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Teoria geral dos contratos

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Teoria geral dos contratos
CONTRATO 
Principal fonte de formação de relação obrigacional entre as pessoas. 
Instituto jurídico para regulamentar uma coisa inicialmente pertencente ao mundo dos fatos.
A vontade humana de realizar o Contrato 
Contexto Social 
Vontade humana de realizar negócio jurídico – regulado pelo Direito 
Acordo de vontades das relações privadas patrimoniais
Principal fonte de formação de relação obrigacional
Principal mecanismo de circulação de riqueza – importância econômica, social e jurídica.
Evolução: antes – total liberdade e visão privatistas (preservar propriedade privada) e, atualmente- visão coletivista (função social – norma de ordem pública)
Requisitos do contrato
Capacidade
Genérica- agente contratante não pode ser absolutamente nem relativamente incapaz.
Específica- aquele que importa para especificamente aquela espécie negocio, contendo além da capacidade genérica tem que ter capacidade a mais para cumprir o requisito.
Licitude e possibilidade do objeto 
Lícito, possível, determinado ou determinável.
Celebração na forma prevista em lei 
Formalismo – se a lei impor uma determinada forma
Consensualismo- quando não impõe uma predisposição legal 
OBS.; Além de em certas hipóteses ter que fazer conforme a lei manda, em algumas hipóteses tem que fazer de forma diversa do que vedado na lei. 
Manifestação livre da vontade- as partes precisão estar sem nenhum vício em relação a sua vontade. 
Princípios
Autonomia da vontade – as partes são livres para contratar 
Sobre contratar ou não – não há obrigação de celebrar o contrato sem vontade.
Sobre quem contratar- você é livre para contratar com quem bem entender.
Sobre o que contratar- é livre a resolução e deliberação do objeto contratual, contanto que seja licito.
OBS.: Não pode haver discriminação. Ex. O vendedor
Exceções (liberdades não-absolutas)
Supremacia da ordem pública
Liberdade de contratar: liberdade politica e não econômica: necessidade de equilíbrio entre as partes.
OBS.: Objetivo é reestabelecer o equilíbrio entre as partes, no tocante de impor a vontade das partes. 
Art. 421 – CC 
Principio do consensualismo 
Consenso entre as vontades e as normas, prevalecendo o consenso entre as partes.
Principio da relatividade dos efeitos contratuais
Via de regra contrato só faz efeito contra quem contrata, as partes, não faz efeito entre 3º. 
Principio da obrigatoriedade ( PACT SUNT SERVANDA)
As parte são livres para contratar, mas uma vez celebrado o contrato, esse contrato faz-se lei entre as partes. 
Obriga-se, até mesmo o estado-juiz, a cumprir o contrato.
Principio da boa-fé e da probidade
É analisada a boa-fé objetivamente.
Art. 422- cc
Boa-fé objetiva( aquela que vai ser referencia independente da formação interna na vontade do agente) X boa-fé Subjetiva( aquela que versa sobre o psicológico da parte na celebração do contrato)
Padrão homem médio – aquele que se espera no momento da realização do negocio jurídico, sendo este referencia na hora da celebração do negocio jurídico.
Independe dolo ou culpa
Nulidade cláusulas – consequência jurídica.
Contratos Atípicos – é licito celebrar contratos em que não são previstos na legislação
Art.425 – cc
Herança de pessoa viva – não pode ser objeto de contrato
Não pode colocar como objeto de contrato a herança de alguém que inda está vivo. Gera uma expectativa de morte de alguém, agredindo a observância da boa-fé.
Expectativa de morte sobre alguém
Art.426.- cc
Formação do contrato jurídico
1º etapa- Formação da vontade interna no agente e posterior exteriorização (é o que importa)
- A vontade exteriorizada é a que vai importar no momento de analisar o contrato jurídico. Via de regra.
2º etapa- Convergência de vontades (alguém propõe e o outro aceita ou não)
- convergência entre as vontades do contratante, e a parte discorda ou concorda. Conhecida com proposta e contraproposta.
3º etapa- aperfeiçoamento do negocio jurídico
Há possibilidade de vincular as partes para que seja cumprido o estipulado no contrato.
Negociações preliminares
Ocorre antes da proposta, onde há possibilidades de alteração. Diferente de o contrato, ela não possui os requisitos essências para celebrar.
Antes da proposta em si
Momento de negociar, explorar, trocar ideias do negocio jurídico a ser firmado.
Não tem os requisitos essenciais do contrato
Proposta
Tem seus efeitos e suas próprias formações, pois já é uma exteriorização da manifestação de vontade.
A proposta vincula as partes, e as obriga ao cumprimento do que foi proposto. 
Contem os elementos essenciais (preço, forma...)
Obriga as partes
Proponente (policitante) e oblato( quem recebe a proposta)
Oferta publica – também vincula as partes, está se propondo indistintamente (Art.429- cc)
Art.427
Se na proposta existir expressamente cláusula de não vinculação, o preponente pode se escusar do vinculo
Natureza jurídica do negocio – Ex. se não há estoque do produto disponível, não tem como ser obrigatória
Circunstancias do caso – dá ao juiz chance de analisar no caso concreto se cabe ou não vinculação
Formulação da proposta
Relevância: torna vinculante em relação a quem propôs (regula a forma como isto ocorre)
Herdeiros- também fica vinculado ao que o vivo propôs. Ex. os herdeiros tem que dá continuidade aos contratos firmados.
Hipótese em que ela perde a força vinculante ( Art. 428)
Sem prazo
Entre presentes para aceitação (também telefone ou afins): imediatamente
Consequência jurídica – deixa de vincular o proponente no negócio jurídico.
Entre ausentes para aceitação: tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente
Só a situação concreta para dizer qual o tempo.
Com prazo – 15 dias
Deve-se respeitar o prazo dado
Retratação
Se antes da proposta chegar (ou junto com ela) houve retratação: não gerará expectativas ao oblato.
A legislação vai trazer a retratação junto, ou antes da proposta, não gerando expectativa no oblato. 
Aceitação da proposta
Momento em que a outra parte declara está de acordo com os exatos termos da proposta
Integral (senão é contraposta – deixa de vincular o proponente inicial e há inversão nos papeis) 
Se deu aceite é integral, ou seja, concordou com todos os termos. Agora se ele mudar algo é visto como contraproposta, e inverte os polos. 
Art. 431
Lugar – Art. 435. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto.
Importante para eventuais determinações processuais. 
Momento – o aceite terá o condão de aperfeiçoar o contrato, vinculando também o oblato
Momento – vincula o oblato
Exceções: se antes ou conjuntamente com a aceitação chegar a uma retratação do aceite.
Retratação da proposta ≠ retratação do aceite
Com prazo
Deve-se observar o prazo (até que aceite) 15 dias
Sem prazo
Entre presentes: na hora
Entre ausentes: no momento em que tem que ser dada a resposta para vincular o oblato
Teoria da cognição – momento em que houve o conhecimento do oblato
Teoria da declaração- declaração do aceite
Teoria da expedição- o momento em que foi expedido o aceite
Teoria da recepção- o momento em que foi recebido o aceite do oblato
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS
Quanto à obrigação
Bilateral- gera obrigações para ambas as partes – EX.: contrato de compra e venda
Sinalagmático – reciprocidade de obrigações
Somente quando um cumpre sua parte pode exigir que o outro cumpra a dele
Unilateral – gera obrigações somente a uma das partes – EX.: doação pura
Plurilaterais – várias partes com interesses distintos – EX.: formação de sociedade
É numero de partes e não pessoas 
Quanto à vantagem
Onerosas – ambas as partes percebem vantagens (Ex.: Contrato de prestação de serviços)
Gratuitos – geram vantagens a apenas uma das partes (EX.: Doação)
OBS.: não se fala de obrigação 
Quanto ao equilíbrio nas prestações
Versa sobre as prestações em si ( o que cada parte vai fazer/receber)
Comutativo- equilíbrio nas prestações e há uma certeza que serão feitas
Aleatório- existe uma incerteza das partes a respeitodo adimplemento de alguma obrigação. ( Ex.: contrato de seguro)

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