Buscar

Economia Monetária

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO A ECONOMIA 
MÓDULO II – UNIDADE IV- AULA 11 
RAFAEL TERRA (UNB) 
 
Economia Monetária 
1 
Introdução 
• Economia monetária: é o ramo da 
Macroeconomia que estuda questões 
associadas ao dinheiro, ou moeda, e seu 
papel na economia. 
• Como se “cria” moeda? Isto é, como se dá a 
oferta de moeda? 
• O que ocorre quando há um excesso, ou uma 
falta de moeda? 
 
2 
Introdução 
• Vários problemas podem surgir, como inflação 
ou desemprego, que se relacionam com o 
lado monetário da economia. 
3 
Funções da Moeda 
• Meio de Troca 
• Unidade de Conta 
• Reserva de Valor 
4 
Moeda como Meio de Troca 
• Civilizações muito antigas realizavam trocas por 
meio de escambo. 
• Exemplo: 
– Considere que você queira consumir um frango e 
tenha quatro sacos de milho, os quais valoriza tanto 
ou menos do que o frango. 
– Considere que existe um criador de frangos que está 
disposto a trocar um frango por esses quatro sacos 
de milho. 
– A troca poderá ser efetuada. 
 
5 
Moeda como Meio de Troca 
• O problema nesse caso é a necessidade da 
chamada “dupla coincidência de interesses”. 
• Dificilmente você irá encontrar alguém 
querendo trocar algum bem que você valoriza 
por uma quantidade que você tem de outro 
bem que essa pessoa valoriza. 
• Há uma ineficiência clara nessa transação. 
 
6 
Moeda como Meio de Troca 
• Civilizações indígenas como as que existiam 
no Brasil não comercializavam entre si. 
• Isso explica o porquê da moeda não ter 
surgido nessas sociedades. 
7 
Moeda como Meio de Troca 
• A moeda possibilita que as pessoas vendam 
mercadorias no mercado em quantidades 
variadas e depois utilizem o dinheiro 
arrecadado para adquirir exatamente a 
quantidade desejada de outro bem. 
 
8 
Moeda como Meio de Troca 
• Tipos de moedas já observados: 
– grãos estocados em celeiros de templos (na 
Suméria e na Mesopotâmia). 
– Conchas, pérolas, grandes pedras 
– Cevada, sal, arroz, pimenta. 
– Álcool, cigarro, maconha. 
 
9 
Moeda como Meio de Troca 
• Uma característica da maior parte dessas 
moedas de troca era a divisibilidade, que 
permitia maior eficiência nas trocas, i.e. eram 
facilmente fracionalizadas. 
• A não perecibilidade é fundamental. 
 
10 
Moeda como Meio de Troca 
• Uma característica básica para a utilização de 
uma commodity como moeda é a ampla 
aceitação e a confiança nas instituições 
monetárias que garantem seu valor. 
11 
Moeda como Meio de Troca 
• A segurança na estocagem de moeda 
também é fundamental. 
• A possibilidade de estocá-la em um local em 
que tenho confiança de que permitirá seu 
resgate a qualquer momento contribui para a 
confiança na utilização de determinada 
commodity como moeda. 
12 
Moeda como Meio de Troca 
• Quando essa confiança nas instituições 
monetárias é abalada grandes problemas 
surgem. 
 
13 
Moeda como unidade de conta 
• A moeda é usada também como padrão de 
valor para a atribuição de preços. 
• Um almoço no “Natural” custa 2,5 sucos de 
laranja ou, fazendo o raciocínio inverso, um 
suco de laranja custa 0,4 almoço. 
14 
Moeda como unidade de conta 
• A moeda, nesse sentido, serve como unidade 
de conta. 
• Basta atribuir um preço para um bem em 
termos de unidades monetárias, e todos os 
preços relativos podem ser expressos em 
unidades monetárias. 
15 
Moeda como unidade de conta 
• Nesse caso, podemos expressar o preço do 
almoço em unidades monetárias, que é de 
R$7,50, e o preço do suco de laranja será de 
R$3,0. 
 
16 
Moeda como reserva de valor 
• A moeda serve para adiar o consumo. 
• Por exemplo, eu posso guardar R$100,00 ao 
invés de consumir em bens agora, e consumir 
R$100,00 em bens em um momento 
posterior. 
17 
Moeda como reserva de valor 
• A vantagem de usar a moeda como reserva 
de valor é sua liquidez imediata. 
• Liquidez é a facilidade com que um ativo 
pode ser convertido em meio de troca. 
• Por exemplo, imóveis são ativo com baixa 
liquidez. 
19 
Inflação e as funções da moeda 
• A inflação pode destruir a função de reserva 
de valor da moeda. 
• Em épocas de alta inflação no Brasil, as 
pessoas procuravam se desfazer de papel 
moeda assim que possível, pois quanto mais 
tempo segurassem a moeda, menos poder de 
consumo teriam. 
20 
Inflação e as funções da moeda 
• Para aqueles com contas bancárias, os bancos 
garantiam a aplicação do saldo em um 
instrumento financeiro denominado “over 
night”, ou na poupança, que protegiam o 
valor real do dinheiro. 
• Aqueles sem acesso a essas aplicações 
financeiras ficavam expostos a perda da 
função de reserva de valor da moeda. 
21 
Inflação e as funções da moeda 
• A inflação pode fazer também com que a 
moeda perca sua função como unidade de 
conta. 
22 
Inflação e as funções da moeda 
• Na época de inflação alta no Brasil era comum 
que vários contratos fossem calculados com 
base em outras unidades de conta: 
– Obrigações do Tesouro Nacional (OTN), 
– Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional 
(ORTN) 
– Unidade Fiscal de Referência (UFIR). 
– Dólar. 
 
23 
Inflação e as funções da moeda 
• Essas unidades de conta alternativas tinham 
seus valores reajustados diariamente para 
permitir que os preços pudessem ser 
expressos em termos da moeda oficial. 
24 
Inflação e as funções da moeda 
• Em um caso extremo, como a da inflação 
húngara no pós-2ª Guerra, em que a inflação 
de Julho e 1946 chegou a (4,19 × 1016% ou 
41,9 quatrilhões por cento), os preços 
chegavam a dobrar a cada 15,3 horas. 
25 
Inflação e as funções da moeda 
• Nesse caso a moeda perdeu sua função de 
meio de troca, as quais passaram a ser 
realizadas por meio de escambo. 
 
26 
Evolução histórica da moeda 
• Características desejáveis: 
– Divisibilidade, para permitir transações de baixo 
valor. 
– Durabilidade, para prevenir perda com o tempo. 
– Raridade, para evitar aumentos constantes na 
quantidade de moeda em circulação, o que 
poderia inflacionar os preços. 
• Ouro e prata tinham essas características. 
27 
Evolução histórica da moeda 
• Normalmente, para evitar a expansão 
desenfreada da moeda, os Governos 
detinham o monopólio da cunhagem da 
moeda. 
• Qualquer novo metal devia ser entregue para 
cunhagem (descoberta de jazidas), e o 
governo ficava com uma fração. 
• Essa apropriação do Governo era 
denominada “Senhoriagem”. 
 
28 
As instituições monetárias: bancos 
• O comércio fez desenvolver a prática de 
fornecimento de empréstimos (ou crédito). 
• Algumas pessoas com mais reservas de moeda 
se especializaram nessa atividade, tornando-
se banqueiros. 
29 
As instituições monetárias: bancos 
• A inconveniência de “guardar” somas de 
dinheiro incentivaram a utilização dos bancos 
como “protetores” das somas de moeda. 
 
30 
As instituições monetárias: bancos 
• Em contrapartida aos depósitos feitos em 
bancos os depositantes recebem certificados. 
• Se há confiança no banqueiro, o depositante 
pode emitir um certificado de uma fração de 
menor ou igual ao montante depositado 
como pagamento por um bem ou serviço sem 
necessidade de resgate para posterior 
pagamento em moeda. 
31 
As instituições monetárias: bancos 
• Se essa aceitação é generalizada, os 
depositantes podem usar certificados como 
substitutos da moeda metálica. 
• Esse é um passo importante para a evolução 
do sistema monetário, abrindo caminho para 
uma nova forma de criação de moeda. 
32 
As instituições monetárias: bancos 
• Inicialmente os banqueiros podiam atémanter todo o montante depositado em 
moedas metálicas. 
• A medida em que perceberam que as 
transações se davam por meio da troca de 
certificados de depósitos, e aquele que 
recebia o certificado também optava por 
manter no banco as moedas, viram que 
podiam emprestar moeda. 
33 
As instituições monetárias: bancos 
• Os banqueiros, então, emprestavam moeda. 
Os devedores recebiam essa quantia e só 
usavam uma fração das moedas mantendo o 
restante depositado. 
• Em certo ponto, o banco podia somente emitir 
um certificado de depósito amplamente 
aceito, que os indivíduos usavam para fazer 
seu pagamentos. 
34 
As instituições monetárias: bancos 
• Com X moedas depositadas no banco por seus 
clientes o banco emitia certificados de 
depósito. 
• Com esses certificados os clientes realizavam 
pagamentos. 
• Transações entre dois clientes do mesmo 
banco implicavam apenas uma transferência 
na propriedade das moedas depositadas. 
35 
As instituições monetárias: bancos 
• O banco emprestava parte das moedas emitindo 
um certificado de propriedade temporário que 
dava direito a poder de compra, mas implicava 
uma dívida. 
• O devedor podia usar certificados de depósito 
para pagar outras pessoas, os quais depositavam 
parte no banco, os quais emprestavam parte para 
novos devedores, que realizavam pagamentos 
por meio de novos certificados, que eram 
novamente depositados no banco e assim por 
diante. 
 
36 
As instituições monetárias: bancos 
• Portanto, com X moedas depositadas, o banco 
podia realizar empréstimos que geravam um 
montante de depósitos maior que X. 
• Note que os certificados de depósito são 
também uma forma de moeda (moeda 
escritural). 
37 
As instituições monetárias: bancos 
• Na prática, portanto, a capacidade de 
emprestar dos bancos é uma forma de 
multiplicar a quantidade de moedas (ou ao 
menos, aumentar seu poder de compra). 
 
38 
As instituições monetárias: o sistema 
monetário 
• Com a evolução das instituições de crédito, o 
papel-moeda assumiu a forma de notas 
emitas por bancos comerciais. 
• Todo esse sistema se baseava na confiança de 
que o banco honraria qualquer resgate de 
depósitos. 
39 
As instituições monetárias: o sistema 
monetário 
• Mas, bancos podiam tornar-se insolventes, o 
que poderia provocar um colapso no sistema 
financeiro. 
• Quanto maior a parcela das reservas de 
moeda depositadas o banco emprestasse, 
mais lucro obteria. Mas, por outro lado, 
quanto mais emprestasse dessas moedas, 
menos “solvente” ficaria em uma situação de 
corrida aos bancos para sacar os depósitos. 
40 
As instituições monetárias: o sistema 
monetário 
• Confiança é a base de sustentação desse 
sistema financeiro. 
• Se o banqueiro perdesse a credibilidade, logo 
haveria corrida ao banco para saque das 
importâncias depositadas, e o banqueiro não 
teria como entregar moedas o suficiente para 
todos os depósitos do banco. 
41 
Bancos Centrais 
• O surgimento de Bancos Centrais se 
relacionou com a busca por estabilidade no 
sistema bancário. 
• Uma autoridade monetária central é 
desejável, pois pode ajudar a evitar o colapso 
total do sistema financeiro. 
42 
Bancos Centrais 
• Um banco que quebra pode provocar pânico e 
uma corrida aos banco para saque das 
importâncias depositadas, tornando-os 
insolventes (i.e. sem capacidade de honrar 
seus compromissos). 
43 
Bancos Centrais 
• Um banco que quebra pode ter tomado 
emprestado grande quantia de outro banco. 
• Ao não honrar seu pagamento, o banco credor 
é obrigado a absorver o prejuízo, que muitas 
vezes o faz quebrar também, e assim por 
diante, atingindo todo o sistema financeiro. 
 
44 
Bancos Centrais 
• O Banco Central pode funcionar como 
“emprestador de última instância” dos 
bancos, para torná-los solventes. 
• Pode ser um “banco dos bancos”. 
45 
Bancos Centrais 
• Faz parte de suas funções: 
– Fiscalizar o sistema bancários, estabelecendo 
normas sobre o montante de reservas que devem 
ser mantidas em caixa. 
– Fixar a taxa básica de juros da Economia (taxa 
Selic). 
– Controlar a oferta de moeda com os instrumentos 
disponíveis (juros e regras sobre reservas de 
bancos) a fim de controlar a inflação. 
– Controlar a emissão de moeda. 
46 
Meios de Pagamento nas Economias 
Modernas 
• A moeda escritural ganhou importância como 
meio de pagamento até que os governos 
entenderam que as moedas metálicas não 
precisavam circular na economia, só 
precisavam servir como lastro. 
• Então, os governos mantiveram o lastro em 
ouro e prata em reservas seguras, e emitiam 
cédulas de papel que representavam o valor 
dessas moedas. 
47 
Meios de Pagamento nas Economias 
Modernas 
• Com o passar do tempo, foi-se percebendo 
que a existência de um lastro não era 
necessária se o Governo garantisse que não 
iria imprimir dinheiro além do necessário para 
fazer frente ao crescimento econômico. 
• Esse ruptura com o lastro em moedas 
metálicas foi lenta e gradual. 
 
48 
Meios de Pagamento nas Economias 
Modernas 
• Hoje em dia temos o que se costuma chamar 
de “moeda fiduciária”(de confiança), em que 
não há lastro metálico. 
• Há somente a confiança (por vezes traída) de 
que o Banco Central não permitirá emissão 
desenfreada de papel-moeda. 
 
49 
Meios de Pagamento nas Economias 
Modernas 
• Hoje em dia os meios de pagamento passam 
por importantes transformações. 
• Com a popularização dos cartões de débito e 
crédito e pagamento pela internet, os cheques 
e a utilização de papel moeda passou a ser 
cada vez menos importante. 
 
50 
Meios de Pagamento nas Economias 
Modernas 
• Como vimos, depósitos bancários também são 
meios de pagamento. 
• É função do Banco Central controlar a 
quantidade de meios de pagamento na 
economia. 
• Crédito desenfreado pode resultar em forte 
aumento da demanda e aumento de preços. 
51 
Base Monetária 
• Uma denominação importante de meios de 
pagamento é a da Base Monetária. 
• A Base monetária consiste no papel-moeda ou 
moeda metálica emitido em poder do público ou 
mantido em reservas bancárias em poder das 
entidades financeiras ou depositadas no Banco 
Central. 
• É comum denominar a Base Monetária por M0 
(M zero), pois é a forma mais líquida de dinheiro. 
52 
Outros Meios de Pagamento 
monitorados pelo BC 
• Medidas de Meio de Pagamento monitoradas 
pelo Banco Central: 
• M1 = papel moeda em poder do público + 
depósitos à vista; 
• M2 =M1 + depósitos de poupança + títulos 
emitidos por instituições depositárias; 
• M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + 
operações compromissadas registradas no Selic; 
• M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez 
53 
O sistema bancário e a criação de 
moeda 
• Suponha que Homer deposite R$1000,00 em 
dinheiro vivo (papel-moeda) no banco. 
• Suponha que ninguém mantenha dinheiro na 
carteira ou em casa. 
• O banco irá manter uma reserva de 20% desse 
valor (0,2xR$1000=R$200), e emprestar o 
resto (R$800,00) para Barney para ele 
comprar um máquina de tirar chopp. 
56 
O sistema bancário e a criação de 
moeda 
• Barney irá pagar o Duffman pela máquina de tirar 
chopp, o qual irá depositar o dinheiro 
integralmente no banco. 
• Os R$800,00 emprestados retornam, então, ao 
banco (não precisa ser o mesmo poderia ser 
outro banco), o qual vai manter 20% em reservas 
(0,2xR$800=R$160), e emprestará os 80% 
restantes (0,8xR$800=R$640) para o diretor 
Skinner comprar um novo computador para a 
escola. 
57 
O sistema bancário e a criação de 
moeda 
• O diretor Skinner pagará pelo computador ao 
dono da loja que depositaráo dinheiro no 
banco, o qual reterá 20% como reservas 
(0,2xR$640=R$128) e repassará o restante 
como empréstimos, e assim por diante. 
• Esse processo segue uma Progressão 
Geométrica convergente. 
58 
O sistema bancário e a criação de 
moeda 
• A soma dessa PG nos dá o montante de meios 
de pagamento criado pelos bancos. 
• Esse montante é dado pela fórmula da soma 
de PG convergente. 
• 𝑀𝑒𝑖𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 =
𝑎1
1−𝑞
 
• Em que 𝑎1 é o montante inicial depositado, e 
𝑞 (razão da PG) é a parcela emprestada. 
• 1 − 𝑞 = 𝑅 é a parcela mantida em reservas. 
59 
O sistema bancário e a criação de 
moeda 
• Se o montante inicial depositado foi R$1000, 
ao final do processo, o montante de Meios de 
pagamentos disponível na Economia será 
• 𝑀𝑒𝑖𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 =
𝑅$1000
1−0,8
= 𝑅$5000 
• O montante inicial de R$1000 em papel-
moeda se tornou R$5000 em meios de 
pagamento. Isto é, se multiplicou por 5. 
 
60 
O sistema bancário e a criação de 
moeda 
• A fórmula do multiplicador de meios de 
pagamento é 
• 𝑀 =
1
𝑅
 
 
61 
Controle da Oferta de Moeda 
• O Banco Central é o responsável por emitir 
novas moedas (para substituir moedas antigas 
ou fazer frente ao crescimento econômico). 
• Ele controla a oferta de moeda (Meios de 
Pagamento) por 3 instrumentos: 
– Reservas compulsórias 
– Operações de Mercado aberto 
– Operações de Redesconto 
 
62 
Reservas Compulsórias 
• Reservas compulsórias são reservas que os 
bancos comerciais devem manter 
obrigatoriamente junto ao BC, além das que já 
mantém em seus caixas (para fazer frente as 
necessidades de saque). 
• Quanto maiores as reservas, menos meios de 
pagamentos serão criados pelos bancos 
comerciais. 
63 
Operações de mercado aberto (open 
market) 
• Compra e venda de títulos do governo 
promovidas pelo BC no mercado aberto (fora 
das bolsas de valores). 
• Se o BC compra títulos públicos em poder do 
público ele paga em moeda, o que irá 
aumentar a quantidade de moeda em 
circulação e a capacidade de conceder 
empréstimos dos bancos. 
64 
Operações de mercado aberto (open 
market) 
• Normalmente o BC usa a taxa de juros básica 
(SELIC) para controlar a oferta de moeda. 
• Aumentos na taxa de juros paga pelos títulos 
do Governo reduzem a quantidade de moeda 
na economia, pois os agentes irão comprar 
esses títulos, dando moeda em troca ao BC. 
 
65 
Redesconto 
• Consiste no fornecimento de crédito aos 
bancos pelo BC. 
• Taxas de redesconto mais baixas facilitam a 
tomada de empréstimo e expandem a moeda 
na economia, pois os bancos podem tomar a 
taxas baixas junto ao BC e emprestar a taxas 
altas junto ao público. 
66 
Políticas de Metas Inflacionárias 
• A intenção das metas de inflação é fornecer 
maior previsibilidade aos agentes sobre a 
estabilidade da moeda. 
• Isso facilita decisões de investimento de 
agentes domésticos e estrangeiros. 
• Com isso, o crescimento econômico é 
beneficiado. 
69 
Políticas de Metas Inflacionárias 
• O governo usa os instrumentos mencionados 
e a taxa de juros para estimular a demanda ou 
eliminar excessos de demanda. 
• A taxa de juros SELIC (Sistema Especial de 
Liquidação e Custódia) é a taxa básica a qual o 
Governo remunera os títulos da dívida 
pública. 
• Ela é definida pelo Comitê de Política 
Monetária (o Copom), formado pelos 
diretores do BC. 70 
Demanda por Moeda 
• A Demanda por moeda se dá pelos motivos : 
– Transação 
– Precaução 
– Especulação 
71

Outros materiais