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Coletânea de Exercícios - Direito Penal III

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DIREITO PENAL III 
1º semestre de 2008 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
hhttttpp::////ggrroouuppss..ggooooggllee..ccoomm//ggrroouupp//ddiiggiittaallssoouurrccee 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Expediente 
 
Curso de Direito — Coletânea de Exercícios 
Coordenação Geral do Curso de Direito da Universidade Estácio de Sá 
Prof. André Cleófas Uchôa Cavalcanti 
 
Coordenação Adjunta 
Márcia Skiman 
 
Coordenação do Projeto 
Núcleo de Apoio Didático-Pedagógico 
 
Coordenação Pedagógica 
Profª Tereza Moura 
 
Organização da Coletânea 
Prof Elisa Pittaro 
 
101292001001 
APRESENTAÇÃO 
 
A metodologia de ensino do Curso de Direito é centrada na 
articulação entre a teoria e a prática, com vistas a desenvolver o 
raciocínio jurídico do aluno. Essa metodologia abarca o estudo 
interdisciplinar dos vários ramos do Direito, permitindo o exercício 
constante da pesquisa, bem como a análise de conceitos e a 
discussão de suas aplicações. Para facilitar sua utilização, 
apresentamos a Coletânea de Exercícios, que contempla uma série 
de questões objetivas e discursivas, assim como casos práticos e 
interdisciplinares para desenvolvimento em aula, simulando 
situações prováveis de ocorrer na vida profissional. O objetivo 
principal desta coleção é possibilitar aos alunos o acesso a um 
material didático que propicie o aprender-fazendo. 
Os pontos relevantes para o estudo dos casos devem ser 
objeto de pesquisa prévia pelos alunos, envolvendo a legislação 
pertinente, a doutrina e a jurisprudência, de forma a prepará-los 
para as discussões realizadas em aula. 
Esperamos, com estas coletâneas, criar condições para a 
realização de aulas mais interativas e propiciar a melhora 
constante da qualidade de ensino do nosso Curso de Direito. 
 
Coordenação Geral do Curso de Direito 
SUMÁRIO 
AULA 1 
Crimes contra a pessoa. Crimes contra a vida — homicídio. 
Bem jurídico tutelado. Sujeitos ativo e passivo. Consumação e 
tentativa de homicídio. Elementos objetivo e subjetivo do tipo. 
Desistência voluntária e arrependimento eficaz na hipótese de 
homicídio. Figuras típicas do homicídio. O homicídio simples. 
A atividade típica de grupo de extermínio e o homicídio 
simples. O homicídio privilegiado: motivo de relevante valor 
moral; motivo de relevante valor social; sob o domínio de 
violenta emoção, logo em seguida à injusta provocação da 
vítima. A redução da pena. Concurso entre o homicídio 
privilegiado e o qualificado. 10 
 
AULA 2 
O homicídio qualificado. Motivos qualificadores. Meios 
qualificadores e fins qualificadores. O homicídio culposo. 
Estrutura do crime culposo. O dolo eventual e a culpa 
consciente no homicídio. A tentativa de homicídio culposo. A 
majorante para o homicídio culposo. Homicídio doloso contra 
menor. Homicídio culposo no trânsito. O perdão judicial. 12 
 
AULA 3 
Induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio. Bem jurídico 
tutelado. Natureza jurídica da morte e das lesões corporais de 
natureza grave. Sujeitos ativo e passivo. Consumação e 
tentativa. Classificação doutrinária. O pacto de morte. 
Infanticídio. Bem jurídico tutelado. Sujeitos ativo e passivo. 
Natureza jurídica do estado puerperal. Elemento normativo 
temporal. Consumação e tentativa. Concurso de pessoas no 
infanticídio. Classificação doutrinária. 14 
 
AULA 4 
Aborto. Bem jurídico tutelado. Sujeitos ativo e passivo. 
Espécies de aborto: aborto provocado pela gestante ou com o 
seu consentimento; aborto provocado sem consentimento da 
gestante; aborto provocado com o consentimento da gestante. 
Consumação e tentativa de aborto. Figuras majoradas do 
aborto. Excludentes especiais de ilicitude: aborto humanitário 
e necessário. 16 
 
AULA 5 
Lesão corporal. Bem jurídico tutelado. Sujeitos ativo e 
passivo. Consumação e tentativa. Figuras típicas. Lesão 
corporal leve ou simples. Aplicação do princípio da 
insignificância na lesão leve. Lesão corporal grave: hipóteses. 
Lesão corporal gravíssima: hipóteses. Possibilidade de 
tentativa na lesão corporal grave e gravíssima. Lesão corporal 
seguida de morte. Figura privilegiada. Lesão corporal culposa. 
Perdão judicial. A representação. 18 
 
AULA 6 
Crimes de perigo. Perigo de contágio venéreo. Perigo de 
contágio de moléstia grave. Perigo para a saúde de outrem. 
Bem jurídico tutelado. Sujeitos ativo e passivo. Os elementos 
normativos “sabe” e “deve saber”. Consumação e tentativa. 
Crime impossível. Concurso de crimes e o princípio da 
subsidiariedade. Abandono de incapaz e exposição e 
abandono de recém-nascido. Bem jurídico tutelado. Sujeitos 
ativo e passivo. Consumação e tentativa. Formas qualificadas. 
Formas culposas. 20 
 
AULA 7 
Omissão de socorro. Bem jurídico tutelado. Sujeitos ativo e 
passivo. Crimes omissivos próprios e impróprios. 
Consumação e tentativa. Concurso de pessoas nos crimes 
omissivos. Figuras majoradas. Maus tratos. Bem jurídico 
tutelado. Sujeitos do delito. A relação de subordinação entre 
os sujeitos ativo e passivo. Rixa. Bem jurídico tutelado. 
Sujeitos do delito. Concurso de pessoas. Rixa ex proposito e ex 
improviso. Consumação e tentativa. Concurso de crimes: 
ameaça, lesão corporal e homicídio. Rixa simples e rixa 
qualificada. Rixa e legítima defesa. 22 
 
AULA 8 
Crimes contra a honra. Calúnia, injúria e difamação. Bem 
jurídico tutelado. Sujeitos do delito. Consumação e tentativa. 
Exceção da verdade nos crimes contra a honra. Semelhanças 
e dessemelhanças entre calúnia, injúria e difamação. A 
injúria real. Formas majoradas dos crimes contra a honra. 
Causas especiais de exclusão do delito. A retratação. O pedido 
de explicações em juízo. Ação penal nos crimes contra a 
honra. 24 
 
AULA 9 
Crimes contra a liberdade individual. Constrangimento ilegal. 
Sujeitos do delito. Natureza subsidiária. Consumação e 
tentativa. Concurso com crimes praticados com violência. 
Formas majoradas. Ameaça. Bem jurídico tutelado. Sujeitos 
do delito. Consumação e tentativa. Natureza subsidiária. 
Seqüestro e redução à condição análoga à de escravo. Bem 
jurídico tutelado. Consumação e tentativa. Violação de 
domicílio. Violação de correspondência. Violação de segredo. 
Violação da intimidade. Bem jurídico tutelado. Sujeitos do 
delito. Consumação e tentativa. 26 
 
AULA 10 
Crimes contra o patrimônio. O princípio da insignificância e 
os crimes contra o patrimônio. Furto. Sujeito ativo e passivo. 
Consumação e tentativa. Furto de uso. Furto famélico ou 
necessitado. Figuras típicas. Furto noturno. Furto 
privilegiado. Furto de energia. Furto qualificado. Distinção 
entre furto e apropriação indébita; furto e estelionato; furto e 
exercício arbitrário das próprias razões; furto e roubo. Furto 
de coisa comum. O roubo. Roubo próprio e impróprio. 
Consumação e tentativa. Desistência voluntária e crime 
impossível. Roubo qualificado. 28 
 
AULA 11 
Roubo qualificado pela lesão corporal de natureza grave. 
Latrocínio. Consumação e tentativa. Extorsão. Sujeitos do 
delito. Consumação e tentativa. Qualificação doutrinária:trata-se de crime formal ou material? Distinção com o roubo. 
Causas especiais de aumento de pena. Figuras típicas: 
simples e qualificada. Extorsão mediante seqüestro. Sujeitos 
do delito. Consumação e tentativa. Figuras típicas. Simples e 
qualificada. A delação premiada. Extorsão indireta. Sujeitos 
do delito. Consumação e tentativa. 30 
 
 
AULA 12 
Usurpação. Bem jurídico tutelado. Sujeitos ativo e passivo. 
Consumação e tentativa. Dano. Bem jurídico tutelado. 
Sujeitos ativo e passivo. Consumação e tentativa. Figuras 
típicas. Simples e qualificada. Apropriação indébita. Sujeitos 
do delito. Consumação e tentativa. Arrependimento posterior. 
Figuras típicas. Apropriação previdenciária. Apropriação de 
coisa havida por erro, caso fortuito ou força da natureza. 
Apropriação de tesouro. Apropriação de coisa achada. 33 
 
AULA 13 
Estelionato. Bem jurídico tutelado. Sujeitos ativo e passivo. 
Consumação e tentativa. Classificação doutrinária. Figuras 
típicas. Simples e privilegiada. Espécies: disposição de coisa 
alheia como própria; alienação de coisa própria; defraudação 
de penhor; fraude na entrega de coisa; fraude para 
recebimento de indenização; fraude no pagamento por meio 
de cheque. Outras fraudes. Receptação. Bem jurídico 
tutelado. Sujeitos ativo e passivo. Consumação e tentativa. 
Classificação doutrinária. Figuras típicas. Simples, 
qualificada e privilegiada. Receptação culposa. Perdão 
judicial. Disposições gerais sobre os crimes contra o 
patrimônio. Crimes contra o sentimento religioso e o respeito 
dos mortos. Crimes contra a propriedade imaterial. Contra a 
propriedade intelectual. Crimes contra a organização do 
trabalho. 35 
 
 
Nota da digitalizadora: A numeração de páginas aqui refere-se a edição digital, 
a paginação original encontra-se inserida entre colchete no texto. 
Entende-se que o texto que está antes da numeração entre colchetes é o que pertence 
aquela página e o texto que está após a numeração pertence a página seguinte. 
AULA 1 
Crimes contra a pessoa. Crimes contra a vida — homicídio. 
Bem jurídico tutelado. Sujeitos ativo e passivo. Consumação e 
tentativa de homicídio. Elementos objetivo e subjetivo do 
tipo. Desistência voluntária e arrependimento eficaz na 
hipótese de homicídio. Figuras típicas do homicídio. O ho-
micídio simples. A atividade típica de grupo de extermínio e o 
homicídio simples. O homicídio privilegiado: motivo de 
relevante valor moral; motivo de relevante valor social; sob o 
domínio de violenta emoção, logo em seguida à injusta 
provocação da vítima. A redução da pena. Concurso entre o 
homicídio privilegiado e o qualificado. 
 
Caso 1 
Caio resolve realizar uma viagem ao Pantanal, contratando 
um experiente guia da região, Tício, para auxiliá-lo. Mesmo tendo 
comunicado ao guia sua total inexperiência nesse tipo de viagem, 
Tício não vê perigo em deixar Caio sozinho no acampamento, local 
que acreditava ser seguro, enquanto foi buscar lenha. De repente, 
Tício ouve gritos vindo do rio e, ao chegar lá, depara com a cena 
de um enorme jacaré segurando Caio pelas pernas. Em face da 
magnitude do animal, e por não possuir qualquer arma, Tício se 
abstém de tentar o salvamento, observando Caio ser morto pelo 
animal. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Poderá Tício ser responsabilizado pela morte de Caio? 
Fundamente sua resposta, apontando o dispositivo legal 
aplicável. 
 
Caso 2 
Numa madrugada, Lucas é acordado por gritos de “fogo”, 
mas tanto ele quanto outros moradores são impedidos de sair do 
prédio por conta das altas labaredas que se formaram na porta de 
entrada do edifício. Solicitada a presença dos bombeiros, Tomaz, 
bombeiro [pg. 09] experiente, consegue retirar todos os 
moradores, menos Lucas, seu desafeto, o qual abandona 
propositalmente para uma morte certa, o que de fato ocorreu. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Sendo certo que não foi Tomaz o responsável pelo 
incêndio, incorreu ele na prática de algum delito? Em caso 
afirmativo, qual? 
 
Caso 3 
Pedro queria matar João. Para tal, esperou que ele parasse 
próximo do local em que se postara e, então, disparou contra ele 
um tiro de revólver, aliás, o único que a arma possuía. Errando o 
alvo, atingiu Patrícia, uma desconhecida, grávida no oitavo mês de 
gestação, que passava pelo local. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Há na hipótese erro de tipo? 
 
2. É possível falarmos em concurso de crimes? 
 
3. Qual(is) crime(s) Pedro praticou? 
 
Caso 4 
Carlos José, conduzindo um veículo da marca Volkswagen, 
Brasília, placa DDD 3131, em péssimo estado de conservação, 
realiza uma manobra brusca, com imperícia, projetando o veículo 
contra um barranco. Josefina da Luz, cardíaca, que transitava 
pelo local, ao ver a cena assusta-se e tem um infarto fulminante. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Carlos José responde pela morte de Josefina da Luz? 
Justifique sua resposta. [pg. 10] 
 
 
AULA 2 
O homicídio qualificado. Motivos qualificadores. Meios 
qualificadores e fins qualificadores. O homicídio culposo. 
Estrutura do crime culposo. O dolo eventual e a culpa 
consciente no homicídio. A tentativa de homicídio culposo. A 
majorante para o homicídio culposo. Homicídio doloso contra 
menor. Homicídio culposo no trânsito. O perdão judicial. 
 
Caso 1 
Andréia dirigiu-se a um posto médico obedecendo às 
campanhas governamentais de vacinação. Como já estivesse 
quase no término do expediente, o médico que estava ministrando 
a vacina, cansado, não realiza o demorado procedimento 
obrigatório de verificação do histórico médico da moça. Sendo 
Andréia portadora de grave alergia a um dos componentes da 
vacina, sofre choque anafilático, sobrevindo sua morte minutos 
após ter recebido o medicamento. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Poderá o médico ser responsabilizado penalmente? 
 
Caso 2 
Carlos e Valdo estavam bebendo em um bar quando ocorreu 
entre eles uma discussão relativa à forma de pagamento das 
despesas que fizeram. Irritado, Carlos retirou do bolso um frasco 
contendo arsênico e colocou o tóxico na cerveja que Valdo estava 
bebendo e, apontando-lhe uma arma — que ele antes teve o 
cuidado de mostrar que estava carregada —, o obrigou a ingerir o 
restante da bebida por ele envenenada. Em razão da conduta de 
Carlos, Valdo morre quase que instantaneamente. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Carlos praticou homicídio qualificado? [pg. 11] 
 
2. Trata-se de delito hediondo? 
 
3. Seria possível reconhecermos o privilégio em razão da 
discussão entre Carlos e Valdo? 
 
Caso 3 
Zózimo e Zílio, de há muito, tinham vontade de matar 
Zaqueu. Em determinado dia, por mera casualidade, ambos 
portando armas do mesmo calibre, postam-se em lugar por onde 
normalmente Zaqueu transitava. Quando Zaqueu passava pelo 
local, no mesmo instante, ambos efetuam disparos, em 
conseqüência dos quais Zaqueu vem a falecer em face dos 
ferimentos produzidos pelos projéteis de uma das armas. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Qual é a melhor solução que o Direito Penal apresenta 
para a hipótese? 
 
AULA 3 
Induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio. Bem jurídico 
tutelado. Natureza jurídica da morte e das lesões corporais de 
natureza grave. Sujeitos ativo e passivo. Consumação e 
tentativa. Classificação doutrinária. O pacto de morte. 
Infanticídio. Bem jurídico tutelado. Sujeitos ativo e passivo. 
Natureza jurídica do estado puerperal. Elemento normativo 
temporal. Consumação e tentativa. Concurso de pessoas no 
infanticídio.Classificação doutrinária. 
 
Caso 1 
Maria deu a luz a um menino num hospital da rede pública. 
Ocorre que logo após o parto, quando a criança acabara de ser 
levada para a incubadora, Maria, sob evidente influência do 
estado puerperal, vai até o local onde o recém-nascido estava e o 
ataca, [pg. 12] estrangulando-o e matando-o. Morta a criança, 
todavia, descobre-se que Maria matara o filho de uma outra 
parturiente, que também havia parido no mesmo hospital, naquele 
dia. 
 
Responda: 
 
1. Dê o correto enquadramento jurídico-penal da conduta de 
Maria, justificando e fundamentando sua resposta. 
 
 Caso 2 
Saulo, Paulo e Jorge, integrantes de um grupo religioso, 
instigados pelo líder da segregação Marcos, resolvem praticar 
suicídio, firmando um pacto de morte, pois acreditavam que dessa 
forma iriam conseguir determinada graça celestial. Em dia e local 
ajustados, os três ingerem um veneno altamente letal que lhes foi 
ministrado por Marcos. Após ingerirem a substância, Saulo e 
Paulo morrem e Jorge fica gravemente ferido. 
 
Pergunta-se: 
 
1. É correto falar em induzimento ao suicídio? 
 
2. A situação se alteraria se Marcos também ingerisse o 
veneno? 
 
Caso 3 
Márcia, no último mês de gestação, entra em trabalho de 
parto sendo conduzida por seu marido Carlos ao hospital. Lá 
chegando, durante o parto, Márcia fica psicologicamente 
transtornada e asfixia seu filho com a intenção de matá-lo. Carlos, 
que a tudo assistia, resolve ajudar Márcia em seu intento e 
efetivamente a auxilia a matar a criança. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Diante dos fatos narrados, é possível responsabilizarmos 
Carlos por infanticídio? [pg. 13] 
 
AULA 4 
Aborto. Bem jurídico tutelado. Sujeitos ativo e passivo. 
Espécies de aborto: aborto provocado pela gestante ou com o 
seu consentimento; aborto provocado sem consentimento da 
gestante; aborto provocado com o consentimento da gestante. 
Consumação e tentativa de aborto. Figuras majoradas do 
aborto. Excludentes especiais de ilicitude: aborto humanitário 
e necessário. 
 
Caso 1 
Antônio, médico, querendo dar fim ao seu casamento para 
viver com a amante, decide matar Joana, sua esposa, que está 
grávida. Sabedor de que Joana é portadora de grave problema de 
saúde e se encontra em estado de depressão, convence-a à prática 
do aborto, que sabe ser fatal. Pede então a um amigo de profissão, 
Jonas, que realize a intervenção médica de interrupção da 
gravidez, da qual resulta a morte da gestante. 
 
Pergunta-se: 
 
1. É correto falarmos que Antônio e Jonas são co-autores de 
um homicídio? 
 
2. Quais os delitos praticados por Antônio e Jonas? 
 
Caso 2 
Na sala de seu apartamento, mais uma vez Solon ouve sua 
mulher Ana, grávida, falar de um propósito suicida. Sem crer no 
que ouvira, Solon ausenta-se do apartamento, do que se aproveita 
Ana, para atirar-se pela janela. Na queda, vem a atingir com o 
próprio corpo um transeunte, Matias, que morre em conseqüência 
do choque, enquanto Ana sobrevive, mas sofre lesões que dão 
origem a um aborto. [pg. 14] 
 
Pergunta-se: 
 
1. É possível responsabilizar Solon pelo aborto? 
 
Caso 3 
Carlos, médico, casado, apaixonou-se por sua secretária 
Maria José, tendo ambos mantido um relacionamento 
extraconjugal. Desses encontros, resultou a gravidez de Maria 
José, o que provocou a ira e o descontentamento de seu amante, 
que insistia que ela realizasse um aborto. Após intensa discussão 
por telefone com Carlos, Maria José deu entrada no hospital em 
que Carlos trabalhava, com forte crise cardíaca e asmática. Após 
ser atendida por Carlos, este resolve aproveitar-se da situação e 
realizar um aborto. Porém, após os exames de praxe, Carlos 
descobre que a gravidez seria fatal para Maria. Em razão da 
descoberta, Carlos resolve provocar-lhe um aborto, mesmo sem o 
consentimento de Maria. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Carlos deverá responder pela prática de algum crime? 
 
 
AULA 5 
Lesão corporal. Bem jurídico tutelado. Sujeitos ativo e 
passivo. Consumação e tentativa. Figuras típicas. Lesão 
corporal leve ou simples. Aplicação do princípio da 
insignificância na lesão leve. Lesão corporal grave: hipóteses. 
Lesão corporal gravíssima: hipóteses. Possibilidade de 
tentativa na lesão corporal grave e gravíssima. Lesão corporal 
seguida de morte. Figura privilegiada. Lesão corporal culposa. 
Perdão judicial. A representação. 
 
Caso 1 
Marcos Silva, lutador profissional de boxe da categoria 
pesado, durante uma competição de boxe inglês e obedecendo às 
[pg. 15] normas estabelecidas para a atividade pela Liga Nacional, 
desfere um jab e depois um uppercut em seu adversário Orlando 
Carlotero. Em decorrência dos golpes, Orlando sofre um 
deslocamento no maxilar, tendo que ser retirado com o auxílio de 
uma maca. Sentindo muita dor, Orlando teve de ficar dois dias no 
hospital. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Analise a situação jurídico-penal de Marcos Silva. 
 
Caso 2 
Caio, em jogo de futebol profissional no Maracanã, valendo-
se de seu corpo avantajado, “dá um carrinho” por trás no jogador 
adversário Tício, ocasionando a fratura da perna deste em dois 
lugares. Caio é expulso do jogo pelo árbitro. Em exame realizado é 
constatado que, pela lesão, Tício deve ficar sem jogar durante seis 
meses. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Pode ser argüida alguma causa de exclusão de 
antijuridicidade em favor de Caio? Em caso positivo, onde se 
enquadra a violência esportiva? 
Explique. 
 
2. Caio praticou algum crime? 
Explique. 
 
Caso 3 
Morador do interior do Amazonas, local sem qualquer acesso 
aos meios de comunicação, Manoel sai de casa à noite para caçar 
capivaras para alimentar sua família, fato comum na região. 
Naquela mesma noite, João, pesquisador ambiental, havia se 
dirigido à floresta para realizar estudos de campo, se escondendo 
no mato para melhor observar os hábitos noturnos dos animais. 
No escuro, [pg. 16] Manoel, percebendo uma movimentação atrás 
dos arbustos, atira em direção a João, vindo a atingir o mesmo de 
raspão. Com o grito do rapaz, Manoel percebe seu engano e 
carrega João até o povoado mais próximo. Interpelado pela polícia, 
justifica-se alegando que estava apenas caçando capivaras. 
 
Responda: 
 
1. Sabendo que Manoel foi prontamente detido pela 
autoridade policial por violação ao art. 129 do Código Penal, 
formule o fundamento jurídico passível de evitar a condenação. 
 
Caso 4 
Antonio, em razão de conduta culposa de José, sofreu lesões 
corporais graves. Em virtude dessas lesões, foi obrigado a 
submeter-se a intervenção cirúrgica, que, além de deixá-lo 
incapacitado para as ocupações habituais por mais de 30 (trinta) 
dias, determinaram, ainda, que ele ficasse com uma perna menor 
do que a outra, condição facilmente constatável por qualquer 
pessoa. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Qual é a situação jurídico-penal de José? 
 
AULA 6 
Crimes de perigo. Perigo de contágio venéreo. Perigo de 
contágio de moléstia grave. Perigo para a saúde de outrem. 
Bem jurídico tutelado. Sujeitos ativo e passivo. Os elementos 
normativos “sabe” e “deve saber”. Consumação e tentativa. 
Crime impossível. Concurso de crimes e o princípio da 
subsidiariedade. Abandono de incapaz e exposição e abandono 
de recém-nascido. Bem jurídico tutelado. Sujeitos ativo e 
passivo. Consumação e tentativa. Formas qualificadas. 
Formas culposas. [pg. 17] 
 
Caso 1 
Saulo, ciente que estava acometido de doençavenérea (sífilis) 
e, como não gostava de certa prostituta, teve com ela relação 
sexual com o fim de transmitir-lhe tal doença. Em decorrência de 
ter ficado acometida de tal enfermidade, a prostituta morreu após 
algumas semanas internada no hospital. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Qual foi o crime praticado por Saulo? 
 
2. Se Saulo fosse portador do vírus HIV e, ciente da doença, 
decidisse transmiti-la à vítima, a sua situação jurídico-penal se 
alteraria? 
 
Caso 2 
Fábio, inconformado com o fato de ser portador de hepatite 
C, moléstia grave e contagiosa, resolve disseminar a doença. Para 
tanto, ele deixa uma seringa contendo uma mostra de sangue 
contaminado oculta ao lado de uma poltrona de cinema, de modo 
que caso alguém venha a sentar-se ali, seja espetado pela agulha. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Qual a conduta praticada por Fábio? 
 
2. Caso alguém venha a ser contaminado, há alguma 
conseqüência jurídico-penal? 
 
Caso 3 
Flávia, mulher solteira e de boa fama, vem a manter relações 
sexuais com seu namorado, em conseqüência do que nascem 
gêmeos. Flávia não só escondeu a gravidez, como também 
procurou esconder o nascimento dos gêmeos. Entretanto, 2 (dois) 
dias após o parto, [pg. 18] Flávia resolve abandonar um dos filhos, 
o qual, em razão do procedimento da mãe, vem a sofrer lesões 
corporais de natureza grave. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Qual o crime cometido por Flávia? 
 
AULA 7 
Omissão de socorro. Bem jurídico tutelado. Sujeitos ativo e 
passivo. Crimes omissivos próprios e impróprios. Consumação 
e tentativa. Concurso de pessoas nos crimes omissivos. 
Figuras majoradas. Maus tratos. Bem jurídico tutelado. Su-
jeitos do delito. A relação de subordinação entre os sujeitos 
ativo e passivo. Rixa. Bem jurídico tutelado. Sujeitos do 
delito. Concurso de pessoas. Rixa ex proposito e ex improviso. 
Consumação e tentativa. Concurso de crimes: ameaça, lesão 
corporal e homicídio. Rixa simples e rixa qualificada. Rixa e 
legítima defesa. 
 
Caso 1 
Hilton e seu irmão Cleilton resolveram cortar de seu quintal 
um enorme pinheiro que obstava futura construção. Para tanto, 
providenciaram pesada serra, que ambos passaram a manejar 
desajeitadamente. Em determinado momento, a árvore tombou, 
vindo a cair sobre o terreno vizinho e atingindo gravemente Jair, 
criança que ali brincava. Assustados, Hilton e Cleilton 
apressaram-se a deixar o local, no automóvel de seu pai Antonio, 
a quem relataram, resumidamente, o ocorrido. Este, então, após 
constatar a gravidade dos ferimentos do menor, decidiu também 
afastar-se de casa para evitar o constrangimento da situação. 
Quando, finalmente, a mãe de Jair veio a socorrê-lo já não havia 
mais condições de salvação para a criança. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Os fatos são penalmente relevantes? [pg. 19] 
 
Caso 2 
Dirigindo seu automóvel por uma auto-estrada, Tício avista, 
a distância, caída no acostamento, uma pessoa gravemente 
lesionada em razão de ferimento de arma de fogo. Tício pensou em 
prestar socorro ao ferido, mas lembra-se que está atrasado para a 
viagem que havia marcado e, incentivado por sua esposa Mévia 
que estava no banco do carona, desiste de socorrer a vítima, que 
acaba falecendo no local. 
 
Pergunta-se: 
 
1. A conduta de Tício e Mévia é juridicamente relevante? 
 
Caso 3 
Na saída do Maracanã, seis torcedores (quatro do Flamengo 
e dois do Vasco), devidamente uniformizados, vieram a se envolver 
em uma briga após provocações ocorridas também em jogos 
anteriores, entre dois grupos de torcedores. No entrevero, um 
torcedor do Flamengo morreu em virtude das agressões 
provocadas por Antônio, torcedor do Vasco. 
 
Pergunta-se: 
 
1. É correto falarmos em rixa? 
 
2. Antônio deverá ser responsabilizado apenas por rixa? 
 
3. Qual o delito praticado pelos demais envolvidos? 
 
AULA 8 
Crimes contra a honra. Calúnia, injúria e difamação. Bem 
jurídico tutelado. Sujeitos do delito. Consumação e tentativa. 
Exceção da verdade nos crimes contra a honra. Semelhanças e 
dessemelhanças entre calúnia, injúria e difamação. [pg. 20] A 
injúria real. Formas majoradas dos crimes contra a honra. 
Causas especiais de exclusão do delito. A retratação. O pedido 
de explicações em juízo. Ação penal nos crimes contra a 
honra. 
 
Caso 1 
Em reunião de condomínio, Afonso fez referências ofensivas 
à honra de Paulo, as quais foram registradas em ata. Paulo, 
passados 3 (três) meses, ao tomar conhecimento do que constava 
da ata, resolveu ingressar em Juízo com pedido de explicações em 
face de Afonso. Depois de várias tentativas para a notificação de 
Afonso, este, após 4 (quatro) meses do ajuizamento do pedido, 
acaba por ser notificado e, simplesmente, mantém-se inerte, não 
dando qualquer explicação. Ultimado o procedimento, Paulo 
ingressa em Juízo com queixa-crime, imputando a Afonso a 
prática do delito de calúnia, difamação e injúria, sendo que, afinal, 
o querelado foi condenado. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Como advogado de Afonso, o que sustentaria no recurso? 
 
Caso 2 
Durante inflamado discurso proferido na Câmara Municipal 
de Bom Jardim, Antonio, vereador naquele município, afirma que 
o prefeito João é “um otário porque todo mundo sabe que sua 
mulher anda pulando a cerca” e que “sua Excelência é um grileiro 
porque costuma invadir a terra alheia”. O motivo do discurso foi 
exclusivamente disputa de caráter particular entre o prefeito e o 
vereador, acerca dos limites de suas respectivas propriedades 
rurais confrontantes. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Tendo recebido representação de João contra Antonio pela 
prática de crime contra a honra, que providência deve ser tomada 
pelo promotor de justiça? [pg. 21] 
 
Caso 3 
Astolfo é vitima do delito de calúnia reconhecidamente 
perpetrado por Marcos, José, Antonio e Clóvis. Como Marcos 
encontrava-se no exterior, com retorno para daqui a 90 (noventa) 
dias, o advogado de Astolfo, pretendendo alcançar rapidamente a 
prestação jurisdicional e evitar futura prescrição, protocolou 
queixa-crime apenas em face dos demais. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Ele agiu corretamente? Por quê? 
 
AULA 9 
Crimes contra a liberdade individual. Constrangimento ilegal. 
Sujeitos do delito. Natureza subsidiária. Consumação e 
tentativa. Concurso com crimes praticados com violência. 
Formas majoradas. Ameaça. Bem jurídico tutelado. Sujeitos 
do delito. Consumação e tentativa. Natureza subsidiária. 
Seqüestro e redução à condição análoga à de escravo. Bem 
jurídico tutelado. Consumação e tentativa. Violação de do-
micílio. Violação de correspondência. Violação de segredo. 
Violação da intimidade. Bem jurídico tutelado. Sujeitos do 
delito. Consumação e tentativa. 
 
Caso 1 
Maria envia uma carta para Pedro, carta esta interceptada 
por Cláudio, seu ex-companheiro, que abrindo a correspondência, 
constata que a mesma está escrita em uma língua para ele 
absolutamente ininteligível. Descoberta a conduta de Cláudio, é 
instaurado inquérito policial pela prática do crime de violação de 
correspondência. 
 
Pergunta-se: [pg. 22] 
 
1. Seria possível falarmos em crime impossível? 
 
2. Haveria na hipótese crime tentado? 
 
Caso 2 
Necessitando de urgente atendimento médico, Walter foi in-
ternado na Clínica Boa Cura, ficando sob os cuidados dos 
doutores Rubião e Rubens. Já recuperado, os médicos retiveram, 
sem necessidade, por alguns dias, o paciente Walter, a fim de 
receberem seus honorários. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Os doutores Rubião e Rubens cometeram ilicitude penal? 
Justifiquea resposta. 
 
Caso 3 
No dia 11/05/2005, o médico Caio, na presença dos 
enfermeiros Tício e Mévio, examinando o paciente Lívio, constatou 
que este se achava acometido de moléstia contagiosa cuja 
notificação se fazia compulsória, por força de regulamento federal 
de natureza temporária, destinado a vigorar pelo prazo de 120 
(cento e vinte) dias contados da data de sua publicação, que 
ocorreu em 10/04/2005. 
Visando, contudo, preservar o paciente de inevitável vexame, 
Caio decidiu não notificar as autoridades sanitárias, tendo sido 
estimulado em tal deliberação por Tício. Instaurado inquérito 
policial para apurar o fato, foram o médico e os enfermeiros 
inquiridos pela autoridade, tendo o primeiro alegado que, se 
efetuasse a comunicação, teria praticado o crime previsto no art. 
154 do Código Penal (Violação de Segredo Profissional), invocando, 
ainda, em seu favor, a ocorrência da abolitio criminis, por ter 
cessado a vigência do regulamento federal que impunha a 
notificação daquela enfermidade. 
 
Pergunta-se: [pg. 23] 
 
1. Caio, Tício e Mévio praticaram algum delito? 
 
2. É correto falarmos em abolitio criminis?. 
 
AULA 10 
Crimes contra o patrimônio. O princípio da insignificância e 
os crimes contra o patrimônio. Furto. Sujeito ativo e passivo. 
Consumação e tentativa. Furto de uso. Furto famélico ou 
necessitado. Figuras típicas. Furto noturno. Furto 
privilegiado. Furto de energia. Furto qualificado. Distinção 
entre furto e apropriação indébita; furto e estelionato; furto e 
exercício arbitrário das próprias razões; furto e roubo. Furto 
de coisa comum. O roubo. Roubo próprio e impróprio. 
Consumação e tentativa. Desistência voluntária e crime 
impossível. Roubo qualificado. 
 
Caso 1 
Serginho, no dia 15 de março do corrente, aproveitando-se 
do fato de que o porteiro do prédio estava namorando, entra no 
Edifício Paquera e sobe no elevador com d. Aurora, de 81 anos. No 
interior do referido elevador, Serginho, deliberadamente e de 
maneira disfarçada, paralisa-o, e começa a fingir que estava 
apertando o botão de emergência. Após alguns instantes, d. 
Aurora começa a entrar em pânico e Serginho abre a porta do 
elevador no meio do caminho entre dois andares, escala a parede e 
sai dizendo que buscaria socorro. D. Aurora começa a gritar para 
que ele a tirasse de lá, eis que o rapaz pede a mão de d. Aurora 
para puxá-la. Todavia, a velhinha não consegue dar a mão, tendo 
em vista que se encontrava com sua bolsa e uma sacola, além de 
ser portadora do mal de Parkinson. Assim, Serginho pede que ela 
lhe passe as bolsas para depois dar-lhe a mão. D. Aurora lhe 
entrega a bolsa e a sacola e fica aguardando que o rapaz a puxe. 
No entanto, Serginho some do local levando somente a carteira da 
senhora e abandonando-a sozinha no interior do elevador. [pg. 24] 
 
Responda: 
 
1. Analise a situação jurídico-penal de Serginho. 
 
Caso 2 
Fábio, conhecido ladrão de residências, verificando que seus 
vizinhos haviam saído na noite de Natal, ingressa na residência 
dos mesmos passando a recolher diversos objetos. Contudo, 
tomado por súbita e forte dor de cabeça, abandona aquela 
residência sem nada subtrair. 
 
Pergunta-se: 
 
1. É correto falarmos em tentativa de furto? 
 
2. É possível que Fábio venha a responder apenas por 
violação de domicílio? 
 
Caso 3 
Kleber, procurando se livrar da alta despesa que vinha tendo 
com as contas de luz, vai até a loja de ferramentas e lá adquire a 
maquinaria necessária para realizar ligação direta entre a rede 
pública de eletricidade e sua casa. Contudo, sabendo da 
campanha de fiscalização empreendida pela empresa responsável 
pelo abastecimento elétrico, Kleber resolve aperfeiçoar seus 
métodos. Para tanto, instala pequeno aparelho que, ao invés de 
cortar diretamente a ligação da rua para o interior da residência, 
magneticamente interfere na medição do relógio, reduzindo em 
70% o valor da conta. 
 
Responda: 
 
1. Diante dos fatos, esclareça se Kleber praticou algum 
crime, fundamentando juridicamente sua resposta. [pg. 25] 
 
AULA 11 
Roubo qualificado pela lesão corporal de natureza grave. 
Latrocínio. Consumação e tentativa. Extorsão. Sujeitos do 
delito. Consumação e tentativa. Qualificação doutrinária: 
trata-se de crime formal ou material? Distinção com o roubo. 
Causas especiais de aumento de pena. Figuras típicas: simples 
e qualificada. Extorsão mediante seqüestro. Sujeitos do delito. 
Consumação e tentativa. Figuras típicas. Simples e 
qualificada. A delação premiada. Extorsão indireta. Sujeitos 
do delito. Consumação e tentativa. 
 
Caso 1 
Antonio e José resolvem praticar assalto aos passageiros de 
um ônibus. Ambos, portando armas de brinquedo, ameaçam os 
passageiros, sendo que José recolhe os pertences de dez dos que 
se encontram do lado direito, enquanto Antonio tem a mesma 
conduta quanto aos passageiros do lado esquerdo. Entretanto, os 
meliantes acabam sendo surpreendidos pela presença de um 
policial que se encontrava no coletivo e Antonio foi preso com os 
objetos dos passageiros que furtou, os quais, por conseguinte, são 
recuperados, enquanto José consegue fugir com os bens que 
arrebatou. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Qual a situação jurídico-penal de Antonio e José? 
 
Caso 2 
Caio e Tício abordaram Maria quando a mesma estava 
parada em um sinal. Após ser levada para um local deserto, Maria 
é obrigada a fornecer as senhas de seus cartões, tendo Tício se 
dirigido ao banco 24 horas visando a retirada do dinheiro, 
enquanto Caio mantinha a vítima detida até o retorno de seu 
comparsa. Tício, porém, antes de sacar a importância almejada, é 
preso por policiais militares [pg. 26] que coincidentemente 
passavam pelo local, logo os levando ao local onde Caio mantinha 
a vítima detida, sendo este também preso pelos milicianos no 
exato momento em que, com emprego de uma arma de fogo, 
constrangia a vítima a tirar a roupa para dar início ao estupro. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Qual é a capitulação correta do fato? 
 
2. Quais são as distinções entre roubo e extorsão? 
 
Caso 3 
Aarão Alves, juntamente com Bráulio Bento, ambos em gozo 
de livramento condicional, havendo conhecido na prisão César 
Carneiro, resolveram fazer um “ganho”, procedendo a um “assalto” 
na casa do conhecido ministro Luciano Raposa, imaginando lá 
existir considerável quantidade de dinheiro, jóias, dólares e 
objetos de valor. Assim, para o desempenho do seu desiderato, 
obtiveram as boas graças de Décio Delmota, filho do porteiro do 
prédio, João Josefo (este não tendo qualquer conhecimento sobre 
o que iria ocorrer), o qual lhes deu informações seguras quanto às 
ausências do ministro e de seus familiares, com reiteradas viagens 
a Brasília, e pormenores quanto à sua vida privada. 
Assim, no dia 10 de fevereiro de 2005, na parte da manhã, 
Décio facilitou a entrada dos meliantes no edifício, tendo os três — 
Aarão, Bráulio e César — se dirigido à cobertura, residência da 
vítima. A fim de assegurar a execução do seu plano, Aarão 
combinou com seu irmão Etelvino Esperança que este 
estacionasse o veículo de propriedade de seu vizinho Frederico 
Ferreira — emprestado exatamente para este objetivo, com o seu 
pleno conhecimento quanto à finalidade com que seria utilizado — 
à porta do edifício, a fim de lhes prestar fuga e transportar os bens 
eventualmente subtraídos, como televisão, aparelhagem de som e 
outros. 
Quando Aarão, Bráulio e César se encontravam no interior 
do apartamento, eis que subitamente retornou à sua residência o 
[pg. 27] ministro Raposa,com sua filha Adriana Raposa, de 9 
anos de idade, surpreendendo então os assaltantes quando se 
preparavam para sair da unidade residencial, onde, para chegar 
ao cofre, danificaram um valioso quadro do pintor Manabu Mabe, 
avaliado em mais de R$ 100.000,00 (cem mil reais), arrancando-o 
da parede, assim como cortinas, que serviram para 
acondicionamento dos bens. 
O ministro reagiu à ação dos assaltantes, tendo sido 
violentamente agredido a coronhadas de revólver e com um 
martelo, que o atingiram no rosto e no joelho, causando-lhe lesões 
graves, inclusive com perigo de morte e deformidade permanente, 
como constatado em auto de exame de corpo de delito 
complementar. 
Os assaltantes manietaram o ministro, levando sua filha me-
nor como “garantia” do sucesso da empreitada, e quando se 
encontravam em via pública, já na iminência de embarcar no 
veículo tal como acordado, surgiu o policial Geraldo Gil, o qual, 
suspeitando do que ocorria, sacou sua arma e deu voz de prisão a 
todos os elementos, sendo então feito, por Aarão, uso de arma de 
fogo, disparando-a e ferindo gravemente o policial que, não 
resistindo aos ferimentos, veio a falecer no dia subseqüente. 
Em vista dos disparos efetivados pelo policial, um dos quais 
atingiu o pneu do veículo que seria utilizado na fuga, e outro, o 
assaltante César, dispersaram-se os demais, os quais restaram 
presos logo em seguida, com a plena recuperação dos bens, sendo 
que no tocante à menor, nada sofreu. 
 
Responda: 
 
1. Analise a conduta de todos os envolvidos, apontando os 
dispositivos penais violados. 
 
AULA 12 
Usurpação. Bem jurídico tutelado. Sujeitos ativo e passivo. 
Consumação e tentativa. Dano. Bem jurídico tutelado. 
Sujeitos ativo e passivo. Consumação e tentativa. Figuras 
típicas. Simples e qualificada. Apropriação indébita. Sujeitos 
do [pg. 28] delito. Consumação e tentativa. Arrependimento 
posterior. Figuras típicas. Apropriação previdenciária. 
Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou força da 
natureza. Apropriação de tesouro. Apropriação de coisa 
achada. 
 
Caso 1 
A cidade de Campos foi atingida por violenta tempestade, 
que se prolongou por vários dias, em conseqüência do que o seu 
prefeito resolveu decretar estado de calamidade pública. Por essa 
razão, os moradores da cidade, por livre iniciativa, resolveram 
mobilizar-se para arrecadar donativos a serem distribuídos aos 
flagelados. Raldênio foi indicado pelos moradores para ficar como 
responsável pela guarda dos donativos. Entretanto, Raldênio 
resolve desviar vários dos donativos recebidos, vendendo-os para 
terceiros. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Houve conduta ilícita por parte de Raldênio? 
 
2. Qual o enquadramento penal para o comportamento de 
Raldênio? 
 
Caso 2 
Eduardo, mecânico de veículos importados, de longa data 
vem observando o veículo de Marcos, um de seus clientes. Após 
deixar o veículo na oficina para realizar uma revisão, Eduardo 
resolve vender o veículo, sem a autorização do proprietário, 
ficando com a respectiva quantia obtida. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Na hipótese, houve apropriação indébita ou estelionato? 
 
2. Quais as diferenças entre ambos os delitos? [pg. 29] 
 
Caso 3 
Pedro, sócio-gerente da empresa KST, embora descontasse 
mensalmente as contribuições previdenciárias de seus 
empregados, não as repassava para o INSS. Em conseqüência, por 
ter sido a empresa considerada devedora da importância de R$ 
30.000,00 (trinta mil reais), foi instaurada ação fiscal e 
procedimento inquisitorial, sendo que, no curso deste, Pedro 
recolheu ao órgão previdenciário as quantias devidas. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Para fins penais, qual a conseqüência desse recolhimento? 
 
AULA 13 
Estelionato. Bem jurídico tutelado. Sujeitos ativo e passivo. 
Consumação e tentativa. Classificação doutrinária. Figuras 
típicas. Simples e privilegiada. Espécies: disposição de coisa 
alheia como própria; alienação de coisa própria; defraudação 
de penhor; fraude na entrega de coisa; fraude para 
recebimento de indenização; fraude no pagamento por meio 
de cheque. Outras fraudes. Receptação. Bem jurídico tutelado. 
Sujeitos ativo e passivo. Consumação e tentativa. Classifica-
ção doutrinária. Figuras típicas. Simples, qualificada e pri-
vilegiada. Receptação culposa. Perdão judicial. Disposições 
gerais sobre os crimes contra o patrimônio. Crimes contra o 
sentimento religioso e o respeito dos mortos. Crimes contra a 
propriedade imaterial. Contra a propriedade intelectual, 
Crimes contra a organização do trabalho. 
 
Caso 1 
Magnólia, conhecida golpista do município de Nova Iguaçu, 
conheceu a sra. Lúcia durante um culto religioso e, após ouvir 
desta que tinha grande dificuldade em operar um caixa eletrônico, 
[pg. 30] se oferece para ajudar. Após obter a senha e o cartão 
bancário de Lúcia, Magnólia pede que esta a encontre em um 
restaurante no shopping. Depois de aguardar por mais de cinco 
horas, Lúcia acaba descobrindo que sofreu um grande desfalque 
em sua conta, realizado por Magnólia. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Na hipótese, é correto falarmos em furto? 
 
2. Quais as diferenças entre a fraude no furto e a fraude no 
estelionato? 
 
Caso 2 
Sinval toma conhecimento de que seu amigo Sílvio furtou 
vários objetos de uma loja, mas, por estar a polícia no seu encalço, 
teve de fugir apressadamente da cidade. Sílvio entra em contato 
com Sinval e este vai à casa daquele e retira os objetos que foram 
furtados, guardando-os em sua loja para posterior entrega a 
Sílvio. 
 
Pergunta-se 
 
1. A conduta de Sinval merece reprovação penal? 
 
Caso 3 
Carlos emite um cheque que é recusado por falta de fundos. 
Instaurado inquérito policial pela prática do crime de estelionato, 
Carlos paga a dívida. 
 
Pergunta-se: 
 
1. Qual a conseqüência do pagamento do cheque emitido 
sem fundos, feito antes do pagamento do início da ação penal? 
[pg. 31] 
 
2. É possível aplicarmos o art. 16 do código penal nesse 
caso? 
 
3. Se o pagamento da dívida fosse parcial, e o lesado ficasse 
satisfeito, essa quitação teria conseqüências jurídico-penais? [pg. 
32] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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