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Brasil e China

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Por que estudar a China?
É muito interessante estudar o país mais populoso e uma das maiores potências do mundo. Saber tudo o que levou a China até o que ela representa hoje. Saber mais sobre a história, seus governantes, tradições, economia, política, religiões, educação, saúde, tecnologia. As perspectivas para o futuro e as principais diferenças entre China e o restante do mundo e principalmente com o Brasil.
Capitalismo, Socialismo e Democracia: Velhas e Novas Questões de Desenvolvimento
O método democrático clássico consiste e um arranjo institucional onde as decisões políticas devem ser tomadas pelos indivíduos por meio de eleições. Os indivíduos que desempenham a função de representantes devem agir de forma que se realize o bem comum. 
Nessa teoria afirma-se a existência do bem comum, onde qualquer indivíduo pode ver através da argumentação racional que há um interesse comum a todos. O bem comum implica respostas definidas a todas as perguntas, é definido pelo conjunto de interesses, bem estar ou felicidade comum. Schumpeter ataca teoria dizendo que não há algo que seja um bem em comum unicamente determinado, sobre o qual todas as pessoas sejam levadas a concordar por meio de argumentos racionais. O bem comum está fadado a significar diferentes coisas, pois os valores são distintos. Para Schumpeter essa vontade geral é artificial pois é fabricada. Ele avalia o comportamento humano revelando que diante da aglomeração, onde para ele há desaparecimento súbito, em estado de excitação de restrições morais e de modos civilizados de pensar e sentir a súbita erupção de impulsos primitivos, de infantilismo e de propensões criminosas, essa constatação nos permite conhecer os fatos repulsivos aos quais estamos condicionados, que todos conheciam mas que ninguém via. Schumpeter dá um golpe no quadro da natureza humana subjacente a teoria clássica da democracia. A Aglomeração física de muitas pessoas diminui o senso de responsabilidade, atinge o nível mais baixo de energia de pensamento e uma sensibilidade mais as influências não-lógica (irracionais). Os indivíduos são permeáveis a influências, como por exemplo a propaganda. Portanto o mesmo ocorre com a maior parte das decisões da vida diária. Campo que abriga os interesses individuais relativamente definidos que podem chocar com a falta inteligência. O reduzido senso de responsabilidade e explica a ignorância do cidadão comum e sua falta de discernimento em questões políticas, independente do grau de instrução não há preocupação em obter qualificações em absorver informações referentes a vida política. O cidadão típico cai para um nível mais baixo de desempenho mental e sinaliza de maneira infantil, o pensamento se torna associativo e afetivo. Quanto mais fraco for o elemento lógico nos processos mentais do públicos mais a ausência de critica racional se torna evidente. A vontade do povo é produto segundo Schupemter e não motor do processo político. 
Schumpeter argumenta as razões para a sobrevivência da doutrina clássica, citando a religião como processo desencadeador da resistência dessa doutrina. Schumpeter desenvolve uma nova teoria sobre a democracia que fundamenta-se na competição pela liderança. Diferente da teoria clássica onde o povo tinha uma opinião definida e racional sobre todas as questões, e que os representantes zelariam no que nessa opinião fosse seguida. 
Na teoria da competição pela liderança política, o papel do povo é produzir um governo, um corpo intermediário que produzirá um governo ou um executivo nacional. O método democrático é aquele acordo institucional para se chegar a decisões políticas em que os indivíduos adquirem poder de decisão atrás de uma luta competitiva pelos votos da população.
América Latina e Brasil: Desenvolvimento em Perspectiva
Industrialização induzida pela expansão das exportações - a formação de uma economia mundial, implicando na divisão internacional do trabalho, permitiu que a economia da região desempenhasse um importante papel como fonte supridora de produtos primários, o que resultou para ela num período de desenvolvimento e transformação; a especialização da produção elevou a produtividade e a renda, conduzindo à formação de um mercado interno e conseqüentemente à instalação de uma indústria de bens de consumo - isto aconteceu de forma cabal na Argentina, também no Brasil, enquanto a industrialização mexicana aproximou-se mais do modêlo clássico, apoiando-se numa experiência artesanal. Não houve, contudo, possibilidade de formação de um sistema industrial, através de uma crescente diversificação, pôsto que aquela indústria de bens de consumo carecia de poder germinativo: "o crescimento da produção industrial assume (então) essencialmente a forma de adição de novas unidades de produção, similares às preexistentes, mediante a importação de equipamentos". Por isto mesmo esta primeira fase já havia esgotado suas possibilidades ainda antes de 1929. 2. Substituição de importações - a crise de 1929 evidenciou tendências anteriores, conduzindo ao esvaziamento do sistema de divisão internacional do trabalho; daí por diante será constante o declínio da demanda mundial de produtos primários, o que foi acompanhado de uma queda também constante nos seus preços. A conseqüente e drástica redução da capacidade para importar permitiu então que o potencial instalado na fase anterior fôsse usado intensamente, o que aconteceu especialmente na Argentina, Brasil e México; no Chile a industrialização terá resultado menos da substiAbril/Junho 1970 191 tuição de importações e mais da ação estatal no plano econômico. Ao mesmo tempo, as depreciações cambiais e a inflação, resultantes da mesma crise, elevaram a rentabilidade do setor ligado ao mercado interno, enquanto o Estado atuava de maneira a permitir uma expansão da renda monetária, anulando o efeito depressivo, da contração do setor exportador, sôbre o nível de emprêgo. A industrialização com base na substituição de importações foi fenômeno típico dos anos trinta, encerrando-se com o final da Segunda Grande Guerra, a partir de então a sua continuidade, em novos moldes, exigindo a um só tempo o seu aprofundamento ("no período de após-guerra, o processo de industrialização dependeu muito mais da ação estatal visando a concentrar investimentos em setores básicos ... ") e a eliminação das tensões estruturais (ineslaticidade da oferta de produtos agrícolas, inadequações da infra-estrutura e do elemento humano utilizável a curto prazo, insuficiências das estruturas fiscais, aumento dos encargos financeiros, etc.), que tomaram a forma de surtos inflacionários, impossíveis de serem eliminados pela simples aplicação dos esquemas clássicos do F.M.I. 3. Chega-se então a uma terceira fase: crescimento, pela contínuidade do processo, ou estagnação, como dualidade que marcou os anos sessenta e que se traduz na preocupação maior nesta obra de C. FURTADO; devem ser entendidas nesse sentido três das oito partes em que ela se divide: "O Quadro das Estruturas Tradicionais", "Crescimento e Estagnação no Período Recente", e "As Relações Internacionais". É taxativa a afirmação de C. FuRTADO de que "seria incorreto afirmar que a economia regional haja reunido o conjunto das condições necessárias para que o desenvolvimento tenda a assegurar sua própria continuidade. Pelo contrário, os dados evidenciam que o ritmo de crescimento da economia regional tendeu a debilitar-se e, o que é mais significativo, que êsse debilitamento se deve principalmente ao comportamento das economias em que o processo de industrialização mais avançou. No caso argentino, "cabe admitir que uma industrialização em maior profundidade teria requerido um decidido apoio financeiro dos podêres públicos e também investimentos simultâneos no setor agrícola, visando a liberar mão-de-obra. Tais objetivos somente poderiam ser alcançados mediante elevação da taxa de investimentos, o que requeria uma política salarial conservadora em condições de forte demanda de mão-de-obra. Na prática seguiu-se a linha de menor resistênciaque consistia numa política de altos salários e em concen- 192 Revista de Administração de Emprêsas tração dos investimentos industriais ali onde era maior a rotação do -capital, acarretando a insuficiência tanto de serviços infra-estruturais, como de capacidade para importar". Quanto à situação brasileira, anota-se que "o crescimento industrial faz-se apoiado em dois mercados quase sem comunicação um com o outro. O primeiro, formado pela grande massa da população, cresce vegetativamente, e inclina-se a perder velocidade com a aceleração do progresso tecnológico. O outro aumenta com grande dinamismo, mas, sendo de pequenas dimensões, o seu próprio dinamismo, ao traduzir-se em diferenciação, restringe as suas dimensões reais . O salário real, mesmo no setor em que a produtividade apresentou a mais alta taxa de crescimento, aumentou menos que a renda per capita do conjunto da população, isto é, menos que a produtividade média. Cabe, portanto, deduzir que o desenvolvimento se fêz com o declínio da participação da massa assalariada na renda global, particularmente se daquela se excluem os salários dos grupos de rendas médias. Parece fora de dú- vida que o processo de industrialização brasileiro enfrenta presentemente sérios obstáculos de natureza estrutural, cuja causa básica está na insuficiência da difusão dos frutos dos incrementos de produtividade".
Antecedentes da Ascensão Chinesa: Do Império à Revolução Socialista
Alguns dos principais historiadores da China, tanto chineses como ocidentais, tendem a convergir na avaliação de que a civilização chinesa, entendida como o continuum espacial e temporal de práticas e valores associados ao povo chinês, impressiona não apenas por sua longevidade, mas também e principalmente por sua grandeza econômica e política ao longo de boa parte da história, quando comparada a outras civilizações antigas e modernas. John King Fairbank, professor de Harvard falecido em 1991 e espécie de decano, nos Estados Unidos, dos estudos modernos sobre a China, recordava, em seu livro-síntese, que já os chineses da dinastia Han (206 a.C. a 220 d.C.) “had been contemporary with and bigger than the Roman. Indeed, China was once the superior civilization of the world, not only the equal of Rome but far ahead of medieval Europe.”4 Também Will Durant, filósofo e historiador norte-americano, considerava a civilização chinesa superior a outras grandes civilizações, por apresentar uma organização social que manteve coesos mais homens, e por mais tempo, do que qualquer outra sociedade; um sistema moral de eficiência inigualável a qualquer tempo; uma longa tradição poética (que remonta a 1700 a.C.) e filosófica (idealista e prática ao mesmo tempo, profunda e inteligível); e uma forma de Governo que, antes da adoção do modelo republicano, era, nas palavras de Durant, “quase o ideal dos filósofos”.
O caso chinês é particularmente ilustrativo de que avanço civilizacional e poder internacional frequentemente se descasam. Ao longo de sua história, a China viveu vários momentos em que, apesar do alto grau de desenvolvimento atingido, a vulnerabilidade externa foi aguda ao ponto da submissão a povos e nações menos avançados do ponto de vista econômico, social, político e cultural. A superioridade tecnológica e cultural chinesa em relação a seu entorno nem sempre se traduziu em supremacia militar ou na capacidade de exercer o poder sobre povos considerados tributários ou bárbaros. O descolamento entre progresso econômico e cultural, de um lado, e força político-militar, de outro, foi tamanho em algumas situações de confronto entre a China e os povos adjacentes, que os conquistadores externos, muito bem sucedidos sob a ótica militar, acabaram sendo, subsequentemente, absorvidos pela força gravitacional da cultura chinesa, a ponto de fundarem, na China, dinastias de etnia estrangeira que abandonavam ritos, hábitos e valores de origem e incorporavam de modo pleno as práticas locais. Quando se analisa a história chinesa, mais do que o período Ming (1368- 1644), em que riqueza cultural e artística coexistiu com decadência política e falência externa ao ponto da submissão final aos manchus, o momento que se destaca como exemplo maior do descasamento entre grau civilizacional e força internacional foi a dinastia Song (969-1279). A era Song já foi comparada, por alguns historiadores, ao período do Renascimento europeu, pela grande efervescência e criatividade do ponto de vista tecnológico, filosófico, artístico e político. Remontam ao período, entre outros avanços, o aparecimento da imprensa, o desenvolvimento do Neoconfucionismo, o ápice da pintura chinesa de paisagem, a consolidação do eficiente sistema de admissão ao serviço público por concurso. E, no entanto, poucas vezes em sua história, a China se mostrou tão vulnerável a tribos invasoras da Ásia Central, que passaram a deter o controle político e militar de áreas cada vez mais extensas do território chinês
A fim de avaliar que fatores poderiam levar à caracterização da China como “grande potência” – atual ou em gestação – é necessário antes examinar o próprio conceito de “grande potência”. Martin Wight, em seu livro “A política do poder”, enumera diversas definições, como a de Treitschke (“um Estado pode ser considerado grande potência se uma coalizão de outros Estados for necessária para levar a cabo sua total destruição”), de Toynbee (“uma grande potência pode ser definida como uma força política que exerce um efeito que se estende sobre o maior campo de ação da sociedade na qual opera”) e de Alfred Zimmern (“todo Ministro das Relações Exteriores de uma grande potência preocupa-se com o mundo todo durante todo o tempo”).24 Para o historiador francês J. C. Druon, grandes potências são “Estados particularmente fortes em todos dos domínios e que, por isso mesmo, são naturalmente levados a impor efetivamente a sua vontade a outros Estados e a certas regiões desorganizadas.
Os países da América Latina vivem um momento muito positivo em sua história de desacertos políticos e econômicos. Eles conseguiram manter a estabilidade econômica, dispõem de uma variedade de produtos agrícolas e de minérios com forte demanda no exterior e têm um mercado interno em franco desenvolvimento pela emergência de uma vigorosa classe média. Segundo análise da Cepal, a América Latina e o Caribe cresceram 6% em 2010, quase o dobro da média global. Em 2011 a América do Sul se manterá acima da média, com uma expansão projetada de 4,5%.
Não se pode examinar a relação do Brasil com a América do Sul sem levar em conta a crescente presença econômica e comercial da China (o principal parceiro comercial do Brasil e de diversos outros países) e seu impacto sobre as ações políticas e econômicas do País na região.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento recentemente divulgou estudo sobre as relações América Latina-China na primeira década do século 21. O trabalho mostrou que os países latino-americanos tiveram uma visão romântica das vantagens do intercâmbio com o país asiático. Apenas soja, ligas e minério de ferro respondem por 57,8% de tudo o que é vendido à China e o Brasil, em particular, apresentou nos últimos anos alguns déficits na balança comercial e um altíssimo déficit na balança industrial. Por outro lado, com reservas de mais de US$ 3 trilhões, a China transformou-se no quinto investidor do mundo. Em 2010 foram investidos mais de US$ 50 bilhões na compra de minas de minério de ferro, poços de petróleo, empresas e terras, sobretudo na América Latina e na África.
Os investimentos e as exportações chineses na região passaram a competir com empresas brasileiras e começam a ganhar mercados até aqui explorados pelo Brasil. Dessa forma, o País não terá alternativa senão focalizar a China como competidora, no mercado interno e no regional, deixando de lado a visão ingênua do começo da década, exemplificada pela concessão do status de economia de mercado à China. A defesa dos nossos interesses passa pela melhoria da competitividade dos nossos produtos, mas também pormecanismos ágeis de defesa comercial contra práticas agressivas de concorrência desleal e mesmo de triangulação no próprio Mercosul.
http://www.desenvolvimentistas.com.br/blog/blog/2011/11/01/comparacao-entre-china-brasil/

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