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EJA Questionário

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EJA – Questionário para a prova.
1 - Conceito da EJA: 
R= EJA - A educação de jovens e adultos é uma modalidade de ensino, amparada por lei e voltada para pessoas que não tiveram acesso, por algum motivo, ao ensino regular na idade apropriada. Porém são pessoas que têm cultura própria.
2 – Qual o papel do docente na modalidade de ensino EJA?
R= O professor da EJA deve, também, ser um professor especial, capaz de identificar o potencial de cada aluno. O perfil do professor da EJA é muito importante para o sucesso da aprendizagem do aluno adulto que vê seu professor como um modelo a seguir. Ele deverá possuir formação adequada, metodologia e critérios específicos, necessários para a formação desses indivíduos.
3- Lendo e aprendendo:
É preciso que a sociedade compreenda que alunos de EJA vivenciam problemas como preconceito, vergonha, discriminação, críticas dentre tantos outros. E que tais questões são vivenciadas tanto no cotidiano familiar como na vida em comunidade. A EJA é uma educação possível e capaz de mudar significativamente a vida de uma pessoa, permitindo-lhe reescrever sua história de vida. Sabe-se que educar é muito mais que reunir pessoas numa sala de aula e transmitir-lhes um conteúdo pronto. É papel do professor, especialmente do professor que atua na EJA, compreender melhor o aluno e sua realidade diária. Enfim, é acreditar nas possibilidades do ser humano, buscando seu crescimento pessoal e profissional.
4 – Um pouco da História da EJA no Brasil:
1900 - A alfabetização ou a educação de adultos chegou ao final do século XIX de maneira irregular e deficiente. A partir do terceiro Censo Nacional, em 1900, é que se iniciou o cálculo do índice de analfabetismo da população com mais de 15 anos de idade, revelando a existência de 65,3% de analfabetos nessa faixa etária.
1920 - Com o término da Primeira Guerra Mundial, houve grande interesse, pela educação elementar, enaltecendo-se a necessidade de combater o analfabetismo de adultos.
A Constituição de 1934 estabeleceu a criação de um Plano Nacional de Educação, que indicava pela primeira vez a educação de adultos como dever do Estado, incluindo em suas normas a oferta do ensino primário integral, gratuito e de frequência obrigatória, extensiva para adultos. 
1940 - Algumas novas iniciativas nesse período, em se tratando da educação de adultos, foram realizadas. Como a criação e a regulamentação do Fundo Nacional do Ensino Primário (FNEP); a criação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP); o surgimento das primeiras obras dedicadas ao ensino supletivo; o lançamento da Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA), e outros. Este conjunto de iniciativas permitiu que a educação de adultos se firmasse como uma questão nacional. Todavia, apesar dos avanços, o novo Censo realizado em 1940 revelava a existência de 56,2% de analfabetos entre as pessoas maiores de 15 anos, evidenciando que a redução do percentual de analfabetismo pouco avançava.
Em 1947, o MEC promoveu a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA). A campanha possuía duas estratégias: os planos de ação extensiva (alfabetização de grande parte da população) e os planos de ação em profundidade (capacitação profissional e atuação junto à comunidade). O objetivo não era apenas alfabetizar, mas aprofundar o trabalho educativo. Essa campanha – denominada CEAA – atuou no meio rural e no meio urbano, possuindo objetivos diversos, mas diretrizes comuns. 
 A história da EJA no Brasil está muito ligada a Paulo Freire. O Sistema Paulo Freire, desenvolvido na década de 60, teve sua primeira aplicação no Rio Grande do Norte. E, com o sucesso da experiência, passou a ser conhecido em todo País, sendo praticado por diversos grupos de Cultura popular.
Na década de 60, com o Estado associado à Igreja Católica, novo impulso foi dado às campanhas de alfabetização de adultos. No entanto, em 1964, com o golpe militar, todos os movimentos de alfabetização que se vinculavam à ideia de fortalecimento de uma cultura popular foram reprimidos. O Movimento de Educação de Bases (MEB) sobreviveu por estar ligado ao MEC e à igreja Católica.
 A década de 70, ainda sob a ditadura militar, marca o início das ações do Movimento Brasileiro de Alfabetização – O MOBRAL, que era um projeto para se acabar com o analfabetismo em apenas dez anos. Após esse período, quando já deveria ter sido cumprida essa meta, o Censo divulgado pelo IBGE registrou 25,5% de pessoas analfabetas na população de 15 anos ou mais. O programa passou por diversas alterações em seus objetivos, ampliando sua área de atuação para campos como a educação comunitária e a educação de crianças. O ensino supletivo, implantado em 1971, foi um marco importante na história da educação de jovens e adultos do Brasil. Foram criados os Centros de Estudos Supletivos em todo o País, com a proposta de ser um modelo de educação do futuro, atendendo às necessidades de uma sociedade em processo de modernização. O objetivo era escolarizar um grande número de pessoas, mediante um baixo custo operacional, satisfazendo às necessidades de um mercado de trabalho competitivo, com exigência de escolarização cada vez maior. 
No início da década de 80, o MOBRAL foi extinto, sendo substituído pela Fundação EDUCAR. O contexto da redemocratização possibilitou a ampliação das atividades da EJA. Estudantes, educadores e políticos organizaram-se em defesa da escola pública e gratuita para todos. 
A nova Constituição de 1988 trouxe importantes avanços para a EJA: o ensino fundamental, obrigatório e gratuito, passou a ser garantia constitucional também para os que a ele não tiveram acesso na idade apropriada. Contudo, a partir dos anos 90, a EJA começou a perder espaço nas ações governamentais.
Em 1990 a Fundação EDUCAR foi extinta com o Governo Collor.
Em janeiro de 2003, o MEC anunciou que a alfabetização de jovens e adultos seria uma prioridade do novo governo federal. Para isso, foi criada a Secretaria Extraordinária de Erradicação do Analfabetismo, cuja meta era erradicar o analfabetismo no Brasil. Para cumprir essa meta foi lançado o Programa Brasil Alfabetizado, por meio do qual o MEC contribuira com os órgãos públicos estaduais e municipais, instituições de ensino superior e organizações sem fins lucrativos que desenvolvam ações de alfabetização. No Programa Brasil Alfabetizado, a assistência será direcionada ao desenvolvimento de projetos com as seguintes ações: Alfabetização de jovens e adultos e formação de alfabetizadores. O Programa ainda está em andamento. 
4 – Fale sobre a CEAA:
R= A CEAA - Nasceu da regulamentação do FNEP (Fundo Nacional do Ensino Primário) em 1947 idealizada por Lourenço filho no final do Governo ditatorial de Getúlio Vargas, e vinha atender aos apelos da UNESCO em favor da educação popular. No plano interno, ela acenava com a possibilidade de preparar mão de obra alfabetizada nas cidades, de penetrar no campo e de integrar os imigrantes e seus descendentes nos Estados do Sul, além de constituir num instrumento para melhorar a situação do Brasil nas estatísticas mundiais de analfabetismo. Foram criadas 10.000 classes de alfabetização espalhadas pelo Brasil. Porém essa campanha foi vista de forma negativa por muitos estudiosos, pois dava ao analfabeto uma imagem de flagelado e vergonha Nacional. Onde eram atribuídas somente características negativas aos analfabetos. Como: Ineficiência no trabalho, incapacidade política, jurídica e de cuidar de sua saúde e de seus filhos.
5 – Fale sobre a CNER:
R= Lourenço Filho criou também, em 1948, a CNER (Campanha Nacional de Educação Rural). Nessa campanha, além de ofertar a educação ao camponês, ela transformaria a sua realidade social e econômica, criando condições melhores de saúde, trabalho e produção. Ela compreendia ações conjuntas com o Ministério da saúde a da agricultura. Os cursos ofertados pelo CNER eram mais amplos que os da CEAA, pois incluíam filmes educativos, palestras, panfletos e livros. Derivada da CEAA, a CNER foi inspirada nos mesmos pressupostosideológicos da primeira.
6 – Fale sobre a CNEA:
R= A CNEA (Campanha Nacional da Erradicação do Analfabetismo) representou uma nova tomada do combate ao analfabetismo. Foi proposta por Técnicos do INEP E planejada como uma campanha de alfabetização em massa, sendo uma experiência educativa de âmbito limitada e; Estava centrada principalmente no aperfeiçoamento e na extensão da escolaridade primária e secundária na educação base de adolescentes e jovens. Nos estudos da CNEA, o analfabeto não era considerado improdutivo, incapaz, apolítico, etc. Ele era visto como uma vitima do isolamento cultural, de condições econômicas adversas e da falta de alfabetização nas cidades mais pobres e do interior. Os alfabetizadores das campanhas, em geral, não tinham formação para o exercício do magistério, recebiam somente um treinamento rápido; as aulas eram realizadas em espaços improvisados, cedidos por igrejas, empresas e particulares; o tempo destinado para as aulas era de duas horas diárias, no período noturno, e com materiais didáticos empobrecidos.
Em 1963 foram extintas as três campanhas: CEAA. CNER e CNEA, pois já não correspondiam ao novo modo de compreender o analfabetismo e as preocupações políticas do período.
7 – Cite os conceitos elaborados por Paulo Freires, referentes à alfabetização no Brasil:
R= Conscientização, pedagogia do oprimido, educação literária, cultura popular, diálogo e círculos de cultura.
8 – O que ocorreu com os programas de Alfabetização e educação popular com a Ditadura?
R= Eles foram reprimidos e cancelados, sendo considerados grave ameaça à ordem Nacional. O governo permitiu apenas a realização de programas de alfabetização de adultos de caráter assistencialista e conservador.
9- Fale sobre o MOBRAL:
R= Foi um programa criado na Ditadura, em 1967, denominado Movimento Brasileiro de Alfabetização. Seu objetivo era que o indivíduo adquirisse técnicas de ler, escrever, contar, etc., para se integrar na comunidade e alcançar melhores condições de vida. Formando trabalhadores produtivos e aptos para obter melhor rendimentos. Esse projeto também era criticado por Paulo Freire. 
10 – Foram criadas na nossa legislação algumas perspectivas para reparar o analfabetismo no Brasil. Cite-as:
O direito à educação para todos, pontuado na Constituição Federal de 1988. 
Metas de erradicação do analfabetismo do Plano Nacional de Educação.
 Garantia de atendimento a jovens e adultos no ensino fundamental e médio.
11 – Qual a Distância entre as intenções promulgadas nas leis e seu real cumprimento?
R= Encontramos na sociedade um grupo significativo de pessoas que não podem compartilhar de atividades socioculturais pela falta do conhecimento à escrita e a leitura. Elas não podem se divertir ou se informar sobre questões que afetam diretamente suas vidas. São dependentes de outros e, por isso, talvez desconheçam os seus direitos assegurados por Lei.
12- A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 9.394/1996. No Capítulo II, Da Educação Básica, temos a Seção V, dedicada à Educação de Jovens e Adultos:
§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.
§ 3º A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação profissional, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei no 11.741, de 2008)
Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular.
§ 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão:
I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos;
II - no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos.
§ 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames.
13 - Ainda persiste no Brasil, porém, a invisibilidade da Educação de Jovens e Adultos, apesar de ser uma modalidade da educação básica de caráter regular. Para Gadotti (2011), a eliminação do analfabetismo em sua origem exige que:
O sistema público de ensino seja capaz de reter os alunos matriculados no ensino fundamental.
Haja escola pública para todos, adequada à sua realidade, para que seja de fato de qualidade.
A escola seja democrática pela gestão participativa.
A escola integre os movimentos populares e a comunidade na construção de sua identidade.
A escola seja autônoma, ou seja, cidadã. E que Haja uma compreensão da educação em uma perspectiva social, política, econômica, cultural, etc.
14 – Temos como vigente a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9.394, sancionada em 20 de dezembro de 1996. São 92 artigos. Com base nessa leitura é correto afirmar:
R= A educação de Jovens e adultos será destinada a pessoas que não tiveram acesso ou continuidade aos estudos no ensino fundamental e médio em idade própria.
15 – Fale sobre O currículo e sua não neutralidade:
R= O currículo é concretizado na esfera dos saberes e das práticas pedagógicas desenvolvidas na instituição escolar. Esse campo, segundo alguns autores, não é neutro, visto que há confluências de relações e interesses em que são cruzados os anseios sociais vinculados ao poder, representados por ideologias de supremacias de povos. Ele é temporal, mediando relações entra a escola, a sociedade e o conhecimento. Assume caráter relacional; Busca a compreensão das permanências e das transformações referente ao objetivo da escola, as relações que ela estabelece – quem ela atende e de que modo.
15.1 – Para Sacristán, autor que se dedica ao estudo na área de currículo, o CURRÍCULO pode ser analisado pelas seguintes esferas:
Sua função social na condição de ponte entre a sociedade e a escola.
Projeto ou plano educativo, composto por diferentes aspectos, experiências, conteúdos, etc.
Expressão formal e material, ou seja, o currículo deve apresentar seus conteúdos, suas orientações e suas sequencias para se abordado de forma eficaz.
Compreender o currículo como um campo prático, analisando os processos de caráter instrutivo e realista, interagindo entre teoria e prática da educação.
16 – Conceitue as fases ou níveis do currículo:
CURRÍCULO PRESCRITO: São os documentos oficiais que orientam a educação nacional e as propostas curriculares das Secretarias de Estado de Educação. O CURRÍCULO PRESCRITO é um currículo que se distancia totalmente da realidade, pois não respeita a diversidade, e não é construído pelos que fazem a escola cotidianamente. Ele atribui à escola o papel de transmitir uma cultura com base na lógica da reprodução, um currículo igual para todo o território e para todos os alunos, construído para que o professor o execute da forma como veio estruturado.
CURRÍCULO APRESENTADO AOS PROFESSORES: Há um conjunto de meios que são elaborados por diferentes instâncias com o intuito de traduzir para os educadores o significado e os conteúdos presentes no currículo prescrito, realizando, assim, uma interpretação deste. Considerando que as prescrições são muito genéricas, não se tornam suficientes para orientar as atividades educativas em sala de aula. Assim, por exemplo, temos as propostas pedagógicas e os livros didáticos. CURRÍCULO APRESENTADO AOS PROFESSORES: diz respeito aos documentos elaborados para traduzir as prescrições. Um representante significativo, no contexto brasileiro, é o livro Didático.
CURRÍCULO MOLDADO PELOS PROFESSORES: Refere-se aos planos de ação elaborados pelos docentes. Abrange os projetos político - pedagógicos, os projetos educativos e os planejamentos coletivos e/ou individuais.
CURRÍCULO EM AÇÃO: São as práticas pedagógicas desenvolvidas pelos professores. É o fazer pedagógico propriamente. É na prática real, guiada pelos esquemas teóricos e práticos do professor, que se concretiza nas tarefas acadêmicas, as quais, como elementos básicos, sistematiza o que é a ação pedagógica, o que são as propostascurriculares.
CURRÍCULO REALIZADO: Envolve as aprendizagens construídas pelos alunos, o que eles aprenderam em relação aos conhecimentos trabalhos nas instituições educativas. No currículo realizado, produzem-se, como consequência da prática, efeitos complexos nos alunos e também nos professores, tais como: cognitivo, afetivo, social e moral. 
CURRÍCULO AVALIADO: Evidencia as relações entre currículo e a avaliação, pois trata do currículo formulado para atender as expectativas das avaliações (externas e dos próprios pais). No currículo avaliado, mantém-se uma constância em ressaltar determinados componentes sobre outros, impõe critérios para o ensino do professor e para a aprendizagem dos alunos. 
17 – Para Sacristán, existem três vertentes fundamentais e imediatas que configuram a realidade curricular. Cite-as:
Seleção Cultural: O que se seleciona e com se organiza.
Condições institucionais: Política curricular, estrutura do sistema educativo e organização escolar.
Concepções curriculares: Opções políticas, Concepções psicológicas, valores sociais, filosofias, modelos educativos e epistemologias.
18 – O currículo deve ser programado envolvendo uma série de fatores culturais expostos na sociedade, cite um:
R= O multiculturalismo. Ao abordarmos o currículo e as forças que nele interferem, devemos considerar discussões acerca da educação e das culturas. Ao tratarmos de educação nos dias de hoje, torna-se fundamental refletirmos sobre o multiculturalismo presente na sociedade. O multiculturalismo abrange movimentos e pensamentos políticos, relações de classes, autoridade, gênero, etnia, o pensamento capitalista, etc.
19 - Com base nas reflexões apresentadas por Streck, Redin e Zitkoski (2010), temos características que são fundamentais quando refletimos sobre Paulo Freire e suas contribuições para a educação:
Ousadia epistemológica.
Engajamento político.
Pensamento esperançoso.
Contribuições na história e na atualidade.
20 – Fale de Forma resumida sobre a vida de Paulo freire:
R= Paulo Freire foi um educador brasileiro, nasceu em Recife no ano de 1921. Criador do método inovador no ensino da alfabetização, para adultos, trabalhando com palavras geradas a partir da realidade dos alunos. Seu método foi levado para diversos países. Preocupado com o grande número de adultos analfabetos na área rural dos estados nordestinos, que formavam um grande número de excluídos, Paulo Freire desenvolveu um método de alfabetização baseado no vocabulário do cotidiano e da realidade dos alunos. As palavras eram discutidas e colocadas no contexto social do indivíduo. Com o golpe militar de 1964, Paulo Freire foi acusado de agitador e levado para a prisão onde passou 70 dias, e em seguida se exilou no Chile. Durante cinco anos desenvolveu trabalhos em programas de educação de adultos. Após 15 anos de exílio, e percorrendo vários países, em 1980, com a anistia, retornou ao Brasil, estabelecendo-se em São Paulo. Foi professor da UNICAMP e da PUC. Foi Secretário de Educação da Prefeitura de São Paulo, entre tantos outros títulos. Por seu trabalho na área educacional, Paulo Freire foi reconhecido mundialmente. É o brasileiro com mais títulos de Doutor, são 41, ao todo, entre elas, Harvard, Cambridge e Oxford. Paulo Freire faleceu em maio de 1997. Uma das suas principais obras, dentre tantas outras, é a PEDAGOGIA DO OPRIMIDO.
21 - Na abordagem professor-aluno, Paulo Freire defendeu que a educação dialógica entre educandos e educadores deve crescer mutuamente. Freire (2002, p. 120) destacou que o importante em uma educação libertadora é que os indivíduos:
R= “[...] se sintam sujeitos do seu pensar, discutindo o seu pensar, sua própria visão do mundo, manifestada implícita ou explicitamente, nas suas sugestões e nas de seus companheiros”.
22 – Em sua obra pedagógica da autonomia: Saberes necessários para a prática docente e educação como forma de emancipação, Freire apresenta inúmeras contribuições acerca do trabalho docente. Ele enumera esses saberes da seguinte forma:
 
Não há docência sem discência (ação de aprender).
Ensinar não é transferir conhecimento.
Ensinar é uma especificidade humana.
23 – Que ação Paulo Freire propõe aos docentes, em relação à EJA?
R= Ele propõe uma ação questionadora, permitindo aos educandos e ao educador reflexões sobre a realidade concreta, a partir do respeito e da discussão dos diversos saberes que todos possuem. Sabendo que ensinar exige convicção de que a mudança é possível e comprometimento, o educando necessita de: Segurança, competência profissional, respeito e generosidade.
24 – A educação para Paulo Freire deve se relacionar num contexto humanista e libertador. Explique:
R= Freire destaca que o importante em uma educação que seja libertadora é que os homens se sintam sujeitos do seu pensar, discutindo o seu pensamento, sua visão do mundo, manifestando de todas as formas, nas suas sugestões e nas dos seus companheiros. Uma educação dialógica, onde o diálogo promove o crescimento necessário para o conhecimento de todos os envolvidos.
25 – Como é a relação horizontal de docentes e alunos, na abordagem freireana?
R= É principalmente uma relação de respeito, onde ambos cresçam mutuamente. O diálogo implica em uma relação horizontal de pessoa a pessoa sobre alguma coisa, e é onde reside o novo conteúdo programático da educação. A palavra é vista em duas dimensões: a da ação e a da reflexão.
26 – Fale sobre a Educação Bancária e a Educação libertadora, de Paulo Freire:
R= A educação “bancária” É uma relação vertical entre o educador e educando. O educador é o sujeito que detêm o conhecimento, pensa e prescreve, enquanto o educando é o objeto que recebe o conhecimento. O educador “bancário” faz "depósitos" nos educandos e estes passivamente os recebe. Tal concepção de educação tem como propósito, intencional ou não, a formação de indivíduos acomodados, não questionadores e que se submetem à estrutura de poder vigente. É o rebanho que como uma massa homogênea, não projeta, não transforma, não almeja crescer.
Chama-se de educação libertadora ou problematizadora a educação em que não existe uma separação rígida entre educador e educando. Ambos são educadores e educando no processo de ensino e aprendizado. Desta maneira, o educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, através do diálogo.
27 - Sacristán (2000), na obra intitulada O Currículo, apresenta um modelo de interpretação do currículo como algo que é construído no cruzamento de influências e campos de atividade diferenciados e interrelacionados. O autor pontua níveis ou fases do currículo.
A partir desse contexto, fazem parte do currículo exclusivamente os seguintes níveis:
 Currículo Prescrito;
 Currículo apresentado aos professores
 Currículo moldado pelos professores;
 Currículo em ação;
 Currículo realizado e;
 Currículo avaliado.
28 - O Brasil finaliza o século XIX com a Educação de Jovens e Adultos apresentando irregularidades e deficiências.
Assim, no século XX várias ações para esse público foram realizadas. No período de 1947 a 1963, foram instauradas algumas campanhas de alfabetização de massa e, pela sua importância foram respectivamente denominadas:
R= Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA), Campanha Nacional de Educação Rural (CNER) e Campanha Nacional de Erradicação de Analfabetismo (CNEA)
29 - Carvalho (2009), em seu estudo sobre a Educação de Jovens e Adultos no Brasil, apresenta uma longa história marcada por campanhas, planos e programas governamentais.
Em se tratando da trajetória da Educação de Jovens e Adultos no Brasil...
R= O término da Primeira Guerra impulsionou o interesse pelo combate ao analfabetismo de adultos.
30 - A trajetória da Educação de Jovens e Adultos no Brasil revela a presença de vários documentos legais que fazem referência aos direitos desse público ao ensino institucionalizado.
Diante dessa realidade, está correto afirmar que:
R= No que se refere às políticas educacionais, entre as Metasdo Plano Nacional para a Educação (BRASIL, 2014), encontramos menções à Educação de Jovens e Adultos.
31 - A trajetória histórica da EJA no Brasil é marcada por inúmeras ações, entre elas, campanhas, programas, planos e movimentos. Todas ações revestidas de  diversos desafios ligados ao processo de ensinar e aprender.
Diante dessa realidade, é correto afirmar que:
R= Dentre as ações ligadas ao processo de ensinar e aprender a "Fundação Educar",  surge no governo de José Sarney sendo posteriormente finalizada durante o governo de Fernando Collor.
32 - Sacristán (2000) apresenta os vários níveis/fases do currículo. Diante das discussões realizadas pelo autor, está correto afirmar que:
R= O currículo realizado acaba por refletir-se nas ações dos docentes e de seus alunos.
33 - Paulo Freire, em seus estudos, defende uma educação humanizadora. Neste contexto, está correto afirmar que:
R= Uma atitude dialógica, envolvendo o  processo de ensino e aprendizagem, contribui para uma educação libertadora.
34- Paulo Freire defende uma relação horizontal na interação educador-educando.
A partir dessa afirmação, está correto afirmar que:
R= Nesse processo o diálogo torna-se central.
35 – Paulo Freire; Nasceu em ___________, no ano de 1921. Formou-se em ___________ pela Universidade de Recife; todavia, não seguiu a profissão. Entre os anos de 1941 e 1947 foi professor de ___________. Entre os anos de 1947 e 1956 foi assistente e depois ________ do Departamento de Educação e Cultura do Serviço Social da Indústria - SESI -, de Pernambuco.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto.
R= Recife - PE. Direito. Língua Portuguesa. Diretor.
36 - No processo de ensino e aprendizagem, Paulo Freire apresenta inúmeras reflexões que contribuem para a educação em uma perspectiva libertadora.
A partir das discussões propostas pelo autor, está correto afirmar que:
R= Situações de ensino-aprendizagem deverão procurar superar a relação opressor-oprimido.
37 - O planejamento escolar é um processo contínuo, que possibilita reflexão de maneira dinâmica, implementação e análise das ações elencadas pelo professor. Representa a concretização da proposta do ensino e da aprendizagem, além de tornar-se elemento orientador da prática diária do professor, ao envolver o conteúdo das diferentes áreas do conhecimento.
O _________ é o resultado do processo mental de __________.
R= PLANO, PLANEJAMENTO.
38 - Planejamento e Plano se complementam e se integram diante do processo que envolve a prática social docente. Ambos auxiliam o professor na tarefa de estabelecer procedimentos e estratégias que irão ajudar na organização do trabalho em sala de aula. Com relação a tarefa do docente de planejar...
R= I. Para muitos professores a realização do planejamento é algo penoso.
 II. O plano de ensino tem como uma das características a clareza.
39 - A avaliação da aprendizagem pode ser considerada uma das principais ferramentas que contribuem para análise do percurso e aproveitamento do aluno na escola. São várias as discussões referentes à temática avaliação e trabalho docente. Diante desse contexto, está correto afirmar que:
R= A avaliação é temida por muitos educandos em razão de suas práticas controladoras e de autoritarismo.
40 - Ao refletir sobre educação de jovens e adultos, Gadotti (2010, p.33) argumenta que é importante a organização coletiva, criando o interesse e o entusiasmo pela participação.
Baseando-se nesse contexto...
R= Um educador que atua na educação popular é, entre outras características, um animador cultural, um articulador, um organizador, um intelectual.
41 - De acordo com Haidt (2004), na área de educação há vários níveis de planejamento e que sofrem variações em abrangência e complexidade. Assim, temos os seguintes níveis:
Planejamento do sistema educacional.
Planejamento geral das atividades de uma escola.
Planejamento curricular. 
Planejamento didático ou de ensino. 
42 - Desde a infância somos avaliados de alguma maneira em todas nossas ações. Conceitualmente podemos entender que avaliar consiste em investigar algo, para posteriormente buscar-se maneiras de intervir - "com vistas à melhorar ou ampliar resultados". Para realizar essa tarefa em sala de aula, o professor poderá construir os mais variados instrumentos, com a condição de que eles sejam bem elaborados e adequados às suas finalidades.
Em se tratando da avaliação em uma perspectiva processual, leia as afirmativas:
R= I. A avaliação é integrada ao ensino.
 II. A avaliação não é uma prática estanque.
43 - A Educação de Jovens e Adultos atende aqueles que não puderam frequentar a escola em tempo adequado. No Brasil, são muitos que, por algum motivo, nunca frequentaram ou, em algum momento, tiveram que deixar a escola. Destacam-se como alunos da EJA, os agricultores, homens e mulheres, com pouca instrução escolar, pessoas com necessidades educacionais especiais, adolescentes em conflito com a lei, os privados de liberdade, povos da floresta, indígenas, afrodescendentes, ribeirinhos, os refugiados, entre outros.
Ainda, os alunos da Educação de Jovens e Adultos apresentam diferentes motivações para frequentarem essa modalidade de ensino.
Diante desse contexto, está correto afirmar que:
R= Na Educação de Jovens e Adultos é importante que os alunos compreendam seu próprio processo de aprendizagem.
44 - Ação docente relaciona teoria e prática. Rios (2006), em seus estudos, pontua que toda ação docente deve apresentar diferentes dimensões. Diante desse contexto indicado pela autora, também está correto afirmar que a mesma em seus estudos, trata sobre as seguintes dimensões que envolvem a ação docente:
R= Técnica, Estética, Política e Ética.
45 - Haidt (2004) aponta os tipos de planejamento que temos na área da educação. Entenda sobre os seus vários níveis e suas variações em abrangência e complexidade:
O planejamento do sistema educacional é realizado em nível nacional, estadual e municipal. Por meio dele são definidas e estabelecidas as grandes finalidades, metas e os objetivos educacionais, estando implícita a filosofia da educação que a nação pretende processar.
O planejamento escolar é o processo de tomada de decisão quanto aos objetivos a serem alcançados e a previsão de ações pedagógicas e administrativas a serem executadas pela equipe escolar. Visam ao bom funcionamento da instituição. O planejamento escolar deve ser participativo.
O planejamento curricular é a previsão dos diversos componentes curriculares a serem desenvolvidos no decorrer do curso, com a definição dos objetivos denominados gerais e a previsão dos conteúdos programados, que compõem cada componente. Na elaboração geral do plano curricular é preciso que sejam seguidas as diretrizes fixadas.
O planejamento didático se refere à previsão das ações e dos procedimentos que o educador realizará junto a seus alunos e à organização das atividades discentes, bem como às experiências de aprendizagem, buscando alcançar os objetivos educacionais estabelecidos. Essa etapa do planejamento é a especificação e a operacionalização do plano curricular, e geralmente assume a forma de um documento escrito, visto que se configura como o registro das conclusões do processo de previsão das atividades dos professores e dos alunos.
46 – Conceitue:
PLANEJAMENTO DE CURSO: Trata-se da previsão dos conhecimentos que serão desenvolvidos e das atividades realizadas em uma determinada classe no decorrer de um período de tempo (geralmente durante o ano ou os semestres letivos). A autora pontua que o resultado desse processo culmina no plano de curso, sendo este um desdobramento do plano curricular.
PLANEJAMENTO DE UNIDADE: A unidade didática ‘reúne várias aulas sobre assuntos correlatos, constituindo uma porção significativa da matéria, que deve ser denominada em suas inter-relações.
PLANEJAMENTO DE AULA: O docente especifica e operacionaliza os procedimentos diários para que os planos de curso e de unidade sejam concretizados. Nesse sentido,entrar em uma sala de aula, sem dúvida, exige a tarefa de planejamento.
47 - Fica evidente o quanto o planejamento favorece o processo de ensino e de aprendizagem, sendo um fio condutor para as atividades a serem desenvolvidas pelo professor junto a seus alunos. Todavia, é preciso refletir também sobre a flexibilidade do planejamento, pois, ao ser colocado em ação, o plano pode sofrer alterações em decorrência de diferentes fatores.
Haidt (2004) apresenta algumas características de um bom plano didático ou de ensino. 
São elas:
• Coerência e unidade.
• Continuidade e sequência.
• Flexibilidade.
• Objetividade e funcionalidade. 
• Precisão e clareza.
48 - Hoffmann (2001b) destaca que, na perspectiva de construção do conhecimento, a avaliação parte de duas premissas básicas. São elas:
• Confiança na possibilidade de os alunos construírem suas próprias verdades.
• Valorização das manifestações e interesses por eles apresentados.
49 - Conforme pontua Mizukami (1986), um educador engajado em uma prática transformadora buscará:
R= Desmistificar e questionar, juntamente com os educandos, a cultura dominante, valorizando a linguagem e a cultura dos alunos, criando, assim, condições para que cada um analise o seu contexto, bem como produza cultura.
50 - Ribeiro et al. (1997) afirmam que algumas qualidades fundamentais ao docente da educação de jovens e adultos são:
A capacidade de solidarizar-se com os educandos;
A disposição de enfrentar as dificuldades por meio de desafios estimulantes e;
A confiança na capacidade de todos de aprender e de ensinar.
51 - É de suma importância que o educador busque conhecer seus alunos, ou seja, suas expectativas, culturas, características e problemas presentes em seu entorno, além de suas necessidades de aprendizagem. Visando atender a essas necessidades, o educador deve:
R= Conhecer de forma cada vez mais intensa os conteúdos que serão ensinados em um processo de atualização contínua. Deve, também, refletir constantemente sobre sua prática, procurando meios para aperfeiçoá-la. Ter, especialmente, sensibilidade para trabalhar com a diversidade, já que numa mesma turma poderá encontrar educandos com diferentes bagagens culturais.
52 - Carvalho (2005) destaca que o trabalho com texto jornalístico é relevante para todos os níveis de ensino, visto que esse tipo de texto é considerado mais atraente e leve, despertando menos rejeição do que algumas outras leituras escolares. Nesse contexto, o educador, pode estimular a leitura e o debate de vários temas em sala de aula. Cite alguns:
R= Trabalho, emprego, desemprego. Polícia e bandido. Medos. Mãe e abandono, mãe e amor, casa e fome. Pai, sonhos, esperanças, vida, morte, família, amor, sexo. Televisão, videogame, computadores, carros, telefones, celulares, etc. São temas assim que podem ser o ponto de partida para discussões em sala de aula, com a ajuda, por exemplo, de jornais.
53 – O que significa a expressão “Círculo da Cultura”, criada por Paulo Freire?
R= Foi uma expressão criada para designar o lugar onde se dava a alfabetização de adultos e também o novo modo de conduzi-la.
Visa promover o processo de ensino e aprendizagem da leitura e da escrita e se realiza no interior do debate sobre questões centrais do cotidiano como trabalho, cidadania, alimentação, saúde, organização das pessoas, liberdade, felicidade, valores éticos, política, oprimido, economia, direitos sociais, religiosidade, cultura, entre outros.
Teve grande aplicabilidade e ênfase, a partir de práticas de alfabetização de adultos, no exercício pedagógico de Paulo Freire iniciado na década de 60.
Círculo, porque todos inseridos nesse processo educativo formam a figura geométrica do círculo, acompanhados por uma equipe de trabalho que ajuda a discussão de um tema da cultura, da sociedade. Na figura do círculo, todos se olham e se veem. Neste círculo, não há um professor, mas um animador das discussões que como um companheiro alfabetizado, participa de uma atividade comum em que todos se ensinam e aprendem. O animador coordena um grupo que ele mesmo não dirige. Em todo momento, promove um trabalho, orienta uma equipe cuja maior qualidade pedagógica é o permanente incentivo a momentos de diálogo.
O seu conteúdo aborda conhecimentos sistematizados e questões referentes à prática social para o exercício da cidadania, na perspectiva da participação política, buscando soluções para problemas do mundo do trabalho e da vida.
54 – De acordo com Paulo Freire, no trabalho da alfabetização de adultos, deve-se passar por várias fases. Cite-as:
Fazer o levantamento do universo vocabular do grupo que se está trabalhando( escolher 17 a 20 palavras);
Escolher as palavras denominadas geradoras e que tenham combinações básicas de fonemas e sílabas (de uso frequente);
Criar situações existenciais referentes ao grupo que será alfabetizado (mostrar slides ou cartazes) para gerar debates sobre o tema;
Para ensinar as relações entre letras e sons, o ponto de partida será a palavra geradora (ficha roteiro) que será decomposta em sílabas (fichas com a composição das famílias fonéticas) e através das fichas de descoberta, que serão as famílias silábicas correspondentes.
EX. Palavra geradora = Ficha roteiro = FAVELA.
 Forma-se a ficha com a composição silábica: FA FE FI FO FU – VA VE VI VO VU – LA LE LI LO LU.
 São formadas novas palavras: fala, fava, vela, vila, lava, luva, etc.
55 - O sociólogo suíço Perrenoud, em seus estudos, apresenta reflexões sobre competências para ensinar, e as defini em quatro aspectos. Cite-os:
As competências não se constituem por elas mesmas como saberes, savoir-faire ou atitudes, mas mobilizam, integram e orquestram os referidos recursos.
 Tal mobilização torna-se pertinente somente em situação, considerando que cada situação é singular, ainda que possa ser tratada em analogia com outras, que já foram encontradas.
O exercício da competência envolve complexas operações mentais, subentendidas por esquemas de pensamento, permitindo determinar e realizar uma ação adaptada relativamente à determinada situação.
As competências profissionais são construídas em formação, assim como na navegação diária do professor.
56 - De acordo com Rios (2006), toda ação docente apresenta uma dimensão técnica, uma dimensão política, uma dimensão estética e uma dimensão ética. Cite-as:
DIMENSÃO TÉCNICA = É a capacidade que o educador possui de lidar com os conteúdos, envolvendo também a habilidade de construir e de reconstruir estes com os educandos.
DIMENSÃO POLÍTICA = Trata-se da participação na construção coletiva da sociedade e do exercício de direitos e deveres.
DIMENSÃO ESTÉTICA = Refere-se à presença da sensibilidade, orientada em uma perspectiva de caráter criador.
DIMENSÃO ÉTICA = Envolve o respeito à orientação da ação, que está fundada no princípio do respeito, bem como no da solidariedade, visando à realização de um bem coletivo.
57 - Visando promover um ensino de qualidade a seus alunos torna-se de suma importância que o educador tenha ciência que sua ação está fundamentada nas dimensões descritas por Rios (2006). Qual para o Autor é a mais importante? Explique:
R= A dimensão ética é mais importante das competências. Isso ocorre porque as demais dimensões – técnica, estética e política – terão seu significado de forma plena quando, guiarem-se por princípios que sejam éticos.
58 – Como deverá ocorrer o processo de Educação de Jovens e Adultos?
R= No decorrer do processo de ensino na Educação de Jovens e Adultos, a clareza dos objetivos a serem alcançados deverá estar presente tanto para o educador como para o educando. E isso em todas as etapas dessa modalidade de ensino, ou seja, no primeiro segmento (anos iniciais do Ensino Fundamental), no segundo segmento (anos finais do Ensino Fundamental) e no Ensino Médio. Como promulgado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) – Lei nº 9.394, de 1996 –, os jovens e adultos que não puderam efetuar seus estudos na idade regulardeverão ter oportunidades educacionais apropriadas, que considerem suas características, seus interesses, condições de vida e de trabalho (BRASIL, 1996).
59 - Como trabalhar os conteúdos na Educação de Jovens e Adultos?
R= Vóvio (2004) pontua que a alfabetização terá sentido para esse público se os educandos puderem aprender algo além de juntar as letras, visto que precisam desenvolver novas habilidades, criar novas motivações para transformarem a si próprios, manifestar interesses por questões que
afetam a todos e, ainda, intervir na realidade da qual fazem parte de forma simultânea à aprendizagem do código escrito.  O aluno que frequenta a Educação de Jovens e Adultos deverá, no processo de ensino e aprendizagem do código escrito, aprendê-lo e utilizá-lo nas diversas situações cotidianas que se fazem necessárias. A autora também destaca a necessidade de reconhecer que os alunos dessa modalidade de ensino possuem cultura e que esta é diversa, estando relacionada às suas biografias e aos seus contextos de vida, entre outros aspectos.
60- Qual é o público alvo da EJA?
R= Jovens e adultos, mulheres e homens, com uma vasta experiência de vida, que trazem as marcas de seu contexto social e econômico, retratando suas desigualdades sociais.
61 – Como um docente pensa para elaborar ações pedagógicas e didáticas que venham favorecer a aprendizagem de jovens e adultos, de acordo com as especificidades desses alunos?
R= O docente deverá planejar propostas de ensino, através do entendimento e da análise de questões e assuntos referentes à diversidade, cultura e a individualidade de cada aluno presente. Conhecendo as suas dificuldades, expectativas e o seu meio social, ficará muito mais fácil para trabalhar e avaliar esse aluno. Ele deverá explorar um pouco da história de cada indivíduo, para através do diálogo e de estímulos, desenvolver uma abordagem eficaz no processo de aprendizagem.
62 – Fale sobre o plano de aula.
R= O plano de aula é o resultado de um processo mental elaborado, onde o docente organiza suas conclusões referentes a este processo, e o aplica de forma escrita ou não. Ele poderá, também, ser flexível, pois dependerá da interação com cada turma.
63 – Conceitue os planos abaixo na esfera do planejamento educacional:
Planejamento de Nível Macro = Ocorre a partir do planejamento do sistema educacional como um todo.
Planejamento de Nível Meso = Ocorre a partir do planejamento do currículo comum.
Planejamento de Nível Micro = Ocorre dentro da escola, por meio do planejamento geral das atividades escolares.
64 – O planejamento didático ou de ensino se subdividem em:
R= Plano de curso, plano de unidade didática ou de ensino e plano de aula.
65 - Como se tornar um professor que age com competência? 
R= O professor deverá ter a capacidade de mobilizar diversos recursos cognitivos para enfrentar tipos diferentes de situações. É preciso que esteja atento às suas posturas e ações como profissional da educação. Existe uma complexidade na tarefa de ensinar, que exige dos educadores contínuas reflexões e ações que favoreçam à qualidade da aprendizagem do aluno nos diferentes níveis de ensino.
66 - Perrenoud (2000) apresentou um referencial de dez domínios de competências para ensinar, adotado em Genebra, no ano de 1996, que visa à formação continuada de professores, são elas: 
Organizar e dirigir situações de aprendizagem;
Administrar a progressão das aprendizagens; 
Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação; 
Envolver os alunos em sua aprendizagem e em seu trabalho;
Trabalhar em equipe;
Participar da administração da escola;
Informar e envolver os pais;
Utilizar novas tecnologias;
Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão;
Administrar sua própria formação contínua.
67 - Quais conteúdos devem ser valorizados na EJA, considerando os diferentes segmentos de ensino dessa modalidade de educação? 
R= Os Conteúdos baseados nos documentos oficiais (áreas de conhecimento).
68 - Ao organizar os conteúdos, quais aspectos devem ser considerados pelo educador? 
R= É necessário que o professor domine os conteúdos que ele se propõe ensinar aos alunos.
69 - Por que o professor se depara, muitas vezes, com a ideia de que o ensino e a aprendizagem do código escrito são suficientes para esse público?
R= Por não ter conhecimento e interação suficiente com esse grupo (EJA), dificultando assim, as possíveis e inúmeras formas de ensino e avaliação. Há uma extensa diversidade de conteúdos que devem ser trabalhados com os alunos da EJA não se limitando apenas ao ensino e à aprendizagem da leitura e da escrita. 
70 - O que são materiais didáticos? Quais materiais didáticos tornam-se interessantes para alunos que frequentam a educação de jovens e adultos?
R= São todos os recursos possíveis que o educando conseguir organizar e selecionar, para utilizar em sala de aula de acordo com seu plano de aula. 
Livro didático, Jornal, Textos jornalísticos, Slides, literatura de cordel, folhetos de propaganda, letras de música, entre outros materiais.
71 – Fale sobre uma das competências pontuada por Perrenoud (2000) para ensinar, que o educando precisa estabelecer com a turma da EJA.
R= Refere-se ao trabalho em equipe. O educando precisa ter uma postura integrante e participativa com os docentes, favorecendo o diálogo e, para que se estabeleça um vínculo de conhecimento e crescimento de ambas as partes.
Autora: Fabiane Lindenberg Azevedo – Unopar, 3º período de Pedagogia – Campus Cabo Frio - RJ

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