Buscar

aula 09 traumatologia e ortopedia

Prévia do material em texto

AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
FISIOTERAPIA EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA 
Aula 09: Abordagem fisioterapêutica das 
dinsfunções dos membros inferiores 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do joelho 
Fratura supracondiliana do fêmur 
 
• Envolve o aspecto distal ou metáfise do fêmur; 
• Geralmente envolve superfícies articulares; 
• Classificação de Müller: 
 
 A- Fraturas extra-articulares; 
 B- Fraturas articulares parciais; 
 C- Fraturas articulares completas. 
 
Fonte: HOPPENFELD S., 2001. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do joelho 
Fratura supracondiliana do fêmur 
 
Mecanismos de lesão 
 
• Pacientes jovens – trauma de alta energia; 
• Idosos - trauma de baixa energia. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do joelho 
Fratura supracondiliana do fêmur 
 
Objetivo do tratamento cirúrgico 
 
• Restaurar o alinhamento; 
• Aceitável de 1 a 2mm de desnivelamento. 
 
Fonte: HOPPENFELD S., 2001. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do joelho 
Fratura supracondiliana 
Arquivo pessoal 
Complicações 
Consolidação viciosa 
Ausência de consolidação 
Perda do movimento do joelho 
Infecção 
Quebra do implante 
Lesão vascular 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do joelho 
Fraturas da patela 
 
• Introdução; 
 
• Constituem aproximadamente 1% das lesões ósseas; 
 
• Está associada à acidente de trânsito, contração excessiva do quadríceps, artroplastia total do joelho, 
reconstrução do ligamento cruzado anterior, doenças crônicas (gota) e agachamento severo no 
levantamento de peso. 
 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fraturas da patela 
Classificação 
 
Pela grande variedade de configurações das fraturas da 
patela, fica difícil uma uniformidade de classificação. 
 
A classificação de Insall, 1993, ao lado, é seguida: 
1. Fratura sem desvio menor do que 3mm; 
2. Cominutiva; 
3. Transversa; 
4. Vertical. 
 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do joelho 
Fraturas da patela 
 
 
Trauma direto ou 
indireto 
Mecanismo de lesão: 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do joelho 
Tratamento cirúrgico das fraturas da patela 
 
• O objetivo é o restabelecimento do mecanismo extensor do joelho e a preservação da função patelar; 
 
• O tratamento das fraturas da patela deve ser baseado no padrão da lesão óssea, e as opções incluem o 
tratamento incruento, a osteossíntese com banda de tensão, a patelectomia parcial, patelectomia 
parcial com osteossíntese e patelectomia total; 
 
• Outro fato importante que deve ser levado em conta por parte da equipe médica é a qualidade óssea, 
idade do paciente e condições de tecidos moles. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do joelho 
Tratamento fisioterapêutico pós-operatório das fraturas da patela 
 
• No caso das osteossínteses estáveis, a fisioterapia deve começar imediatamente com mobilização da 
patela e exercícios isométricos do quadríceps, crioterapia e TENS para diminuição do quadro doloroso 
e edematoso; 
 
• Se o paciente estiver sem dor, é indicado que comece a andar no quarto com carga parcial com 
utilização de dispositivo auxiliar de descarga de peso (muleta); 
 
• Nos casos em que a osteossíntese é instável, o joelho é mantido imobilizado em extensão por duas 
semanas em média, com liberação de carga progressiva conforme cicatrização e evolução do paciente. 
O avanço da flexão deve ser acompanhada de exame de imagem confirmando a consolidação da 
fratura; 
 
• Pode acontecer, em alguns casos, como sequela da fratura, a rigidez articular e perda de alguns graus 
de flexão. Nesse caso, o paciente deve ser avisado. 
 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do joelho 
• Fraturas da patela 
 
• Complicações 
 
 Cicatrização problemática da ferida; 
 Infecção profunda; 
 Sinovite por implantes biodegradáveis; 
 Irritação cutânea com as pontas dos pinos; 
 Patela baixa; 
 Falência do implante; 
 Perda de movimento; 
 Artrose pós-traumática. 
 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do joelho 
Luxação aguda traumática da patela 
 
• É uma experiência dolorosa que ocorre como primeiro episódio, afetando principalmente pacientes 
jovens, sendo a meta principal a restauração da função normal do joelho (LARAYA et.al., 2015). 
 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do joelho 
Luxação aguda traumática da patela 
 
Fatores predisponentes 
 
• Patela alta; 
• Aumento do ângulo “Q”; 
• Hipermobilidade patelar; 
• Torção femoral e tibial; 
• Joelho valgo; 
• Atrofia do VMO; 
• Displasia femoral ou patelar; 
• Fraqueza dos abdutores do quadril; 
• Fraqueza de glúteo médio e máximo; 
• Fraqueza dos rotadores externos do quadril. 
 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do joelho 
Luxação aguda traumática da patela 
 
Achados clínicos 
 
 Derrame articular; 
 Edema; 
 Hipermobilidade patelar; 
 Dor. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do joelho 
Luxação aguda traumática da patela 
 
Exames de imagem: 
 
 Radiografias simples em pé; 
 AP; 
 Perfil 30 graus; 
 Túnel, 
 Axial. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do joelho 
Luxação aguda traumática da patela 
 
• Tratamento - conservador – controvérsia na literatura. Converse com seu professor. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do joelho 
Luxação aguda traumática da patela 
 
 Fisioterapia pós-operatório. 
 
• Discuta com seu professor a melhor forma de tratamento. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fraturas da patela 
Caso clínico – Treinamento 
 
Paciente do sexo masculino, 25 anos de idade, solteiro, trabalha no 
comércio em pé. 
 
Queixa e duração: 
Saindo do trabalho, com sua motocicleta, sofreu queda em via pública 
após receber uma fechada de outro veículo. Foi atendido cerca de 30 
minutos após o acidente pela equipe de resgate pré-hospitalar. 
Chegou ao hospital imobilizado em prancha rígida com colar cervical. 
A queixa do paciente era dor de moderada intensidade, contínua, 
associada à limitação funcional do membro inferior esquerdo e com 
sensação de pressão. O paciente nega doenças alérgicase uso de 
drogas e outros medicamentos. É praticante de capoeira. 
Pré-operatório –fratura com solução 
de continuidade. Fonte: ortopedia e 
traumatologia, 2009. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fraturas da patela 
Exame físico: paciente encontra-se hidratado, corado, bom estado 
geral, eupneico e orientado. Os parâmetros hemodinâmicos dentro da 
normalidade. 
 
Inspeção: Escoriações na região do joelho esquerdo e edema. 
Não consegue realizar extensão ativa do membro inferior esquerdo. 
 
Palpação: dor e solução de continuidade entre o polo superior e 
inferior da patela. Nota-se que a patela flutua à palpação-sinal da 
tecla positivo. Não há alteração de sensibilidade no membro inferior 
esquerdo. 
 
Pré-operatório –fratura com solução 
de continuidade. Fonte: ortopedia e 
traumatologia, 2009. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fraturas da patela 
Caso clínico 
 
Exames complementares: radiografias da coluna cervical, tórax e 
pelve sem alterações. 
 
Radiografia do joelho esquerdo nas incidências AP, perfil, revelou 
solução de continuidade na patela com traço principal transverso. 
Porém, existe traço secundário característico de fratura 
cominutiva e diástase. 
 
A opção de tratamento foi cirúrgica. 
 
Mesmo com muita controvérsia na literatura, por que houve a 
escolha do tratamento cirúrgico? 
 
Pesquise e discuta com seu professor. 
Pós-operatório imediato. Fonte: Ortopedia e 
traumatologia, 2009 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fraturas da patela 
Caso clínico 
 
• O paciente foi orientado a retornar ao 
consultório 
após dez dias para retirada dos pontos; 
• O paciente não relatava queixa significativa 
e foi orientado a retornar dentro de seis 
semanas; 
• Só retornou depois de quatro meses. Com um 
novo trauma (refratura da patela), como 
mostra imagem 
ao lado; 
• O paciente foi reoperado. Foram colocados dois 
parafusos canulados de 3,5cm, fazendo uma 
compressão interfragmentária e cerclagem. 
Radiografia simples refratura (a) reoperado (b) 
Fonte. Ortopedia e traumatologia, 2009 
A B 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do joelho 
Caso clínico 
 
Perguntas: 
1. Qual o mecanismo de trauma mais comum das fraturas da patela de padrão estrelado? (Casos clínicos 
em ortopedia e traumatologia, 2009) 
 a) direto b) indireto c) combinado d ) projétil de arma de fogo 
2. O que você acha que aconteceu para ocorrer a refratura do paciente do caso clínico? Discuta com seu 
professor. 
3. Em qual situação não está indicado o tratamento conservador das fraturas da patela? (Casos clínicos em 
ortopedia e traumatologia, 2009) 
 a) sem desvio com superfície articular intacta 
 b) desvio de 3mm dos fragmentos 
 c) ausência de extensão ativa contra gravidade 
 d) fratura por avulsão transversa sem desvio 
4. No pós-operatório imediato, a fisioterapia manipulativa da patela para ganho da flexão está indicado 
até: 
 a) 45° b) 90° c) 60° d) 30° 
 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fraturas do platô tibial 
 Definição 
 
• Fratura que envolve a parte proximal ou metáfise da tíbia e superfície articular; 
 
• Subdivididas em seis tipos por Schatzker. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fraturas do platô tibial 
 Classificação 
 
• Tipo I - vertical com deslocamento; 
• Tipo II - fratura com depressão e divisão vertical do 
platô tibial lateral com lesão articular; 
• Tipo – III - fratura puramente por depressão do 
platô tibial lateral com lesão articular; 
• Tipo IV - fratura com divisão vertical e depressão 
do platô tibial medial, geralmente envolve o 
ligamento cruzado e eminência intercondilar; 
• Tipo V - fratura bicondilar envolvendo os dois 
platôs (fratura em Y invertida) com lesão articular; 
• Tipo VI - fratura da junção diafisária-metafisária 
tibial proximal. 
Fratura platô tibial lateral. Arquivo pessoal Dr. Carlos Melo. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fraturas da espinha tibial 
 Classificação 
 
Tipo I e II – grandes e pequenas inclinações anteriores; 
 
Tipo III- ruptura completa da espinha tibial; 
 
Tipo IIIA - não exibe rotação da espinha tibial; 
 
Tipo IIIB - exibe rotação da espinha tibial. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fraturas da espinha tibial 
 Tratamento 
 
Tipos I,II e IIIA – gesso longo por 6 semanas; 
 
Tipo IIIB, I, II e IIIA – cirúrgico. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fraturas da espinha tibial 
 Mecanismo de lesão 
 
• Força medialmente direcionada (fratura do para-choque); 
 
• Força lateralmente direcionada; 
 
• Força compressiva axial ou combinação de força axial medial ou lateral. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fraturas da espinha tibial 
 Exame de imagem 
 
• AP e Perfil – CUIDADO; 
 
• Oblíquas ou em túnel; 
 
• TC - depressões e deslocamentos, é o exame de escolha para determinar o padrão detalhado da fratura; 
 
• RM - para avaliar lesões de partes moles (ligamentos, meniscos). 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fraturas da espinha tibial 
 Complicações 
 
 Luxações; 
 Lesão da artéria poplítea; 
 Perda cutânea; 
 Síndrome compartimentai; 
 Infecção de ferida operatória; 
 Paralisia do nervo fibular; 
 Ausência de consolidação; 
 Consolidação viciosa; 
 Artrite degenerativa. 
 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do tornozelo 
 Definição 
 
• Neste tópico, iremos abordar somente as fraturas do tornozelo, não iremos abordar as lesões 
ligamentares, pois esse tema será discutido na disciplina Fisioterapia Desportiva; 
 
• A articulação do tornozelo é um a articulação complexa, composta pela tíbia, fíbula e o tálus. Sustentados 
por três importantes complexos ligamentares: medial, lateral e a sindesmose tibiofibular inferior. 
 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do tornozelo 
Anatomia óssea 
 
• A anatomia óssea do tornozelo está formada pela pinça articular compreendida entre os maléolos fibular 
e tibial que se estabilizam pela presença do complexo ligamentar lateral e da sindesmose tibifibular distal 
e do ligamento deltoide. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do tornozelo 
Biomecânica 
 
• A biomecânica do tornozelo também merece uma atenção especial. Anteriormente, a articulação do 
tornozelo era considerada uma articulação em dobradiça. No entanto, estudos recentes mostram que a 
sua biomecânica é bem mais complexa. Quando ocorre um movimento no plano sagital, o tálus desliza e 
roda sob o pilão tibial. Esses mesmos estudos demonstraram,também, que há um movimento combinado 
tanto no plano axial quanto no plano coronal. A flexão plantar do tornozelo resulta em uma rotação 
medial do tálus, enquanto a flexão dorsal promove a rotação lateral do tálus. A dorsiflexão também 
provoca uma translação posterolateral, uma rotação lateral, e um movimento vertical mínimo da fíbula; 
 
• Um bom exemplo é composto pelas imagens radiográficas das fraturas do tornozelo onde o que parece 
ser um desvio em translação lateral do tálus hoje se sabe que, na verdade, é uma rotação anterolateral 
desse osso dentro da pinça maleolar, e isso deve ser levado em consideração pelo cirurgião; 
 
• Outro fato importante é que, no passado, a preocupação era só com o lado medial, hoje se sabe que tanto 
o lado medial quanto o lateral é de fundamental importância na estabilidade do tornozelo e no sucesso 
do tratamento. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do tornozelo 
Imagem Radiológicas 
 
Os estudos por imagem da articulação do tornozelo devem ser feitos, basicamente, através de radiografias 
simples em diferentes incidências. 
 
Três incidências básicas no primeiro momento: 
 
 Anteroposterior; 
 AP com 20º de rotação medial (AP da pinça tibiofibulotalar); 
 Perfil; 
 Incidências em estresse. 
 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do tornozelo 
Classificação 
 
• As classificações mais difundidas são baseadas, fundamentalmente, em três variáveis: 
 
 A posição do pé no momento do trauma; 
 A direção da força deformante; 
 A localização do traço de fratura da fíbula. 
 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do tornozelo 
Classificação 
 
A classificação de Weber e Danis: 
 
 Fratura da fíbula infrassindesmal; 
 Fratura da fíbula transindesmal; 
 Fratura da fíbula suprassindesmal. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do tornozelo 
Classificação 
 
A classificação da AO: 
 
 Tipo A: fratura da fíbula infrassindesmal; 
-A1: fratura isolada da fíbula; 
-A2: fratura da fíbula + maléolo medial; 
-A3: fratura da fíbula + maléolo medial com extensão à tíbia distal. 
 Tipo B: Fratura da fíbula transindesmal; 
-B1: fratura da fíbula + lesão da sindesmose anterior; 
-B2: fratura da fíbula + lesão da sindesmose + fratura do maléolo medial/lesão do ligamento deltoide; 
-B3: B2 + maléolo posterior. 
 Tipo C: fratura da fíbula suprassindesmal – sempre com lesão da sindesmose; 
-C1: fratura da fíbula + lesão do ligamento deltoide; 
-C2: fratura da fíbula + maléolo medial; 
-C3: fraturas alta da fíbula + maléolo medial/lesão do ligamento deltoide (Maisonneuve). 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do tornozelo 
Classificação 
 
A classificação de Lauge – Hansen: 
 
 Supinação-adução; 
 Supinação-rotação lateral; 
 Pronação-abdução; 
 Pronação-rotação lateral. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do tornozelo 
O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico. 
 
• O tratamento conservador está reservado para os 
casos onde a fratura é estável, sem desvio, com 
integridade da sindesmose. 
• Em média , após a redução, o membro deve ser 
imobilizado com gesso por 6 semanas. 
 
• O tratamento cirúrgico ainda permanece 
controversa em vários aspectos , e, vai depender 
da experiência de cada cirurgião e sua equipe. 
 
Fratura bimaleolar intra-articular. Fonte: HOPPENFELD, 2001. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Fratura do tornozelo 
O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico. 
 
• Junto com seu professor elabore um programa de 
tratamento a curto e a médio prazo no pós-
operatório para um paciente com fratura do 
tornozelo (fratura maleolar de Weber tipo B), com 
idade de 38 anos, casado, três filhos, que é 
motorista de ônibus; 
 
• A técnica escolhida foi redução aberta e fixação da 
fíbula com um parafuso interfragmentar associado 
a uma placa de neutralização tipo terço de tubo, 
preferencialmente com três parafusos e dois ou 
três abaixo da fratura. Imagem ao lado. 
 Pós-operatório. Fonte: Casos clínicos em 
ortopedia e traumatologia, 2009. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Saiba mais 
• http://www.periodicos.capes.org.br 
 
• www.pedro.org.au/portuguese 
 
• www.orthopaedicsandtraumajournal.co.uk 
 
• www.sbto.org.br 
 
• http://www.secad.com.br/ 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Saiba mais 
ANDREWS JR.; HARRELSON, G.L.; WILK, K. E. Reabilitação 
Física do Atleta. 3. ed. Rio de Janeiro: Ed. Elsevier, 2005. 
DUTTON, Mark. Fisioterapia Ortopédica, Exame, Avaliação 
e Intervenção. Porto Alegre: Ed. Artmed, 2010. 
FALOPPA, Flávio; WLATER, M. Albertoni. Ortopedia e 
Traumatologia: Guias de Medicina Ambulatorial e 
Hospitalar da Unifesp - Epm. São Paulo: Ed. Manole, 2008 
HERTTLING, Darlene; KESSLER, M. Randolph. Tratamento 
de Distúrbios Musculoesqueléticos comuns - princípios e 
métodos de fisioterapia. São Paulo: Ed. Manole, 2009. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Saiba mais 
JUNIOR, José R. Prado. Abordagem Global das Patologias 
Fêmoro-Patelares: Unidade funcional Inferior. Revista 
Fisioterapia Brasil. Módulo 1. Ribeirão Preto: Ed. Atlântica. 
PARDINI & SOUZA. Clínica Ortopédica: Atualização em 
Cirurgia do Pé e tornozelo. Ed. Medsi, Koogan. Vol.2/2 
Junho, 2002 
RÜEDI T. P.; MURPHY, W. M. Princípios AO do Tratamento 
de Fraturas. Porto Alegre: Ed. Artmed, 2002. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
Saiba mais 
SBOT. Traumatologia Ortopédica. Rio de Janeiro: 
Ed. Revinter, 2004. 
SCHWARTSMANN, Carlos; LECH, Osvandré; 
TEÖKEN. Fraturas - princípios e prática. 
Porto Alegre: Ed. Artmed, 2003. 
SPIRDUSO, Waneen. Dimensões físicas do 
Envelhecimento. São Paulo: Ed. Manole, 2005. 
AULA 09: ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA DAS DINSFUNÇÕES DOS MEMBROS INFERIORES 
Fisioterapia em ortopedia e traumatologia 
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
 
Avaliação dos desequilíbrios da postura; 
 
Avaliação Regional da coluna vertebral; 
 
Atividades Laborais e Influência sobre a 
postura; 
 
Avaliação Ergonômica; 
 
Distúrbios do Disco Intervertebral 
Cervical e Lombar; 
 
Instabilidade Lombar. 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO.

Outros materiais