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CD Apostila de Telefonia 2016 Atualizado

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Sistemas Telefônicos 
 
1. Cabos Telefônicos 
 
Os cabos telefônicos são geralmente especificados pelo 
ambiente de aplicação: cabos externos, sujeitos às 
intempéries e à ação do sol, e cabos internos, instalados em 
ambientes residenciais, de escritório ou industrial. 
 
A rede física atual de cabos metálicos em sua Engenharia de 
Projetos e Implantação especifica o parâmetro físico 
denominado “Taxa de Ocupação”, definido como o número de 
pares que se pode utilizar em um cabo para a transmissão de 
sinal em banda larga com taxa de transmissão e comprimento 
definidos. 
 
Os pares telefônicos interferem-se entre si. Essas 
interferências se somam para formar a interferência total 
sobre um determinado par. Os dois parâmetros que influem 
no projeto e desempenho de sistemas digitais em linhas 
telefônicas são a atenuação e a diafonia. 
 
A atenuação é função do diâmetro dos cabos e da 
capacitância mútua. A interferência entre pares de um cabo é 
denominada diafonia ou “cross talk”, sendo causada por uma 
corrente de fuga de um par telefônico para outro. A diafonia é 
devida à capacitância e a indutância mútua entre pares de 
cabos. 
 
A diafonia pode se apresentar na forma de paradiafonia, 
quando a interferência ocorre entre os sinais que saem e os 
que chegam aos repetidores de pares diferentes do cabo. 
Define-se como a relação entre a potência do sinal induzido 
no circuito interferido e a potência do sinal interferente. O 
teste realizado é o PSNEXT (near end cross talk). 
 
A telediafonia é a interferência entre os sinais que caminham 
no mesmo sentido em pares diferentes do cabo. Neste caso a 
potência do sinal interferente é menor do que a potência do 
sinal interferido. O teste realizado é o PSELFEXT (far end cross 
talk). 
 
Cabos metálicos são particularmente sensíveis à interferência 
eletromagnética e à ocorrência de interferência inter – 
simbólica, ISI, em taxas elevadas de dados. A ISI provoca um 
alongamento da energia dos pulsos retangulares 
(arredondamento) de modo que interfiram em pulsos 
adjacentes no tempo. 
 
Abordaremos em seguida os diferentes tipos de cabos e fios 
metálicos telefônicos. 
 
1.1 Cabos externos 
 
Apresentam capa externa na cor preta, para proteção contra 
os raios UV, oriundos do sol. 
 
a) CP – APL: constituído por condutores de cobre eletrolítico 
e maciço, isolação em termoplástico, reunidos em pares e 
núcleo protegido por uma capa APL. As características 
técnicas deste cabo permitem a transmissão de sinais 
analógicos e digitais ADSL, HDSL, RDSI, etc. Possibilita serviços 
de multimídia, teleconferência, internet, entre outros. 
Aplicações externas aéreas ou subterrâneas no interior de 
dutos. Não pode ser enterrado diretamente no solo. 
 
 
Figura 1: Cabo CP - APL 
 
b) CTP – APL: utilizado em dutos subterrâneos pressurizados 
e instalações aéreas como cabo secundário. Constituído por 
condutores de cobre isolados por polietileno e protegidos por 
capa APL. 
 
c) CTP – APL / G: constituídos por condutores de cobre, 
isolados com polietileno, núcleo preenchido com material 
resistente à penetração de umidade e protegidos por uma 
capa APL. São utilizados em instalações externas subterrâneas 
em dutos e subdutos, instalações diretamente enterradas e 
redes externas como cabo secundário. 
 
rtyrtyrtytr 
 
Figura 2: Cabo CTP – APL - G 
 
d) CTP – APL – AS: constituído por condutores de cobre 
eletrolítico e maciço, isolação em termoplástico, reunidos em 
pares, núcleo protegido por uma capa APL. Sustentado por 
uma cordoalha de aço recoberta com material termoplástico 
incorporado paralelamente à capa APL. Utilizado em redes 
externas aéreas. 
 
e) CTP – APL – ASF: constituído condutores de cobre 
eletrolítico e maciço, isolação em termoplástico, reunidos em 
pares, núcleo protegido por uma capa APL. Fibras isolantes de 
sustentação são incorporadas ao cabo. Utilizado em redes 
externas aéreas. 
 
f) CTP-APL-SN 
São constituídos por condutores de cobre estanhado, isolados 
com polipropileno, núcleo enfaixado com material não 
higroscópico e protegido por uma capa APL. São indicados 
para fabricação de cotos, para uso em armários de 
distribuição, caixas terminais e entradas de edifícios. 
 
 
Figura 3: Cabo CTP – APL - SN 
 
g) CTP – APL – xDSL: condutor de cobre eletrolítico, isolação 
em termoplástico. Aplicação em rede externa para 
transmissão de sinais xDSL até 85 MHz. Preferencialmente 
instalação aérea. 
 
h) CTS – APL: condutores de cobre eletrolítico, isolamento 
em termoplástico expandido. Aplicação em redes telefônicas 
externas analógicas e digitais. Como cabo tronco ou de 
acesso. Instalação subterrânea, pressurizada em dutos. 
 
i) CTS – APL – G: condutores de cobre eletrolítico, 
isolamento em termoplástico expandido. Preenchido com 
geleia. Aplicação em redes telefônicas externas analógicas e 
digitais. Como cabo tronco ou de acesso. Instalação 
subterrânea diretamente enterrado. 
 
j) CCE – APL: constituído por condutores de cobre 
eletrolítico, transmissão de sinais analógicos ou digitais. Sua 
construção garante proteção contra intempéries. Este tipo de 
cabo é recomendado para redes externas como derivação a 
partir de emendas de distribuição até entradas de assinantes, 
podendo ser instalado em dutos (subterrânea) ou linhas 
aéreas. Indicado para interligar edificações. Apresentam 
blindagem de fita de cobre. São constituídos por condutores 
de cobre de 0,5 mm de diâmetro, isolados em polietileno e 
protegidos por capa APL. 
 
k) CCE – APL – G: constituído por condutores de cobre 
eletrolítico, são preenchidos com geleia. Aplicação em dutos 
ou em instalações subterrâneas diretamente enterrados. 
 
l) CCE – APL – ASF: condutores de cobre eletrolítico, isolados 
em termoplástico, fibras sintéticas aplicadas 
longitudinalmente. Utilizado externamente em áreas rurais e 
próximas ao litoral, dispensando cordoalha de aço 
sustentação. 
 
Os cabos telefônicos externos apresentados até aqui possuem 
em sua identificação a sigla "APL", caracterizando a capa de 
proteção externa. A sigla APL significa "Aluminium 
Polyethylene Laminated", ou laminação de alumínio e 
polietileno. A capa APL é constituída por uma lâmina de 0,2 
mm de alumínio, recoberta em ambos os lados por uma 
película de 0,04 mm de polietileno, aplicada no sentido 
longitudinal sobre o núcleo do cabo. No conjunto assim 
formado é então extrudada uma cobertura de polietileno que 
em consequência do calor da aplicação, funde o filme de 
polietileno da lâmina de alumínio, fazendo com que o 
alumínio e o polietileno constituam uma única peça que limita 
fortemente a penetração de umidade. A capa APL é chamada 
de barreira de umidade. 
 
As vantagens da capa APL são as seguintes: 
 grande resistência à penetração de umidade; 
 maior flexibilidade do que os antigos cabos de chumbo; 
 menor peso, facilitando a tração, permitindo lances 
maiores e menor número de emendas; 
 maior resistência à corrosão da capa; 
 reduz o efeito de retração da capa de polietileno nas 
emendas; 
 segurança adicional contra indução eletrostática dos cabos 
de energia; 
 grande resistência à pressão, tanto interna (pode se 
pressurizado), quanto externa; 
 menor peso, comparativamente ao chumbo, facilitando o 
manuseio das bobinas. 
 
m) FE: fio externo. Constituídos por dois condutores de liga de 
cobre paralelos isolados com material termoplástico. São 
indicados para instalações aéreas com derivação a partir das 
caixas de distribuição até as entradas de assinantes. 
Disponíveis nos diâmetros do condutor de 1,0 mm (FE-100, 
isolação de PVC) e 1,6 mm (FE- 160, isolação de PE). 
 
 
Figura 4: Fio FE 
 
1.2 Cabos internos 
 
Os cabos internos são encontrados com a capa externa na cor 
cinza. 
 
a) CCI: utilizado para instalações de telefones residenciais e 
comerciais,ramais internos de PABX, ramais de PBX, ligações 
centrais de portarias em condomínios e distribuição de linhas 
e ramais em edifícios. Disponível de 1 a 6 pares. 
 
b) CI blindado: Cabo telefônico para rede interna. Interliga a 
caixa de distribuição geral às caixas de distribuição. Utilizado 
para instalações de telefones residenciais e comerciais, ramais 
internos de PABX, ramais de PBX, ligações centrais de 
portarias em condomínios e distribuição de linhas e ramais em 
edifícios. Blindagem coletiva de fita de alumínio. Disponível de 
10 a 1200 pares. 
 
c) FAST CIT – xDSL 40 MHz: cobre eletrolítico com 0,5 mm de 
diâmetro, maciço e estanhado. Isolação em polietileno. 
Instalação interna. Aplicação em frequências até 40 MHz. 
 
d) FI – 60: constituído por um par torcido de condutores de 
cobre estanhado e isolados com PVC. Utilizado para uso 
interno na ligação de aparelhos domiciliares, instalações em 
tubulações ou fixados em rodapés. Disponível em cabos de 
0,60 mm. 
 
 
Figura 5: Fio FI 
 
Os pares metálicos telefônicos apresentam característica 
predominante capacitiva, sendo mais adequado à baixas taxas 
de dados, em função da distância. Para taxas elevadas 
requerem-se cabos de maior diâmetro e de menor 
comprimento. Daí a utilização de DSLAM (Multiplexador de 
acesso à linha digital do assinante) e ELR (estágio de Linha 
remoto). 
 
No passado, para compensar o efeito capacitivo pernicioso no 
sinal de voz, eram introduzidas indutâncias na forma de potes 
de pupinização. Tais dispositivos não são toleráveis em 
circuitos digitais. 
 
 
1.3 Código de cores e identificação de pares 
 
Os cabos telefônicos podem possuir centenas de pares. A fim 
de que consiga identificar um determinado par de uma 
ligação, é utilizado um código de cores. Os cabos são divididos 
em cinco gamas e seis cores. A cada 25 pares a sequência se 
repete. 
 
O código de cores apresenta a seguinte identificação: 
 
1: azul 
2: laranja 
3: verde 
4: marrom (ou pardo) 
5: cinza 
 
As gamas são identificadas por: 
1
a
 gama: branca 
2
a
 gama: vermelha 
3
a
 gama: preta 
4
a
 gama: amarela 
5
a
 gama: violeta 
 
Os pares são identificados pela sequência gama-cor. Os 
primeiros cinco pares são: 
1
o
 par ou par número 1: branco e azul 
2
o
 par ou par número 2: branco e laranja 
3
o
 par ou par número 3: branco e verde 
4
o
 par ou par número 4: branco e marrom (ou branco e pardo 
5
o
 par ou par número 5: branco e cinza 
 
Os próximos 5 pares seriam vermelho e azul, vermelho e 
laranja, vermelho e verde, vermelho e marrom e vermelho e 
cinza, respectivamente pares 6 a 10. 
 
 
2. Rede telefônica 
 
O conceito de Rede Telefônica é o conjunto de todos os 
equipamentos e cabos que interligam os aparelhos telefônicos 
das assinantes – pares de fio, até as centrais telefônicas e as 
diversas centrais telefônicas entre si – cabos troncos. 
 
Um Tronco é um circuito elétrico que se estabelece entre a 
saída da Central A e a entrada da Central lado B, por dentro 
do entroncamento. 
 
A Arquitetura da Rede Telefônica consiste em toda a estrutura 
de redes para a transmissão de voz e dados. Consiste em: 
 
 Rede Primária; 
 Rede Secundária; 
 Rede Cliente. 
 
A Rede Primária é o início da transmissão, conhecido como 
Centro de Cabos. Além da concentração inicial do cabeamento 
da rede possibilita a centralização dos equipamentos de 
multiplexação e comutação. 
 
A Rede Secundária é interligada por armários de distribuição, 
ARM, para atender a demanda dos usuários. Pode ser do tipo 
rígida ou flexível. 
 
A Rede Cliente é a estrutura de pares metálicos implementada 
e de responsabilidade do cliente. As redes internas são mais 
complexas em condomínios e empresas e mais simples para 
clientes residenciais. 
 
O Manual de Tubulações Telefônicas e Rede Interna em 
Edificações apresenta recomendações e definições para a 
implantação da rede telefônica. O objetivo do manual é 
especificar e quantificar a relação de materiais que devem 
constar de um projeto de rede interna necessários à 
execução. 
 
Quanto aos materiais, a tubulação telefônica é composta por: 
primária, secundária, de entrada e aterramento (vinculação). 
 
Para a implantação de uma rede telefônica as seguintes 
atividades devem ser realizadas: 
 
a) Construção de galerias e caixas subterrâneas; 
b) Implantação de dutos subterrâneos; 
c) Implantação de postes em rede aérea; 
d) Obtenção de licenças da prefeitura (zoneamento urbano); 
e) Pagamento pelo uso de poste mútuo com as 
concessionárias de energia elétrica. 
 
Na implantação de uma rede cabeada observa-se que, devido 
aos elevados custos envolvidos, requer-se uma análise 
prospectiva a fim de buscar-se assegurar uma demanda de 
instalações telefônicas futuras, o que nem sempre assegura o 
retorno do investimento. Condições adversas econômicas ou 
características sociais das localidades são fatores que podem 
trazer até mesmo prejuízo financeiro ao projeto. 
 
Para o desempenho do sistema telefônico, considerando-se a 
rede externa e a rede interna, devem ser considerados os 
parâmetros elétricos e as condições físicas da rede (emendas, 
derivações, conexões). 
 
Uma rede de telecomunicação é tipicamente constituída por: 
 
 Rede principal; 
 Redes de acesso; 
 Equipamentos terminais. 
 
A Rede de Transporte ou Principal é formada pelos 
equipamentos centrais, do núcleo da rede, normalmente 
presentes nas empresas prestadoras de serviço de 
Telecomunicações. Por exemplo, em uma rede de telefonia, a 
rede principal é formada por todas as centrais telefônicas (por 
exemplo, as CPA’s – Centrais de Processamento Armazenado) 
e os sistemas e meios de transmissão necessários para 
interligar esses equipamentos. Contém rádio enlaces, 
sistemas SDH, satélites e fibra óptica. 
 
As Redes de Acessos são formadas por todos os meios de 
transmissão que interligam a rede principal e o usuário final 
representado pelos equipamentos principais. Os pares 
metálicos, acessos ópticos, DG / DGO, ADSL, CATV, sistemas 
rádio, linhas ISDN, WLL, sistemas wireless (sem fio) e linhas 
telefônicas fazem parte da rede de Acesso Telefônica. 
 
Os Equipamentos Terminais realizam a interface final entre o 
usuário e o sistema de telecomunicações responsável pela 
prestação do serviço. Como exemplos, fazem parte deste item 
o Telefone, um modem de acesso, um computador, etc. 
 
3. Central de Comutação Telefônica 
 
Uma central de comutação telefônica é um equipamento 
controlado a computador, de harware modular, o que 
possibilita fácil adaptação para a função pretendida pela 
operadora. Este tipo de equipamento é denominado Central 
por Programas Armazenados Digital e Multiplexação 
Temporal– CPA-D-T. 
 
Com o aumento da quantidade de assinantes, a topologia em 
malha, na qual todas as centrais se interligam entre si 
mostrou-se inadequada. Assim, as centrais foram se 
especializando nas suas posições físicas na rede e conforme os 
tipos de tráfego que conseguem tratar. 
 
Seguindo este conceito, podemos classificar as centrais 
telefônicas em: 
a) Centrais de comutação local: são as centrais nas quais os 
assinantes estão cadastrados e ligados fisicamente. Em uma 
rede local (entroncamento local) típica podemos ter uma 
central para cada 10.000 assinantes, por prefixo, ou uma 
central local por bairro ou agrupamentos de vários bairros 
pequenos. Atualmente, as linhas dos assinantes são 
geralmente ligadas a um DG – Distribuidor Geral, localizado 
fora da Central Local, denominado Estágio de Linha Remota – 
ELR. Estes equipamentos não realizam funções de comutação 
e são dependentes da Central Local. 
b) Centrais Trânsito: são utilizadas para fazer a comutação do 
tráfego entre regiões do mesmo estado, ou da mesma 
operadora, entre estados ou entre operadorase entre países. 
Atualmente, as Centrais de Trânsito também podem acumular 
a função de Central Local, estando ligadas a assinantes. 
c) Centrais Tandem: originalmente foram utilizadas para 
reduzir a quantidade de cabos troncos necessários entre as 
diversas centrais locais existentes dentro de uma cidade, por 
exemplo. A função era então comutar o tráfego entre as 
centrais do tipo Local da mesma localidade (entroncamento 
local). Atualmente também recebem ligações diretamente de 
assinantes. 
 
A figura a seguir apresenta os diversos tipos de centrais 
telefônicas. 
 
 
Historicamente, as primeiras centrais telefônicas eram 
manuais, ou seja, dependiam das telefonistas para 
interligarem os assinantes. As centrais automáticas realizam a 
comutação sem a intervenção humana. 
 
Em um sistema telefônico podemos encontrar os seguintes 
equipamentos e dispositivos: 
 
 Estágio dos Assinantes: composto dos Estágios de Linha 
Remota – ELR, instalados externamente ao ambiente da 
Central Telefônica, e dos Grupos de Linhas e Troncos de 
ligação entre centrais, localizados dentro da central telefônica. 
 Matriz de Comutação: são nestes equipamentos que que 
as linhas dos assinantes do lado A se interconectam às linhas 
dos assinantes do lado B, ou seja, é neste equipamento que os 
sinais gerados pelo assinante do lado A são comutados para a 
linha do assinante do lado B. 
 Processador Central: controla as funções de telefonia e 
segurança. Armazena as tabelas de números de rede, tabelas 
de serviços e facilidades associadas aos assinantes, classes e 
categorias dos assinantes e dos troncos entre centrais, dados 
de roteamento entre centrais, contadores de tarifação e 
estatísticas. 
 Distribuidor Geral – DG: local onde os pares de linha do 
assinante atingem a Central Telefônica ou Estágio de Linha 
Remota. No DG as linhas são ligadas em blocos terminais do 
lado vertical (lado rua) e “jumpeadas” (ligadas) com os blocos 
terminais do lado horizontal (lado da Central Telefônica), 
ligando-se dessa forma os cabos da rua aos cabos internos 
que fazem a conexão com os circuitos de entrada da Central 
Telefônica. 
 
 
4. Comutação Distribuída 
 
Uma técnica utilizada para reduzir-se a quantidade de defeitos 
e possibilitar maior velocidade na detecção e correção dos 
defeitos é a Comutação Distribuída, que consiste na 
atribuição a equipamentos próximos dos assinantes algumas 
das funcionalidades da Central Telefônica. 
 
A técnica consiste em levar até as proximidades dos usuários a 
fibra óptica, de alta capacidade e velocidade e a partir de uma 
Unidade Remota de Assinante, URA, transformar de cabo 
óptico para cabo metálico. Considerando-se que a maior parte 
dos defeitos ocorre na rede metálica tem-se assim uma 
redução do comprimento da rede metálica e uma redução na 
probabilidade de falhas e defeitos. 
 
Este equipamento também é conhecido como Estágio de 
Linha Remoto, ELR, ou Estágio Remoto de Assinante. Trata-se 
de um módulo de uma central de assinante colocado 
remotamente para atender a necessidade de assinantes 
concentrados em uma área onde há dificuldades para prover a 
rede de acesso, seja pela distância, pela geografia ou outro 
motivo, normalmente aplicada para atendimento de vilas em 
localidades rurais. Liga-se à central-mãe através de enlaces E1 
e pode apresentar capacidade de comutação interna, embora 
o controle (processamento da chamada) fique por conta da 
central-mãe. 
 
Requerem cuidados especiais quanto a proteções mecânicas e 
elétricas, além de mão de obra especializada, já que nestes 
equipamentos encontram-se circuitos de Comutação, 
Transmissão Digital, Infraestrutura e Comunicação de dados 
em banda larga. 
 
 
5. Wireless Local Loop, WLL 
 
Uma rede Wireless Local Loop – WLL, consiste de acesso rádio 
a um telefone fixo do assinante. 
 
Uma rede WLL é um serviço duplex completo de voz, 
compatível para voz, fax e modem. Por determinação do 
Ministério das Comunicações, a operadora do sistema é 
obrigada a prestar serviços de voz, FAX e Internet. O acesso é 
realizado via rádio a um telefone fixo do assinante. 
 
O equipamento rádio é um transceptor duplex (transmissão e 
recepção). O telefone do assinante é ligado ao equipamento 
rádio na casa do assinante, que troca informações com uma 
estação rádio do sistema telefônico, que transforma estes 
sinais em sinais adequados à operação pela central telefônica. 
 
A rede WLL também é recomendada para regiões com difícil 
instalação de rede metálica ou para uma rápida implantação 
do sistema telefônico para acesso rápido ou emergencial aos 
assinantes. 
 
Uma importante diferença entre os sistemas WLL e a rede de 
cabos metálicos convencional reside no custo de instalação 
com o retorno do investimento. Em termos de prazo de 
instalação, observa-se que o retorno do investimento para a 
Rede Cabeada é maior que no WLL. Devido à inexistência de 
rede cabeada, a implantação da rede WLL tende a ser mais 
rápida do que a implantação da rede metálica. No entanto, a 
necessidade de equipamentos de maior complexidade (rádios) 
torna a implantação mais onerosa. A porção sem fio (wireless) 
do sistema equivale à distância entre a Central WLL e os 
assinantes individuais, os quais possuem, cada um deles, um 
circuito transceptor (transmissor + receptor) duplex completo, 
que permite que um telefone convencional seja conectado ao 
equipamento. 
 
A Central Telefônica WLL é um concentrador que recebe sinais 
das Estações Rádio Base, ERB, do sistema. Esta central pode 
estar ligada à uma Central de Trânsito para a transferência das 
informações e interligação ao sistema telefônico. 
 
A rede WLL pode ser utilizada com ELR e como acesso em 
estruturas de backbone com anéis ópticos. 
 
 
6. Linha do Assinante Assimétrica Digital – ADSL 
 
A técnica Asymetrical Digital Subscriber Line – ADSL é uma 
tecnologia que permite a transmissão de dados, inclusive a 
Internet, em alta velocidade, utilizando uma linha telefônica 
de par metálico comum, sem interferir no funcionamento do 
telefone existente. 
 
Consiste em utilizar-se a largura de banda da linha telefônica 
de forma assimétrica e dividi-la para serviços de voz e dados, 
para acesso à Internet sem prejudicar o sinal de voz. Na 
prática as velocidades de download são superiores às de 
upload. As aplicações incluem voz sobre ADSL, acesso à 
Internet e vídeo sob demanda, no que é conhecido como 
“triple play”. A figura a seguir apresenta a distribuição 
espectral do sinal ADSL com a técnica de supressão de eco. 
 
 
 
Figura 7: ADSL com supressão de eco 
 
O serviço através da tecnologia ADSL opera com transmissões 
assimétricas com velocidades de downstream, sentido rede – 
assinante, tipicamente da ordem de 64kbps a 8 Mbps e 
upstream, sentido assinante – rede, da ordem de 64 kbps a 
1,5 Mbps. As distâncias de acesso típicas são da ordem de até 
5,5 km com par metálico. 
 
A taxa de passagem dos dados está diretamente relacionada a 
vários fatores, tais como: comprimento da linha de cobre, 
diâmetro do cabo metálico, presença de derivações, e 
interferência de outros pares. A atenuação da linha aumenta 
com o comprimento e a frequência, e diminui com aumento 
do diâmetro do fio. 
 
Ignorando as derivações e demais atenuações causadas por 
instalações indevidas do par metálico, o ADSL terá 
desempenho similar ao apresentado na tabela a seguir. 
 
Tabela 1: Taxas de Transmissão x Distâncias 
 
Taxa, Mbps Medida do 
Fio, AWG 
Diâmetro, 
mm 
Distância, 
km 
1,5 a 2,0 24 0,5 5,5 
1,5 a 2,0 26 0,4 4,5 
6,1 24 0,5 3,7 
6,1 26 0,4 2,7 
 
Outras aplicações do ADSL são Vídeo sob Demanda e Voz 
sobre ADSL. Devido às elevadas taxas de dados, os requisitos 
de linhas para o ADSL são mais restritivos do que para simples 
canais de voz. 
A figura a seguir apresenta aseparação dos sinais de voz, para 
a rede telefônica de voz, e de dados, via DSLAM, para a 
Internet. 
 
 
Figura 8: Separação dados - voz em ADSL 
 
O estudo teórico de qualificação de linhas ADSL é elaborado 
para identificar qual o parâmetro em não conformidade ou 
não atendimento às especificações técnicas. Este estudo é 
dividido em: Equipamentos terminais (lado do cliente e lado 
da estação) e Rede Telefônica Metálica (meio de transmissão). 
 
Os parâmetros em que é baseada a análise do meio de 
transmissão no estudo teórico de qualificação das linhas ADSL 
são: 
 Diâmetro dos condutores; 
 Qualidade das emendas e 
 Taxa de transferência. 
 
Os objetivos deste estudo são: 
a) verificar qual a máxima distância dos pares metálicos 
permitida para o atendimento dos usuários; 
b) elaboração de uma tabela atenuação em dB por 
quilômetro, dependendo da banda utilizada (dependência 
com a frequência). 
 
Os testes de qualificação da linha destinam-se a 
 Evitar reparos; 
 Verificar instalações; 
 Garantia de atendimento às expectativas do serviço e 
 Evitar visitas sistemáticas. 
 
Os testes incluem: 
a) Escoamento (largura de banda): a fim de garantir que a 
taxa de transmissão atende às especificações das camadas 
físicas ATM e ADSL; 
b) Capacidade da linha: para verificar a capacidade de 
aumento ou manutenção do escoamento via troca de bits na 
linha; 
c) Margem de ruído: para verificar se as margens de ruído 
estão dentro dos valores especificados e se uma diminuição 
na margem de ruído não reduz o desempenho a níveis 
inaceitáveis pelo sistema; 
d) Nível de potência: para verificar se as intensidades dos 
sinais emitidos pelos modems estão dentro dos níveis 
especificados; 
e) Taxa de erro de bit (BER- bit error rate): para verificar se a 
taxa de erro está dentro dos limites aceitáveis; 
f) Tom de discar: para verificar o correto funcionamento da 
rede telefônica; 
g) Testes de qualidade do par metálico: para verificar os 
níveis de atenuação e resistência de loop. 
 
A ligação entre o equipamento do assinante DSL (voz e dados) 
e a Central Telefônica é realizado pelo DSLAM (Digital 
Subscriber Line Access Multiplexer) – Multiplexador de Linhas 
dos Assinantes, que concentra o tráfego e utiliza técnicas de 
multiplexação. O DSLAM é responsável por decodificar o sinal 
do modem ADSL do cliente e multiplexá-lo em um acesso de 
alta velocidade para a rede IP. 
 
Nas dependências do assinante, a fim de reduzir a 
interferência entre os sinais analógicos (voz) e de digitais 
(dados) é necessária a instalação de microfiltros, nos 
equipamentos analógicos (telefone, identificador de 
chamadas, fax). 
 
O ADSL é apenas um meio físico de conexão, que trabalha 
com os sinais elétricos que serão enviados e recebidos. 
Funcionando dessa forma, é necessário um protocolo para 
encapsular os dados de seu computador até a central 
telefônica. O protocolo mais utilizado para essa finalidade é o 
PPoE (Point-to-Point Protocol over Ethernet RFC 2516). 
 
Este protocolo trabalha com a tecnologia Ethernet, que é 
usada para ligar sua placa de rede ao modem, permitindo a 
autenticação para a conexão e aquisição de um endereço IP à 
máquina do usuário. É por isso que cada vez mais as empresas 
que oferecem ADSL usam programas ou o navegador de 
internet do usuário para que este se autentique. Através da 
autenticação é mais fácil identificar o usuário conectado e 
controlar suas ações. 
 
Outra opção é autenticar o usuário através do endereço MAC 
da placa de rede, onde essa identificação é registrada na 
operadora. Durante a conexão, essa informação é trocada 
entre os modens ADSL, e neste momento, a autenticação é 
realizada. 
 
7. Canais Multiplex 
 
O CCITT recomenda a utilização de dois tipos de canal 
multiplex FDM, visando o aproveitamento mais racional 
possível do meio de transmissão: 
a) Canal multiplex de 6 kHz de faixa. Este tipo de canal tem 
emprego somente em sistemas de pequena capacidade, nos 
quais o baixo preço do equipamento é mais importante que o 
aproveitamento do meio para transmissão de um número 
maior de canais. 
b) Canal multiplex de 4 kHz de faixa. Este é o tipo de canal 
mais empregado em sistemas multiplex. Quando se fala em 
canal multiplex, sem indicar a faixa passante, a referência é 
sempre para o canal de 4 kHz. 
 
8. Sinalização 
 
A transferência e a troca de informações de controle são 
fundamentais para uma correta operação das redes de 
telecomunicações. Após o desenvolvimento de tecnologias 
não compatíveis a tendência atual é a compatibilidade a nível 
internacional, provocada pelas seguintes razões: escolha de 
diferentes fornecedores pelos operadores de rede, redução 
do tempo de entrada em operação (time-to-market) e 
cooperação entre os setores da rede. 
 
Atualmente a sinalização é uma comunicação de dados entre 
os processadores dos elementos de rede que interagem. 
 
A sinalização entre o assinante da rede e sua central local é 
chamada de sinalização do assinante. 
 
A sinalização entre as centrais é designada por sinalização 
intercentrais. 
 
 
8.1 Sinalização do assinante 
 
Após o recebimento do sinal de discar o assinante disca o 
número desejado. Esta informação pode ser transferida de 
duas formas diferentes: como pulsos de corrente ou como 
tons DTMF (dual-tone multifrequency). 
 
Assim, a conexão do assinante transporta a informação 
referente ao estado do telefone (livre ou ocupado), sinais 
DTMF, tons de informação, sinais de toque e o tráfego real. 
 
8.2 Sinalização acústica 
 
A sinalização acústica em prática no Brasil constitui-se de: 
corrente de toque, tom de discar, tom de controle de 
chamada, tom de ocupado, tom de número inacessível, tom 
de viso de chamada em espera, tom de aviso de programação 
e tom de advertência de telefone público. 
 
8.3 Sinalização Inter centrais 
 
Muitos dos sistemas para sinalização inter centrais são 
baseados no princípio de Sinalização Associada ao Canal 
(Channel Associated Signaling – CAS). Os sistemas de 
sinalização N
o
 5, R1 e R2 são exemplos de CAS. 
A sinalização CAS divide-se em sinalização de linha e 
sinalização entre registradores, o que leva a funções de 
sinalização separadas dentro da central. 
 
A sinalização da linha entre centrais mostra o estado das 
linhas tronco entre duas centrais, tais como linha tomada para 
comunicação, resposta em andamento e outros. Essa 
informação de rotina é utilizada da mesma maneira para 
todas as conexões. Na evolução da fase de Sinalização de 
Linha pode-se identificar: E+M contínua, E+M Pulsada e R2D. 
 
A sinalização entre registradores trata a troca de informações 
de roteamento, e é única para cada chamada. Na fase da 
Sinalização de Registradores pode-se identificar: Decádica, 
MFC R2. 
 
A sinalização decádica é uma técnica antiga, utilizada em 
Centrais Passo a Passo (obsoletas). 
 
Outra técnica antiga é a de Pulsos Inversos, utilizada nas 
Centrais Rotativas (obsoletas). A sinalização multifrequencial é 
a atualmente utilizada. Esta técnica consiste na utilização de 
uma combinação de sinais de frequências. 
 
A forma mais moderna de sinalização entre centrais para 
conexões baseadas em comutação de circuitos é a Sinalização 
por Canal Comum N
o
 7 (Common Channel Signaling #7 – CCS 
#7) 
 
8.4 Sinalização associada ao canal 
 
O Brasil adota a chamada sinalização R2 digital, especificada 
em prática Telebrás. 
 
A sinalização entre registradores pode ser transmitida de 
diferentes formas, o método mais comum é o 
multifrequencial, no qual duas entre seis frequências (por 
exemplo) são combinadas para formar 15 sinais diferentes 
representando dígitos ou categorias. O equipamento da 
central para esse sistema é constituído por transmissores e 
receptores de código, genericamente designados por 
registradores.O conceito que foi originalmente proposto para centrais e 
redes analógicas evoluiu para uma versão digital, a ser usada 
com centrais e transmissão digitais. 
 
O Brasil adota o sistema de sinalização entre registradores 
Multifrequencial Compelido, MFC, com 12 frequências em 
dois grupos de seis, denominados grupos de frequências altas 
e baixas. 
 
O sistema de sinalização compelida caracteriza-se por: 
 
 Com a tomada de um circuito de saída, o registrador de 
origem envia um sinal multifrequencial para frente; 
 Assim que o sinal para frente é reconhecido e interpretado 
no registrador de destino este envia um sinal para trás; 
 Quando o registrador de origem reconhece e interpreta 
esse sinal interrompe o envio do primeiro sinal 
multifrequencial para frente; 
 Com o reconhecimento da interrupção do sinal para frente 
o registrador de destno interrompe o envio do sinal para trás; 
 Reconhecendo a interrupção do sinal para trás o 
registrador de origem passa a enviar o segundo sinal 
multifrequencial para frente; 
 O processo descrito se repete nos ciclos multifrequenciais 
subsequentes. 
 
Tanto os sinais para frente como os para trás tem um 
significado principal. Por meio de um determinado sinal para 
trás, o significado principal de um sinal para frente ou para 
trás pode ser modificado. Um significado assim alterado 
denomina-se significado secundário. Em certos casos, é 
possível voltar de um significado secundário para um 
significado principal. Os sinais para frente são divididos então 
em dois grupos, I e II, correspondentes ao significado principal 
e secundário, respectivamente. 
 
Os sinais do grupo I referem-se às informações numéricas e 
informações de controle. Assim, caso seja discado o número 
“5”, será enviado um sinal do grupo “I 5”, para frente. 
 
Os sinais do grupo II referem-se às informações de tipo de 
assinante chamador (categoria). 
 
 
8.5 Sinalização por canal comum 
 
A sinalização por canal comum requer uma rede de sinalização 
separada, de modo que as informações de sinalização 
possuem um trajeto próprio, distinto daquele das informações 
do usuário. 
 
As características da sinalização por canal comum são: alta 
capacidade, alta velocidade, confiabilidade, flexibilidade e 
excelente relação custo – benefício. 
 
A Sinalização por Canal Comum N
o
 7 (CCS 7), substitui ao 
mesmo tempo a sinalização de linha e a de registradores. 
 
O SP, ou PS, são os Pontos de Sinalização e a STP, ou PTS, são 
os Pontos de Transferência de Sinalização. 
 
 
9. Transmissão Digital 
 
Na transmissão de sinais digitais em linhas metálicas surge o 
fenômeno perturbador da interferência inter simbólica, na 
qual pulsos originalmente retangulares sofrem um processo 
de arredondamento de seus bordos, perdendo a característica 
de transição definida. Com isso, parte da energia de um 
determinado pulso pode transbordar para o período do pulso 
seguinte. 
 
Este fenômeno tem como origem a resposta do tipo passa 
baixa das linhas metálicas de transmissão. 
 
A densidade espectral de potência, ou seja, a distribuição de 
potência do sinal ao longo do espectro de frequências, é 
obtida por meio da Transformada da Autocorrelação 
denominada Transformada de Fourrier. Podemos então dizer 
que a densidade espectral de potência de um sinal periódico é 
a Transformada de Fourrier da função de auto correlação 
desse sinal. 
 
A análise de uma forma de onda quadrada pela técnica de 
expansão em série de Fourrier mostra que o sinal quadrado é 
composto por um somatório infinito de funções senoidais. A 
amplitude dos termos que compõe o sinal tende a diminuir 
com o aumento da frequência. Ou seja, componentes de mais 
baixa frequência tendem a ter amplitudes maiores e maior 
participação na composição total do sinal. Quanto maior a 
quantidade de harmônicos presentes melhor será a 
reprodução fiel da onda retangular original. O que acarreta 
em grande largura de banda. 
 
A amplitude dos harmônicos é função do valor de pico do sinal 
original e da ordem do harmônico porém independe do valor 
específico da frequência deste harmônico. 
 
É a atenuação das componentes de alta frequência que 
acarreta o arredondamento dos bordos dos pulsos 
retangulares. Isso acontece sempre que o canal, ou meio de 
transmissão, trata diferentemente frequências diferentes na 
composição do sinal, na prática maior atenuação conforme a 
frequência aumenta. 
 
Pela análise da expansão em série de Fourrier observa-se que 
ondas quadradas apresentam, em sua composição espectral, 
apenas harmônicos ímpares. 
 
10. Redes Inteligente 
 
Neste tipo de rede, todas as centrais têm a possibilidade de 
interromper o processamento de chamadas ao identificar a 
presença de um trigger e buscar instruções em uma ou mais 
base de dados, como prosseguir com a chamada. 
Posteriormente este conceito passou a designar, além do 
conjunto de capacitações para novos serviços disponíveis pela 
arquitetura de rede SPC e pelo SS nº7, a flexibilidade de 
evolução para novos serviços obtida pelo estabelecimento de 
interfaces definidas. 
 
Desta forma, durante algum tempo permaneceu implícito no 
próprio conceito de ISDN, até que ficou clara a limitação de 
escopo dos modelos ISDN, onde o foco residia no conceito de 
acesso ou comutação, em contraposição ao conceito de rede 
SPC, onde a abordagem expressa uma estruturação das 
funcionalidades necessárias em dois planos ou níveis distintos, 
o plano de comutação (suporte) e o plano dos serviços. 
 
No plano dos serviços reside a lógica de customização dos 
serviços e dados dos assinantes e no plano de 
acesso/comutação, a lógica de acesso ou distribuição na rede 
das funcionalidades dos serviços. Posteriormente, no modelo 
adotado pelo ITU-T, cada um destes planos se desdobrou em 
dois novos planos, como ilustra a figura a seguir. 
 
 
 
 
11. Definições 
 
a) DMT – Discrete Multi Tone: é uma técnica de modulação 
por multiportadoras, na qual os dados são coletados e 
distribuídos por uma grande quantidade de portadoras em 
frequências distintas. 
 
b) Rede Inteligente: o desvio das chamadas para a plataforma 
independente de nível superior, possibilitou o 
desenvolvimento de novos serviços, todos implementados, 
operados e mantidos de forma mais simples. Oferece 
possibilidade de interação com o cliente, alterando 
parâmetros do serviço conforme suas necessidades, 
minimizando problemas operacionais. Apresenta ainda 
redução dos custos operacionais, padronização das interfaces, 
evolução dos serviços aos usuários e variedade de 
fornecedores. 
Uma vantagem da RI com níveis hierárquicos superiores é a 
redução das dificuldades que seriam encontradas para o 
oferecimento dos serviços de RI na rede telefônica existente. 
Nos serviços de RI deve haver uma interrupção no 
processamento da chamada. Um novo código é introduzido 
no início da discagem e essa chamada é então encaminhada à 
plataforma RI. Como exemplos citam-se os serviços 0300 
(âmbito nacional, tarifa baixa) e 0800 (ligação gratuita para 
quem origina a ligação, paga por quem recebe). 
 
c) Rede Telefônica: é o conjunto de todos os equipamentos e 
cabos que interligam os aparelhos telefônicos dos assinantes 
(pares de fios metálicos) até as centrais telefônicas e estas 
entre si (cabos troncos). Tronco é o circuito elétrico que se 
estabelece entra a saída da central do lado A e a entrada da 
central no lado B. 
 
d) Distribuidor Geral – DG: local para onde convergem e são 
ligadas as linhas físicas dos assinantes na central telefônica ou 
Estágio de Linha Remota. No DG encontram-se os blocos 
verticais e horizontais. Nos blocos verticais tem-se o lado da 
rua, das linhas metálicas oriundas dos assinantes. Nos blocos 
horizontais, lado da central, estão as conexões para a central. 
Os blocos horizontais e verticais são interligadospor cabos 
“jumpers”, no processo denominado jumpeamento. 
 
e) Central de Comutação Local: são as centrais nas quais os 
assinantes estão cadastrados e conectados fisicamente. Em 
um entroncamento local típico podemos ter uma central para 
cada 10.000 assinantes, por prefixo, ou uma central local por 
bairro ou agrupamento de vários bairros pequenos. 
Atualmente é comum que as linhas dos assinantes sejam 
ligadas a um Distribuidor Geral, DG, localizado junto a um 
equipamento localizado fora da Central Local, denominado 
Estágio de Linha Remota, ELR. A partir do ELR os sinais dos 
assinantes são transformados de analógicos para digitais, de 
cabo metálico para fibra óptica, por exemplo. O estágio dos 
Assinantes é composto pelos Estágios de Linhas Remotas, ELR, 
instalados externamente ao ambiente onde encontra-se 
instalada a central telefônica e dos Grupos de Linhas e 
Troncos de Ligação entre centrais, localizados dentro da 
central telefônica. 
 
f) Matriz de Comutação: equipamentos e cabos instalados 
nas centrais telefônicas que possibilitam que os sinais dos 
assinantes do lado A sejam comutados para os assinantes do 
lado B. 
 
g) Processador Central: dispositivo que controla as funções 
de telefonia e segurança da central telefônica. Armazena as 
tabelas de números de rede, tabelas de serviços e facilidades 
associadas aos assinantes, classes e categorias dos assinantes 
e dos troncos entre centrais, dados de roteamento entre 
centrais, contadores de tarifação e estatísticas, dentre outros. 
 
h) Centrais de Trânsito: são utilizadas para o escoamento do 
tráfego entre outras centrais locais, ou seja, realizam a 
comutação do tráfego entre regiões do mesmo estado, ou da 
mesma operadora, entre estados ou entre operadoras e 
mesmos países. Atualmente, as centrais de trânsito também 
podem acumular a função de central local estando assim 
ligadas aos assinantes. 
 
i) Central Tandem: historicamente foram utilizadas para 
reduzir a quantidade de cabos troncos necessários entre as 
diversas centrais locais existentes dentro de uma cidade, por 
exemplo. As Centrais Tandem comutavam o tráfego entre 
centrais Locais da mesma localidade, o denominado 
entroncamento local. 
 
j) Rede de Acesso: interliga os usuários à Central Local, por 
meio de cabo metálico ou WLL. Assim, as Centrais Locais 
podem apresentar tecnologia WLL para atendimento aos 
usuários desse serviço. 
 
k) DSLAM: é um Multiplexador de Linhas de Assinantes. 
 
l) Rede de Transporte: pode conter sistemas PDH, SDH, 
Satélite, enlaces rádio e sistemas ópticos. 
 
m) VoIP Voice Over Internet Protocol: designa aplicações de 
voz em tempo real, sobre a rede Internet – comutação de 
pacotes, em contraste com a rede telefônica convencional 
(POTS), que utiliza comutação de circuitos. É uma aplicação 
sensível ao atraso de modo que requer um sistema de 
transmissão de ponta a ponta com eficiência suficiente para 
operar com sucesso, requerendo, portanto, um conjunto de 
protocolos e características para oferecer um serviço de 
qualidade (QoS – Quality of Service). O valor recomendado de 
atraso é 150 ms, a meta é 200ms e o máximo tolerável é 
250ms. 
 
n) Comutação distribuída: evolução da rede telefônica que 
consiste em encurtar as distâncias dos acessos por pares 
metálicos entre as centrais de comutação digital e os 
assinantes. Nesta configuração é possível a diminuição de 
falhas características do meio metálico, devido à substituição 
por cabos ópticos para ligação na central telefônica. 
 
o) Modem: este termo é derivado da contração das palavras 
modulador e demodulador. O Modem é um aparelho que 
permite a transmissão e a recepção de dados do computador, 
por meio de linhas telefônicas, auxiliando na comunicação 
entre o computador e a rede telefônica. 
 
p) Série de Fourrier: a Teoria de Fourrier estabelece os 
fundamentos para a representação de sinais periódicos como 
um somatório de funções ortogonais, seno e cosseno. Os dois 
conceitos envolvidos são então a periodicidade e a 
ortogonalidade.

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