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1 2 SUMÁRIO 1 INFECTOLOGIA ......................................................................................... 5 1.1 O Infectologista .................................................................................... 5 1.2 O Papel do Infectologista na Clínica .................................................... 6 1.3 Quando Procurar um Infectologista ...................................................... 6 2 INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA EM SAÚDE EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA ........................................................................ 7 2.1 Introdução ............................................................................................ 7 3 HIV/AIDS ..................................................................................................... 8 3.1 Acompanhamento do Paciente .......................................................... 10 4 HEPATITES VIRAIS ................................................................................. 11 5 FEBRE ...................................................................................................... 12 6 INFECÇÃO URINÁRIA: CAUSAS, SINTOMAS E TRATAMENTOS ......... 13 6.1 O Que É Infecção Urinária? ............................................................... 14 6.2 Tratamentos Naturais Para Infecção Urinária .................................... 14 6.3 Causas E Sintomas Da Infecção Urinária .......................................... 16 7 INFECÇÕES POR PSEUDOMONAS AERUGINOSA .............................. 19 7.1 Introdução .......................................................................................... 19 8 GRUPOS PRINCIPAIS DE PSEUDOMONÍDEOS: FLUORESCENTES, STUTZERI, ALCALIGENES, PSEUDOMALLEI, ACIDOVORANS E DIMINUTA. ..... 20 8.1 Principais infecções causadas por pseudomonas aeruginosa e terapia antibiótica 22 8.1.1 Principais Infecções...................................................................... 22 8.2 Antimicrobianos com atividade contra pseudomonas aeruginosa ...... 24 8.3 Diagnóstico / morfologia e identificação: ............................................ 25 8.4 Epidemiologia e controle: ................................................................... 26 8.5 Farmacoterapia: ................................................................................. 26 3 8.6 Conclusão: ......................................................................................... 26 9 ISOLAMENTO DE PACIENTES COM SUSPEITA OU DIAGNÓSTICO DE TUBERCULOSE ....................................................................................................... 27 9.1 Nos casos de suspeita de tuberculose: .............................................. 28 9.2 Medidas (vide quadro de precauções com aerossóis): ...................... 28 9.3 Visitantes e acompanhantes: ............................................................. 28 10 ATENDIMENTO E ISOLAMENTO DE PACIENTES COM SUSPEITA OU DIAGNÓSTICO DE VARICELA E SARAMPO .......................................................... 29 10.1 Nos casos de suspeita de varicela: ................................................. 29 10.2 Nos casos de suspeita de sarampo: ............................................... 30 10.3 Conduta (vide quadro de precauções com aerossóis): ................... 30 10.4 Medidas:.......................................................................................... 30 10.5 Visitantes e acompanhantes: .......................................................... 30 11 ORIENTAÇÕES DE CUIDADOS NO ATENDIMENTO DE PACIENTES COM SUSPEITA OU CONFIRMAÇÃO DE INFLUENZA A (H1N1) .......................... 31 11.1 Orientações gerais .......................................................................... 31 11.2 Atendimento ambulatorial/emergência ............................................ 32 11.3 Atendimento na unidade de internação ........................................... 33 11.4 Atendimento na unidade de terapia intensiva ................................. 34 11.5 Fluxo de trabalho dos diversos funcionários ................................... 36 11.6 Profilaxia pós-exposição ................................................................. 37 11.7 Visitantes e acompanhantes ........................................................... 37 11.8 Tempo de manutenção de precaução ............................................. 38 11.9 Em situações de óbito ..................................................................... 38 11.10 Etiqueta da tosse ............................................................................ 38 12 ISOLAMENTO E PRECAUÇÕES .......................................................... 39 12.1 Introdução ....................................................................................... 39 12.2 Conceitos fundamentais .................................................................. 39 4 12.3 Fontes ............................................................................................. 40 12.4 Hospedeiros .................................................................................... 40 12.5 Transmissão: ................................................................................... 40 12.6 Definições ....................................................................................... 41 12.7 Precaução padrão ........................................................................... 41 12.8 Paramentação: ................................................................................ 42 12.9 Precaução respiratória - por aerossóis ........................................... 43 12.10 Precaução respiratória – perdigotos ............................................... 44 12.11 Precauções de contato ................................................................... 45 12.12 Recomendações de precaução para o pessoal hospitalar.............. 47 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 49 5 1 INFECTOLOGIA FONTE:www.obemdito.com.br A Infectologia é a mais geral das especialidades clínicas, não se prendendo a qualquer território orgânico, mas estimulando um raciocínio clínico que geralmente passa pela integração da fisiopatologia dos vários tecidos e sistemas. Seu exercício envolve o desafio da busca do agente etiológico, a possibilidade do diagnóstico preciso do quadro infeccioso e o reconhecimento pelos pacientes do tratamento que comumente conduz à cura. Endemias, surtos, epidemias, doenças infecciosas emergentes e reemergentes constituem problemas atuais que mostram a demanda por infectologistas, desde os que atuam com doenças comunitárias, até os que trabalham com Medicina Intensiva. 1.1 O Infectologista O Infectologista é o médico especialista no diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes acometidos por doenças infecciosas. 6 Atualmente as doenças infecciosas são responsáveis por grande parte das consultas médicas ambulatoriais e em pronto-socorro. No entanto, devido à carência de infectologistas em algumas regiões e à falta de informação da população sobre o papel do infectologista, a grande maioria desses pacientes é atendida por médicos de outras especialidades. Por ser um especialista acostumado a lidar com doenças localizadas nos mais variados órgãos do corpo, em geral o infectologista também tem uma visão global do paciente, também frequentemente exercendo a prática de clínica geral. 1.2 O Papel do Infectologista na Clínica O Infectologista atua basicamente em 4 grandes áreas clínicas: Diagnóstico e tratamento das doenças infecciosas e parasitárias Imunizações (Vacinação) Aconselhamento na Prescrição de Antimicrobianos (Uso correto de antibióticos) Controle de Infecção Hospitalar 1.3 Quando Procurar um Infectologista O desconhecimento sobre o campo de atuação do médico infectologista faz com que, na maioria das vezes, a população procure outras especialidades médicas quando acometida por doenças infecciosas. Por exemplo, pacientes com suspeita de pneumonia, em geral procuram um pneumologista, com hepatite viral um gastroenterologista, com cistite ou pielonefrite (infecção urinária na bexiga ou rim), um nefrologista ou urologista, com meningite um neurologista, com piodermite (infecção na pele) um dermatologista e assim por diante. Como as infecções quase sempre acometem preferencialmente um determinado órgão, o paciente intuitivamente procura o especialista responsável pelo tratamento de doenças daquele órgão. 7 Ocorre que, embora muitos destes profissionais estejam capacitados a resolver o problema, por outras vezes o especialista procurado é especialista no órgão e não no tratamento da infecção do órgão. Assim, não são raros os casos que chegam ao infectologista encaminhados por outros médicos, com atraso diagnóstico ou somente quando já aparecem complicações no tratamento ou pela falta deste. A seguir, algumas situações nas quais é aconselhável procurar um infectologista: 2 INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA EM SAÚDE EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA 2.1 Introdução As infecções relacionadas à assistência à saúde, popularmente conhecidas como infecções hospitalares, podem ser definidas como àquelas adquiridas após a admissão do paciente na unidade hospitalar e que se manifestam durante a internação ou após a alta, quando puderem ser relacionadas com a internação ou procedimentos assistenciais. Pacientes internados em instituições de saúde estão expostos a uma ampla variedade de microorganismos patogênicos, principalmente em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Este setor é considerado como um núcleo de emergência e disseminação de agentes biológicos, devido a algumas características peculiares, como: unidade restrita/fechada, com alta frequência de contato profissional-paciente; maior possibilidade de transmissão cruzada de patógenos (pela reduzida adesão à lavação das mãos em frequência e qualidade, sobrecarga de trabalho e problemas relacionados ao acesso às pias e disponibilidade de material); alta pressão seletiva por antibióticos de largo espectro; e maior possibilidade de contaminação do meio- ambiente. Dessa forma, os pacientes admitidos em UTI, estão sujeitos a riscos de 5 a 10 vezes maior de adquirir infecção que aqueles de outras unidades de internação do hospital. Além de mais vulneráveis intrinsecamente à infecção, são frequentemente expostos aos fatores de risco tais como: procedimentos invasivos, cirurgias complexas, drogas imunossupressoras, antimicrobianos e as interações com a equipe de saúde e os fômites. 8 Segundo a Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, do ano de 2005, no Brasil, entre aproximadamente 5 e 15% dos pacientes hospitalizados e 25 a 35% dos pacientes admitidos em UTIs adquirem infecção hospitalar, sendo ela a quarta causa de mortalidade. Apesar de o número de leitos representar, geralmente, cerca de 5 a 10% dos leitos de um hospital, estima-se que nesse setor ocorram aproximadamente 25% de todas as infecções hospitalares. Pneumonias hospitalares ocasionadas por bactérias multirresistentes em pacientes sob ventilação mecânica, infecções do trato urinário, infecções de sítios cirúrgicos e de tecidos moles têm sido as mais frequentemente diagnosticadas em UTIs. Pelas proposituras anteriores, o objetivo desse estudo foi determinar a prevalência dos diferentes tipos de infecções relacionadas à assistência à saúde em unidades de terapia intensiva. 3 HIV/AIDS FONTE:observatoriog.bol.uol.com.br Estima-se que existam 36,9 milhões de pessoas vivendo com o vírus da imunodeficiência humana/síndrome da imunodeficiência adquirida HIV/AIDS no 9 mundo, com cerca de 2 milhões de novos casos e 1,2 milhão de mortes ao ano. No Brasil o número aproximado é de 781 mil pessoas vivendo com HIV/AIDS, com 12.449 óbitos registrados em 2014. Nos primeiros anos do surgimento do HIV, a sobrevida hospitalar relatada para os pacientes admitidos em unidade de terapia intensiva (UTI) era de cerca de 30%, chegando a ser menor que 15% para quem evoluía com insuficiência respiratória. Com as melhorias dos cuidados intensivos e com a introdução da terapia antirretroviral altamente ativa (HAART) em 1996, o HIV se tornou uma doença crônica, e os pacientes infectados passaram a viver mais. Embora a sobrevida na UTI tenha melhorado desde o início da epidemia do HIV, a mortalidade dos pacientes graves ainda é de cerca de 30% e continua maior que a de pacientes não infectados. A morte na UTI é frequentemente acompanhada de intervenções agressivas, tratamentos onerosos, controle inadequado dos sintomas e isolamento social. Nesse contexto, os cuidados paliativos são fundamentais, tanto nas decisões sobre a limitação de medidas invasivas, como no controle dos sintomas e nos cuidados de fim da vida. Em 2002, a Organização Mundial da Saúde definiu cuidado paliativo como uma abordagem voltada para cuidar do sofrimento de pacientes que enfrentam doenças que ameaçam a vida. Desde então, diversas sociedades e referências em Medicina Intensiva passaram a incorporar o cuidado paliativo como parte integrante da qualidade do cuidado do paciente grave. Assim, a avaliação do controle de sintomas, o alinhamento dos tratamentos aos valores e preferências de pacientes, e o reconhecimento do problema da obstinação terapêutica passaram a ser avaliados como intervenções de qualidade na UTI. Passou-se a reconhecer que o cuidado paliativo deveria ser aplicado o mais cedo possível no decurso de qualquer doença grave, integrado ao cuidado que busca a cura ou controle, e não somente na fase final. Isso se aplica em especial na UTI. Dentro dessa linha de pensamento, os cuidados paliativos primários deveriam ser realizados por todos os profissionais que lidam com doenças graves. Isso pode ser alcançado com a educação desses profissionais de saúde e com a ideia de que a indicação do cuidado paliativo deve se basear na necessidade, e não no diagnóstico e prognóstico do paciente. Caberia, assim, a avaliação de especialistas em casos selecionados, de acordo com as características e as necessidades da instituição em questão. Esse modelo consultivo pode promover o crescimento da cultura de cuidado paliativo na UTI, levando à melhora da qualidade dos cuidados com os pacientes e seus familiares. No Brasil, 10 ainda são escassas as publicações que mensuram as iniciativas de integração de cuidados paliativos com unidade de terapia intensiva. 3.1 Acompanhamento do Paciente O acompanhamento de pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), também é de responsabilidade do médico infectologista. Atualmente, com as medicações disponíveis, a infecção pelo HIV se tornou uma doença crônica, tal qual a hipertensão arterial ou diabetes, para as quais, não existindo ainda cura, existe excelente controle. Assim, os pacientes com infecção pelo HIV podem levar uma vida perfeitamente normal e produtiva, como qualquer outro paciente portador de doença crônica, desde que recebam acompanhamento médico adequado. Dados do Ministério da Saúde indicam que, em 2002, cerca de 0,5 a 0,8% da população brasileira entre 15 e 49 anos seja portadora do vírus da AIDS.São mais de 600.000 brasileiros infectados, sendo que a cada três portadores do vírus, dois desconhecem estarem infectados. Infelizmente, na maioria dos casos, é feito diagnóstico tardio da doença, conferindo pior prognóstico a esse grupo de doentes. O Brasil é hoje, sem dúvida, detentor do melhor e mais bem-sucedido programa nacional de combate a AIDS do mundo, exemplo para todos os países desenvolvidos. O programa garante medicação gratuita para todos os pacientes com indicação de tratamento, sejam eles acompanhados em serviços públicos ou privados. O infectologista é o profissional que pode realizar a orientação adequada sobre prevenção, diagnóstico, tratamento e prognóstico da infecção pelo vírus da AIDS. 11 4 HEPATITES VIRAIS FONTE:www.google.com.br As hepatites virais, notadamente as causadas pelos vírus A, B e C, sendo doenças infecciosas, também constituem um dos principais campos de atuação do infectologista. O tratamento da hepatite viral é fundamentalmente baseado na tentativa de eliminação do vírus da hepatite e/ou da estimulação do sistema imunológico para combater o vírus através de medicações antivirais e imunomoduladoras, não fazendo parte da terapêutica o tratamento do fígado em si. Nos congressos de infectologia, o diagnóstico e tratamento de hepatites virais sempre ocupa lugar de destaque, de modo a manter a especialidade sempre atualizada neste grupo de doenças cujo tratamento se encontra em constante evolução. Nos centros de formação em infectologia, os ambulatórios destinados ao tratamento de hepatites virais ocupam parte considerável do treinamento do especialista. As hepatites virais, pela sua alta prevalência na população brasileira, são motivo de grande preocupação em saúde pública. Estima-se que em 2002, cerca de 70% da população brasileira já tenha sido infectada pelo vírus da hepatite A e cerca 12 de 15% pelo vírus da hepatite B. Estima-se também que as hepatites crônicas pelos vírus B e C atingem, respectivamente, 1,5% e 1,0% dos brasileiros, perfazendo mais de 2 milhões de pessoas. Deste total, a imensa maioria é assintomática, muitos sem fator de risco identificável, e se não diagnosticados e tratados, vários podem evoluir para cirrose e câncer hepático. Entre os portadores do vírus da hepatite C, quase metade é assintomática e não tem qualquer fator de risco, sendo a infecção comumente descoberta em exame sorológico de rotina. Assim, é fundamental que os casos sejam precocemente diagnosticados no período assintomático da doença e, quando indicado, instituído o tratamento correto. O infectologista é um especialista capacitado a solicitar e interpretar adequadamente os exames sorológicos necessários para o diagnóstico de hepatites virais e realizar o tratamento e acompanhamento dos pacientes infectados. 5 FEBRE FONTE:www.opas.org.br 13 O infectologista é, sem dúvida, o especialista com maior familiaridade na investigação e diagnóstico das doenças febris. Estudos apontam que a grande maioria dos pacientes que apresenta febre como principal sintoma tem uma doença infecciosa subjacente. Febre também pode ocorrer no curso de outras doenças, notadamente as reumatológicas e neoplásicas (câncer). No entanto, como a grande maioria dos casos é devido a doenças infecciosas e pela experiência do infectologista com os diagnósticos diferenciais de doenças febris, este profissional pode, após avaliar o paciente, descartar doença infecciosa e, nesta minoria dos casos, encaminhar o paciente à especialidade pertinente. As febres podem ser prolongadas e muitas vezes a procura pelo infectologista pode ser decorrente da persistência da febre sem identificação do seu foco primário. Muitas vezes um quadro febril pode necessitar de introdução imediata de antibióticos como em infeçcões no sistema nervoso central, meningites e infeçcões no coração. 6 INFECÇÃO URINÁRIA: CAUSAS, SINTOMAS E TRATAMENTOS FONTE:oimparcial.com.br 14 A infecção urinária é uma das infecções bacterianas clínicas mais frequentes em mulheres, representando quase 25% de todas as infecções. Mesmo assim é muito importante dar atenção a esse problema e tratá-lo. Mais de 50% das mulheres desenvolvem sintomas de infecção urinária em suas vidas, e porque os antibióticos são o tratamento convencional o mais comum para os problemas, as bactérias podem ser tornar resistentes aos antibióticos e as infecções recorrentes são uma preocupação principal. Por esta razão, é importante sempre procurar orientação médica e utilizar antibióticos apenas com prescrição. Tratamentos caseiros que diminuem os riscos de que você desenvolva infecções urinárias recorrentes também são boas opções. 6.1 O Que É Infecção Urinária? A Infecção do Trato Urinário (ITU), conhecida popularmente como infecção urinária, é um quadro infeccioso que pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário, como rins, bexiga, uretra e ureteres. Esse tipo de infecção é mais comum na parte inferior do trato urinário, do qual fazem parte a bexiga e a uretra. Os tipos, causas e sintomas das infecções urinárias variam de acordo com o local onde há infecção. Existem quatro tipos de infecção urinária: Cistite (infecção na bexiga); Uretrite (infecção na uretra); Pielonefrite (infecção nos rins); Infecção nos ureteres. As causas variam de acordo com o local onde há infecção. Os tipos mais comuns de infecção urinária são a cistite e a uretrite, que acometem a bexiga e a uretra, respectivamente. 6.2 Tratamentos Naturais Para Infecção Urinária Como tratar a infecção urinária? 15 1. Beba muito líquido Beber água ou até mesmo chás e sucos (sem adoçar) ao longo do dia ajuda a liberar bactérias de seu sistema. Um estudo realizado em 2013 na Universidade do Texas Southwestern Medical Center em Dallas descobriu que a ingestão de líquidos pode ser um fator importante no tratamento de infecções do trato urinário – apenas uma das muitas razões para se manter hidratado. Beba pelo menos 2 litros de água por dia, a fim de liberar as bactérias que podem levar à infecção. 2. Não segure xixi Urinar frequentemente e quando o desejo surge garante que as bactérias não estão crescendo na urina que permanece na bexiga. Também é importante urinar logo após a relação sexual, a fim de liberar as bactérias que podem ter entrado na uretra. Estudos descobriram que a retenção de urina por um longo tempo (segurar o xixi) permite que bactérias se multipliquem dentro do trato urinário, resultando em uma infecção do trato urinário. 3. Manter a região limpa e seca As mulheres devem se limpar da frente para trás, especialmente após uma evacuação. Isso garante que as bactérias não entrem na uretra. Também é importante usar roupas soltas, o que permite que o ar mantenha a uretra seca. Usar jeans apertados ou materiais como nylon pode ser problemático porque a umidade pode ficar presa, permitindo que as bactérias cresçam. 4. Evite usar espermicidas Os espermicidas podem aumentar a irritação e permitir que as bactérias cresçam. Usar preservativos sem lubrificantes também pode causar irritação, por isso escolher preservativos lubrificados que não contêm espermicidas é o mais recomendado. 5. Probióticos Devido ao desenvolvimento de resistência bacteriana, os probióticos são ótimos para ajudar no tratamento de infecções urinárias. 16 Pesquisa publicada no Indian Journal of Urology explica que a flora bacteriana benigna é crucial para prevenir o crescimentoexcessivo de microorganismos que levam à doença. A utilização de antibióticos destrói a flora bacteriana benéfica e as bactérias patogénicas são ativadas seletivamente para crescer excessivamente em superfícies internas e externas. Probióticos ajudam a apoiar a flora normal do corpo humano, que atua como uma linha de defesa. Comer alimentos fermentados também ajuda a restaurar a flora natural do corpo e recolonizar a bexiga com bactérias úteis. Um bom alimento fermentado e saudável é o kefir. 6. Alho A alicina, um dos princípios ativos do alho, tem uma variedade de atividades antimicrobianas. Na sua forma pura, verificou-se que a alicina exibe atividade antibacteriana contra uma vasta gama de bactérias. O alho também possui propriedades antifúngicas, especialmente contra Candida albicans, que provoca infecções fúngicas. 7. Vitamina C A vitamina C torna a urina mais ácida, inibe o crescimento de E. coli e melhora a função imunológica. Um estudo de 2007 avaliou o papel que a ingestão diária de 100 miligramas de vitamina C desempenha no tratamento de infecção urinária durante a gravidez. Os pesquisadores descobriram que o tratamento com vitamina C por um período de três meses foi capaz de reduzir as infecções urinárias, melhorando o nível de saúde das gestantes. 6.3 Causas E Sintomas Da Infecção Urinária A infecção urinária é causada por fungos, vírus e bactérias. Apesar das muitas defesas naturais do corpo, certas bactérias têm a capacidade de se prender ao revestimento do trato urinário e habitam a uretra, a bexiga e os rins. 17 A maioria dos casos de ITU é causada pela bactéria E. coli que pode viver nas cavidades intestinal e vaginal, em torno da abertura uretral, e no trato urinário. As infecções do trato urinário são extremamente comuns, especialmente em mulheres sexualmente ativas entre 18 e 24 anos. Embora uma ITU não seja tipicamente complicada ou cause risco de vida, ela causa dor e afeta negativamente a qualidade de vida da paciente. Geralmente, os sintomas de uma ITU em adultos podem incluir: Dor ao urinar; Uma sensação de queimação na bexiga ou uretra ao urinar; Um desejo forte e frequente de urinar, mas apenas em pequenas quantidades; Dores musculares; Dor abdominal; Cansaço Urina turva; Urina com sangue; Urina de cheiro forte; Dor pélvica em mulheres; Confusão ou delírio (em pacientes idosos). Apesar de ser mais comum em mulheres, a infecção urinária também pode afetar os homens e causar alguns sintomas como a urgência para urinar e dor/ardência durante ou depois de fazer xixi. A infecção urinária masculina é mais comum naqueles que estão acima dos 50 anos de idade, especialmente nos que não foram circuncidados, ou em homens que têm algum bloqueio na saída da urina ou usam sondam para urinar. O que fazer? Normalmente, uma infecção urinária é descomplicada e desaparece dentro de dois a três dias de tratamento. Mas a infecção urinária pode ser grave em raras situações, casos mais graves às vezes são observados em idosos, pessoas com sistemas imunitários reprimidos ou mulheres grávidas, e precisam de antibióticos para o tratamento. 18 Existem vários fatores de risco que aumentam a probabilidade de desenvolver infecções do trato urinário. Os principais incluem: Relação sexual sem preservativo; Uso de espermicida; Uso do cateter ou diafragma; Gravidez; Sistema imunológico reprimido; Diabetes. Um grande desafio das infecções urinárias é tendem a recorrer. As ITU recorrentes são causadas principalmente pela reinfecção pelo mesmo patógeno. Com cada ITU, o risco de uma mulher continuar tendo infecções recorrentes aumenta. Pesquisas sugerem que, após uma infecção urinária inicial, uma em cada cinco mulheres desenvolverá outra ITU dentro de seis meses. A infecção do trato urinário é causada por fungos, vírus e bactérias. Seus sintomas incluem dor e uma sensação de ardor ao urinar, dores musculares, urina turva e dor abdominal. Hábitos de higiene, como limpar-se corretamente depois de usar o banheiro, ou de manter relações sexuais, assim como vestir roupas soltas podem ajudar a evitar a infecção urinária. Caso os sintomas persistam, procure orientação médica. 19 7 INFECÇÕES POR PSEUDOMONAS AERUGINOSA FONTE:pt.nextews.com 7.1 Introdução O gênero Pseudomonas constitui a família denominada Pseudomonadaceae, os membros desta família caracterizam-se como bacilos gram-negativos retos ou ligeiramente curvos, aeróbios estritos, a maioria das cepas apresenta motilidade por meio de um ou mais flagelos polares, utiliza glicose e outros carboidratos oxidativamente e em geral são citocromo oxidase positivos (5,9) é um agente patogênico oportunista que pode causar doenças como: Infecções do Trato Urinário, Infecções no Sistema Respiratório, Infecções da Pele e dos Tecidos Moles, Infecções Oftalmológicas, Infecções Ósseas e Articulares e outras infecções sistêmicas. Uma característica da espécie é a capacidade de produzir um pigmento azul-esverdeado (piocianina), denominado de bacilo piociânico, encontrado em pacientes com queimaduras ou fibrose cística, estes pacientes são mais propensos a transmitir a infecção por Pseudomonas aeruginosa devido ao estado imunodeprimidos. As infecções urinárias estão associadas ao uso de cateteres ou sondas, em alguns pacientes a bactéria provoca pneumonia mortal através do uso de respiradores contaminados. Esta bactéria permanece como um dos mais prevalentes agentes das infecções hospitalares, pela habilidade que possui de se desenvolver no próprio 20 ambiente hospitalar, como no ar, em reservatórios de água e outros fluídos, e em superfícies inanimadas que cercam o paciente, proporcionando focos de contato e de transmissão. Atualmente, esta bactéria é responsável por aproximadamente quinze por cento dos casos (15%) de bacteremia causada por germes Gram-negativos, a mortalidade nestes casos chega a ser de cinqüenta por cento (50%), o diagnóstico da infecção é feita pela cultura do material proveniente do processo infeccioso. Esta espécie é naturalmente resistente á vários tipos de antibióticos devido a uma barreira de permeabilidade oferecida por sua membrana exterior Lipopolissacarídeo – L.PS. , quando as bactérias Gram-negativas invadem a corrente sanguínea, o Lipopolissacarídeo desencadeia uma série de sintomas, como febre alta e queda da pressão arterial, essas bactérias possuem uma grande facilidade para trocar material genético (DNA) entre cepas da mesma espécie e mesmo entre espécies diferentes, quando sofre uma alteração genética como mutação, ou adquire material genético que lhe confere resistência a um antibiótico, posteriormente compartilham seu DNA com outras cepas de bactérias e a cepa secundária ocasionalmente torna-se resistente (2), a bactéria produz uma série de substâncias que participam da patogênese da infecção, a toxina A é a mais tóxica, tendo mecanismo de ação idêntico ao da toxina diftérica, bloqueando a síntese protéica e inibindo o fator de alongamento EF-2, esta bactéria é resistente ao poder bactericida do soro, mas é sensível a fagocitose em presença de opsoninas (proteínas que se ligam á partículas antigênicas, facilitando a fagocitose), amostras não produtoras de toxina A são menos virulentas. A respeito dos avanços tecnológicos em relação ao desenvolvimento de drogas de maior potência antibacteriana, suascaracterísticas naturais de resistência a mantêm em papel de destaque referente às dificuldades terapêuticas. 8 GRUPOS PRINCIPAIS DE PSEUDOMONÍDEOS: FLUORESCENTES, STUTZERI, ALCALIGENES, PSEUDOMALLEI, ACIDOVORANS E DIMINUTA. Grupo Fluorescente: Todas as espécies deste grupo são caracterizadas pela produção de um pigmento hidrossolúvel, a pioverdina, que aparece como uma fluorescência branca a azulesverdeada sob luz ultravioleta, a produção de pigmentos fluorescentes é particularmente estimulada em meios com alta concentração de fosfatos, apenas uma espécie a Pseudomonas aeruginosa produz o característico 21 azul hidrossolúvel, a piocianina, a Pseudomonas aeruginosa é o Pseudomonídeo mais freqüente isolado de amostras clínicas, a infecção é especialmente prevalente entre pacientes com queimaduras, fibrose cística, leucemia aguda, transplante de órgãos e drogas endovenosas, as infecções são observadas em sítios onde exista tendência ao acúmulo de umidade: traqueostomias, cateteres permanentes, queimaduras, ouvido externo (ouvido de nadador) e feridas cutâneas exsudativos, a exsudação de pus azulado, com odor de uvas produzido pela piocianina. Grupo Putida e Fluorescens: São encontrados em águas e solos e podem existir em reservatórios de água no ambiente hospitalar, podem ser parte da microbiota normal da faringe e são patógenos oportunistas para o homem, foi relatada a produção de septicemia por Pseudomonas putida relacionada com cateter em pacientes com câncer e artrite séptica, as duas espécies foram relacionadas com bacteremia produzida por transfusões de sangue. Grupo Stutzeri: São desnitrificantes de solo e podem crescer em condições anaeróbias em meios contendo nitratos, produzindo nitrogênio gasoso, encontram-se amplamente distribuída em solos e águas e já foi isolada de esterco, palha, esgoto, águas paradas, alimentos preparados para bebês, equipamentos hospitalares e cosméticos para olhos, em raras ocasiões foi associada a infecções como otite média, conjuntivite, pneumonia, artrite asséptica, endocardite, meningite em paciente HIV - positivo, infecções de enxertos vasculares sintéticos e de feridas traumáticas, é sensível à maioria dos antibióticos, as cepas são móveis por meio de flagelos polares monotríquios, podem crescer em meio com nitrato como única fonte de nitrogênio e com acetato como única fonte de carbono para obter energia. Grupo Alcaligenes: Caracterizam-se por ser assacarolíticos ou fracamente sacarolíticos em meio O.F de glicose (oxidação/fermentação), os membros destes grupos são Pseudomonas alcaligenes, Pseudomonas pseudoalcaligenes e as espécies de Pseudomonas que reduzem tanto nitratos como nitrito a gás, sua capacidade de atuar como patógenos humanos foi demonstrado apenas em raras ocasiões, foram relatadas infecções oculares, empiema e um caso de endocardite fatal produzido por Pseudomonas alcaligenes. Grupo Pseudomallei: Todas as espécies deste grupo são facilmente diferenciáveis das de outros grupos de Pseudomonídeos por sua propriedade de resistência ao grupo de antibióticos da Polimixina (Polimixina B e Colistina), é parasita obrigatório de animais, primariamente cavalos, mulas e burros, que produz uma infecção respiratória conhecida como “Mormo”, em raras ocasiões pode ser transmitido ao homem, através de uma abrasão cutânea, é a única espécie 22 imóvel do gênero, os outros membros desse grupo foram associados a enfermidades humanas, as infecções são adquiridas por contato com o microrganismo mediante a inalação de pó ou diretamente através de fissuras na pele. Grupo Acidovorans: Consiste em microrganismos anteriormente denominados Pseudomonas acidovorans, testosteroni e Camamonas terrigena, em 1987 foi proposto que os microrganismos conhecidos como Pseudomonas acidovorans e P. testosteroni fossem colocados no gênero Camamonas, junto com a espécie C. terrigena, todos são móveis por meio de um tufo polar de até seis flagelos com a característica diferencial de possuírem um comprimento espiridar longo, não produzem ácido no meio O.F de glicose, por isso, esses microrganismos são agrupados como pseudomonídeos alcalinos, entre os membros deste grupo, C.acidovorans é o isolado com maior freqüência de amostras biológicas e usualmente não é considerado patogênico, pode ser diferenciado com facilidade pelas reações ácidas em meios O.F de manitol e é acetamida-positivo, apresenta a característica particular de produzir uma reação de indol alaranjada, devido á produção de ácido antranílico á partir de triptona. Grupo Diminuta: Todas as espécies do grupo foram transferidas para o novo gênero Brevindimonas (que significa bactérias com comprimento de espira curto) ,este grupo é representado por duas espécies: B. diminuta e B. vesicularis,também estão incluídas entre os pseudomonídeos alcalinos,porque reagem com a maioria dos carboidratos ou o fazem muito fracamente, este grupo é caracterizado pela presença de um único flagelo polar de espiras muito estreitas, já foi relatado que a B. diminuta,mas não a B. vesicularis,produz ácido glutárico quando cultivada em Agar tripticase-soja. 8.1 Principais infecções causadas por pseudomonas aeruginosa e terapia antibiótica 8.1.1 Principais Infecções -Infecções Otológicas: Otites – É uma infecção do canal auditivo externo, conhecida como ouvido do nadador, decorrente da exposição prolongada a água 23 doce, ou a otite externa maligna, esta infecção causa uma dor intensa e lesão nervosa e é mais comum em indivíduos diabéticos. -Infecções Oftalmológicas: A Pseudomonas aeruginosa pode produzir úlceras no olho após penetrá-lo através de uma lesão oftálmica de uma lente de contato ou de um líquido para lente de contato contaminado. -Infecções Ósseas e Articulares: Osteomielite – É uma infecção óssea causada por bactérias e algumas vezes causada por fungo, quando um osso é infectado, a sua parte interna e macia (medula óssea) edemacia (acúmulo de líquido anormal no espaço intersticial), com a pressão exercida pelo tecido edemaciado contra a parede interna rígida do osso, os vasos sanguíneos da medula podem ser comprimidos e ocorre uma redução ou uma interrupção da irrigação sanguínea ao osso, e sem irrigação sanguínea adequada, partes do osso podem morrer á partir do osso a infecção pode disseminar-se para o exterior causando abscessos (formações purulentas) nos tecidos moles (músculos) adjacentes, os ossos podem ser infectados através da corrente sanguínea, pela invasão direta e por tecidos moles adjacentes, a corrente sanguínea pode transportar uma infecção de uma parte do corpo até os ossos, as infecções também podem ocorrer no local de fixação de uma peça de metal a um osso, como ocorre nas fraturas do quadril, os microrganismos podem invadir o osso através de fraturas expostas durante uma cirurgia óssea ou á partir de objetos contaminados que perfurem o osso. -Articulares: A artrite infecciosa é uma infecção do líquido sinovial e dos tecidos de uma articulação, os microrganismos atingem a articulação através da corrente sanguínea, uma articulação pode ser infectada de forma direta quando contaminada durante uma cirurgia, através de uma injeção ou de uma lesão, diferentes bactérias podem infectar uma articulação, as mais conhecidas são as Gram-negativas. A articulação torna-se vermelha e quente e a sua movimentação ou o contato com a região afetada provocam muita dor, ocorre acúmulo de líquido na articulação infectada causando edema e rigidez, o paciente pode apresentar febre e calafrios. -Infecções da Pele e Tecidos Moles: A infecção produz uma erupção cutânea de áreas pretovioláceas,essas áreas apresentam uma lesão no centro circundada por uma região hiperemiada e edemaciada, a erupção ocorre na axila e na virilha, exemplo: a Foliculite da banheira, é uma erupção cutânea formada por pequenas pústulas com uma gota de pus no centro, as infecções graves ocorrem com maior 24 freqüência em hospitais e o microrganismo é encontrado com freqüência em áreas úmidas como pias e coletores de urina. -Infecções do Trato Respiratório: A Pseudomonas aeruginosa pode causar Pneumonia grave em pacientes hospitalizados e principalmente nos pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), resultante de aspirações associadas á ventilação mecânica. -Infecções do Trato Urinário: Trata-se da presença de bactérias na urina, com o passar do tempo essas bactérias multiplicam-se e enquanto não houver um tratamento adequado, as bactérias atacam qualquer nível do aparelho urinário desde a bexiga até os rins, os microrganismos invadem o trato urinário através de duas vias possíveis: 1- extremidade inferior do trato urinário, no homem, o orifício localizado na glande e na mulher o orifício uretral localizado na vulva; 2- outra via de entrada de bactérias são o sangue e os vasos linfáticos, a colonização dessas bactérias pode ser facilitada por fatores como: obstrução urinária causando aumento da próstata, doenças neurológicas e traumatismos na coluna, corpo estranho por uso de sondas vesicais, cálculos renais e outros fatores como gravidez, diabetes e menopausa. Este tipo de infecção pode se desenvolver na Uretra causando Uretrite, na Bexiga causando Cistite e nos Rins causando Pielonefrite (infecção urinária complicada). -Bacteremia: São fatais em pacientes hospitalizados e imunodeprimidos, as bactérias invadem o sangue de indivíduos com queimaduras e aqueles que apresentam um Câncer, sem tratamento, uma infecção grave pode levar ao choque e a óbito. -Endocardite: Os indivíduos que receberam uma válvula cardíaca artificial são mais vulneráveis a contrair a infecção, as válvulas cardíacas naturais também podem ser infectadas, especialmente entre os usuários de drogas. 8.2 Antimicrobianos com atividade contra pseudomonas aeruginosa -Penicilinas: Piperacilina; Piperacilina + Tozabactam; Ticarcilina+ Clavulanato. -Cefalosporinas: Ceftazidima e Cefepima. -Carbapenems: Imipenem + Cilastina e Meropenem. -Monobactâmico: Aztreonam -Aminoglicosídeos: Gentamicina; Amicacina e Tobramicina. 25 -Quinolonas: Ciprofloxacino e Levofloxacino 8.3 Diagnóstico / morfologia e identificação: O diagnóstico é feito pela cultura do material proveniente do processo infeccioso, o germe cresce facilmente e de maneira rápida em meios de cultura comum. Algumas amostras hemolisam o sangue, Pseudomonas aeruginosa forma colônias redondas e lisas de coloração esverdeada fluorescente, produz pigmento azulado não fluorescente, a piocianina que se difundem no Ágar, outras espécies não produzem piocianina, muitas amostras também produzem o pigmento vermelho escuro, piorrubina ou pigmento negro, a piomelanina,esta espécie de diferentes tipos de colônias podem exibir várias atividades enzimáticas e bioquímicas bem como padrões de suscetibilidade de antimicrobianos, as culturas das amostras clínicas de pacientes com fibrose cística originam colônias mucóides de Pseudomonas aeruginosa em conseqüência da superprodução de alginato, um exopolissacarídio. Exames Laboratoriais: Amostras: devem-se obter amostras de lesões cutâneas, pus, urina, sangue, líquido cefalorraquidiano, escarro e outro material conforme o tipo de infecção. Esfregaços: os bastonetes gram-negativos são normalmente visualizados nos esfregaços, não há nenhuma característica morfológica específica passível de diferenciar Pseudomonas em amostras de bastonetes entéricos em outros bastonetes gram-negativos. (5,1,9) Cultura: as amostras são semeadas em Ágar-sangue e nos meios diferenciais comuns utilizados para o crescimento de bastonetes gram-negativos entéricos, P. aeruginosa não fermenta a lactose, sendo facilmente diferenciada das bactérias fermentadoras de lactose, a cultura é o teste específico para o diagnóstico de infecção por P. aeruginosa. Característica de Crescimento: oxidase-positiva e cresce bem a 37-42ºC; seu crescimento à 42ºC ajuda a diferenciá-la de outras espécies de Pseudomonas, não fermenta carboidratos, porém muitas cepas oxidam a glicose, a identificação baseia-se na morfologia das colônias, na positividade da oxidase, na presença de pigmentos característicos e no crescimento à 42ºC, a diferenciação da Pseudomonas aeruginosa de outras espécies baseia-se na atividade bioquímica exigindo testes com grande número de substratos. 26 8.4 Epidemiologia e controle: A espécie habita o solo, água e vegetais e é encontrada com maior freqüência na pele de pacientes hospitalizados e imunodeprimidos. Nos Hospitais as vias de transmissão são representadas por água, alimentos, respiradores, desinfetantes e são constantemente introduzidos no ambiente hospitalar através de frutas, legumes, vegetais, por visitantes ou pacientes transferidos de outras Unidades Hospitalares, para fins epidemiológicos, as cepas podem ser tipadas de acordo com as piocianinas ou como os imunotipos de lipopolissacarídeo, a vacina de tipos adequados quando administrados a pacientes a alto risco, confere alguma proteção contra Sepse por P. aeruginosa, este tratamento tem sido utilizado em pacientes com Leucemia, Queimaduras, Fibrose Cística e Imunossupressão. A disseminação por Pseudomonas aeruginosa é devida á elevada resistência á antibióticos e anti-sépticos. 8.5 Farmacoterapia: São prescritos dois antibióticos, pois a Pseudomonas são intrinsecamente resistentes e as defesas do hospedeiro com freqüência estão debilitadas, a Gentamicina ou Tobramicina com uma Penicilina, como a Ticarcilina, ou uma Cefalosporinas de 3ª Geração, especialmente a Ceftazidima, são a medicação habitual. 8.6 Conclusão: Os eventos infecciosos estão cada vez mais freqüentes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), dentre as infecções que mais acometem pacientes graves, está à infecção pulmonar, destacando a pneumonia associada á ventilação mecânica, a presença de microrganismos multiresistentes tem aumentado excessivamente em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), devida á este fato medidas de controle e prevenção de infecções tem se tornado muito necessários, em especial nos cuidados com pacientes internados nestas unidades e que estão imunodeprimidos, com a queda de defesas no organismo, exige um uso mais intenso de antibióticos do que em outras circunstâncias e uma das razões para isso ocorrer é devido a estas características críticas do paciente, estes microrganismos convivem com um ambiente 27 repleto de antibióticos e acabam desenvolvendo mecanismos de defesa e vão se adaptando ao ambiente, favorecendo uma pressão seletiva de resistência elevada, esta resistência é resultado de uma intervenção que é o uso excessivo e inadequado de antibióticos e não há como revertê-la, mas se pode minimizar o problema usando adequadamente os antibióticos para manter sua vida útil por mais tempo. Os profissionais da área da saúde deveriam tentar diminuir o número de vezes em que administram um determinado antibiótico e depois que se opta por administrar, deveriam aumentar a intensidade do antibiótico de acordo com as necessidades de cada paciente. 9 ISOLAMENTO DE PACIENTES COM SUSPEITA OU DIAGNÓSTICO DE TUBERCULOSE FONTE:www.jornalcidade.net 28 9.1 Nos casos de suspeita de tuberculose: Tosse com expectoração há 3 semanas ou mais,ou Tosse produtiva há menos de 3 semanas porém com outros sintomas compatíveis e/ou história de contato domiciliar, ou Quadro atípico em portador de imunodeficiência (AIDS, neoplasia, diabetes, etilismo). Conduta: Precaução com aerossóis; Pesquisa e cultura de BAAR no escarro ou suco gástrico (03 amostras em dias diferentes); Se a baciloscopia (03 amostras) for negativa, suspender o isolamento; Quando em tratamento, suspender o isolamento após 3 amostras de BAAR – pesquisa direta - forem negativas e colhidas após 2 semanas de tratamento específico. 9.2 Medidas (vide quadro de precauções com aerossóis): O paciente deve usar máscara cirúrgica para sair do quarto para exames; O funcionário deve usar máscara N95 para entrar no quarto de isolamento; Fazer coorte ou quarto individual se não houver suspeita de tuberculose multirresistente, se paciente com tuberculose multirresistente quarto individual. 9.3 Visitantes e acompanhantes: Usar máscara cirúrgica; Recomenda-se a proibição da presença de acompanhantes de pacientes bacilíferos; 29 A visita é restrita aos horários do serviço, sendo liberada nas situações especiais, as quais devem ser discutidas com a equipe de saúde e o SCIH. A presença de acompanhantes de pacientes bacilíferos serão definidos com a equipe interdisciplinar (enfermagem, serviço social, médico) e o SCIH, considerando-se riscos e gravidade do paciente. 10 ATENDIMENTO E ISOLAMENTO DE PACIENTES COM SUSPEITA OU DIAGNÓSTICO DE VARICELA E SARAMPO FONTE:www.google.com.br 10.1 Nos casos de suspeita de varicela: Presença de lesões vésico-bolhosas, ou Quadro de varicela zoster em portador de imunodeficiência (AIDS, neoplasia, diabetes, etilismo). 30 10.2 Nos casos de suspeita de sarampo: Presença de exantema associado a conjuntivite e outros sinais/sintomas sugestivos de sarampo. 10.3 Conduta (vide quadro de precauções com aerossóis): Precaução com aerossóis; Solicitar exames complementares. Preencher a ficha de notificação compulsória (para sarampo) 10.4 Medidas: O paciente deve usar máscara cirúrgica para sair do quarto (consultório) para exames; O profissional deve usar máscara PFF2 no atendimento; Manter o paciente em quarto (consultório) isolado, com janela aberta e porta fechada, caso não seja possível, oferecer uma máscara cirúrgica e manter na sala de espera o mínimo possível até resultado dos exames. Evitar fazer inalação em sala comum. 10.5 Visitantes e acompanhantes: Usar máscara cirúrgica; A presença de acompanhantes de pacientes deve ser avaliada individualmente, considerando-se o estado de imunização dos mesmos; A visita é restrita aos horários do serviço, sendo liberada nas situações especiais, as quais devem ser discutidas com a equipe de saúde e o SCIH. 31 11 ORIENTAÇÕES DE CUIDADOS NO ATENDIMENTO DE PACIENTES COM SUSPEITA OU CONFIRMAÇÃO DE INFLUENZA A (H1N1) FONTE:www.google.com.br Considerando a ocorrência de (Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) relacionada a Influenza A (H1N1), o SCIH orienta aos seus colaboradores as seguintes normas de biossegurança, considerando uso racional de EPIs e a segurança do colaborador: 11.1 Orientações gerais Precaução padrão: 1. Lave as mãos com água e sabonete antes e após o contato com qualquer paciente, após a remoção das luvas, máscara e após o contato com sangue ou secreções. 2. Se as mãos não estiverem visivelmente sujas, friccione-as com álcool 70% antes e após o contato com qualquer paciente ou superfícies. 32 3. Use luvas apenas quando houver risco de contato com sangue, secreções ou membranas mucosas. Calce-as imediatamente antes do contato com o paciente e retire-as logo após o uso, higienizando as mãos em seguida. È proibido o uso do mesmo par de luvas entre vários pacientes. 4. Use óculos, máscara e/ou avental quando houver risco de contato de sangue ou secreções, para proteção da mucosa de olhos, boca, nariz, roupa e superfícies corporais. 5. Descarte, em recipientes apropriados, seringas e agulhas, sem desconectá- las ou reencapá-las. Precaução com gotículas: 1. Higienize as mãos antes e após o contato com o paciente; use óculos, máscara cirúrgica e avental quando houver risco de contato com sangue ou secreções e descarte adequadamente os pérfuro-cortantes. 2. Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser internado com outros infectados pelo mesmo microrganismo. A distância mínima entre dois leitos deve ser de um metro. 3. O transporte do paciente deve ser evitado, mas, quando necessário, ele deverá usar máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto. 11.2 Atendimento ambulatorial/emergência Manter o paciente “tossidor” na sala de espera com máscara cirúrgica. Atender com os cuidados de precaução padrão e por gotículas, Higienize as mãos antes e após o contato com o paciente; Fazer a desinfecção do estetoscópio e termômetro após cada uso com álcool 70%. Não há necessidade de uso de avental. 33 Usar luvas para examinar o paciente (se sangue/secreções). Usar máscara cirúrgica durante o atendimento. Evitar fazer nebulização (risco de formação de aerossóis). Internação na Emergência em quartos de isolamento. 11.3 Atendimento na unidade de internação Medidas gerais 1. Atender com os cuidados de precaução padrão e por gotículas. 2. Higienize as mãos antes e após o contato com o paciente; 3. Fazer a desinfecção do estetoscópio e termômetro após cada uso. 4. Não há necessidade de uso de avental, a mesma deve ser utilizada de acordo com a possibilidade de contato com secreções para examinar o paciente. 5. Pode-se ser reutilizar o avental no mesmo paciente, desde que não esteja sujo ou úmido, deixar pendurado na entrada do quarto. 6. Usar luvas para examinar o paciente (se sangue/secreções). 7. Usar máscara cirúrgica durante o atendimento. 8. O esfigmomanômetro é de uso coletivo e deve ser friccionado com álcool a 70% se não estiver visivelmente sujo, diariamente e se com sujidade, encaminhar para a lavação. Cuidados específicos: Ao coletar material para pesquisa viral, intubar, fazer broncoscopia (que geram aerossóis) instituir precaução por aerossóis: 1. Higienize as mãos antes e após o contato com o paciente; 2. Usar óculos, máscara, gorro e avental 3. Mantenha a porta do quarto fechada. 4. Coloque a máscara com filtro (PFF2, N95); 5. Os EPIs devem ser descartados após o uso em coleta de material (vide resuso de EPIs). 2. Caso seja feito apenas o swab nasal, não há necessidade de máscara com filtro. 34 3. É contra indicada a realização de nebulizações por gerarem aerossóis (usar broncodilatador em spray). 4. Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser internado com outros com o mesmo quadro clínico, mantendo a distância entre leitos de 1m ou preferencialmente manter a separação dos leitos por biombos ou cortinas laváveis. 11.4 Atendimento na unidade de terapia intensiva Medidas gerais Atender com os cuidados de precaução padrão e por gotículas. Higienize as mãos antes e após o contato com o paciente; Fazer a desinfecção do estetoscópio e termômetro após cada uso com álcool a 70%. Não há necessidade de uso de avental, o mesmo deve ser utilizado de acordo com a possibilidade de contato com secreções para examinar o paciente (precauçãopadrão). Pode-se ser reutilizar o avental no mesmo paciente, desde que não esteja sujo ou úmido, deixar pendurado na entrada do box/quarto. Usar luvas para examinar o paciente (se sangue/secreções). Usar máscara cirúrgica durante o atendimento. 5. O esfigmomanômetro é de uso coletivo e deve ser friccionado com álcool a 70% se não estiver visivelmente sujo, diariamente e se com sujidade, encaminhar para a lavação. Isolamentos e leitos Idealmente os pacientes com suspeita ou confirmação de Influenza A (H1N1) devem permanecer em quartos de isolamento respiratório; Em caso de impossibilidade de transferência de pacientes/leitos de isolamento, otimizar a ocupação do salão com aqueles que estejam em 35 maior tempo de terapia antiviral; pacientes que estejam intubados com sistema fechado de aspiração; mantendo aqueles em VNI preferencialmente em isolamentos (preferencialmente na área A); Na impossibilidade de quartos de isolamento deve-se fazer um ambiente de coorte dentro da unidade, procurando-se manter a distância mínima de 1 metro entre os leitos (preferencialmente na área A); Em situação de pandemia: Internar os suspeitos e confirmados com Influenza A (H1N1) na área A; Inverter a ordem de internação na UTI, mantendo nos isolamentos pacientes com outras doenças e no salão os pacientes com suspeita ou confirmação de Influenza A (H1N1), considerando que todos estejam em terapia antiviral; Neste último caso, em sendo necessário de alguma forma manter-se paciente com outro diagnóstico ao lado de pacientes com Influenza A (H1N1), administrar quimioprofilaxia; considerar com medida complementar de biossegurança caso o salão seja ocupado em coorte para atendimento de pacientes com Influenza A (H1N1), os funcionários, mesmo que vacinados devem permanecer com máscara cirúrgica; Cuidados específicos: paciente em assistência ventilatória: Manter sistema de aspiração traqueal fechado. Ao aspirar a boca e nasofaringe, intubar ou fazer broncoscopia (que geram aerossóis) instituir precaução por aerossóis: Higienize as mãos antes e após o contato com o paciente e equipamentos; Usar óculos, gorros, máscara e avental. Colocar a máscara com filtro (PFF2; N95). Manter a porta do quarto ou cortinas do box fechada durante o procedimento. 36 Reuso de EPIs: os EPIs podem ser reaproveitados com os seguintes cuidados: Avental: desde que não haja umidade ou sujidade, para o mesmo paciente, manter pendurado na entrada do quarto. Máscara PFF2/N95: utilizar uma máscara cirúrgica sobre a máscara de filtro em procedimentos que geram aerossóis. Após o procedimento, retirar as luvas, higienizar as mãos e retirar a máscara cirúrgica não tocando na parte anterior, apenas nas tiras, desprezar, higienizar novamente as mãos e somente depois, retirar a máscara com filtro e guardá-la. Óculos: higienizar após cada uso, com água e sabão. Desprezar no final do plantão todos os EPIs (avental e máscara utilizados nas situações de geração de aerossóis). Cuidados com o respirador e equipamentos: Higienização das superfícies com álcool 70%. Os circuitos devem ser trocados apenas entre pacientes ou se sujos ou mal funcionantes. Os circuitos devem sofrer processo de limpeza e desinfecção de alto nível ou esterilização. 11.5 Fluxo de trabalho dos diversos funcionários Nutrição: ao entrar em quarto ou unidade de isolamento de Influenza A (H1N1), a copeira deverá usar máscara cirúrgica e luvas de procedimento para entrega e/ou retirada da alimentação, sendo desnecessário o uso do avental por não haver o contato com o paciente - recolher todos os utensílios da dieta, colocar no carrinho de transporte, descartar as luvas antes de tocar em qualquer coisa (alça do carrinho, portas etc); Lavar as mãos 37 Higienizar o carrinho de transporte sempre após o uso com água e sabão e álcool 70%. Zeladoria: ao entrar em quarto ou unidade de isolamento de Influenza A (H1N1) para a execução da limpeza diária, o funcionário deverá usar máscara cirúrgica e a mesma luva de borracha, balde com água e sabão líquido (se houver necessidade de descontaminação, usar hipoclorito de sódio a 1% e o álcool a 70% para superfícies, conforme a rotina). Pano e demais acessórios deverão ser lavados e desinfetados com hipoclorito e guardados de acordo com a rotina; Lembrar de lavar as luvas de borracha, secar e depois lavar as mãos. Quanto a limpeza e desinfecção dos artigos utilizados na assistência ao paciente, manter-se-á a rotina estabelecida e já praticada; 11.6 Profilaxia pós-exposição Caso ocorra exposição acidental do colaborador durante o atendimento, o médico do SCIH deverá avaliar cada caso, em conjunto com o médico de plantão, orientando as indicações e a dispensação de quimioprofilaxia. 11.7 Visitantes e acompanhantes Sugerimos que as visitas sejam restritas em quartos ou unidades de isolamento de Influenza A (H1N1) (situação a ser revista de acordo com a demanda), adequada de acordo com disponibilidade de EPIs e situação clínica do paciente. No momento deve ser orientada de acordo com a rotina pré-estabelecida, assim como a presença de acompanhantes. Visitantes e acompanhantes devem utilizar máscaras cirúrgicas e serem orientados a higienizar as mãos. 38 11.8 Tempo de manutenção de precaução Manter em precaução por gotículas por 07 dias a partir do início dos sintomas e/ou 05 dias de terapia específica. Pacientes imunodeprimidos, manter em precaução por 14 dias 11.9 Em situações de óbito Pacientes com quadro de SRAG que evoluam para óbito antes de tempo hábil para coleta de secreção para pesquisa viral, devem ter sua secreção (material) coletada no postmorten imediato (informação epidemiológica). 11.10 Etiqueta da tosse Higienizar as mãos com água e sabonete antes das refeições, antes de tocar os olhos, boca e nariz, após tossir, espirrar ou usar o banheiro; Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies; Proteger com lenços (preferencialmente descartáveis) a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis; Indivíduos que sejam casos suspeitos ou confirmados devem evitar entrar em contato com outras pessoas suscetíveis. Caso não seja possível, usar máscaras cirúrgicas; Manter os ambientes ventilados; Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal. 39 12 ISOLAMENTO E PRECAUÇÕES FONTE:noticias.ne10.uol.com.br 12.1 Introdução Um dos grandes riscos do hospital é a transmissão de bactérias e outros microorganismos entre pacientes colonizados/infectados para pacientes suscetíveis e para os profissionais de saúde. O isolamento de pacientes com doenças infecto- contagiosas é já bastante antigo, (séc., XVIII). Os pacientes eram isolados em hospitais próprios (Ex. hospitais de doenças infecciosas, hospitais para tuberculose). As recomendações relativas a isolamento e precauções são dinâmicas, uma vez que novas doenças e agentes infecciosos são continuamente descobertos. 12.2 Conceitos fundamentais A propagação de uma infecção requer três elementos: 1. Fonte de microorganismos (agente infectante) 40 2. Hospedeiro suscetível 3. Meios de transmissão do microorganismo. Como não é possível, maioria das vezes, interferir nos dois primeiros fatores, cabe então atuar nos mecanismos de transmissão 12.3 Fontes * Pacientes, profissionais de saúde e, ocasionalmente, visitantes.Incluem pessoas com doença aguda, no período de incubação de uma doença, portadores crônicos de um agente infeccioso e pessoas colonizadas por um agente infeccioso, mas sem doença aparente. 12.4 Hospedeiros A resistência a microorganismos patogênicos varia de pessoa a pessoa. Fatores como: idade, doença de base, uso de antibióticos, corticosteróides e imunossupressores e procedimentos invasivos, entre outros, podem tornar os hospedeiros mais suscetíveis a infecções. 12.5 Transmissão: 1. CONTATO Direto: superfície corporal (transferência física inter-humana) indireto: objetos contaminados (instrumentos, agulhas, curativos, luvas) 2. GOTÍCULAS (PERDIGOTOS) Ocorre quando perdigotos contaminados são impelidos a uma distância de até 1 metro através do ar e são depositados na conjuntiva, mucosa nasal, boca ou pele íntegra, produzindo colonização. Os perdigotos são gerados através da fala, espirro, tosse e na realização de procedimentos como aspiração e broncoscopia. 3. AEROSSÓIS 41 Ocorre pela disseminação de pequenas partículas (5 micra ou menos) que contém um agente infeccioso e que ficam suspensas no ar, podendo ser amplamente dispersas por correntes aéreas e inaladas pelos indivíduos susceptíveis. 4. VEÍCULO COMUM Ocorre por itens contaminados: comida, água, medicamentos, aparelhos e equipamentos. 5. VETOR Ocorre quando vetores como mosquitos, moscas, ratos ou outros insetos transmitem microorganismos. 12.6 Definições ISOLAMENTO: Técnica utilizada para prevenir a transmissão de microorganismos a partir de pacientes infectados ou colonizados para outros pacientes, profissionais de saúde e visitantes. Os tipos de isolamento são baseados no conhecimento da forma de transmissão do microorganismo. PRECAUÇÕES: Aplicação de técnicas em qualquer paciente hospitalizado, independente do isolamento físico ou como complemento deste, visando especificamente bloquear a transmissão de microorganismos. 12.7 Precaução padrão É a mais importante e está designada para o cuidado de todos os pacientes. São planejadas para, qualquer que seja o diagnóstico do paciente, reduzir o risco de transmissão de microorganismos através do sangue e de outros fluídos corpóreos, secreções e excreções, exceto suor, independente de haver sangue visível ou não. 42 12.8 Paramentação: FONTE:www.anacosta.com.br LUVAS: todas às vezes que houver manipulação de sangue, fluídos corpóreos, secreções e excreções (exceto suor). Deve ser considerada como barreira protetora auxiliar, não substituindo a necessidade da lavagem das mãos. AVENTAL: quando possibilidade de contaminação através de respingo de fluidos corpóreos. Deve ser preferencialmente impermeável. MÁSCARA/ÓCULOS: para proteger mucosas em caso de respingo de fluidos corpóreos. LAVAGEM DAS MÃOS: Obrigatório antes e após a manipulação de pacientes e imediatamente 43 após a retirada de luvas. Entre procedimentos no mesmo paciente quando houver risco de infecção cruzada de diferentes sítios anatômicos. Em locais em que o acesso a pias é limitado à lavagem pode ser substituída por fricção com álcool 70% glicerinado (2%) por 30 segundos. Em áreas/unidades com altas taxas de microorganismos resistentes a antibióticos (Gram negativos multiresistentes e enterococos resistentes à vancomicina) recomenda-se o uso de antissépticos (clorexidina). OBJETIVOS: Impedir a contaminação de profissionais de saúde por patógenos (bactérias, vírus, fungos) que possam estar presentes em sangue, fluídos corpóreos e secreções, diminuindo assim o risco de infecção para estes profissionais e para os pacientes por eles assistidos. DURAÇÃO Todo o período da hospitalização. OBSERVAÇÕES: São considerandos fluídos corpóreos – liquor, líquido pleural, líquido aminiótico, líquido sinovial, sêmen, secreção vaginal, etc. São consideradas secreções/excreções – urina, fezes pús, escarro, feridas exsudativas, secreções de dreno, etc. 12.9 Precaução respiratória - por aerossóis Além das medidas de PRECAUÇÃO PADRÃO, recomenda-se: QUARTO PRIVATIVO: Internação quarto privativo com pressão negativa em relação à área adjacente, manter portas fechadas. Filtragem de ar do quarto de alta eficiência – filtro HEPA (“high-efficiency particulate air”). MÁSCARA: Com capacidade de filtragem e vedação lateral adequada (N95), de uso 44 obrigatório toda vez que entrar no quarto. Quando o paciente tiver que sair do quarto (para exames complementares, por exemplo) deverá usar máscara cirúrgica. OBJETIVO: Impedir a propagação de doenças transmissíveis por secreções aerossolizadas (partículas < 5 μm). INDICAÇÕES: Varicela (incluindo Herpes zoster disseminado) - manter o isolamento até todas as lesões estejam em fase de crosta. Sarampo - durante toda a internação. Indivíduos susceptíveis a sarampo e varicela não devem entrar no quarto de pacientes com suspeita destas infecções. Indivíduos susceptíveis à varicela também apresentam risco de desenvolver varicela quando expostos a pacientes com lesões por H. zoster devendo evitar contato. TBC pulmonar ou laríngea (confirmada ou suspeita) O isolamento pode ser suspenso quando o paciente estiver recebendo terapêutica adequada, com três (3) baciloscopias consecutivamente negativas, desde que coletadas em dias diferentes ou se a tuberculose for excluída do diagnóstico. 12.10 Precaução respiratória – perdigotos QUARTO PRIVATIVO: Quando não houver disponibilidade, internar em mesmo quarto de paciente com infecção pelo mesmo microorganismo, observando distância mínima de um metro entre os pacientes. Não é necessária circulação de ar ou ventilação especial. Manter fechada a porta do quarto. MÁSCARA: cirúrgica padrão Deve ser usada, tanto pelo profissional de saúde quanto pelos visitantes, sempre que a proximidade com o paciente for menor do que um metro. Paciente deve usar máscara ao ser transportado. 45 OBJETIVO: impedir a propagação de doenças transmitidas por gotículas de tamanho maior que 5μm eliminados durante a fala, tose, espirros,conversação e realização de diversos procedimentos. Difteria - até completar antibioticoterapia e cultura negativa. Coqueluche - até 5 dias após o início da terapêutica específica. Rubéola - até 7 dias após o início da exantema. Caxumba – até 9 dias após início do edema da parótida. Infecção por estreptococo grupo A (faringite, pneumonia e escarlatina) em crianças pequenas – por 24 horas. Sepse, meningite, pneumonia ou epiglotite por Haemophylus Influenzae (suspeita ou confirmada) em crianças – até 24 horas após o início da terapêutica antibiótica específica. Infecções Meningocócicas (suspeitas ou confirmadas) até 24 horas após o início da terapêutica especifica. Outras infecções virais: adenovirus, influenza, parvovirus B19 – durante internação. 12.11 Precauções de contato São indicadas para pacientes com infecção ou colonização por microorganismos epidemiologicamente importantes, transmitidos por contato direto (pele a pele) ou indireto (contato com superfícies ambientais ou itens de uso do paciente). LUVAS – devem ser usadas ao entrar no quarto do paciente e removidas antes de sair. Imediatamente após a retirada das luvas as mãos devem ser rigorosamente lavadas, evitando recontaminação antes de deixar o quarto. AVENTAL – limpo, não estéril, deve ser usado quando houver risco aumentado de contato com materialpotencialmente infeccioso, por exemplo: pacientes com 46 diarréia, incontinência fecal, ileostomia, colostomia, feridas com drenagem não contida de secreção. O avental deve ser retirado entes da saída do quarto, evitando contaminação da própria roupa. LAVAGEM DAS MÂOS Obrigatória antes e após a manipulação do paciente. Uso de antissépticos quando indicado. OBSERVAÇÕES: O transporte do paciente para fora do quarto deve ser reduzido ao mínimo possível. As precauções devem ser mantidas quando o paciente for transportado. Os itens que paciente tem contato e as superfícies ambientais devem ser submetidas à limpeza diária. Equipamentos de cuidado ao paciente como termômetro, estetoscópio e esfigmomanômetro, sempre que possível, devem ser de uso exclusivo. Quando não for possível, é recomendada a desinfecção após o uso ente um paciente e outro. INDICAÇÕES: Rubéola congênita - sempre que a criança for internada durante o primeiro ano de vida, exceto se cultura urina e nasofaringe negativa após os 3 meses de idade. Conjuntivite viral hemorrágica - durante internação. Celulite, abscessos e úlceras que não podem ser cobertos ou cuja drenagem não pode ser contida - durante internação. Infecção ou colonização por bactérias multi-resistentes em trato GI, respiratório e tegumento (pele, feridas, queimaduras) - até término da antibioticoterapia e cultura negativa. Furunculose (estafilocócica) em crianças pequenas – durante internação Diarréias infecciosas (virais ou bacterianas) em pacientes incontinentes ou em uso de fralda – durante internação. 47 Hepatite A em pacientes incontinentes ou em uso de fralda. Herpes simples muco-cutâneo disseminado – durante internação. Herpes simples neonatal - apenas quando RN de mãe com lesões ativas e bolsa rota >4-6 horas, durante internação. Herpes zoster localizado em paciente imunocomprometido ou disseminado - durante internação Impetigo - até 24h após início tratamento eficaz. Ectoparasitoses (escabiose, pediculose) - até 24h após início tratamento eficaz. Grandes lesões de pele (feridas ou queimaduras) causadas por S. aureus - durante internação. Grandes lesões de pele (feridas ou queimaduras) causadas por Estreptococos beta hemolíticos do grupo A - até 24h após início de antibioticoterapia eficaz. Doenças febris hemorrágicas Infecções respiratórias virais, principalmente laringo-traqueíte e bronquiolite, em lactentes e crianças pequenas – durante internação. Doenças com exantema vesicular, nas quais a probabilidade de varicela for grande – manter precauções até que todas as lesões estejam em fase de crosta. Paciente vindo de outra Instituição com sete ou mais dias internação e que vai para a UTI – adotam-se precauções de contato até os resultados de swabs de vigilância mostrarem-se negativos. 12.12 Recomendações de precaução para o pessoal hospitalar No caso de um dos funcionários apresentar alguma doença infecciosa ou ser exposto a alguma delas devem ser observadas algumas precauções para que ele não seja o transmissor da doença. 1- Se estiver com diarréia: 48 Lavar as mãos cuidadosamente após usar o banheiro e antes de manuseio e pacientes ou equipamentos. Evitar trabalhar com crianças menores de dois anos. 2- Se estiver com resfriado: Lavar as mãos cuidadosamente. Usar luvas e máscara para contato direto com crianças menores de (2) anos. Evitar contato com recém-nascidos, imunodeficientes e portadores de cardiopatias congênitas. 3- Se estiver com herpes labial: Lavar as mãos. Usar máscaras. Evitar contato com recém-nascidos, queimados e imunodeficientes. 4- Se for exposto a sangue através de contato com mucosas, olho e pele: Comunicar a CCIH/SCIH ou Serviço de Saúde Ocupacional para verificar a necessidade de profilaxia para Hepatite B e HIV. 49 BIBLIOGRAFIA Brasil - Hospital das Clínicas. SD. Disponível em www.hcrp.fmrp.usp.br Brasil – Infecto.Org - Informação é Fundamental. SD. Disponível em www.infecto.org Brasil – Revista Bras ter Intensiva – Cuidados Paliativos com HIV/AIDS Internado na Unidade de Terapia Intensiva. Brasil. 2016 Brasil – Journal Of Medicine – Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde em Unidades de Terapia Intensiva. Brasil. 2017 Brasil – Elaborado pela Equipe SCIH/HUJM/UFMT – Manual de Isolamento e Precauções. Brasil. 2006 Brasil – Serviço Público Federal – Guia Básico de Precauções, Isolamento e Medidas de Prevenção de Infecções Relacionadas a Assistência à Saude. Florianópolis 2013. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo de Tratamento de Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – 2011 Santa Catarina. Prefeitura da Cidade de Florianópolis. Secretaria Municipal de Saúde. Gerência de Vigilância Epidemiológica. NOTA TÉCNICA Nº. 004/SMS/DVS/GVE/2012. Guia de utilização de anti-infecciosos e recomendações para prevenção de infecções hospitalares. Hospital das Clinicas da FMUSP, 2011. 50
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