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Controle de Constitucionalidade I DIREITO CONSTITUCIONAL 1. Controle de constitucionalidade a) Conceito: Conjunto de mecanismos de verificação da compatibilidade formal e material de um ato normativo em face da Constituição Federal. b) Fundamento: A supremacia constitucional, isto é, a posição de superioridade que a Constituição ocupa no ordenamento jurídico. c) Objeto: As leis em sentido estrito (art. 59 da CF) e os demais atos normativos. 2. Ilegalidade e inconstitucionalidade a) Ilegalidade: São atingidos preceitos legais, normas de hierarquia inferior à Constituição. b) Inconstitucionalidade: São descumpridos preceitos constantes da Constituição. A inconstitucionalidade é uma forma qualificada de ilegalidade. 3. Espécies de inconstitucionalidade 3.1 Formal e material a) Formal: A lei ou ato normativo é elaborado mediante um procedimento incompatível com aquele previsto na Constituição ou quando viola as regras de competência legislativa (orgânica). O vício pode ser subjetivo (iniciativa do projeto) ou objetivo (demais fases do procedimento). b) Material: A lei ou ato normativo viola a matéria de fundo da Constituição, isto é, o assunto, o tema, o conteúdo que está por trás de cada regra ou princípio constitucional. 3.2 Por ação e por omissão a) Por ação: Comportamento positivo (fazer ou prestar), que consiste na elaboração de um ato normativo contrário à Constituição. b) Por omissão: Comportamento negativo, que provém da inércia do Poder Público, que deixa de tomar as providências previstas na Constituição para o cumprimento de suas normas. 3.3 Direta e indireta a) Direta: Atinge dispositivo explícito da constituição. O juízo de adequação é feito diretamente na Constituição, eis que a lei ou ato normativo busca seu fundamento de validade na própria Constituição. b) Indireta: Viola a Constituição de modo oblíquo ou reflexo, na medida em que entre ele e a Constituição existe outro nível normativo. O fundamento imediato de validade do ato normativo não é a Constituição, mas um ato infraconstitucional. 3.4 Originária e superveniente a) Originária: Fere a norma constitucional em vigor, ou seja, o vício da inconstitucionalidade contamina o ato desde o seu nascimento. A lei já nasce com esse defeito congênito. b) Superveniente: Fere norma constitucional posterior. Qualifica-se como superveniente porque apenas sobrevém com o advento de um novo texto constitucional. 3.5 Inconstitucionalidade progressiva (lei ainda constitucional): É a inconstitucionalidade condicionada à implementação de condições fáticas exigidas pela Constituição. Enquanto tais condições não existirem, a lei ainda é constitucional. No entanto, na medida em que tais condições forem sendo implementadas, a lei torna-se progressivamente inconstitucional, deixando assim de ser aplicada. 4. Efeitos da inconstitucionalidade SISTEMA AUSTRÍACO (KELSEN) 5. Questão proposta – Marque a alternativa incorreta: (a) São fundamentos do controle de constitucionalidade a supremacia e a rigidez constitucionais. (b) Com relação aos efeitos da inconstitucionalidade, adota-se no ordenamento brasileiro, como regra, o sistema norte-americano: nulidade da norma e efeitos retroativos. (c) Uma lei complementar aprovada por maioria simples é materialmente inconstitucional. (d) A inércia do Poder Legislativo no dever de regulamentar determinado direito consagrado constitucionalmente compreende inconstitucionalidade por omissão, que pode deflagrar mecanismos de controle. * * * * * * * * * *
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