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Gengiva Ligamento periodontal Cemento radicular Osso alveolar (Osso alveolar propriamente dito) (periodonto de proteçã0) (periodonto de sustentaçã0) Wolf et al., 2005 Mucosa alveolar (mucosa de revestimento) Linha muco gengival Gengiva (mucosa mastigatória) Margem gengival Gengiva marginal livre Anatomia e Histofisiologia do Periodonto em torno do dentePeriodonto - : conjunto de tecidos que revestem e/ou suportam o dente FUNÇÃO PRINCIPAL: INSERIR O DENTE NO OSSO DA MAXILA E MANDÍBULA E MANTER A INTEGRIDADE DA SUPERFÍCIE DA MUCOSA MASTIGATÓRIA Papila interdental Gengiva marginal livre: se estende da margem gengival à ranhura gengival (que é coincidente com a junção cemento-esmalte e presente em 30-40% dos adultos) Face palatina: ausência de linha mucogengival, pois a mucosa mastigatória é contínua com a gengiva até a margem gengival Gengiva marginal livre COR: ROSA PÁLIDO; DIMENSÃO: 1.5 à 2mm; FORMA: ARCOS CÔNCAVOS REGULARES; SUPERFÍCIE OPACA E CONSISTÊNCIA FIRME Sulco gengival Invaginação formada entre o dente e a gengiva Mensurado clinicamente com uma sonda periodontall até 3 mm de profundidade (sulco clínico) ausência de sangramento ausência de exsudato inflamatório ausência de sensibilidade à sondagem Papila interdental Sua forma é determinada pela relação de contato entre os dentes, pela largura da superfície proximal, e contato da junção cemento esmalte Dentes anteriores: menor superfície de contato Dentes posteriores: maior superfície de contato Formato piramidal Formato achatado Col: concavidade que separa a porção vestibular da papila (VP) da sua porção palatina ou lingual (LP), mais presente em dentes posteriores. Epitélio não ceratinizado Gengiva: características clínicas Cor: rosa claro, vermelho pálido, castanho claro, pigmentada Consistência: firme e resiliente Aspecto superficial: opaco Posição: varia com a idade Gengiva: quantidade Variável. Não há relação entre quantidade gengival e saúde. Gengiva: pontilhado superficial (“casca de laranja”) - presente em ~40% dos adultos, porém NÃO denota saúde Epitélio oral Epitélio do sulco Tecido conjuntivo Epitélio juncional - voltado para o dente, sem contato com o mesmo - promove o contato da gengiva com o dente voltado para a cavidade oral Cristas epiteliais Papilas conjuntivas 40% dos adultos Conferem o aspecto de pontilhado superficial Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado 1 2 3 4 1. Camada basal 2. Camada espinhosa 3. Camada granulosa 4. Camada córnea ou ceratinizada Ausência de núcleos de células na camada ceratinizada: epitélio ortoceratinizado Presença de núcleos de células na camada ceratinizada: epitélio paraceratinizado Epitélio oral: células produtoras de ceratina (ceratinócitos) - 90% Outras células: Melanócitos (produzem melanina), células de Langerhans (mecanismo de defesa), células de Merkel (função sensorial), células inflamatórias Região dentogengival Esmalte Epitélio juncional - Camada de células epiteliais que promove o contato da gengiva com o dente Epitélio do sulco - continuação do epitélio oral na região do sulco (sulco clínico ≠ sulco histológico - sulco clínico é mensurado com uma sonda periodontal, que invade a região do epitélio juncional durante a sondagem - ver aula de exame clínico) 15 a 20 camadas de células na porção mais coronal 3 a 4 células na porção mais apical Esmalte Epitélio juncional Membrana basal interna Membrana basal externa Hemidesmossomos Lamina lúcida Lamina densa Fibras: colágenas (~60% do volume do tec. conj.), elásticas, reticulares, oxitalâmicas Células: fibroblastos (~5% do vol.; 65% da população celular), mastócitos, macrófagos, cels. inflamatórias Vasos e nervos, (~35%) Matriz extracelular (além do colágeno, etc, proteoglicanas, glicoproteínas) TECIDO CONJUNTIVO Principal célula do tecido conjuntivo; de formato geralmente estrelado; participa da síntese da matriz do tecido conjuntivo; participa da síntese das fibras do tecido conjuntivo; regula a síntese e degradação do colágeno Fibroblastos Fibras do tecido conjuntivo Colágenas: 60% do volume Reticulares: interface epitélio/conjuntivo Elásticas: mais presentes na mucsa alveolar Dentogengivais Coronal Horizontal Apical Alveologengivais Dentoperiosteais Periosteogengivais Circulares Fibras colágenas gengivais: ? Os feixes de fibras colágenas gengivais reforçam a gengiva e fornecem a resiliência e tônus necessários para a manutenção da forma arquitetônica e a integridade da união dento gengival. Septo ósseo interdental Dente Dente Fibras transeptais Ligamento periodontal (LP) Tecido conjuntivo frouxo especializado, muito vascularizado, extremamente inervado, com vasos linfáticos, alto metabolismo Funções: Ancoragem do dente ao osso alveolar, sensorial, nutricional, homeostática, regenerativa Possibilita a distribuição e absorção das forças oclusais Possibilita a mobilidade (fisiológica) e movimentação dental (ortodontia) Osso Cemento LP Largura média do LP: 0,25 mm Grupos de fibras colágenas do ligamento periodontal: 1. Fibras da crista alveolar (ACF) 2. Fibras horizontais (HF) 3. Fibras oblíquas (OF) 4. Fibras apicais (APF) Desenvolvimento das fibras do ligamento periodontal Fibras surgem no cemento Fibras no osso ainda pequenas Aumentam as fibras no osso Fibras no cemento são mais curtas Fibras se encontram no espaço do ligamento periodontal Fibroblastos Fibras colágenas Vaso sanguíneo Osteoblasto Cementoblasto Cemento radicular Tecido conjuntivo mineralizado especializado, avascular, sem inervação, sem vasos linfáticos, baixo metabolismo, semi-permeável, não sofre remodelação, deposição contínua em camadas, espessura: 20 a 50 μm na cervical e 150 a 250 μm na porção apical CARACTERÍSTICAS Função: participa da ancoragem do dente ao osso Restos epiteliais de Malassez Agrupamentos de células epiteliais no ligamento periodontal (próximas ao cemento), remanescentes da bainha epitelial de Hertwig Cementoblastos: células que sntetizam a matriz do cemento Cementócitos: células aprisionadas na matriz do cemento As fibras do ligamento periodontal são inseridas no cemento radicular Tipos de cemento O cemento é classificado de acordo com: Células dentro de sua matriz (cementócitos): acelular ou celular Presença e origem das fibras colágenas em sua matriz: afibrilar, fibras extrínsecas, fibras intrínsecas, fibras mistas Fibras intrínsecas: sintetizadas pelos cementoblastos - matriz do cemento Fibras extrínsecas: fibras do ligamento periodontal inseridas no cemento - fibras de Sharpey - produzidas pelos fibroblastos do ligamento periodontal 60% cemento cobre parte do esmalte 30% cemento inicia onde termina o esmalte 10% cemento não toca esmalte Relação cemento/esmalte Processo alveolar O processo alveolar são as partes da maxila e mandíbula que formam e dão suporte aos alvéolos dos dentes; se desenvolve em associação com o desenvolvimento e erupção dos dentes; consiste de corticais externas (vestibular e lingual), uma parte esponjosa (osso trabecular) e o osso que recobre as paredes dos alvéolos (osso alveolar propriamente dito); juntamento com o ligamento periodontal e cemento, o osso alveolar constitui o aparelho de inserção dos dentes Osso alveolar osso trabecular osso alveolar propriamente dito Deiscência: ausência de osso na porção coronária das raízes (próximo a cervical dos dentes) Fenestração: ausência de osso, porém sem envolver a parte mais coronária da raiz (próximo a cervical dos dentes) canal de Volkmann canal de Harvers canais que se conectam para levarnutrição sanguínea ao osso Células do osso Osteoblastos - sintetizam a matriz óssea Osteócitos - aprisionados na matriz óssea Osteoclastos - reabsorvem osso Osteoclastos - reabsorvem osso 1. vasos supraperiosteais (gengiva) 2. vasos do ligamento periodontal 3. vasos do osso alveolar Suprimento sanguíneo • Avaliação clínica da inflamação Avaliação da inflamação dos tecidos periodontais Epidemiologia das doenças periodontais “ Ir além da Epidemiologia descritiva” Investigação epidemiológica Incidência - novos casos em um período específico de tempo Prevalência - total de casos em um período específico de tempo Descritiva- descrição da distribuição da doença em diferentes populações Etiológica- estabelecer a etiologia (dados epidemiológicos + outras disciplinas: genética, micro, etc.) Analítica- avaliar dados epidemiológicos com hipótese clínicas ou experimentias Experimental/Interventiva- desenvolvimento e avaliação de medidas preventivas Em periodontia: Prevalência da gengivite e periodontite Etiologia e fatores determinantes do desenvolvimento das doenças (risco e causais) Avaliar medidas preventivas e terapêuticas em nível populacional • Profundidade de sondagem • Níveis clínicos de inserção • Avaliação radiográfica do osso alveolar Exame periodontal: Avaliação da inflamação dos tecidos periodontais Sistemas de índices para: Avaliação da perda do periodonto de sustentação Avaliação radiográfica de perda óssea Avaliação das necessidades de tratamento periodontal Métodos para exame Índice gengival (LÖE, 1967) - sonda periodontal 0- ausência total de sinais visuais de inflamação gengival 1- alteração da cor e textura gengival 2- inflamação visível e tendência ao sangramento após sondagem 3- inflamação patente com tendência ao sangramento espontâneo 1: Visualização da placa após sua remoção com sonda periodontal Índice de Placa (SILNESS; LÖE, 1964) 0: Sem placa 2: Placa visível clinicamente 3: Placa abundante • 0- ausência de sangramento e nenhuma placa visível • 1- sangramento da margem gengival e placa visível (Contagem dicotômica) Índices Gengival e de Placa (AINAMO; BAY, 1975) 01 • 0- ausência de sangramento após sondagem Tem substituído o Índice Gengival • 1- Sangramento visível até 15 segundos após sondagem Índice de sangramento sulcular (MÜHLEMANN; SON, 1971) Índice Periodontal (PI) (RUSSEL, 1956) 0- Dente com periodonto saudável 1- dente com gengivite somente em parte da gengiva marginal 2- gengivite envolvendo todo o dente 6- formação de bolsa 8- perda de função devido à mobilidade excessiva do dente É um sistema de registro REVERSÍVEL Avaliação da perda do tecido periodontal de sustentação 0 Ausência de inflamação e alterações gengivais 1 Inflamação leve 2 Inflamação leve a moderada 3 Gengivite com hemorragia, eritema e ulcerações 4 Perda de inserção até 3 mm 5 Perda de inserção de 3-6 mm 6 Perda de inserção maior que 6 mm Índice de Doença Periodontal (PDI) (RAMFJORD, 1959) 0 – 3 – saúde periodontal ou gengivite 4 - 6- diversos níveis de Perda de inserção É um sistema de registro IRREVERSÍVEL Avalia a doença destrutiva Mede perda de inserção e não profundidade de sondagem 0 1 2 3 4 65 Profundidade de sondagem Saudável Gengivite Periodontite Margem gengival até a sonda encontrar resistência Nível de inserção clínico Junção cemento esmalte até a sonda encontrar resistência Estudos epidemiológicos contemporâneos Profundidade de sondagem Nível de inserção clínico Avalia os sextantes – 2 dentes presentes Índice Comunitário das Necessidades de Tratamento Periodontal (CPITN) OMS- AINAMO, et al. 1982 Todos os dentes ou dentes índices 17 16 11 26 27 47 46 31 36 37 Registro da medida mais severa em cada sextante Sonda CPITN: esfera - 0,5mm, marcas: 3,5; 5,5; 8,5 e 11,5 CPI TN 1 2 3 4 0 Sem bolsas, cálculos, restaurações com sobrecontorno, mas COM sangramento à sondagem 1 IHO 2 Gengiva sadia Cálculo ou fator de retenção de placa com sondagens < 3mm Bolsas de 4 a 5 mm IHO, raspagem, remoção dos excessos das restaurações 3 Bolsas ≥ 6 mm Tratamento complexo CPITN- Análise crítica Visão contemporânea da patogenia e tratamento das doenças periodontais: cautela ao analisar estudos epidemiológicos utilizando o CPITN Melhora da condição periodontal - modesta melhora nos escores CPITN Metodologia parcial do CPITN - subestima condições periodontais graves Escores do CPITN - falta de correlação com a prevalência e gravidade da perda de inserção Conceitos antigos (até o fim dos anos 70): Alta prevalência de doença periodontal na população adulta Gengivite não tratada EVOLUI para periodontite Estudos antigos consideravam indivíduos doentes ou saudáveis Estudos atuais consideram a extensão da doença (% de sítios doentes) e a severidade da doença (quantidade de suporte periodontal perdido) História natural da doença periodontal (Löe et al., 1978) Estudantes noruegueses Plantadores de chá do Sri Lanka 1. Excelente higiene bucal 2. Quantidades ínfimas de placa e gengivite 3. Virtualmente sem bolsas e pouca perda de inserção 1. Higiene bucal precária 2. Abundância de placa e cálculo 3. Perda de inserção detectada aos 16 anos de idade História natural da doença periodontal (Löe et al., 1986) Acompanhamento dos plantadores de chá do Sri Lanka por 15 anos Apesar do mau controle de placa e gengivite presente em 100% da amostra, 3 grupos foram identificados: 4. Muita Perda de inserção que aumentou com a idade 1. Rápida progressão da doença (8% do total), com grande perda de inserção 2. Sem progressão da doença além da gengivite (11% do total), 3. Progressão moderada da doença (81% do total), perda de inserção moderada Esses dados indicam uma variabilidade da progressão da doença periodontal e sugerem que outros fatores além da placa e idade são importantes. Além disso, indica que a gengivite NÃO evolui obrigatoriamente para periodontite. Em adolescentes a periodontite agressiva é mais frequente no gênero feminino na raça branca (0,1%), e no gênero masculino na raça negra (1%). A doença periodontal é responsável por cerca de 30-35% das extrações dentais, ao passo que a cárie é responsável por mais de 50% das extrações. Fatores de risco da doença periodontal Fatores ambientais, comportamentais, biológicos, ou genéticos que, quando presentes, aumentam diretamente a probabilidade de ocorrência da doença. Fatores não-modificáveis 1. gênero masculino 2. idade mais avançada 3. raça/etnia: doença periodontal mais prevalente em negros-americanos do que hispânicos e brancos não hispânicos. Condição sócio-econômica pode estar relacionada. 4. polimorfismos genéticos Fatores modificáveis (ambientais, adquiridos, e comportamentais) 1. Microbiota específica: 2. Tabagismo Porphyromonas gingivalis, Prevotella intermedia, Tannerella forsythia, Aggregatibacter actinomycetemcomitans Vasoconstrição isquemia do tecido redução da resposta inflamatória e reparo celular Ação direta macrófago e fibroblasto retardo do reparo 3. Diabetes mellitus Bactérias específicas, tabagismo, e diabetes são os mais importantes fatores de risco estabelecidos para a periodontite. Outros fatores (fatores psico-sociais, obesidade, osteopenia/osteoporose, infecção por HIV) são potencialmente importantes, mas necessitam ser mais estudados. Infecções periodontais como fator de risco para doenças sistêmicas Associações de doença periodontal com as seguintes condições existem e são biologicamente plausíveis, porém não se pode concluir que elas são de fato causais, ou seja, a doença periodontal causa tais condições. 1. Doenças cardiovasculares2. Diabetes 3. Complicações na gravidez (nascimentos prematuros e de crianças com baixo peso)
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