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de sensibilidade — tanto os seios quanto os órgãos genitais são sensíveis, e a mulher possui maior número de áreas sensíveis que o homem. Provavelmente, esta é uma compensação divina para o fato de que o homem geralmente é o iniciador do ato sexual. Os seios femininos, em geral, são muito sensíveis, e um acariciamento afetuoso deles prepara a mulher para o ato sexual. Depois que ela já está estimulada, os mamilos geralmente se enrijecem e se projetam levemente, indicando um estímulo correto. Os grandes lábios da área da vulva também se tornam gradualmente mais sensíveis, à medida que intumescem, sob estímulo sexual. Como já obser- vamos, a vagina, e principalmente o clitóris, são áreas sensí- veis. Quando a mulher está sexualmente excitada, várias glândulas segregam um líquido lubrificante, de maneira que toda a região da vulva e da vagina fica permeada por um muco pegajoso, que facilita a penetração do pênis. Isso não tem nada a ver com a fertilidade. Trata-se de um engenhoso recurso criado por Deus para que o pênis, que é seco, penetre de forma agradável, tanto para o marido como para a esposa. Orgasmo — o clímax do estímulo emocional da mulher na relação sexual, seguido de um declínio gradual do estímulo, produzindo uma cálida sensação de prazer ou satisfação. A mulher não ejacula nem expele líquido, como ocorre com o homem. Enquanto ele é instigador do ato, ela é o receptor, não só do órgão masculino, mas também do espermatozóide. Pesquisas modernas revelam que a experiência do orgasmo da mulher é tão intensa quanto a do homem. A grande diferença entre elas é que a ejaculação masculina é conseguida quase sem o benefício de uma experiência anterior; na mulher, o 62 orgasmo é uma arte que precisará ser aprendida, pelo esforço dos dois cônjuges, com amor, consideração e cooperação. "Além da ejaculação, existem mais dois aspectos em que se observam diferenças psicológicas entre as expressões or- gásmicas do homem e da mulher. Primeiro, a mulher é capaz de ter outro orgasmo pouco depois de experimentar o primei- ro, se for reestimulada antes de terminar a fase do estímulo e descer a um nível inferior à posição responsiva. Em segundo lugar, a mulher pode manter a experiência orgásmica por um período de tempo relativamente longo." ' Similaridades nas anatomias masculina e feminina. Uma boa forma de resumirmos os órgãos masculinos e femininos é lembrar que os dois sexos possuem a mesma estrutura básica. A mais evidente similaridade é a que existe entre o clitóris e o pênis. O clitóris possui, em miniatura, os principais elementos do pênis, inclusive os tecidos esponjosos irrigados de sangue, e a glande, na ponta, com as inúmeras terminações nervosas, além de grande sensibilidade. Os músculos da base do pênis são repetidos nos pubo-coccígeos, que circundam a vagina. Os grandes lábios correspondem ao escroto masculino. De certo modo, a parte superior das dobras externas dos peque- nos lábios, acima do clitóris, correspondem ao prepúcio da glande do pênis. Está claro que tanto os órgãos masculinos como os femini- nos atendem a outras funções que não apenas a procriação. Mesmo antes de o ser humano estar completamente formado e capacitado a reproduzir, as glândulas sexuais (ovários nas mulheres, e testículos nos homens) já iniciaram seu trabalho no sentido de tornar a menina em mulher e o menino em homem. Secretam hormônios que incentivam e controlam o índice de desenvolvimento mental e psicológico. 1. Human Sexual Response, William H. Masters e Virgínia E. Johnson. 63 5 A Arte de "Fazer Amor" Todas as atividades físicas fundamentais do ser humano são aprendidas na prática; por que o sexo seria diferente? Todo ser adulto possui em si o impulso para o ato sexual e tudo o de que necessita para exercitá-lo; mas a arte de "fazer amor" não é inata, é adquirida. O Dr. Ed Wheat, de Springdale, Arkansas, disse o se- guinte a um grupo de homens em um seminário: "Na prática do ato sexual, aquele que faz apenas o que lhe ocorre naturalmente, cometerá muitos erros." Na verdade, ele estava advertindo ao seu auditório masculino de que cada um dos atos "naturais" ou autogratificantes que o homem pratica para obter a satisfação sexual, provavelmente estará sendo incompatível com as carências de sua esposa. Por isso, o casal deve estudar esta questão seriamente, antes do casamento, e depois, após o casamento, poderão começar a aprender pela pratica as medidas que os conduzirão à satisfação sexual. Seria totalmente irrealista esperar que um casal jovem, sendo ambos virgens, consiga atingir o clímax, simultanea- mente, na primeira noite de casados. Pesquisas indicam que, de dez noivas, nove não atingem o orgasmo na primeira tentativa. Obviamente, seria ridículo que o casal, que se encontra entre os noventa por cento, pensasse que falhou para 64 com o cônjuge. Uma atitude mais realista seria cada um reconhecer que precisa "aprender fazendo". Não é exatamen- te esse o principal objetivo da lua-de-mel — que os dois "pombinhos" se retirem para um sítio romântico, e aprendam a se conhecer mutuamente, e às suas funções sexuais? Quando o ato sexual constitui uma expressão de amor, ele pode ser agradável, mesmo que um dos cônjuges ou mesmo ambos não consigam atingir o orgasmo. A ternura que envolve o ato, e a própria intimidade podem se constituir fatores de satisfação para ambos. Naturalmente, é de se esperar que haja bastante estímulo para que os dois culminem com o orgasmo, mas isso não é conseguido imediatamente. Essa gratificante habilidade é adquirida por meio de estudo, experiências e uma comunicação total entre marido e mulher. A arte do amor, que se acha ao alcance de todos os casais que lêem este livro, será apresentada neste capítulo, como para um casal em lua-de-mel, embora provavelmente ele venha a ser lido mais por "veteranos" do que por recém- casados. Aliás, a diferença na prática do ato sexual entre casais experientes e "novatos" é realmente insignificante. Certo conselheiro matrimonial fez a seguinte advertência: "Se os casais sempre tratassem um ao outro do mesmo modo como se trataram durante a lua-de-mel, encontrariam menos difi- culdades no relacionamento sexual. Mas a maioria dos casais experimentados procura encurtar as coisas, e isso estraga sua satisfação em potencial." O OBJETIVO FINAL Ocorrem muitos efeitos colaterais agradáveis durante o ato sexual, mas não devemos perder de vista o fato de que o objetivo final é que marido e mulher experimentem o orgas- mo. Para o homem isto é relativamente simples e claramente perceptível. Logo que as terminações nervosas que se acham na glande do pênis recebem o estímulo necessário, inicia-se uma reação em cadeia, com contrações musculares na prósta- ta, para forçar o líquido seminal, contendo os espermatozóides, a que penetre na uretra. A pressão exercida ali é suficiente para esguichá-lo a uma distância de até sessenta centímetros. Só então o homem percebe que quase todos os órgãos e glândulas de seu corpo estiveram em ação, pois, após o 65 orgasmo, eles começam a se relaxar, e ele é invadido por uma sensação de contentamento. O orgasmo feminino é bem mais complexo, e como a mulher tem a capacidade de atingir vários níveis de clímax, é muito menos manifesto. Por essa razão, muitas jovens esposas ficam em dúvida se atingiram o orgasmo ou não. Assim como a terna arte do amor tem que ser aprendida, assim também ela precisará aprender, por experiência pró- pria, como é o orgasmo. Depois que atingir um clímax de nível máximo, não terá mais dúvidas de como ele é e quando ocorre. A PREPARAÇÃO PARA O ATO Certa vez, eu falava a um casal de noivos acerca das relações íntimas, o que sempre faço antes do casamento, quando a moça me interrompeu: "Pastor