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Aula 2
 Teoria do Ordenamento Jurídico – Norberto Bobbio
Capítulo 1
Nomostática = considera os problemas relativos à norma jurídica;
Nomodinâmica = considera os problemas relativos ao ordenamento jurídico
Como caracterizar o Direito através da norma jurídica?
Critérios
Formal = estrutura
Positivas/negativas
Categóricas/hipotéticas
	Se queres A, deves B.
	Se é A, deve ser B.
	
Fato jurídico		consequência jurídica
Ilícito			sanção
Gerais (abstratas)/individuais (concretas)
Material
Ações internas/externas
Ações subjetivas/intersubjetivas
Do sujeito que põe a norma
Ordenamento jurídico é definido através da soberania e a soberania se define através do ordenamento jurídico.
A soberania não caracteriza uma norma, mas o ordenamento.
Do sujeito ao qual a norma se destina
Opio iuris ac necessitatis = jurídica é a norma seguida da convicção ou crença na sua obrigatoriedade.
Juiz = aquele ao qual uma norma do ordenamento atribui o poder e o dever o quem tem razão e quem não tem, e de tornar possível a execução de uma sanção.
Eficácia e Validade, Norma e Ordenamento
O problema da validade e eficácia diminui se nos referirmos ao ordenamento jurídico, no qual a eficácia é o próprio fundamento da validade. (p. 29)
“Direito” = tipo de sistema normativo, não de norma
Não existem ordenamentos jurídicos porque há normas jurídicas, mas existem normas jurídicas porque há ordenamentos jurídicos distintos dos ordenamentos não-jurídicos. 
Ordenamento jurídico = conjunto de normas.
Por que não é possível ordenamento de uma só norma?
Pois enquanto o ordenamento possui 3 modalidades: permitido, proibido e obrigatório; a norma única só pode abarcar uma modalidade. Assim:
Tudo é permitido: é a negação de qualquer ordenamento jurídico (definição do estado de natureza).
Tudo é proibido: inviabiliza qualquer vida social humana, só realizando as ações naturais.
Tudo é obrigatório: ações possíveis colidem entre si (antinomias).
Introdução ao Estudo do Direito – Tercio Ferraz
Tópicos 4.3 – 4.3.1.3
Norma = imputação de um comportamento.
Proposição jurídica = descrição da imputação.
Normas são válidas ou inválidas. Proposições são verdadeiras ou falsas.
Validade não corresponde necessariamente à verdade.
A validade de uma norma depende do ordenamento no qual está inserida.
Ordenamento = conjunto de elementos normativos (normas) e não-normativos; uma estrutura, isto é, conjunto de regras que determinam as relações entre os elementos. É um sistema em conjunto de relações (estrutura) e elementos (repertório = elementos normativos e não normativos).
Hierarquia = conjunto de relações, estabelecidas conforme regras de subordinação e de coordenação. (estrutura)
Exemplos:
Lex superior: regra segundo a qual a norma que dispões, formal e materialmente, sobre a edição de outras normas prevalece sobre estas em caso de contradição: as normas constitucionais prevalecem sobre as leis ordinárias);
Lex posterior: havendo normas do mesmo escalão em contradição, prevalece a que, no tempo, apareceu por último; ou
Lex specialis: a norma especial revoga a geral no que esta dispõe especificamente.
Ordenamento como sistema unitário, isto é, sua concepção como repertório e estrutura marcados por um princípio que organiza e mantém o conjunto todo homogêneo. Kelsen: norma fundamental.
Na estrutura concreta do ordenamento:
Regas empíricas – nascidas e percebidas na experiência como o princípio da soberania e a preeminência das normas estatais;
Regras lógicas – exigência de coerência entre as normas;
Expressões de valorações – como o princípio da lex superior.
Ordenamento = sistema dinâmico: capta as normas dentro de um processo de contínua transformação.
Aparecimento do Estado
Max Weber: o Estado aparece com o desenvolvimento da burocracia ocidental, enquanto forma de dominação baseada na crença da legalidade (organização racional de competências com base na lei princípio da eficiência).
Maquiavel/Bodin: marca o Estado como poder-força, garantido pelo direito de soberania, afirmação de um poder central e unitário contra os poderes setoriais e particulares.
Soberania = grandeza superior; característica do Estado, ente político abstrato, que o distingue dos entes individuais concretos (cidadãos e organizações).
Na Idade Média:
relação soberano-súdito;
mecanismos de apossamento de terra.
No Renascimento:
Poder disciplinar= nova relação de poder sobre corpo e seus atos, poder sobre trabalho, mais contínuo e permanente.
Sistema de delegações contínuas e estáveis
Confere à soberania um sentido mais abstrato, racionalizável e duradouro.
Estado:
Serve ao desenvolvimento do capitalismo e à acumulação contínua e eficiente da riqueza;
Capacidade gestora dos bens comuns (economia política)
O direito de soberania transforma-se no direito de sistematização centralizada das normas de exercício do poder de gestão.
Positivação = institucionalização da mutabilidade do direito.
Assegura uma enorme disponibilidade de conteúdos ao direito: tudo é possível de ser normado, bem como enorme disponibilidade de endereçados, pois o direito não depende mais do status, do saber, do sentir de cada um, embora, ao mesmo tempo, continue sendo aceito por todos e cada um.
Reestruturação do direito, pois sua congruência interna deixa de assentar-se sobre a natureza, o costume, a razão e passa a basear-se na vida social moderna.
Indiferença quanto ao que valia e passa a valer (aceita mudança), quanto à incompatibilidade de conteúdos (aceita-se a inconsistência), e às divergências de opinião.
Direito como estático
Conceitos estáticos: dicotomias – direito público/privado, objetivo/subjetivo, positivo/natural.
Validade da norma
Norma vale = norma existe em relação a
Ross – a validade das normas jurídicas está relacionada com o comportamento da autoridade aplicadora. 
Kelsen – uma norma vale em relação à outra, que a antecede hierarquicamente. norma fundamental. Validade é um conceito relacional, só pode ser identificada num contexto de normas.
Validade expressa relação de imunização. A imunização de uma norma por outra ocorre quando a norma imunizante, por meio de seu conteúdo ou relato, neutraliza o cometimento ou relação de autoridade da norma imunizada contra uma possível desconfirmação, conferindo competência formal e material.
Modo condicional: a norma imunizante neutraliza diretamente o cometimento da norma imunizada de tal modo que o relato ou conteúdo desta independe de fins a serem atingidos retrospectiva; ou
Modo finalistico: é importante que os meios estejam adequados aos fins, a fim de que estes sejam alcançados. prospectiva

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