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Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 1 Redes Telecomunicação Introdução Telemedicina e e-Saúde 2009/10 Pedro Brandão Referências Estes slides são baseados nos slides de TeleMedicina e e-Saúde 08/09 do Prof. Rui Prior Por sua vez ele baseou-se nos slides fornecidos com o livro “Computer Networking: A Top Down Approach 4th edition. Jim Kurose, Keith Ross Addison-Wesley, April 2007” Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 2 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 2 DIGITAL, ANALÓGICO Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Analógico Digital Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Amostragem Quantificação das amostras Imagens da Wikipedia 4 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 3 Algumas palavras sobre compressão audio Amostragem do sinal audio a uma taxa fixa o telefone: 8,000 amostras/seg o CD: 44,100 amostras/seg Cada amostra quantificada, arredondada: o Ex.:, 28=256 valores possíveis Cada nível/valor representado por bits o 8 bits para 256 valores exemplo: 8,000 amostras/seg, 256 valores 64,000 bps Receptor reconverte para analógico: o Alguma perda de qualidade Taxas exemplo CD: 1.411 Mbps MP3: 96, 128, 160 kbps Internet telephony: 5.3 kbps ou mais 5Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Algumas palavras sobre compressão vídeo vídeo: sequência de imagens a uma taxa constante o e.g. 24 imagens/seg Imagem digital: array de pixéis o Cada pixel representado por bits redundância o Espacial (na imagem) o temporal (de uma imagem para a seguinte) Exemplos: MPEG 1 (CD-ROM) 1.5 Mbps MPEG2 (DVD) 3-6 Mbps MPEG4 (often used in Internet, < 1 Mbps) Investigação: Por camadas (“escalável”) vídeo o Adaptar as camadas à largura de banda disponível Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 6 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 4 INTRO Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Introdução Objectivos: ganhar sensibilidade e conhecer a terminologia aprofundamento e detalhes mais tarde abordagem: o uso da Internet como exemplo Tópicos: o que é a Internet? o que é um protocolo? extremidade da rede: terminais, rede de acesso, meio físico núcleo da rede: comutação de pacotes/circuitos, estrutura da Internet desempenho: perdas, atrasos, débito camadas protocolares, modelos de serviço Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 8 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 5 Sumário 1.1 O que é a Internet? 1.2 Extremidade da rede (edge) terminais, redes de acesso, ligações 1.3 Núcleo da rede (core) comutação de circuitos, comutação de pacotes estrutura da rede 1.4 Atrasos, perdas e débito em redes de comutação de pacotes 1.5 Camadas protocolares, modelos de serviço Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 9 O que é a Internet: debaixo do capô Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao milhões de dispositivos ligados: terminais (hosts) o a correr aplicações em rede Rede doméstica Rede institucional Rede móvel ISP global ISP regional router PC servidor portátil wireless telemóvel ligações cabladas pontos de acesso ligações (links) fibra, cobre, rádio, satélite taxa de transmissão (capacidade) routers: reenvio de pacotes (“pedaços” de dados) 10 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 6 O que é a Internet: debaixo do capô Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Algum equipamento de rede Concentrador (hub) (em desuso) Comutadores LAN (switches) Ponto de acesso Router Router 11 O que é a Internet: debaixo do capô Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Algum equipamento de rede Firewall Servidor modular de grande capacidade Servidor 12 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 7 O que é a Internet: debaixo do capô Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Aspecto dum data center 13 O que é a Internet: debaixo do capô os protocolos controlam o envio e a recepção de mensagens o e.g., TCP, IP, HTTP, Skype, Ethernet Internet: “rede de redes” o vagamente hierárquica o Internet pública vs. intranets privadas Normas da Internet o RFC: Request for Comments o IETF: Internet Engineering Task Force Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Rede doméstica Rede institucional Rede móvel ISP global ISP regional 14 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 8 O que é a Internet: perspectiva de serviços a infra-estrutura de comunicação possibilita aplicações distribuídas: o Web, VoIP, email, jogos, e-comércio, partilha de ficheiros, telemedicina serviços de comunicação de dados às aplicações: o entrega fiável de dados da origem ao destino o entrega de dados não- fiável (best effort) Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Rede doméstica Rede institucional Rede móvel ISP global ISP regional 15 O que é um protocolo? protocolos humanos: “que horas são?” “tenho uma questão” apresentações … são enviadas mensagens específicas … são efectuadas acções específicas na recepção de mensagens ou em resposta a outros eventos protocolos de rede: máquinas em vez de pessoas toda a comunicação na Internet está condicionada por protocolos Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao os protocolos definem o formato das mensagens, a ordem de envio e recepção das mensagens entre as diferentes entidades da rede e as acções a efectuar na transmissão ou recepção de mensagens 16 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 9 O que é um protocolo? Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao um protocolo humano e outro de redes de computadores: Olá Olá Tens horas? São 2:00 Pedido de ligação TCP GET http://www.awl.com/kurose-ross <ficheiro> tempo Resposta de ligação TCP 17 Sumário 1.1 O que é a Internet? 1.2 Extremidade da rede (edge) terminais, redes de acesso, ligações 1.3 Núcleo da rede (core) comutação de circuitos, comutação de pacotes estrutura da rede 1.4 Atrasos, perdas e débito em redes de comutação de pacotes 1.5 Camadas protocolares, modelos de serviço Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 18 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 10 Uma visão mais próxima da estrutura da rede: extremidade da rede: terminais e aplicações redes de acesso, meio físico: ligações cabladas e sem fios (wireless) núcleo da rede: routers interligados rede de redes Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 19 Extremidade da rede: terminais: o correm aplicações (programas) o e.g. Web, email modelo cliente/servidor: terminal cliente faz pedidos e recebe serviços de um servidor sempre ligado ex.: browser/servidor web; cliente/servidor de email modelo peer-to-peer (p2p): uso mínimo ou ausência total de servidores dedicados Ex.: Skype, eMule, BitTorrent Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao p2p c/s 20 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 11 Redes de acesso e meio físico P: Como ligar os terminais ao router na extremidade? redes de acesso residenciais redes de acesso institucionais (escola, empresa) redes de acesso móveis Atenção: capacidade (bits por segundo) da redede acesso? partilhada ou dedicada? Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 21 Acesso residencial: ponto-a-ponto Ligação por modem o acesso directo ao router até 56kbps (normalmente menos) o não permite navegar e telefonar ao mesmo tempo: não pode ser “always on” DSL: Digital Subscriber Line o fornecido pelo operador telefónico (geralmente) o até 1 Mbps na transmissão (geralmente ≤ 512 kbps) o até 24 Mbps na recepção (geralmente ≤ 6 Mbps) o linha física dedicada até à central telefónica Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 22 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 12 Acesso residencial: cabo HFC: hybrid fiber coaxial o ligação assimétrica: até 30Mbps na recepção e 2Mbps na transmissão o rede de cabo coaxial e fibra liga clientes ao router do ISP o acesso partilhado até ao router o normalmente fornecido pelas companhias de TV por cabo Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 23 Acesso residencial: cabo Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 24 Canais V I D E O V I D E O V I D E O V I D E O V I D E O V I D E O D A T A D A T A C O N T R O L 1 2 3 4 5 6 7 8 9 FDM: cliente central rede de distribuição por cabo (simplificada) Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 13 Acesso residencial: fibra óptica Activas (AON) ou passivas (PON) Oferta comercial desde dezenas de Mbps até 1Gbps Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 25 Fonte: Imagens da Wikipedia Acesso empresarial: redes locais (LANs) a rede local (LAN) da empresa ou universidade liga os terminais ao router Ex.: Ethernet: o 10 Mbs, 100Mbps, 1Gbps, 10Gbps o configuração moderna: terminais ligam-se ao switch Ethernet Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 26 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 14 Redes de acesso sem fios (wireless) rede de acesso wireless partilhada liga os terminais ao router o através da estação base (ponto de acesso) LANs sem fios: o 802.11b/g (WiFi): 11 ou 54Mbps o 802.11n: até 600Mbps redes de acesso WAN sem fios o operadores de telecomunicações o ~1Mbps nas redes 3G (EVDO, HSDPA) o brevemente: WiMAX (dezenas de Mbps) numa área mais alargada Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 27 Redes domésticas Componentes típicos de uma rede doméstica: modem ADSL ou por cabo router/firewall/NAT rede Ethernet ponto de acesso wireless Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao modemde/para a central router/ firewall Ethernet ponto de acesso wireless portáteis wireless 28 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 15 Meio Físico Bit: propaga-se entre pares emissor/receptor ligação física: o que está entre o emissor e o receptor meio guiado: o sinal propaga-se num meio sólido: par de cobre, fibra óptica, cabo coaxial meio não guiado : o sinal propaga-se livremente (e.g., ondas rádio) Par entrançado dois fios de cobre isolados o Categoria 3: linhas telefónicas tradicionais, Ethernet a 10 Mbps o Categoria 5: Ethernet a 100Mbps Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 29 Meio Físico: cabo coaxial, fibra óptica Cabo coaxial: dois condutores de cobre concêntricos bidireccional banda-base: o um único canal no cabo o Ethernet antiga banda larga: o múltiplos canais no cabo o HFC Cabo de fibra óptica: fibra de vidro transporta impulsos de luz, um por bit opera a alta velocidade: transmissão ponto-a-ponto de alta velocidade (e.g., 10’s-100’s Gps) baixa taxa de erros: repetidores muito espaçados; imune a ruído electromagnético Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 30 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 16 Meio Físico: rádio sinal transportado no espectro electromagnético sem fios bidireccional efeitos da propagação no meio ambiente: o reflexões o obstrução por objectos o interferência taxa de erros elevada Tipos de ligação rádio: microondas terrestres canais até 45Mbps LAN (e.g., Wifi) 11Mbps, 54Mbps, até 600Mbps wide-area (e.g., rede móvel) rede 3G: ~ 1 Mbps satélite canal entre alguns kbps e 45Mbps (ou múltiplos de menor capacidade) 270ms de atraso extremo-a- extremo geosíncrono ou de baixa altitude Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 31 Sumário 1.1 O que é a Internet? 1.2 Extremidade da rede (edge) terminais, redes de acesso, ligações 1.3 Núcleo da rede (core) comutação de circuitos, comutação de pacotes estrutura da rede 1.4 Atrasos, perdas e débito em redes de comutação de pacotes 1.5 Camadas protocolares, modelos de serviço Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 32 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 17 O Núcleo da Rede rede emalhada de routers interligados transferência de dados através da rede: o comutação de circuitos: um circuito dedicado por chamada: rede telefónica o comutação de pacotes: dados enviados através da rede partidos em “pedaços” Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 33 Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Núcleo da Rede: Comutação de Circuitos Caminho reservado entre dois terminais o Sequência de ligações pré- estabelecida entre vários nós (e.g., rede telefónica) A comunicação envolve três fases distintas o Estabelecimento do circuito. o Transferência de dados. o Desconexão do circuito. 34 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 18 Núcleo da Rede: Comutação de Circuitos Desenvolvidos para a transmissão de voz “Inteligência” da comu- nicação reside na rede Recursos dedicados para cada chamada o Não há partilha (desperdí-cio de capacidade) o Desempenho garantido Boas taxas de utilização para voz o Alguém fala durante a maior parte do tempo… Para dados Linha inactiva durante a maior parte do tempo Capacidade de transmissão de dados constante Divisão da capacidade em parcelas No domínio dos tempos (TDM) No domínio das frequências (FDM) Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 35 Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Comutação de Circuitos : FDM e TDM FDM frequência tempo TDM frequência tempo 4 utilizadores Exemplo: 36 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 19 Exemplo numérico Quanto demora a enviar um ficheiro de 640000 bits do terminal A para o terminal B numa rede de comutação de circuitos? o Todas as ligações são de 1,536 Mbps o Cada ligação usa TDM com 24 slots/s o 500 ms para estabelecer o circuito extremo-a- extremo Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 10s + 500ms = 10,5s * Na prática, há que somar a este atraso o tempo de propagação 37 kbps Mbps 64 24 1536 s kbps bits 10 64 640000 Núcleo da Rede: Comutação de Pacotes Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Dados da aplicação Dados da aplicação Rede de comuta- ção de pacotes Pacote = pedaço de dados + informação de controlo (cabeçalho) 38 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 20 Núcleo da Rede: Comutação de Pacotes ideia: dividir o fluxo de dados extremo-a-extremo em pequenos pedaços (pacotes) pacotes de diferentes utilizadores partilham os recursos de rede cada pacote usa a capacidade totalda ligação recursos usados conforme a necessidade contenção no acesso aos recursos: a procura de recursos não pode exceder a oferta disponível congestionamento: pacotes colocados em filas à espera de poder usar a ligação store and forward: os pacotes são transferidos salto-a-salto Cada nó recebe o pacote completo antes de o reenviar Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Divisão fixa da capacidade da rede Afectação de recursos a fluxos Reserva de recursos 39 Núcleo da Rede: Comutação de Pacotes Cada Pacote é tratado de forma inde-pendente: Não existe relação com os pacotes que o precedem Cada nó escolhe para cada pacote o próximo salto Pacotes para o mesmo destino não seguem necessariamente a mesma rota (embora normalmente sigam) Podem chegar fora de ordem A máquina de destino repõe a ordem original Podem perder-se ou danificarem-se pacotes em trânsito As máquinas de origem e de destino encorregam-se de detectar e corrigir estas situações Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 40 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 21 Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Comutação de Pacotes: Multiplexagem Estatística A sequência de pacotes de A e B não tem um padrão fixo, a capacidade é distribuída consoante a necessidade no momento multiplexagem estatística. Por comparação, no TDM cada emissor usa sempre a mesma fatia da trama, e a sequência de fatias repete-se consecutivamente A B C Ethernet 100 Mb/s 1.5 Mb/s D E multiplexagem estatística fila de pacotes à espera de poder ser enviados 41 Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Comutação de Pacotes: store-and-forward um pacote de L bits demora L/R segundos a ser transmitido (inserido) numa ligação de R bps store and forward: cada pacote tem de ser recebido na sua totalidade pelo router antes que este o possa transmitir na ligação seguinte atraso = 3L/R (assumindo atraso de propagação nulo) Exemplo: L = 7.5 Mbits R = 1.5 Mbps atraso de transmissão = 15 sec R R R L 42 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 22 Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Comutação de pacotes vs. comutação de circuitos ligação de 1 Mb/s cada utilizador: o 100 kb/s quando “activo” o activo 10% do tempo comutação de circuitos: o 10 utilizadores comutação de pacotes: o com 35 utilizadores, a probabilidade de ter > 10 activos em simultâneo é < 0.0004 A comutação de pacotes permite ter mais utilizadores na rede! N utilizadores 1 Mbps 43 Pacotes vs. Circuitos óptima para dados em rajadas (bursty) o partilha de recursos o simples, sem estabelecimento prévio de chamada congestionamento: atrasos e perdas de pacotes o são necessários protocolos para conseguir transmissão de dados fiável e controlar o congestionamento Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 44 Será a comutação de pacotes uma panaceia? P: Como obter desempenho semelhante aos circuitos? • garantias de capacidade para fluxos audio/vídeo • problema ainda por resolver… Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 23 Internet: uma rede de redes A Internet é constituída por Backbones: infraestruturas de interligação de redes, como o NSFNET, nos EUA, GÉANT na Europa, bem como backbones de operadores comerciais como a PT Redes regionais, ligando, por exemplo universidades e institutos de investigação, e.g., FCCN Redes comerciais, por exemplo, para uso interno ou para fornecimento de serviços a assinantes, com ligações à Internet, e.g., PT, CLIX, NETCABO… Redes locais Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 45 RCTS (Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade) Rede de investigação e ensino nacional Plataforma de comunicação para que investigadores, professores e alunos portugueses tenham acesso a uma rede capaz de fazer face às exigentes necessidades desta comunidade Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 46 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 24 GÉANT Rede pan-Europeia de investigação e educação Interliga a RCTS e as congéneres de 30 países europeus Núcleo a 10Gbps, ligações a partir de 155Mbps Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 47 Internet: uma rede de redes Um fluxo de pacotes atravessa muitas redes Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Rede doméstica Rede institucional Rede móvel ISP global ISP regional 48 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 25 Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Sumário 1.1 O que é a Internet? 1.2 Extremidade da rede (edge) terminais, redes de acesso, ligações 1.3 Núcleo da rede (core) comutação de circuitos, comutação de pacotes estrutura da rede 1.4 Atrasos, perdas e débito em redes de comutação de pacotes 1.5 Camadas protocolares, modelos de serviço 49 Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Como ocorrem os atrasos e perdas? os pacotes são colocados em filas de espera nos routers taxa de chegada de pacotes à ligação de saída excede a sua capacidade os pacotes ficam na fila, à espera da sua vez A B pacote a ser transmitido (atraso) pacotes na fila de espera (atraso) espaço livre na fila: se não existir espaço livre quando chega um pacote, ele é eliminado (perdas) 50 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 26 Quatro Fontes de Atraso 1. Processamento nos nós: o verificação de erros o determinação da ligação saída 2. Filas de espera o tempo de espera pela transmissão na ligação de saída o depende do nível de congestionamento do router Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 51 A B processamento nos nós filas de espera Quatro Fontes de Atraso 3. Atraso de transmissão: R= capacidade da ligação (bps) L= comprimento do pacote (bits) tempo para colocar os bits no link = L/R 4. atraso de propagação: d = comprimento do meio físico (distância) s = velocidade de propagação no meio (~2x108 m/s) atraso de propagação = d/s Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 52 A B Nota: s e R são coisas muito diferentes! propagação transmissão Exemplo Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 27 Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Atraso nos nós dproc = atraso de processamento o tipicamente alguns microssegundos (ou menos) dfila = atraso na fila de espera o depende do congestionamento dtrans = atraso de transmissão o = L/R, significativo em ligações de baixa capacidade dprop = atraso de propagação o desde alguns microssegundos a centenas de milissegundos proptransfilaprocnó ddddd 53 Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Mais sobre o atraso na fila de espera R=capacidade da ligação (bps) L=comprimento do pacote (bits) a=taxa média de chegada de pacotes intensidade de tráfego = L x a/R (tráfego oferecido) La/R ~ 0: tempo médio de espera pequeno La/R 1: o tempo de espera aumenta muito La/R > 1: mais “trabalho” a chegar do que se consegue despachar tempo médio de espera infinito *! 54 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 28 Perdas de pacotes fila de espera tem capacidade finita um pacote que chegue e encontre a fila cheia é eliminado (perde-se) um pacote perdido pode ser retransmitido pelo nó anterior ou pelo nó de origem, ou não ser retransmitido Telemed 09/10 - IntroRedes Com - pbrandao A B pacote a transmitir um pacote que encontra a fila cheia vai perder-se fila de espera 55 Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Débito débito: taxa (bits/unidade de tempo) à qual os bits são transferidos entre o emissor e o receptor o instantâneo: débito num instante específico omédio: débito ao longo de períodos de tempo mais alargados capacidade da ligação Rs bits/s capacidade da ligação Rc bits/s “tubo” capaz de transportar fluido com débito Rc (bits/s) servidor com ficheiro de F bits a enviar ao cliente servidor envia bits (fluido) através do “tubo” “tubo” capaz de transportar fluido com débito Rs (bits/s) 56 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 29 Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Débito Rs < Rc Qual é o débito médio? Rs bits/s Rc bits/s Rs > Rc Qual é o débito médio? Rs bits/s Rc bits/s ligação ao longo do caminho que limita o débito do fluxo ligação de estrangulamento 57 Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Débito: um cenário na Internet 10 conexões partilham (de forma justa) a capacidade da ligação de backbone, R bits/s Rs Rs Rs Rc Rc Rc R P: débito por conexão? omin(Rc,Rs,R/10) na prática: Rc ou Rs são frequente/ as ligações de estrangulamento 58 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 30 Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Sumário 1.1 O que é a Internet? 1.2 Extremidade da rede (edge) terminais, redes de acesso, ligações 1.3 Núcleo da rede (core) comutação de circuitos, comutação de pacotes estrutura da rede 1.4 Atrasos, perdas e débito em redes de comutação de pacotes 1.5 Camadas protocolares, modelos de serviço 59 Camadas Protocolares As redes são complexas! muitas “peças”: o terminais o routers o ligações de diferentes tipos o aplicações o protocolos o hardware, software Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 60 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 31 Envio de Correspondência Cada camada usa a anterior acrescentando algo: o Precisão endereço o Serviços extras (fiável, aviso de recepção) Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 61 Registo Rua, Número Código Postal Aviso Recepção Rua, Número Código Postal Código Postal Registo Rua, Número Código Postal Aviso Recepção Dist. Regional Dist. Local Porquê estruturar em camadas? Lidar com sistemas complexos: Uma estrutura explícita permite a identificação e o relacionamento de diferentes peças do sistema omodelo de referência para discussão A modularização facilita a manutenção e actualização do sistema o Alterações na implementação de uma camada são transparentes para o resto do sistema Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao 62 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 32 Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Pilha protocolar da Internet aplicação: aplicações em rede o FTP, SMTP, HTTP transporte: transferência de dados entre processos o TCP, UDP rede: encaminhamento dos data-gramas entre a origem e o destino o IP, protocolos de encaminhamento ligação lógica: transferência de dados entre elementos de rede adjacentes o PPP, Ethernet ligação física: bits no “cabo” Física Lógica Rede Transporte Aplicação 63 Sessão Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao Modelo de referência ISO/OSI apresentação: permite às aplicações interpretar o significado dos dados, e.g., compressão, cifragem, convenções específicas da máquina sessão: autenticação, sincronização, checkpointing, recuperação de sessões a pilha da Internet não tem estas duas camadas! o estes serviços, se necessários, têm de ser implementados na camada de aplicação Física Lógica Rede Transporte Aplicação Apresentação 64 Telemedicina e e-Saúde 2009/2010 Introdução às Redes de Telecomunicação 33 Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao origem aplicação transporte rede lig. lógica lig. física CtCn M segmento datagrama destino CtCnCl M CtCn M Ct M M network link physical link physical CtCnCl M CtCn M CtCn M CtCnCl M router switch Encapsulamento messagem M CtCt M Cn trama aplicação transporte rede lig. lógica lig. física 65 FIM DA INTRODUÇÃO ÀS REDES DE COMUNICAÇÃO DE DADOS Telemed 09/10 - Intro Redes Com - pbrandao
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