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28/03/2018 1 Prof.ª Thaiane Marley NOÇÕES BÁSICAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Conceitos Fármaco: Princípio Ativo, é uma substância orgânica ou inorgânica de composição conhecida. Medicamento: É um produto farmacêutico tecnicamente obtido ou elaborado com finalidade profilática (preventiva), curativa, paliativa, ou para fins de diagnóstico. Droga: qualquer substância ou produto utilizado com a intenção de ser usado para modificar ou explorar sistemas fisiológicos ou estados patológicos visando benefício do receptor. 28/03/2018 2 Conceito Remédio: é uma interpretação mais ampla do que o simples ato de tratar um paciente através de medicamento. São agentes terapêuticos como: massagem, fisioterapia, caminhadas, sorriso, beijo, fé... além de qualquer outro recurso empregado no tratamento, incluindo aí medicamentos. Conceito 28/03/2018 3 Medicamento de Referência (marca) - Medicamento inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro. A eficácia e a segurança do medicamento de referência são comprovadas por estudos clínicos. Tem a patente do medicamento por um tempo determinado, geralmente 20 anos. Medicamento Similar - Contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica. Desde 2003 passou a comprovar a equivalência com o medicamento de referência registrado na Anvisa. Medicamento Genérico - O medicamento genérico é aquele que contém o mesmo princípio ativo, na mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e com a mesma indicação terapêutica do medicamento de referência. O genérico já é intercambiável pela norma atual. Conceito Anvisa 28/03/2018 4 Recomendações Gerais Antes de qualquer técnica, é imprescindível a higienização correta das mãos, evitando contaminação durante o procedimento; Deve-se, ainda, atentar a qualquer sinal não esperado quando administramos medicações. Cabe, portanto, observação rigorosa; A privacidade, conforto e bem estar da pessoa devem ser preservados. As agulhas e seringas JAMAIS devem ser desconectadas ou reencapadas para o descarte; O local apropriado para descartar deve ser rígido, impermeável e seguro; Tomar todas as medidas imediatas em caso de acidente com perfuro cortante. 9 ce rt o s 28/03/2018 5 Vias de administração – Uso Interno ORAL Sublingual Bucal Locais de Absorção • Trato gastrintestinal – mucosa bucal – mucosa gástrica – mucosa do intestino delgado – mucosa retal Ex: Captopril, Isordil Graduação: 15ml = 1 colher de sopa 10ml = 1 colher de sobremesa 0,5ml = 1 colher de chá 0,3 ml = 1 colher de café Seringa Vias de administração – Uso Interno 28/03/2018 6 OCULAR/ OFTALMICA Colírio ou pomada NASAL / INALATÓRIA Inalações, Nebulização, Bombinha, Sorine Vias de administração – Uso externo AURICULAR Medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente Administrar no canal auditivo Para facilitar a introdução do medicamento o paciente deve ficar em decúbito lateral e permanecer entre 2 a 3 min Vias de administração – Uso externo 28/03/2018 7 VAGINAL Diminui a inflamação Combate infecção Pode ser em: creme, gel, óvulo, comprimido Aplicado com o auxilio de aplicadores tubulares e com êmbolo. DICA: Para fungos o creme é mais rápido Para bactérias o gel é melhor Vias de administração – Uso externo ANAL/ RETAL Em forma de supositório ou líquido. Ex. Contraste Vias de administração – Uso externo 28/03/2018 8 Via de administração onde a medicação é absorvida mais rapidamente; Doses mais precisas; Deve-se manter o máximo de atenção, pois podem provocar lesões importantes quando aplicadas de maneira incorreta; Incluem as vias: Intradérmica (ID) Intramuscular (IM) Subcutânea (SC) Endovenosa (EV ou IV) Vias de administração – Parenteral Vias de administração – Parenteral 28/03/2018 9 Picada da agulha ou irritação da droga DOR Engano lesão considerável. Rompimento da pele risco de infecção. Uma vez administrada a droga, impossível retirá-la. DESVANTAGENS Drogas em forma líquida. Pode estar em veículo aquoso ou oleoso (E.V. só pode ser aquosa). Soluções absolutamente estéreis. Material estéril e descartável. Introdução lenta de líquidos, a fim de evitar ruptura de capilares. Requisitos Básicos 28/03/2018 10 9 ce rt o s Materiais utilizados para o procedimento: Seringas Agulhas Álcool Algodão Luvas de procedimento Local para descarte do perfuro cortante Local reservado para aplicação, que mantenha privacidade do indivíduo. Vias de administração – Parenteral 28/03/2018 11 Tamanhos de Seringas e agulhas INJEÇÃO INTRADÉRMICA Injetadas na derme, onde há pouca vascularização e a medicação é absorvida lentamente; Ângulo de aplicação: 15° e bisel voltado para cima; Injeção LENTA * Selecionar um local três a quatro dedos abaixo do espaço anticubital; Utilizar agulhas e seringas de menor calibre e tamanho: 13x4,5 Volume para aplicação: 0,001 a 0,1mL; Durante a aplicação, manter a pele esticada. Não há necessidade de aspirar, já que a derme é relativamente avascular. Vias de administração – Parenteral 28/03/2018 12 INJEÇÃO INTRAMUSCULAR Requer agulha mais longa para penetrar no tecido; Ângulo de aplicação de 90° e o bisel Lateralizado; Fatores como: viscosidade da medicação, local da injeção, peso da pessoa e espessura do tecido adiposo podem influenciar na seleção da agulha. Vias de administração – Parenteral 28/03/2018 13 ATENÇÃO: O volume máximo que devemos administrar pela Via Intramuscular deve ser compatível com a estrutura muscular. Região do Deltoide – 2 ml; Região da Coxa – 3 ml; Região Ventroglútea – até 5 ml 28/03/2018 14 Contraindicações de aplicação no Deltoide Criança de 0 a 10 anos; Desenvolvimento muscular inadequado; Injeções consecutivas; Clientes vítimas de AVC com parestesia ou paralisia dos braços; Mastectomia Cuidados gerais na via I.M. Minimizar risco de infecção. Orientar paciente sobre o medicamento que irá receber, usando palavras simples. Respeitar os 9 certos. Trocar a agulha após aspirar a solução. 28/03/2018 15 Cuidados gerais na via I.M. Após anti-sepsia da área com álcool 70%, aguarde um momento para que o mesmo seque, evitando ardor quando o álcool penetrar pelo orifício da punção da agulha. Aspirar SEMPRE antes de injetar o medicamento, certificando-se de que não tenha atingido nenhum vaso sanguíneo. Trauma ou compressão acidental de nervos Injeção acidental em veia ou artéria Difusão da solução Injeção em músculo contraído Lesão do músculo por soluções irritantes Abcessos RISCOS 28/03/2018 16 COMPLICAÇÕES APÓS APLICAÇÃO DE DICLOFENACO DE SÓDIO Injeção Subcutânea Depósito de medicamento no tecido subcutâneo; São absorvidos mais lentamente do que por via intramuscular; Ângulo de aplicação: 45° a 90°, dependendo do tecido subcutâneo da pessoa. Bisel lateralizado. Bastante utilizada para administração de hormônios, como a insulina e terapias trombolíticas (Clexane, Heparina, Clopidogrel); Administração de 0,5 a 1,0mL; Devido à deposição de medicação no tecido aplicado, é importante realizar rodízio dos locais. 28/03/2018 17 PUNÇÃO VENOSAPERIFÉRICA 28/03/2018 18 Endovenosa (Punção venosa) Instalação de um cateter em trajeto venoso periférico com a finalidade de: Administrar soluções ou drogas diretamente na corrente sanguínea (obter ação imediata do medicamento); Coleta de sangue venoso; Manter via de acesso rápido em situações emergenciais; Reposição de volumes estéreis; Administrar Contraste para exames de diagnóstico; Administração intermitente de medicamentos (por meio de salinização do cateter). Possíveis complicações Hematomas Flebite e Tromboflebites superficiais Infiltração e Extravasamento Punções inadvertidas de artérias ou outras estruturas adjacentes. 28/03/2018 19 Endovenosa (Punção venosa) tromboflebite de veia cefálica que cronificou e evoluiu com úlcera cutânea séptica. necrose tecidular extensa decorrente de extravasamento de substância. Infiltração após punção venosa Flebite Locais para punção A fossa cubital é a primeira opção de escolha quando se trata de coleta de exame ou punção de emergência, por apresentar veias periféricas de melhor visualização e calibre. Não é indicada para manutenção de acesso periférico a paciente com necessidade de longa permanência. Punção Venosa 28/03/2018 20 fossa cubital Endovenosa (Punção venosa) 28/03/2018 21 Locais para punção Membros inferiores (veias de última escolha): Veia safena magna Materiais Bandeja; Garrote, bolas de algodão, álcool 70%; Cateter venoso apropriado; Esparadrapo ou fita adesiva hipoalergênica; Luvas de procedimento; Etiqueta ou fita adesiva. Endovenosa (Punção venosa) 28/03/2018 22 Tipos de Cateter Venoso Jelco Tem um número de acordo com o biótipo do paciente. Identificado em úmeros pares do 14 (maior e mais calibroso) até o 24 (menor e mais fino) Scalp Dispositivo tipo "butterfly" ou "borboleta", agulhado, mais utilizado para infusões venosas que deverão permanecer por menor tempo. números ímpares do 19 (agulha maior e mais calibrosa) ao 27 (agulha menor e menos calibrosa). Punção Venosa Punção Venosa ScalpJelco 28/03/2018 23 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Evitar tapinhas sobre o local a ser puncionado, pois permite o rompimento da veia no momento da punção. Para promover a distensão venosa pode-se massagear a extremidade da região distal para a proximal (abaixo do local proposto para a punção venosa). Compressas mornas no local a ser puncionado auxiliam na punção. Puncionar a veia com o bisel da agulha para cima, utilizando ângulo entre 15 e 30 graus. As punções subsequentes não devem ser realizadas próximas a uma veia previamente utilizada, ou lesionada. Punção Venosa 28/03/2018 24 CUIDADOS DE ENFERMAGEM Deve-se escolher um local de punção que não interfira nas atividades diárias do paciente ou procedimentos planejados (ex: preservar membro com plegia para realização de fisioterapia) Deve-se trocar o dispositivo em até 96 horas. (ANVISA, 2010) O cateter periférico na suspeita de contaminação, complicações, mau funcionamento ou descontinuidade da terapia deve ser retirado. Deve-se monitorar diariamente o acesso venoso periférico, avaliando risco de infecção no sítio de inserção do cateter. Punção Venosa CUIDADOS DE ENFERMAGEM Em pacientes neonatais e pediátricos os cateteres não devem ser trocados rotineiramente e devem permanecer até completar a terapia intravenosa, a menos que indicado clinicamente (flebite ou infiltração, risco de infecção). Punção Venosa 28/03/2018 25 Técnica de Punção venosa Realização da técnica Antes da realização da técnica organize todo o material na bandeja, higienize as mãos, calce as luvas e explique ao paciente o procedimento. Escolha o local de acesso venoso, exponha a área de aplicação e verifique as condições das veias; Garroteie o local a ser puncionado ( em adultos: a aproximadamente 5 a 10 cm do local da punção venosa), a fim de propiciar a dilatação da veia. Faça a assepsia do local com algodão embebido em álcool 70%, em movimentos circulares, do centro para as extremidades; Mantenha o algodão seco ao alcance das mãos. Tracione a pele para baixo, com o polegar, abaixo do local a ser puncionado. Introduzir o cateter, paralelamente à pele, com bisel voltado para cima com ângulo de 15°; Uma vez introduzido na pele, direcione o cateter e introduza-o na veia. Abra o cateter e observe o refluxo sanguíneo em seu interior; e solte o garrote; Conectar o sistema de infusão ao cateter venoso, ou seringa para coletar sangue, ou proceder a salinização do cateter; Observar se há sinais de infiltração ou extravasamento do líquido infundido, além de queixas de dor ou desconforto; Fixar o dispositivo venoso com esparadrapo ou adesivo e faça a devida identificação; Após concluída a técnica, oriente o paciente para a manutenção do cateter e deixe-o em posição confortável; Recolha o material e descarte os perfuro cortante em local apropriado; Retire as luvas de procedimento e higienize as mãos e faça as anotações de enfermagem. 28/03/2018 26 Prof.ª Thaiane Márlei NOÇÕES BÁSICAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
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