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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO PEDAGOGIA VII
SANDRA APARECIDA GOMES DE OLIVEIRA
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL:
Contação de Histórias
Ribeirão das Neves 
2017
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL:
Contação de Histórias
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciada em Pedagogia.
Orientador: Prof. Natália Gomes dos Santos
Ribeirão das Neves 
2017
OLIVEIRA, Sandra Aparecida Gomes de. Alfabetização e Letramento na Educação Infantil: Contação de Histórias. 2017. 29 folhas. Projeto de Ensino (Graduação em Pedagogia) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Cidade, 2017.
RESUMO
O presente Trabalho que segue a linha da Docência na Educação Infantil tem como objetivo analisar como se dá o processo de Alfabetização e Letramento na Educação Infantil. A escolha em trabalhar essa temática se deu pela paixão que tenho por esse nível de ensino e considerar relevante trabalhar a alfabetização e letramento na Educação Infantil. Pois é por meio desse contato diversificado em seu ambiente social que as crianças descobrem o aspecto funcional da comunicação escrita, desenvolvendo interesse e curiosidade pela linguagem. Assim, introduzir as práticas de alfabetização e letramento no contexto infantil contribuirá para o desenvolvimento integral da criança, facilitando também para seu aprendizado nas séries iniciais do ensino fundamental. Com base em referenciais teóricos de: Magda Soares, Lev Vygotsky (1984-1991), Emília Ferreiro e Jean Piaget (1973-19751998) e do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998), será desenvolvido no decorrer deste Trabalho, um Projeto de Ensino com o tema: Contação de Histórias, utilizando e ampliando os significados do ler, escrever e brincar para as crianças. Este Projeto situa-se no contexto das discussões sobre o lugar do letramento e da alfabetização na educação infantil que foram intensificadas com o estabelecimento da obrigatoriedade do ensino fundamental de nove anos. Com o objetivo de despertar o interesse pela leitura dos pequenos e desenvolver habilidades de leitura, foi utilizado como recursos educacionais: Vídeos e livros da biblioteca da escola. Como avaliação; Será registrado em um quadro a aprendizagem para cada aluno, de modo a poder acompanhar os avanços de cada um, que deverá acontecer ao longo do ano letivo com base nas atividades desenvolvidas diariamente.
Palavras-chave: Alfabetização. Letramento. Educação Infantil. 
SUMÁRIO
1 Introdução.................................................................................................04
2 Revisão Bibliográfica ...............................................................................06
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino...............................17 3.1 Tema e linha de pesquisa......................................................................17
3.2 Justificativa.............................................................................................17
3.3 Problematização.....................................................................................17
3.4 Objetivos.................................................................................................18
3.5 Conteúdos...............................................................................................18
3.6 Processo de desenvolvimento................................................................18
3.7 Tempo para a realização do projeto.......................................................23
3.8 Recursos humanos e materiais..............................................................23
3.9 Avaliação................................................................................................23
4 Considerações Finais................................................................................24
5 Referências................................................................................................25
6 Anexos ......................................................................................................28
INTRODUÇÃO
Por meio deste Trabalho acadêmico que segue a linha da Docência na Educação Infantil, pretendemos analisar e compartilhar sobre as práticas pedagógicas que são realizadas nesta modalidade de ensino no contexto da Alfabetização e Letramento, contribuindo, significativamente, para a nossa formação docente. Pois Letramento é palavra de conceito recente, introduzido na linguagem da educação e das ciências linguísticas há pouco mais de duas décadas. Seu surgimento pode ser interpretado como decorrência da necessidade de configurar e nomear comportamentos e práticas sociais na área da leitura e da escrita que ultrapassem o domínio do sistema alfabético e ortográfico, nível de aprendizagem da língua escrita perseguido, tradicionalmente, pelo processo de alfabetização. 
Um olhar histórico sobre a alfabetização escolar no Brasil revela uma trajetória de sucessivas mudanças conceituais e, consequentemente, metodológicas. Atualmente, parece que de novo estamos enfrentando um desses momentos de mudança – é o que prenuncia o questionamento a que vêm sendo submetidos os quadros conceituais e as práticas deles decorrentes que prevaleceram na área da alfabetização nas últimas três décadas. Mesmo que a alfabetização seja um processo que só se inicia oficialmente no primeiro ano do ensino fundamental, suas bases são lançadas bem antes disso, pois desde que nasce a criança está exposta às práticas sociais da leitura e escrita. Partindo dessa concepção, apresentamos neste Projeto de Ensino uma investigação realizada acerca das práticas de alfabetização e letramento desenvolvidas na educação infantil. De acordo com Magda Soares (2009), a alfabetização e o letramento devem ter sua presença na Educação Infantil. Os pequenos, antes mesmo do ensino fundamental, devem ter acesso tanto a atividades de introdução ao sistema alfabético e suas convenções – a alfabetização, como também práticas sociais de uso da leitura e da escrita – o letramento. A partir de pesquisas com as inúmeras possibilidades de leitura, evidenciamos a possibilidade de abordar a Contação de Histórias, como recurso de aprendizagem dos alunos, no que diz respeito ao eixo leitura: Oral e Escrita. Desenvolvendo também atitudes de interação, de colaboração e de troca de experiências em grupo.
Neste Projeto, a alfabetização e o letramento são apresentados como parte fundamental na educação infantil, pois o processo de construção da base alfabética durante o qual as crianças formulam e reformulam hipóteses, construindo explicações sobre o que a escrita representa e como ela é representada, vai sendo apropriada na dimensão sonora da escrita, percebendo a relação entre o que falamos e o que escrevemos, desenvolvendo passo a passo a capacidade de representação alfabética e aproximando-se progressivamente das convenções ortográficas com suas regularidades e irregularidades.
Para realizar esse estudo optamos pela metodologia de investigação que se desenvolveu através leituras bibliográficas, leitura de textos, artigos e livros referentes ao tema. O referencial teórico baseia-se no campo de estudos sobre Alfabetização e Letramento, dando ênfase as suas práticas. Este trabalho está organizado em três partes. A primeira apresenta o campo teórico que serviu para a análise dos dados. A segunda apresenta Um Projeto de Ensino de Contação de Histórias feita para Educação Infantil e, por fim, na última parte são tecidas algumas conclusões a respeito desta temática. 
Revisão Bibliográfica
Devemos refletir sobre qual o lugar da escrita na vida de crianças pequenas, dentro e fora de instituições educacionais. A importância dessa questão fica evidenteao observarmos que ela esteve no centro das discussões sobre a especificidade da educação infantil diante do ensino fundamental ao longo das últimas décadas e é, novamente, ponto polêmico em discussões realimentadas pelas leis federais n. 11.114/2005 e n. 11.274/2006 e pela emenda constitucional n. 59/2009, que instituíram o ensino fundamental de nove anos como obrigatório em todo o território nacional. Essa nova configuração da educação básica provocou inúmeros debates entre acadêmicos, gestores, professores e famílias, salientando algumas tensões no campo da educação infantil (Brandão; Rosa, 2010; Brasil, 2009; Campos, 2009, por exemplo).
Nesse contexto de mudanças, um dos principais pontos de discussão centrou-se nas relações entre o brincar – considerado um dos eixos centrais no trabalho com a criança pequena – e a construção do conhecimento na educação infantil, particularmente no tocante ao letramento e à apropriação da linguagem escrita, considerada responsabilidade do ensino fundamental. Kramer (2010) denuncia a escassez de trabalhos que examinem o lugar da leitura e da escrita na educação infantil. Tal escassez reafirma certas convicções acerca das finalidades desse nível de ensino e de suas diferenças em relação às práticas pedagógicas no ensino fundamental. É nesse espaço de diferenciação, algumas vezes configurado como distanciamento, que podem ser observadas descontinuidades no processo de escolarização das crianças, seja quando passam da educação infantil para o ensino fundamental (Moss, 2008; Neves; Gouvêa; Castanheira, 2011; Nogueira, 2011, por exemplo), seja no tocante às experiências desse grupo geracional com a escrita dentro e fora da escola (Castanheira, 1991; Gilmore; Glatthorn, 1987; Heath, 1983). Segundo Corsino (2005), embora gestores e educadores das redes municipais de ensino reconheçam a importância do trabalho com a língua escrita nesse segmento, as atividades desenvolvidas com as crianças continuam a privilegiar cópias do alfabeto ou trabalhos de coordenação motora, objetivando uma suposta preparação para o ensino fundamental.
De acordo com Soares(2008), para entrar no mundo letrado é preciso que haja, primeiramente, escolarização real e efetiva da população e, em segundo lugar, deveria haver disponibilidade de material de leitura, ou seja, ter acesso a livros, revistas, jornais, livrarias e bibliotecas.
Portanto, no mundo atual, não basta dar aos indivíduos acesso ao sistema linguísticos, de modo que eles possam decifrar as palavras, é preciso ir além: letrar, e isto é feito em consonância com propostas pedagógicas que levam em conta os diferentes textos que circulam na sociedade com procedimentos metodológicos definidos e adequados. Como propõe o modelo ideológico, a versão forte do letramento e a concepção libertadora de Paulo Freire, “conduzir o trabalho de alfabetização na perspectiva do letramento, mais do que uma decisão individual é uma opção política (...)” (MACIEL e LÚCIO, 2008, p.31).
A escola tem papel fundamental na construção da identidade e da autonomia de cada aluno e deve considerar a importância da leitura nesse processo de transformar o aluno leitor sujeito, pois é através dessa ação que ele se tornará capaz de construir sua própria leitura e analisar sua visão do mundo. (MISSIAS, 2014).
Apesar das divergências metodológicas dos teóricos da área, existe certo consenso sobre o fato de que a aprendizagem da linguagem escrita não depende de um amadurecimento psicológico ou biológico, mas sim, de complexos processos de construção de conhecimentos ancorados nas oportunidades sociais que as crianças possam ter com a escrita. Atualmente, não se defende qualquer método de alfabetização, mas sim uma abordagem que trabalhe diversas práticas sociais de leitura e escrita, que trate as manifestações de nossa língua em sua complexidade e não da decodificação de sinais simples. Nesta pesquisa, a alfabetização e o letramento são apresentados como etapa muito importante na educação infantil, pois o processo de construção da base alfabética durante o qual as crianças formulam e reformulam hipóteses, construindo explicações sobre o que a escrita representa e como ela é representada, elas vão se apropriando da dimensão sonora da escrita, percebendo a relação entre o que falamos e o que escrevemos, desenvolvendo passo a passo a capacidade de representação alfabética e aproximando-se progressivamente das convenções ortográficas com suas regularidades e irregularidades.
História da alfabetização
A história da alfabetização iniciou-se quando os homens tiveram que criar sistemas de símbolos e signos, isto é, criaram formas de representar para que pudessem viver em coletividade, comunicando-se uns com os outros, trocando informações, enfim, agindo no mundo. Colaborando com a exposição acima, é relevante citar Oliveira (1992, p. 15), quando nos mostra os três períodos principais da história da Alfabetização.
Da antiguidade até o século XVIII, aproximadamente, quando o método utilizado era exclusivamente sintético, normalmente o processo alfabético. A partir do século XVIII, com o início da oposição teórica ao método sintético, que só se efetivou no início do século XX com Decroly (lembrando que a partir desse período coexistiram os processos fônico e silábico, do método sintético, bem como os processos de palavração, sentenciarão e global de contos, do método analítico). Na atualidade, vivemos a revisão crítica dos métodos tradicionais de alfabetização, provocada pelos índices continuamente alarmantes de fracasso escolar nessa fase da escolarização, e com questionamentos propiciados, a partir da década de 1980, pelas pesquisas de Emília Ferreiro e Ana Teberosky sobre a Psicogênese da Língua Escrita.
Com isso, podemos dizer que houve um grande avanço no sistema de alfabetização, e que, com o avanço de pesquisas sobre os métodos de alfabetização poderão facilitar cada vez a aquisição do conhecimento pelo aluno. Destacamos ainda a importância da escrita no processo de alfabetização, pois essa contribui para que o leitor possa ter um maior contato com a linguagem escrita. De acordo com Cagliari (1999, p.10)
Constata-se de que o inventor da escrita inventou ao mesmo tempo as regras da alfabetização, ou seja, as regras que permitem ao leitor decifrar o que está escrito, entender como o sistema de escrita funciona e saber como usá-lo apropriadamente. A alfabetização é, pois, tão antiga quanto os sistemas de escrita. De certo modo, é a atividade escolar mais antiga da humanidade.
A aprendizagem da língua escrita tem sido objeto de pesquisa e estudo de várias ciências nas últimas décadas, cada uma delas privilegiando uma das facetas dessa aprendizagem. Para citar as mais salientes: a faceta fônica, que envolve o desenvolvimento da consciência fonológica, imprescindível para que a criança tome consciência da fala como um sistema de sons e compreenda o sistema de escrita como um sistema de representação desses sons, e a aprendizagem das relações fonema-grafema e demais convenções de transferência da forma sonora da fala para a forma gráfica da escrita; a faceta da leitura fluente, que exige o reconhecimento holístico de palavras e sentenças; a faceta da leitura compreensiva, que supõe ampliação de vocabulário e desenvolvimento de habilidades como interpretação, avaliação, inferência, entre outras; a faceta da identificação e do uso adequado das diferentes funções da escrita, dos diferentes portadores de texto, dos diferentes tipos e gêneros de texto, etc. Cada uma dessas facetas é fundamentada por teorias de aprendizagem, princípios fonéticos e fonológicos, princípios linguísticos, psicolinguísticos e sociolinguísticos, teorias da leitura, teorias da produção textual, teorias do texto e do discurso, entre outras. Consequentemente, cada uma dessas facetas exige metodologia de ensino específica, de acordo com sua natureza, algumas dessas metodologias caracterizadas por ensino direto e explícito, como é o caso da faceta para a qual se volta a alfabetização, outras caracterizadaspor ensino muitas vezes incidental e indireto, porque dependente das possibilidades e motivações das crianças, bem como o Letramento.
Práticas e eventos de letramento: analisando o ambiente escolar
Como já apontamos acima a criança nasce em um ambiente letrado e a Educação Infantil não pode ficar a margem destas práticas em seu cotidiano. Mesmo não tendo a intenção de alfabetizar, práticas e eventos de letramento imergem no cotidiano dos Centros de Educação Infantis (CEIs). A criança vive em um ambiente onde a convivência com livros, com adultos alfabetizados e com as letras é constante. Coelho (2010) salienta que a aprendizagem da linguagem oral e escrita é de suma importância para as crianças ampliarem suas participações nas práticas sociais. O conhecimento que a criança traz e suas hipóteses sobre o que é e para que serve saber ler e escrever é essencial para a aquisição da escrita e da leitura. Mesmo que a escola tenha tomado para si a função de alfabetizar as crianças (TRINDADE, 2004), embora esta prática tenha ocorrido em outros espaços até o século XIX, o processo de alfabetização e letramento não ocorre somente neste espaço. Quando na escola ampliamos os conhecimentos sobre escrita percebemos que:
 As atividades de alfabetização e letramento devem desenvolver-se de forma integrada. Caso sejam desenvolvidas de forma dissociada, a criança certamente terá uma visão parcial e, portanto, distorcida do mundo da escrita. A base será sempre o letramento, já que leitura e escrita são, fundamentalmente, meios de comunicação e interação, enquanto a alfabetização deve ser vista pela criança como instrumento, para que possa envolver-se nas práticas e usos da língua escrita. Assim, a história lida pode gerar várias atividades de escrita, como pode provocar uma curiosidade que leve à busca de informações em outras fontes; frases ou palavras da história podem vir a ser objeto de atividades de alfabetização; poemas podem levar à consciência de rimas e aliterações. O essencial é que as crianças estejam imersas em um contexto letrado - o que é uma outra designação, que também se costuma chamar de ambiente alfabetizador - e que nesse contexto sejam aproveitadas, de maneira planejada e sistemática, todas as oportunidades para dar continuidade aos processos de alfabetização e letramento que elas já vinham vivenciando antes de chegar à instituição de educação infantil. (SOARES, 2009, online). 
Os dois processos, de alfabetização e de letramento, a princípio são indissociáveis, pois devemos levar em consideração a inserção da no mundo da língua escrita por meio de suas habilidades. Como enfatiza Coelho:
A Educação Infantil é uma etapa fundamental do desenvolvimento escolar das crianças. Nessa fase, as crianças recebem informações sobre a escrita, quando brincam com os sons das palavras, reconhecendo semelhanças e diferenças entre os termos, manuseiam todo tipo de material escrito, como revistas, gibis, fascículos, etc., momento em que o professor lê textos para os alunos e/ou escreve os textos que os alunos produzem oralmente. Essa familiaridade com o mundo dos textos proporciona maior interação na sociedade letrada. (COELHO, 2010, p. 83)
A prática do letramento na educação infantil e o papel do professor
Vygotsky e Bakhtin apresentam a constituição da linguagem escrita pela criança como parte do processo geral de constituição da linguagem. E como um processo contínuo de inserção no mundo da escrita através das interações sociais orais da criança, considerando o significado que a escrita tem na sociedade. Desde pequenas as crianças estão em contato com situações que envolvem a linguagem oral e escrita tais como: canções de ninar, histórias contadas oralmente ou narradas com o uso de livros e outros textos. Trata-se, pois, de um aprendizado complexo, e é nessa perspectiva que Bakhtin e Vygotsky apresentam a linguagem como processo de interação entre indivíduos, levando-nos a refletir sobre a ação educativa na construção do processo de letramento. Para Bakhtin (1997), a linguagem é constituída por situações sociais que o sujeito estabelece com o mundo. O uso da língua nas diversas atividades humanas como no modo que as pessoas expressam suas vivências, suas crenças, seus sentimentos e seus desejos são suas formas subjetivas de apresentar seus conhecimentos e suas relações com o mundo. 
A riqueza e a variedade dos gêneros do discurso são infinitas, pois a variedade virtual da atividade humana é inesgotável, e cada esfera dessa atividade comporta um repertório de gêneros do discurso que vai diferenciando-se e ampliando-se à medida que a própria esfera se desenvolve e fica mais complexa. (BAKHTIN, 1997, p.299).
A atividade humana, em todas as suas esferas, está sempre relacionada à utilização da língua e a utilização da língua efetua-se nas interações e na construção da singularidade do sujeito na construção de suas marcas/ dos discursos que tornam o sujeito pertencente a determinado(s) grupo(s). Bakhtin (1997) destaca a produção de linguagem na perspectiva da enunciação, unidade real da comunicação organizado na forma do gênero discursivo, destaca a natureza social da situação de produção de discursos. Segundo o autor é esta situação que os sentidos constroem-se, dialogam e disputam espaço, etc. A interação/o diálogo, então, é condição fundamental para que se conceba a linguagem. No campo da Educação Infantil, os estudos e pesquisas sobre processo de letramento, contribuíram para compreensão do processo de aquisição da linguagem escrita. Consideramos que a linguagem escrita tornou-se fundamental para o processo de socialização.
Para Vygotsky (2007) a linguagem escrita não segue uma linha reta e nem contínua, pois para o autor a linguagem escrita diz respeito à apropriação da produção da cultura, dos modos de vida, das crenças, das concepções dos conhecimentos elaborados e sistematizados partilhados com os sujeitos ou grupos que compõem o contexto mais próximo à criança.
O homem realiza sua mediação com o ambiente por meio de instrumentos, de signos (linguagem, escrita, sistema de números etc.) que são criados pela sociedade ao longo do curso da história humana, mudando a forma social e o nível de seu desenvolvimento cultural. Realiza-se assim a internalização dos sistemas de signos, produzidos culturalmente, de modo que o mecanismo de mudanças individuais ao longo do desenvolvimento tem suas reais na sociedade, na cultura. (FREITAS, 1994, p.90).
É importante ressaltar que em uma atividade há um entendimento de possibilitar as crianças o contato com o texto escrito, aqui estamos refletindo as possibilidades de ampliação dessa atividade o que poderia levar as crianças a uma maior exploração de vários portadores de textos, explicitando os variados usos e funções que lhes são inerentes numa sociedade letrada que a criança vive. O processo de constituição da linguagem pela criança inicia fora das instituições educacionais. Cabe aos professores de Educação infantil trazer significado a esse processo, para o mundo da criança, onde ela tenha interesse. Refletir sobre o aprendizado da linguagem escrita na Educação Infantil é voltar-se para a prática do professor e analisar se esta fundamenta na escolarização e na repetição de atividades que não têm sentido e significado para as crianças ou se(re) conhecer que a aprendizagem da criança se dá em diferentes contextos e se propor a organizar um trabalho intencional que considere o processo de aprendizagem das crianças “o ensino tem de ser organizado de forma que a leitura e a escrita se tornem necessárias às crianças” (VYGOTSKY, 2007, p.143). A linguagem escrita na Educação Infantil encontra fundamento no fato da criança promover cultura através da interação com o mundo e com a variedade de produções culturais que existem, sendo a escrita o elemento fundamental dessa cultura, dessa forma, a criança interage com a escrita, passa a entendê-la e dela se apropria como parte de seus conhecimentos para que se constitua a socialização.
Estudos sobrea oralidade e a interação verbal vem ganhando cada vez mais força no campo da alfabetização e do letramento. Do mesmo modo, a oralidade vem sendo destacada em documentos federais disponibilizados pelo Ministério da Educação – MEC. O Parecer nº 20/2009 do CBE/CNE, por exemplo, ressalta que dentre os bens culturais que a criança tem direito ao acesso um deles é a linguagem verbal, o qual inclui a oralidade e a escrita (BRASIL, Parecer CBE/CNE nº 20/2009). 
Consta no referido documento que a linguagem escrita é objeto de interesse das crianças muito antes de ser introduzida formalmente na escola e que sua abordagem não pode se dar a partir de uma prática mecânica e sistemática. No contexto da Educação Infantil a escrita precisa ser trabalhada a partir de atividades prazerosas “como a leitura diária de livros pelo professor, a possibilidade da criança desde cedo manusear livros e revistas e produzir narrativas e “textos”, mesmo sem saber ler e escrever” (BRASIL, Parecer CBE/CNE nº 20/2009). 
A linguagem oral, nessa perspectiva, apresenta-se intimamente relacionada à escrita na medida em que é por intermédio da oralidade que o uso do suporte escrito é problematizado e compartilhado nas práticas com as crianças pequenas. Dessa forma, quando pensamos no direito ao acesso à linguagem verbal, que é um bem cultural, não apenas a escrita, mas a oralidade se torna indispensável ao pleno desenvolvimento das capacidades linguísticas das crianças. O Parecer CEB/CNE nº 20/2009, indica essa relevância à linguagem oral ao ressaltar que sua aquisição:
[...] depende das possibilidades das crianças observarem e participarem cotidianamente de situações comunicativas diversas onde podem comunicar-se, conversar, ouvir histórias, narrar, contar um fato, brincar com palavras, refletir e expressar seus próprios pontos de vista, diferenciar conceitos, ver interconexões e descobrir novos caminhos de entender o mundo. É um processo que precisa ser planejado e continuamente trabalhado (BRASIL, Parecer CBE/CNE nº 20/2009, p. 15). 
Segundo o Referencial Curricular para a educação infantil nas sociedades letradas, as crianças, desde os primeiros meses, estão em permanente contato com a linguagem escrita. É por meio desse contato diversificado em seu ambiente social que elas descobrem o aspecto funcional da comunicação escrita, desenvolvendo interesse e curiosidade por essa linguagem. Diante do ambiente de letramento em que vivem, as crianças podem fazer, a partir de dois ou três anos de idade, uma série de perguntas, como “O que está escrito aqui? ”, ou “O que isto quer dizer? ”, indicando sua reflexão sobre a função e o significado da escrita, ao perceberem que ela representa algo. Nesse documento ainda é importante mencionar que, para aprender a escrever a criança terá de lidar com dois processos de aprendizagem paralelos: o da natureza do sistema de escrita da língua – o que a escrita representa e como – e o das características da linguagem que se usa para escrever. A aprendizagem da linguagem escrita está intrinsicamente associada ao contato com textos diversos, para que as crianças possam construir sua capacidade de ler, e às práticas de escrita, para que as crianças possam desenvolver a capacidade de escrever autonomamente. Constata-se, que, desde muito pequenas, as crianças podem usar o lápis e o papel para fazer garatujas, imprimindo marcas, tentando imitar a escrita dos mais velhos, assim como se utilizam de livros para emitir sons e gestos como se estivessem lendo. Partindo desse entendimento, o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI 1998, p.128) “ressalta a importância do manuseio de materiais, de textos (livros, jornais, cartazes, revistas, etc.) pelas crianças, uma vez que ao observar produções escritas a criança, vai conhecendo de forma gradativa as características formais da linguagem”. Dessa forma, dispor livros para as crianças manusearem constituem práticas que devem estar presentes desde os primeiros anos de vida, no qual as crianças podem imitar uma variedade de gestos e ações que vão muito além dos limites de suas próprias capacidades. Por meio da imitação, a criança irá apropriar-se dos comportamentos leitores e significar a prática da leitura, condição necessária para a aprendizagem. Desde muito pequenas as crianças elaboram uma série de ideias e hipóteses provisórias antes de compreender o sistema escrito em toda sua complexidade. Sendo assim o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998, p. 128) destaca que: 
As hipóteses elaboradas pelas crianças em seu processo de construção de conhecimento não são idênticas em uma mesma faixa etária, porque dependem do grau de letramento de seu ambiente social, ou seja, da importância que tem a escrita no meio em que vivem e das práticas sociais de leitura e escrita que podem presenciar e participar. 
Diante desse contexto, as crianças que convivem em um ambiente letrado, onde suas famílias fazem uso dessas práticas sociais de leitura e escrita, com certeza irá aprender com mais facilidade do que aquelas que vivem em ambientes onde essas práticas não circulam. O letramento tem um início muito cedo e é algo que não termina nunca, ou seja, vivemos em um mundo letrado, onde temos acesso a muitas informações, como revistas, livros, bulas de remédio, placas, etc. É importante ter claro, que letrar é mais do que alfabetizar, porque conforme Soares (2003) o letramento é a capacidade de entendimento que o sujeito tem sobre o que vê, escuta e lê. Soares (2009) ainda aponta que, a leitura frequente de histórias para crianças é, sem dúvida, a principal e indispensável atividade de letramento na educação infantil. Se adequadamente desenvolvida, essa atividade conduz a criança, desde muito pequena, a conhecimentos e habilidades fundamentais para a sua plena inserção no mundo da escrita.
Destaca-se que a oralidade está intimamente ligada às situações vivenciadas no cotidiano e ao modo de participação. Entendemos que ao ouvir a leitura de histórias a partir de um livro, discutir um assunto relacionado a uma reportagem de revista ou de jornal, observar seu relato ser escrito por alguém, dentre outras atividades que são mediadas pela interação oral e o texto, a criança vai compreendendo que existe relação entre a oralidade, a escrita e diferentes suportes textuais. 
As distintas formas de participação das crianças em situações que envolvem a oralidade e a escrita, vão possibilitando que elas construam diferentes modos de serem letradas, entendendo sobretudo que “[...] o conceito de letramento se institui e se constitui na interface com a oralidade, com quem estabelece uma relação de interdependência. A oralidade é o contexto propiciador das práticas de escrita[...].” (MARINHO, 2010, p. 80). 
Nesse sentido, é possível afirmar que situações que envolvem a oralidade podem ser entendidas como letradas na medida em que “[...] podem repetir, reforçar, ampliar, ajustar ou contradizer o que está escrito” (MARINHO, 2010, p. 81), sem fundamentalmente fazer uso específico da leitura e da escrita. 
As relações entre oralidade e escrita são discutidas por Kleiman (1995, p. 28), a qual entende que “[...] nem toda a escrita é formal e planejada [...]”, assim como “[...] nem toda a oralidade é informal e sem planejamento [...]”. Para a autora, a interface entre a oralidade e a escrita parte de um contínuo em que a oralidade partilha de traços da escrita, quando há um foco no conteúdo, e a escrita apresenta traços em comum com a oralidade. 
A importância de propostas que contemplem temáticas do interesse das crianças foi indicada por Manrique (2007) ao destacar a relevância da interação verbal para a aprendizagem referindo-se, principalmente, à possibilidade de conversas serem transformadas em materiais de leitura e escrita, destacando o enfoque comunicativo da linguagem. De acordo com a referida autora:
[…] os interesses da criança, suas experiências e sua linguagem têm um papel relevante na aprendizagem. Dos relatos que as crianças fazemde experiências compartilhadas, de contos, de todo intercâmbio verbal na aula, surgem os materiais de leitura e escrita. A linguagem escrita retoma seu valor comunicativo: já não se trata de emissões distantes do mundo referencial da crianças. (MANRIQUE, 2007, p. 22).
A Educação Infantil, na função de promover o desenvolvimento integral da criança, tem no professor mediador o papel de assegurar o desenvolvimento e aprendizagem significativa. A compreensão desses aspectos pelo professor mediador pressupõe que este planeje situações significativas de aprendizagem o que nos leva para a segunda consideração a ação pedagógica. Para Barbosa (1997) uma ação pedagógica perpassa na elaboração de um planejamento culturalmente significativo para as crianças e adultos, no sentido de que haja uma articulação entre os conceitos cotidianos e os conceitos científicos. Para que isso aconteça é necessário conhecer a criança, compreender e considerar as formas como ela aprende e se desenvolve cotidianamente. Os processos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças se constituem a partir de seu contexto social, histórico e cultural e de encontro com os contextos de outros sujeitos encontro este marcado e movido pela mediação que produz significações diversas. Na perspectiva, sócio histórico e cultural, que fundamenta o trabalho de Vygotsky (2007), o sujeito constrói seu conhecimento, sua cognição e sua afetividade na interação com parceiros mais experientes de sua cultura. O sujeito não nasce pronto nem é cópia do ambiente externo. Em seu desenvolvimento há uma interação constante e ininterrupta entre processos internos e a influência do mundo em que vive. Para Vygotsky (2007), nós só nos desenvolvemos se (e quando) aprendemos. A aprendizagem possibilita o desenvolvimento que por sua vez, possibilita novas aprendizagens. A aprendizagem diz respeito à apropriação e a produção da cultura, dos modos de vida, das crenças, das concepções dos conhecimentos elaborados e sistematizados partilhados com os sujeitos ou grupos que compõem o contexto mais próximo à criança.
Ao manusear os livros, as crianças podem mobilizar aquilo que aprenderam ao ouvir histórias lidas pelo professor, imitando seus comportamentos leitores. Na exploração desse objeto podem reproduzir gestos de folhear, apontar para as palavras e imagens, pronunciar palavras ao percorrerem o texto com os olhos, significando simultaneamente a prática de leitura e o objeto livro. O contato com textos e imagens, bem como a possibilidade de manusear o livro, permite que aprendam, sobretudo, o uso e o significado social do livro, distinguindo-o dos brinquedos e de outros objetos de seu cotidiano. Soares (2009) aponta que a leitura de histórias é uma atividade que enriquece o vocabulário da criança e proporciona o desenvolvimento de habilidades de compreensão de textos escritos, de inferência, de avaliação e de estabelecimento de relações entre fatos. Tais habilidades serão transferidas posteriormente para a leitura independente, quando a criança se tornar apta a realizá-la. De acordo com os pressupostos teóricos da concepção de letramento, a criança, desde o momento que entra em contato com a linguagem, escrita e oral, e percebe sua função, que é para a primeira, o registro da fala e, para a segunda, ler o que está registrado, já está participando do processo de letramento, diz Soares (2004). Assim, podemos afirmar que a criança faz parte de um mundo letrado, mundo que, na verdade, já faz parte desde o seu nascimento, pois desde este momento já interage com os signos, figuras, letras, números e tudo que possa ter significado para a linguagem escrita. A autora considera essa criança letrada, vejamos:
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[...] a criança que ainda não se alfabetizou, mas já folheia livros, finge lê-los, brinca de escrever, ouve histórias que lhe são lidas, está rodeada de material escrito e percebe seu uso e função, essa criança é ainda “analfabeta”, porque não aprendeu a ler e escrever. Mas já penetrou no mundo do letramento, já é, de certa forma, letrada. (SOARES, 2009, p, 24).
Diante das palavras da autora, a criança que não é alfabetizada, mas está imersa de diversos materiais no seu dia a dia, na família ou na escola, compreende as histórias contadas, finge que está escrevendo, de certa forma essa criança não é alfabetizada, mas, é letrada. Além dos textos literários, a autora destaca que é de suma importância trabalhar outros tipos de textos, como os textos informativos, textos injuntivos, textos publicitários, textos jornalísticos, histórias em quadrinhos, etc. Introduzir desde cedo esses diversos gêneros textuais na instituição de educação infantil, dar suporte para a criança identificar o objetivo de cada gênero, o leitor a que se destina o modo específico de ler cada gênero. Na Educação Infantil, é um dever trabalhar com a concepção de letramento com as crianças, desde o momento que esta chega à instituição infantil, estimulando-a a participar ativamente do processo de construção da leitura e da escrita do seu mundo e não do mundo do educador ou dos autores de cartilhas e livros didáticos. Fazer com que as crianças tenham liberdade de expressão e que possam experimentar as múltiplas linguagens, como a música, dança, artes, leituras de literatura infantil clássica e brasileira, histórias em quadrinhos, jogos, brinquedos e brincadeiras, entre outras.
Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino
Alfabetização e Letramento na Educação Infantil: Contação de Histórias
Tema e linha de pesquisa
Este Trabalho acadêmico que segue a linha da Docência na Educação Infantil, pretende aprofundar e compartilhar sobre as práticas pedagógicas que são realizadas nesta Modalidade de Ensino no contexto da Alfabetização e Letramento. Para tal foi desenvolvido um Projeto de Ensino de Contação de Histórias, contribuindo significativamente, para a nossa formação docente. 
Justificativa
É de suma importância trabalhar as práticas da leitura e escrita (Letramento), pois são à base de qualquer processo de ensino aprendizagem da linguagem escrita. Não é possível pensar sobre a escrita sem praticá-la. Não trabalhar essas práticas significa ocultar esse assunto das crianças, já que é impossível obter informações sobre a escrita fora dos atos sociais em que ela se manifesta. Vygotsky e Bakhtin apresentam a constituição da linguagem escrita pela criança como parte do processo geral de constituição da linguagem. E como um processo contínuo de inserção no mundo da escrita através das interações sociais orais da criança, considerando o significado que a escrita tem na sociedade.
O ato de contar histórias para as crianças está presente em todas as culturas, letrada ou não letrada, desde os primórdios da humanidade. Toda criança gosta de ouvir histórias. No espaço educacional a prática de contação de histórias deve ser realizada durante todo o ano, principalmente nas turmas da Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental. Uma leitura em voz alta quando é bem realizada, desperta atenção, o desejo, a curiosidade e a vontade de repetir a experiência de escutar historias e também de ser leitor.
Problematização
Os trabalhos desenvolvidos na Educação Infantil são marcados, dentre outras, por duas concepções primordiais: a primeira, de que é necessário educar (ensinar) para possibilitar às crianças o acesso à leitura e à escrita preparando-as para a primeira fase do Ensino fundamental. A segunda por uma concepção assistencialista que tem o cuidado, como princípio fundamental. A esta é vinculada a concepção pré-sociológica marcada por um modelo de criança que é considerada como um ser a se desenvolver - pura e ingênua, e por vezes caracterizou-se por tratar a criança como “adulto em miniatura”, que se configura pela lógica do cotidiano do adulto, sem direito de escolhas. (Cf. HEYWOOD, 2004). Propusemos neste trabalho aprofundar esta problemática como Docentes, compreendendo as orientações teóricas sobre letramento e como essa compreensão volta-se para as práticasde letramento em sala de Educação Infantil. Tendo em vista este propósito, buscou-se fundamentá-lo com ênfase na Contação de História como elemento de constituição da subjetividade da criança.
Objetivos
Os objetivos deste Projeto está ligado em despertar o interesse dos alunos de quatro a seis anos pelo Letramento, desenvolvendo habilidades de leitura e também desenvolvendo atitudes de interação, de colaboração e de troca de experiências em grupo.
Objetivos específicos:
•	Participar de diferentes momentos de leitura;
•	Utilizar a biblioteca da escola;
•	Desenvolver o hábito de leitura;
•	Ampliar o vocabulário e as possibilidades de leitura;
Conteúdos
Linguagem Oral e Escrita: Falar e Escutar; Práticas de leitura e escrita.
Processo de desenvolvimento
1ª atividade: aproximadamente 2 aulas de 50 minutos.
Contação de histórias – leitura do professor: Organize a sala de aula ou outro espaço da escola para a contação de histórias, de modo a torná-la agradável, proporcionando momentos mágicos de leitura. Os alunos podem ser organizados em um semicírculo para que todos tenham acesso às imagens. Realizar contação de história por meio de fantoches, contação de história em slides, contação de história seriada, contação de história com efeito de sombras.
 O contador de histórias deve ser dinâmico e fazer uso de diferentes estratégias para contação de histórias, pois estes recursos serão fundamentais para que a turma desenvolva o prazer e o interesse pelo mundo da leitura. Portanto, organize um repertório de histórias (livres ou de acordo com alguma temática a ser trabalhada) e crie espaços e formas de contação de histórias às crianças. Nesta primeira atividade vamos fazer contação de história em rodinhas e contação de história dramatizada, utilizando livros disponíveis na biblioteca da escola. 
2ª atividade: aproximadamente 2 aulas de 50 minutos.
Contação de histórias – leitura dos alunos: Apresentar diferentes textos para as crianças de forma significativa que favorecem a interação com eles. O que contribui para que se interessem pela leitura e para que gostem de ler. A questão não é a obrigatoriedade da leitura, mas oferecer condições para a realização dessa leitura. utilizamos estratégias para trabalhar com contação de história (leitura dos alunos) durante todo ano. A estratégia é trabalhar com a Leitura Compartilhada: Uma parceria entre a família e a escola, a qual proporciona aos alunos esse estreitamento entre leitura, escola e família. O objetivo geral dessa atividade é desenvolver atitudes favoráveis à leitura e à escrita, além de propiciar a interação da família com a escola no processo de ensino e de aprendizagem. Essa estratégia poderá ter a duração de um semestre, sendo uma apresentação por semana. Cada apresentação semanal terá duração de 50 minutos, aproximadamente. Disponibilize na sala de aula uma cesta ou um espaço com diversos livros de literatura infantil; Faça uma ordem de apresentação dos alunos, por exemplo, podendo seguir a lista dos nomes dos alunos em ordem alfabética, ou criando uma própria sequência de acordo com a turma. Feita a ordem de apresentação, o primeiro aluno escolhe um livro e terá que levar para casa para fazer as seguintes atividades:
1. Ler o livro ou pedir para algum familiar ou responsável fazer a leitura;
2. Preparar juntamente com a família, de forma criativa, uma apresentação na escola (na sala de aula ou em outro espaço que a família quiser apresentar para turma, por exemplo: pátio, quadra, anfiteatro, dentre outros).
A família pode preparar uma contação de história por meio de fantoches. Orientar a família a trazer diversos objetos que se iniciam com as letras do alfabeto para contar a história: Palavras muitas palavras de Ruth Rocha. (ROCHA, Ruth. Palavras muitas palavras. 3. ed. São Paulo: Quinteto editorial, 1998).
Após esse momento, preparar algumas atividades em sala de aula sobre a história, dentre elas:
•	Realização de desenhos;
•	Colagens, pinturas;
•	Criação de uma nova história com os mesmos personagens;
•	Criação de novos finais para a mesma história;
•	Seleção de palavras da história para criar outras histórias;
•	Criação de jogos para trabalho de ortografia e vocabulário (bingo, caça palavras, cruzadinha);
•	Elaboração de texto coletivo sobre alguns personagens da história;
Outra estratégia tem como objetivo de desenvolver o hábito da leitura por meio desse projeto e a “Ciranda do livro”. Orientações:	Escolher os livros de literatura infantil de acordo com o número de alunos. Por exemplo: 25 alunos, 25 livros; Colocar cada livro dentro de uma pasta ou sacolinha personalizada. Ao todo, será, seguindo o exemplo acima, 25 pastas ou 25 sacolinhas com livros diferentes; Orientar os alunos, para que cada um, escolha o livro que gostaria de ler e levar para casa, todos no mesmo dia; Colocar dentro de cada pasta/sacolinha juntamente com o livro, uma atividade a ser feita após a leitura do mesmo. Exemplo: Faça um fantoche das personagens principais da história e deixe dentro da pasta; Marcar a data em que os alunos deverão trazer a pasta para a sala de aula. Caberá ao professor verificar se todos os alunos fizeram a atividade; Incentivar, na sequência, os alunos para escolherem novamente outro livro/pasta para ler em casa. Juntamente, deverá conter um texto explicando a outra atividade a ser feita. Exemplo: Conte a história para sua família utilizando os fantoches construídos pelo colega. Cada vez que o aluno levar a pasta haverá uma atividade a ser feita após a leitura do livro. Essa atividade deverá ser elaborada da seguinte forma veja:
•	Fazer fantoches dos personagens da história;
•	Criar um caça palavras, com palavras importantes da história;
•	Faça uma ilustração sobre o livro;
•	Inventar juntamente com os alunos, outro final para a história;
•	Elaborar duas perguntas sobre a história para o próximo colega responder, dentre outras.
Elaborar também um bilhete para as famílias dos seus alunos, explicando sobre a atividade. É de suma importância a participação da família na realização da mesma. Como registro e arquivo os alunos poderão fotografar ou filmar todas as apresentações da contação de história, uma vez que, eles tem habilidades com o celular, podendo fazer isso também em casa. É uma forma de lembrança e registro da vivência realizada por eles.
3ª atividade: aproximadamente 1 aula de 50 min/semanal.
Explorando a biblioteca escolar: Ir com os alunos à Biblioteca pelo menos uma vez na semana. Os alunos poderão ler livros na própria Biblioteca e também fazer empréstimo do livro que gostaria de ler em casa. Sendo assim, o livro fica uma semana com o aluno e toda semana há um novo empréstimo. Permitir que seus alunos fiquem à vontade para escolherem o livro que se interessarem, embora seja necessário que você explore e conheça os materiais do acervo da Biblioteca da Escola, principalmente os livros avaliados pelo PNBE - Programa Nacional Biblioteca da Escola - e outros que sejam disponibilizados para uso dos alunos, bem como outros materiais disponíveis no acervo da Biblioteca.
 “Um dos destaques do PNBE - Programa Nacional Biblioteca da Escola é a distribuição dos livros de literatura, que engloba textos em prosa (novelas, contos, crônicas, memórias, biografias e teatro), em verso (poemas, cantigas, parlendas, adivinhas), livros de imagens e livros de história em quadrinhos. Esses livros são destinados às bibliotecas das escolas.” (BRASIL, 2012, p. 40.).
4ª atividade: aproximadamente 1 aula de 50 min
Acessar o Portal do Professor, que disponibiliza em seus conteúdos multimídias um vídeo do episódio do programa Viagens de leitura, da TVE Brasil. Convidar as crianças a assistir o vídeo que aborda a importância das Bibliotecas para o estímulo à leitura e mostra também que a Biblioteca não é apenas um depósito de livros, mas sim um local que possui conhecimento em inúmeros suportes. O trabalho a ser realizado após a apresentação do vídeo é de suma importância para consolidar as informações adquiridasa partir do seu conteúdo. Por isso, organize uma roda de conversa com a turma e tenha como parâmetro os seguintes itens para nortear o diálogo:
1) Qual a importância da leitura na vida das pessoas?
2) Qual a importância da Biblioteca?
3) O que as crianças aprendem por meio dos livros?
4) Como eu me sinto quando estou lendo um livro?
É fundamental que durante a discussão, os alunos reflitam sobre a importância da leitura na vida das pessoas e identifiquem a leitura enquanto algo bom e prazeroso, onde a pessoa pode ampliar seus conhecimentos de mundo, suas possibilidades de se comunicar, apresentar suas ideias, sonhar, imaginar, criar.
5ª atividade: aproximadamente 60 min
Biblioteca volante: Para isso, será necessário criar o acervo da turma de acordo com a quantidade de alunos. Para construir esse acervo, solicite que cada criança doe um livro ou se não for possível, peça emprestado na própria Biblioteca da escola. Independente da forma é essencial incorporar sempre o acervo da turma. Importante: se pegar os livros na Biblioteca da Escola é de suma importância que eles fiquem na sala de aula, pois haverá troca entre os alunos. Converse com a bibliotecária da escola.
Os alunos deverão escolher um livro para fazer a leitura em casa ou na escola e durante um período de tempo os alunos trocam entre si os exemplares. Pode-se convidar outra turma para também fazer parte desse Projeto Biblioteca Volante, os alunos poderão trocar o acervo. Dessa forma, em certo período de tempo as crianças vão ter acesso a vários livros, histórias, conhecimentos.
6ª atividade: aproximadamente 50 min./aula
Diferentes espaços de leitura na sala de aula: Os cantinhos de leitura em sala de aula são imprescindíveis para a contribuição no processo de constituição do leitor. Nesse sentido, criar alguns cantinhos de leituras, organizados de forma diferente, mas com o suporte do lúdico que garante o objetivo da atividade: para dar sentido ao que lê. Disponibilizar diferentes textos para que a criança possa ler por prazer, ler o que quiser ler.
Possibilidades de cantinhos de leitura para se organizar na sala de aula: 
1) Cantinho literário: Crie um espaço com tapetes, almofadas e disponibilize nesse cantinho diferentes textos/livros literários: Contos de fadas, poesias, fábulas, lendas, romances, dentre outros.
Variações:
•	Cantinho do gibi;
•	Cantinho do jornal;
•	Cantinho das parlendas e cantigas de roda.
2) Cantinho da informação:
Ofereça um espaço com cadeiras, mesas e disponibilize um telefone de brinquedo e alguns portadores de textos: lista telefônica, folhetos de pizzaria, agenda para marcar consulta com o médico, anúncio, dentre outros suportes.
3) Cantinho da receita:
Organize um espaço com mesas e disponibilize batedeiras, liquidificador, fogão de brinquedo, algumas vasilhas juntamente com: livros de receitas, embalagens de produtos. As crianças brincam de fazer receitas e ao mesmo tempo realizam práticas de leituras, que lhes ajudam a saberem como proceder em determinada receita. Observação: A partir desse trabalho, realize, posteriormente, uma receita juntamente com a turma.
4) Cantinho do Trânsito:
Criar um espaço com placas e sinais de trânsito, semáforo de papelão, faixa de pedestre, lista com multas, infrações e significados das placas, dentre outros materiais de trânsito. As crianças vão criar situações de trânsito e praticar a leitura de imagens, bem como a leitura para identificar o significado dos símbolos. Essas atividades ajudam as crianças a lerem por prazer, a vivenciar diferentes práticas de leitura e a atribuir sentido a esses diferentes portadores e gêneros textuais que fazem parte do nosso dia a dia. 
Tempo para a realização do projeto
O tempo gasto para a realização do Projeto: Terá a duração de um semestre, divididos em aulas de 50 min/dia.
Recursos humanos e materiais
Aparelho de DVD; fitas de vídeo; Livros infantis; revistas e jornais usados; Livros de receitas; fantoches confeccionados com retalhos; papelão; brinquedos usados; lápis de escrever e de cor; tesouras e cola branca.
Avaliação
A avaliação deverá acontecer ao longo do ano letivo e, com base nela e nas atividades desenvolvidas diariamente, seguimos um quadro de registro da aprendizagem para cada aluno(em Anexo), de modo a poder acompanhar os avanços de cada um, com relação às habilidades de leitura trabalhadas nessa aula, bem como os avanços no Sistema de Escrita Alfabética. Por meio desse quadro é possível, também, analisar o rendimento dos alunos de modo a pensar nas soluções para que efetivamente eles aprendam.
Considerações finais
Podemos afirmar que a criança é um ser social, sujeito atuante nas diversas práticas sociais, e que é preciso conhecer seus modos de produção e expressão, para planejar situações capazes de desafiá-las, ajudando-as a avançar nas suas aprendizagens e no seu desenvolvimento de suas capacidades. Nesse processo, o professor tem um papel fundamental, ele deve se responsabilizar por propiciar bons contextos de mediação e ter competência de criar condições para que as aprendizagens ocorram, considerando e respeitando o ritmo de aprendizagem de cada criança, pois é ele quem planeja as melhores atividades, aproveita as diversas situações do cotidiano e potencializa as interações. Dispor de um acervo em sala com livros e outros materiais, como histórias em quadrinhos, revistas, jornais etc., classificados e organizados com a ajuda das crianças. Um bom professor deve organizar momentos de leitura livre nos quais ele também leia para si. Para as crianças é fundamental ter o professor como um bom modelo. O professor que lê histórias, que tem boa e prazerosa relação com a leitura e gosta verdadeiramente de ler, tem um papel fundamental: o de modelo para as crianças.
Conclui-se após os trabalhos que a criança também aprende a escrever, fazendo-o da forma como sabe, escrevendo de próprio punho. E possibilitar às crianças a escolha de suas leituras e o contato com os livros, de forma a que possam manuseá-los, por exemplo, nos momentos de atividades diversificadas ajuda nesse processo de letramento. Em ambos os casos, é necessário ter acesso à diversidade de textos escritos, testemunhar a utilização que se faz da escrita em diferentes circunstâncias, considerando as condições nas quais é produzida: para que, para quem, onde e como. 
Portanto, ao ler e escrever por conta própria em contextos socialmente reais de escrita, as crianças de 4 a 6 anos, podem aprender as diferentes funções que a escrita assume no mundo: informar, educar, divertir etc. Reconhecer o papel simbólico da escrita na cultura, suas funções e os valores que os adultos atribuem a ela são algumas das aprendizagens possíveis. Dessa forma, o processo de aprendizagem dessa linguagem pelas crianças nessa etapa da Educação Básica se amplia, na medida em que são trabalhados, de modo intencional, os processos de produção e de leitura de textos.
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ANEXOS
 O acompanhamento da aprendizagem dos alunos: sugestão de instrumento de registro da aprendizagem.
Escola: ____________________________________________________________
Aluno: _____________________________________________________________
	LEITURA
	FEV.
	JUN.
	AGO.
	DEZ.
	Lê textos não-verbais, em diferentes suportes.
	 
	 
	 
	 
	Lê textos ( poemas, canções, tirinhas, textos de tradição oral, dentre outros ), com autonomia.
	 
	 
	 
	 
	Compreende textos lidos por outras pessoas, de diferentes gêneros e com diferentes propósitos.
	 
	 
	 
	 
	Antecipa sentidos e ativa conhecimentos prévios relativos aos textos a serem lidos pelo professor ou pelas crianças.
	 
	 
	 
	 
	Reconhece finalidades de textos lidos pelo professor ou pelas crianças.
	 
	 
	 
	 
	Localiza informações explícitas em textos de diferentes gêneros, temáticas, lidos pelo professor ou outro leitor experiente.
	 
	 
	 
	 
	Realiza inferências em textos de diferentes gêneros e temáticas, lidos pelo professor ou outro leitor experiente.
	 
	 
	 
	 
	Estabelece relações lógicas entre partes de textos de diferentes gêneros e temáticas, lidos pelo professor ou outro leitor experiente.
	 
	 
	 
	 
	Apreende assuntos/temas tratados em textos de diferentes gêneros, lidos pelo professor ou outro leitor experiente.
	 
	 
	 
	 
	Interpreta frases e expressões em textos de diferentes gêneros e temáticas, lidos pelo professor ou outro leitor experiente.
	 
	 
	 
	 
	Interpreta frases e expressões em textos de diferentes gêneros e temáticas, lidos com autonomia.
	 
	 
	 
	 
	Relaciona textos verbais e não-verbais, construindo sentidos.
	
	
	
	
 Legenda: (S) Sim; (P) Parcialmente; (N) Não
Fonte: BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: currículo na alfabetização: concepções e princípios. Brasília: MEC, SEB, 2012, p. 39.

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