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Aula 11 – IED2 – texto
O direito como união de normas primárias e secundárias – Hart	Comment by Samsung: normativista, não realista - acredita que as normas regulam as condutas humanas
Um novo começo
Um conjunto de ordens coercitivas do soberano não reproduz algumas das principais características dos sistemas jurídicos:
A lei penal difere-se dessas ordens sob o aspecto de que normalmente se aplica também àqueles que a editam, e não apenas a terceiros;
Outros tipos de lei, especialmente as que outorgam poderes jurídicos para exarar decisões ou legislar ou para criar ou modificar relações jurídicas não podem ser assimiladas às normas apoiadas em ameaças;
Algumas normas jurídicas diferem das ordens quanto à origem, pois não vieram a existir por prescrição explícita, nem por nenhum modo análogo; e
Não pode-se explicar a continuidade da autoridade legislativa característica dos sistemas jurídicos modernos, e a(s) pessoa(s) soberana(s) não podem ser identificadas nem com o eleitorado, nem com o poder legislativo de um Estado moderno.
Exigiria a noção de uma norma que define o que deve ser feito para legislar; pois é só em conformidade com essa norma que os legisladores têm uma natureza oficial e uma personalidade autônoma que se contrapõem a eles mesmos enquanto indivíduos.
2 tipos de normas:
Básico ou primário: 
Exigem que os seres humanos pratiquem ou se abstenham de praticar certos atos, quer queiram, quer não. 
Impõe deveres.
Dizem respeito a atos que envolvem movimento físico ou mudanças físicas.
Parasitárias ou secundárias: 
Estipulam que os seres humanos podem, ao fazer ou dizer certas coisas, introduzir novas normas do tipo principal, extinguir ou modificar normas antigas ou determinar de várias formas sua incidência, ou ainda controlar sua aplicação.
Outorgam poderes.
Dispõe sobre operações que conduzem também à criação ou modificação de deveres ou obrigações.
A ideia de obrigação
E as normas que não obrigam, nem proíbem, mas permitem?
Direito como conjunto de normas supera esse problema.Ponto de partida: onde existe o direito, a conduta humana se torna, num certo sentido, obrigatória ou não-opcional.
	Onde há normas, as infrações não são apenas motivos para prever-se que reações hostis se seguirão, ou que um tribunal aplicará penas ou sanções àqueles que violem as normas, mas também uma razão ou justificativa para aquelas reações e para a aplicação dessas sanções.
	Pressupõe-se a confiança na operação normal e continuada do sistema de sanções. No entanto, pode haver, em casos individuais, divergência entre a afirmação de que uma pessoa tem uma obrigação de acordo com certa norma e a previsão de que pode vir a sofrer sanções em decorrência da infração.
A existência de normas, que fazem de certos tipos de comportamento um padrão, constitui o pano de fundo ou contexto próprio normal.
A função distintiva de tal afirmação é aplicar uma norma geral desse tipo a uma pessoa específica, chamando a atenção para o fato de que o caso desta se enquadra naquela.
Fatores de normas criadoras de obrigações:
Principal fator que determina se as normas são vistas como criadoras de obrigações = importância ou seriedade da pressão social em apoio às normas.
As obrigações e os deveres envolvem caracteristicamente o sacrifício ou a renúncia, e a possibilidade permanente de conflito entre a obrigação ou o dever e o interesse pessoal.
Teoria preditiva – concede à pressão social um lugar central, ao definir a obrigação em razão da probabilidade de que a sanção ou reação hostil se siga à infração de certas condutas prescritas.
Ponto de vista externo – indivíduo se relaciona com as normas como um mero observador, que não as aceita ele próprio. Sua descrição consistirá em regularidades observáveis do comportamento do grupo e em previsões, probabilidades ou sinais. Omitirá a dimensão da vida social. A infração a uma norma é uma razão para a hostilidade.	Comment by Samsung: ênfase 
Ponto de vista interno – indivíduo como membro do grupo que as aceita e as utiliza como orientação para a sua conduta.
Os elementos do direito
Sociedade “tradicional” = Sociedade que comporta normas primárias de obrigação – único meio de controle social é aquela atitude geral do grupo diante de suas próprias modalidades convencionais de comportamento.
Condições:
As normas contenham algum tipo de restrição ao uso gratuito da violência, roubo e trapaça;
Os que rejeitam as normas serão minoria dentro os que as aceitam.
As normas que orientam a vida no grupo consistem num conjunto de padrões isolados, sem nenhuma característica identificadora comum, exceto pelo fato de constituírem as normas aceitas por um grupo.
Defeitos:
Incerteza – em caso de dúvida sobre a essência das normas ou âmbito preciso de aplicação, não existe um procedimento instituído para diminuir essa incerteza.
Caráter estático dessas normas – não há meios para adaptar deliberadamente as normas à mudança das circunstâncias, seja pela eliminação de normas antigas, seja pela introdução e novas normas.
Ineficiência – da pressão social difusa pela qual as normas são mantidas.
Solução: suplementar as normas primárias de obrigação com as normas secundárias, que pertencem a uma espécie diferente. Etapa da transição do mundo pré-jurídico ao jurídico.
As normas secundárias se situam num nível diferente das primárias, pois versam sobre elas.
Norma de reconhecimento = especifica as características que serão consideradas como indicação conclusiva de que uma norma pertence ao grupo, apoiada pela pressão social que este exerce. 	Comment by Samsung: diferente da norma fundamental 
Fonte da autoridade, maneira correta de esclarecer dúvidas sobre a existência da norma.
Ideia de um sistema jurídico – pois as normas já não constituem um conjunto de elementos isolados e desconexos, mas se acham unificadas.
Validade jurídica – ato de identificar certa norma como uma dentre uma série autorizada de normas.
Norma de modificação = autoriza algum indivíduo ou grupo a introduzir novas normas primárias para orientar a visa do grupo, ou de uma classe dentro dele, e a eliminar normas antigas.
Quando a norma de modificação expressa as condições para que uma norma posterior 
revogue, modifique ou acrescente à norma anterior, considerando que esta norma posterior 
siga os critérios prescritos, ela também passa a adquirir reconhecimento. Então, eu poderia 
dizer que tanto a norma de reconhecimento como a norma de modificação se encontram no 
mesmo 
texto
, mas são normas diferentes por que tem sentidos diferentes?
Sim. Raciocínio correto.Promulgação e revogação de leis
Normas de julgamento = normas secundárias que outorguem o poder de formular os julgamentos. Identifica os indivíduos que deverão julgar e definem os procedimentos a serem seguidos. 
Situam-se em nível diferente dos das normas primárias
Conferem poderes judiciais e um status especial às declarações judiciais sobre o não-cumprimento de obrigações.
Definem conceitos: juiz, tribunal, jurisdição, julgamento.
A junção das normas primárias e secundárias se situa no centro de um sistema jurídico, mas não constitui o todo.

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