresenta 28% de significância dentro desse grupo e tem importância de 18% em relação aos demais indicadores no geral. XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais Bauru, SP, Brasil, 9 a 11 de novembro de 2016 12 5. Discussão Esperava-se que ocorressem divergências nas prioridades dos grupos de indicadores de desempenho por causa da diferença de perfil entre os entrevistados. No entanto, os resultados evidenciam que o Pesquisador Acadêmico da área de Gestão de Operações e o Diretor Industrial dão a mesma ordem de importância aos grupos (Nível de Serviço > Taxa de Rotatividade de Estoques > Custo Relevante Total) com diferenças mínimas durante a ponderação, aproximadamente 1%. Em contrapartida, os resultados dos julgamentos do Gestor da área de Logística diferenciaram-se dos demais tanto em ponderação como em ordenação(Taxa de Rotatividade de Estoques > Custo Relevante Total = Nível de Serviço). A Figura 3 ilustra as ponderações relativas a cada entrevistado dentro do triângulo das decisões relacionadas à efetividade da IM. TABELA 8 – Grupos de indicadores de desempenho e indicadores pertencentes a cada grupo ponderados por nível de significância, de acordo com o perfil do entrevistado. PA GL DI PA GL DI PA GL DI Retorno Sobre o Investimento 45% 16% 46% 13% 11% 13% Tempo Total de Fluxo de Caixa 9% 6% 30% 2% 4% 8% Frequência de Entrega 24% 32% 10% 7% 21% 3% Rotatividade de Estoque 18% 35% 8% 5% 23% 2% Taxa de Variação de Estoque 4% 10% 6% 1% 7% 2% Estoque Médio 8% 16% 6% 1% 3% 1% Custo de Pedidos Não Atendidos 49% 35% 23% 4% 6% 2% Obsolescência dos Estoques 30% 14% 43% 2% 2% 4% Custo Incorrido dos Estoques 9% 28% 7% 1% 5% 1% Custo de Produtos Devolvidos 4% 7% 21% 0% 1% 2% Fill Rate 28% 45% 34% 18% 7% 22% Número de Pedidos Não Atendidos 28% 5% 38% 18% 1% 24% Número de Itens em Falta de Estoque 28% 10% 16% 18% 2% 10% Tempo de Entrega do Fornecedor em Relação ao Padrão do Ramo 5% 19% 4% 3% 3% 2% Capacidade de Resposta às Entregas Urgentes 11% 21% 8% 7% 4% 5% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 63,9% Nível de Serviço Indicador 28,3% 7,4% 64,3% 66,7% 27,4% 16,7% 8,7% 16,7% Nível de Significância do Grupo Grupo de Indicadores Nível de Significância no Grupo Nível de Significância Global Taxa de Rotatividade de Estoques Custo Relevante Total Fonte: Autores (2016). XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais Bauru, SP, Brasil, 9 a 11 de novembro de 2016 13 FIGURA 3 – Ponderações dos entrevistados dentro do triângulo das decisões relacionadas à efetividade da IM. Fonte: Autores (2016). Ao defrontar estes resultados com os trabalhos utilizados como referência, verifica-se que há uma tendência na utilização de indicadores relacionados aos grupos Nível de Serviço e Taxa de Rotatividade de Estoques para avaliação da efetividade de modelos de IM, como foi feito em Feng et al. (2014), Vastag e Whybark (2005) e Ronen (1983). Apesar da utilização em menor proporção, as métricas relacionadas a custos não são menos importantes durante as operações de IM, pois muitos dos custos envolvidos com os estoques não estão evidentes, não são simples de calcular e têm papel fundamental para a parametrização de sistemas de armazenagens (AZZI et al., 2014). Trabalhos como o de Jurado et al. (2016) utilizam indicadores de grupos diferentes para avaliação de modelos, de modo a encontrar um balanço para a mensuração da efetividade da IM. 6. Considerações finais Nesta pesquisa, o método AHP foi utilizado para ponderar os grupos de indicadores, identificados na literatura acadêmica, relacionados à IM e os indicadores pertencentes a cada grupo, por nível de significância, sob as perspectivas de um Pesquisador Acadêmico da área de Gestão de Operações, um Gestor da área de Logística e um Diretor Industrial. Este trabalho pode auxiliar os gestores a selecionarem os indicadores de desempenho mais apropriados para guiar as atividades das organizações em direção a seus objetivos, visto que fornece um framework com diversas medidas de desempenho compiladas a partir de pesquisas consagradas na literatura acadêmica. Este trabalho também tem efeito sobre as atividades de IM, pois pode servir de base para elevar a efetividade das operações. XXIII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Gestão de Operações em Serviços e seus Impactos Sociais Bauru, SP, Brasil, 9 a 11 de novembro de 2016 14 Esta pesquisa possui limitações, primeiramente, com relação ao número de entrevistados de cada área. Portanto, pesquisas futuras poderiam abordar uma quantidade maior de profissionais a fim de garantir que as importâncias obtidas como consequência dos julgamentos sejam consistentes de acordo com a área de atuação. Um número maior de indicadores poderia ser utilizado para aumentar o alcance das escolhas dos entrevistados e o uso do método de análise de redes serviria para analisar a distribuição das relações entre indicadores de grupos diferentes. Referências AZZI, A. et al. Inventory holding costs measurement: a multi-case study. The International Journal of Logistics Management, v. 25, n. 1, p. 109-132, 2014. BEAMON, B. M. Measuring supply chain performance. 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