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Aula 17 – HD Direito e Sociedade na história do Brasil: a experiência colonial Antigo regime em Portugal. Formação do Reino. Organização Extremos: Excesso de generalização Excesso de particularização História muito rica, dentro de um contexto de história global. Quem era o colonizador? Portugal – país no extremo oeste do mundo ocidental da época medieval. Pequeno, não muito expressivo. Protagoniza a “descoberta do mundo”: transposição do Cabo das Tormentas. Condado do Reino de Leão, que gradativamente vai se tornar independente de Leão e desviar-se das pretensões de Castela. Foi mundo romano foi mundo muçulmano rei Afonso Henrique Como surge? Estrutura feudal + elemento burocrático Poder de bannum + burocracia Tensão entre nobres e o rei Escola de Sales Matemáticos novos Invenção da bússola e astrolábio Parte antiga: descoberta das Índias Parte nova: ousadia de lançar-se ao mar O que significa para os portugueses descobrir o Brasil? Novo povo Novos costumes Novo lugar Enorme abertura para o novo, de onde decorre o Novo Mundo. Mundo do Antigo Regime – várias competências que se confluem; pluralidade de fontes e ordenamentos. Sociedade estratificada Quando Portugal chega, encontra as populações indígenas com direito e costumes, os quais foram ou assimilados ou destruídos. Colonização Hoje Há manifestações e formas dos direitos indígenas 1520 – 1549: Capitanias hereditárias = concessões da Coroa sob a forma de cartas da administração de partes do novo território, concebido como espaços de poder. Imaginário feudal Poder de bannum Brasil colônia: estrutura, transformações Características da colonização: Cartas forais garantiam aos donatários que suas capitanias estariam protegidas contra interferências da Coroa. Envolve soberania e poder político Semiestrutura judiciária fora da Coroa Cargo: ouvidor – nomeado pelo senhor feudal para decidir questões cíveis e criminais. Estrutura fragmentada. Costume é a principal fonte do direito Regime de força para conquistar/explorar Baseado na desigualdade Formas de resolução de conflitos fora do direito 1549 – Primeiro governador geral Esvaziamento de poder das capitanias Interesse maior da Coroa em ter uma administração mais direta da colônia 1620 – “fim” das capitanias: maior intromissão da Coroa nos assuntos das capitanias. A vigência do Direito: o problema das fontes. A organização da justiça Como era o Direito? Convivem, sem hierarquização, lei, costume, doutrina e jurisprudência. Forte presença da doutrina trazida pela Universidade de Coimbra. Colonizador espanhol Colonizador português Fundou universidades nas colônias. Os filhos da elite colonial iam estudar na universidade de Coimbra, durante todo o período colonial. Centralidade do direito e bacharelismo Costume aqui era muito mais importante do que o direito do Antigo regime, pela distância das instituições judiciárias. Casos resolvidos concretamente. Pluralismo jurídico: Direito do Antigo Regime Direito do colonizador na colônia Direito indígena Direito dos escravos Evangelização de povos autóctones adaptação de certos direitos indígenas e quilombolas Quilombos – alojamentos de negros fugidos em locais de difícil acesso para que pudessem exercer sua liberdade. Mosaico, pluralidade de direitos (colonizador, elites locais, indígenas, quilombolas) que concorrem. Principal fonte do jus commune do direito para o direito medieval português: ordenações filipinas (1603) Ordenações afonsinas (1466) Ordenações manuelinas (1521) Ordenações filipinas: 5 livros Materiais preexistentes do jus commune europeu compilados por juristas eruditos para serem usados por juristas eruditos. Aplicação: intermediada por instituições Instituições: Juízes Letrados – ouvidor geral Iletrados ou leigos – durante a colônia, eleitos pelas câmaras das colônias, reminiscências de ouvidores, juízes locais. Funções: judiciais, administrativas e executivas. Mais chegavam aos casos concretos. De órfãos – questões de herança De fora – nomeados pela coroa De vintena – pequenas causas Ouvidor geral – principal autoridade da Coroa, vigiava fazendo correições. Função: limitar o papel dos juízes iletrados. Tribunal da Relação da Bahia (1609) – espécie de tribunal de 2º grau; competências judiciárias ou não. Constituído por 10 desembargadores Decidia recursos Tinha ações originárias – definir o preço do açúcar, o que fazer com os corpos dos mortos, etc. Desembargador do Paço – julgava casos/organizador da justiça. Mesa de Consciência e Ordem – questões eclesiásticas e militares Casa da Suplicação – tribunal de apelação de questões da colônia Crise do Antigo Regime Estruturas complexas, sem competências muito claras. Não havia universalização do direito. Conflitos políticos Vários interesses que se sobrepõe Século XVIII: Cria-se Tribunal da Relação no Rio de Janeiro; Transformação: Revolução Francesa Modernização de Portugal após terremoto em Lisboa Período Pombalino Lei da boa Razão (1769) – quer transformar o processo em algo mais simples e racional. direito natural de matriz racional
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