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* Estimulação Eletrica Neuromuscular(NMES) FES CORRENTE RUSSA Profª Maristela Bordinhon 3º termo ELETROTERAPIA * FES-Functional eletrical stimulation Terapia realizada no neurônio motor intacto para iniciar a contração de músculos parcialmente paralisados, de modo a produzir movimento funcional, Fitzgerald (2003) O uso de estimulação elétrica para produzir uma contração muscular, que conduzirá a maior independência funcional. * Bases da Neuroestimulação Um estímulo na membrana neural causará efeitos químicos através da mesma desencadeando o potencial de ação nervoso, que trafegará ao longo do nervo motor até a junção mioneural, liberando acetilcolina. Esse neurotransmissor atua na membrana muscular, abrindo os canais de sódio, desencadeando o potencial de membrana da fibra muscular, que por sua vez estimula a liberação de cálcio, provocando deslizamento entre os filamentos de actina e miosina. Portanto, a contração muscular ocorre por alteração do potencial de membrana da fibra muscular. * Utilizações clínicas Fortalecimento muscular Substituição de Orteses Reeducação muscular Paraplegias, AVE Hipotrofia por desuso Redução de espasticidade(pouco utilizado) Estimulação de Músculos denervados * Contra indicações Eixo do marca passo ; Sobre o seio carotídeo ; Sobre a área cardíaca ; Espasticidade grave ; Lesão nervosa periférica ; Implante eletrônico ; Área com sensibilidade alteradas ; Paciente refratário a estimulação eletrônica. * Contra-indicações gerais para estimulação elétrica 1. Usuários de marcapasso cardíaco 2. Cardiopatas 3. Utilização sobre vasos sanguíneos trombóticos ou embolíticos 4. Vasos vulneráveis à hemorragia 5. Área abdominal de gestantes 6. Sobre seios carotídeos 7. Alterações de sensibilidade sem estratégias seguras 8. Indivíduos com dermatite e sobre pele danificada 9. Tecidos neoplásicos 10. Estado febril 11. Infecções em geral 12. Dor não-diagnosticada (a menos que seja recomendada por profissional) * FES - corrente elétrica de baixa frequência, alternada ou bifásica, pulsada, simétrica com pulsos na forma retangular, sendo considerada, portanto, despolarizada . O fato de se apresentar com baixa frequência (1 a 100 Hz aproximadamente) faz com que tenha uma alta resistência tecidual e pequena profundidade de penetração. * Histórico O uso de estimulação elétrica em patologias ou lesões de nervos periféricos foi usado durante décadas, mas sua aplicação para fortalecer músculos saudáveis é relativamente nova. O maior interesse foi a partir de 1976 quando foi observada a performance de atletas russos de levantamento de peso, esta equipe fez uso estimulação elétrica como suplemento para o treinamento. Tornou-se um tópico muito interessante, que seguiu-se pelo grande sucesso naquele ano pelos russo. Em 1977, cientista russo pelo nome de Kots visitou Universidade de Concordia, Montreal, no Canadá e apresentou um resumo do procedimento de sua pesquisa com estimulação elétrica e fortalecimento muscular. * Kots afirmava que aquela estimulação elétrica de músculos saudáveis em atletas produziam : 1. 0-30% a mais de força comparada só a contrações voluntárias 2. 30-40% de melhora na força em atletas já treinados em cima de programas de fortalecimento tradicionais 3. uns 10 cm aumento em salto vertical 4. uns 10% aumento na área na seção transversa do músculo (hipertorfia) 5. uma redução em gordura subcutânea no local da aplicação * Modulação da espasticidade muscular através Estimulação Elétrica * Inibição recíproca Utiliza a idéia de inibição recíproca estimulando o músculo antagonista usando uma corrente onda pulsada e uma freqüência de entre 30 e 50 Hz. Deste modo, a tetania é alcançado. Geralmente é usado durante uma sessão de tratamento cuja meta é produzir movimento ativo fora do padrão de movimento do músculo espasmódico. Por exemplo, os bíceps são espasmódicos e o cotovelo é segurado em flexão extremo. O tríceps seria estimulado em conjunto com tentativas voluntárias para passar o cotovelo para a extensão. * Os efeitos são de duração relativamente curta e então não provêem uma resposta ao que é tipicamente um problema a longo prazo. O ideal é sempre associar técnicas convencionais de tratamento para atingir melhor os objetivos. Ex: Kabat * FES ou também chamada de Órtese Elétrica Funcional (OEF) Para melhorar a dorsiflexão e a eversão do pé, tem-se utilizada a FES ou também chamada de Órtese Elétrica Funcional (OEF) que substitui o uso das talas convencionais, pelas vantagens relacionadas ao aspecto estético, ao conforto, à praticidade e ao menor dispêndio energético do paciente. Ela é indicada para o controle da espasticidade, para o aumento e manutenção da amplitude de movimento articular e no tratamento de atrofias relacionadas ao desuso. * A palmilha FES foi desenvolvida pelos Setores de Bioengenharia e fisioterapia da Associação de Assistência à Criança Deficiente - AACD, composta por um estimulador eletrônico, um sensor de contato e dois eletrodos de superfície que são colocados sobre a pele nos pontos motores dos músculos dorsiflexores e eversores do tornozelo do membro inferior parético (ALFARO, 2001). A estimulação ocorre quando o paciente inicia a troca de de passos e entra na fase de balanço, fazendo com que o ante pé não arraste no chão e que os dorsiflexores sejam ativados e, por sua vez, é interrompida quando o paciente entra na fase de apoio (ALFARO, 2001) * Estímulo elétrico no nervo fibular comum durante a fase de balanço da marcha • Indicado para pé caído secundário * Reeducação muscular Contração tetânica intermitente Também utilizamos este técnica para : Aumento da força Prevenção da hipotrofia manutenção da ADM Para substituição de orteses * Os níveis da adenosina-tritosfatase (ATPase) são maiores quando se trata eletricamente a musculatura junto com a cinesioterapia, em pacientes que estão se recuperando de atrofias musculares por desuso (por exemplo), comparando com os que fazem só a cinesioterapia. Durante os períodos de imobilização também se observa que em pacientes que não são tratados eletricamente, os níveis de ATPase diminuem de forma significativa, enquanto que nos tratados mediante estímulos elétricos se mantém em níveis estáveis. * Dosimetria reeducação muscular Utilizo rampas longas (3-8 segundos) para pacientes na fase de reeducação do movimento. E tempos menores para fortalecimento (4-6 segundos). A estimulação não deve ser máxima suportada pelo paciente. A relação de on:off não deve provocar fadiga melhor relação 1:5. A duração do tratamento deve respeitar o limiar do paciente devendo conter pelo menos 10 ciclos de contração. * Aumento de força Utilizar on:off 1:5 usando tempos menores para evitar fadiga. A intensidade do estímulo é a máxima suportada pelo paciente. O número de contrações não pode ser menor do 10. Vários protocolos utilizam 10 contrações 3 X por semana. A rampa deve ser relativamente curta, 2-3 segundos e o tempo on de 5- 10 segundos. A freqüência pode ser de 30-75 pps, 50 pps (pulsos)é a melhor utilizada. A forma da onda é baseada no limiar do paciente. Bifasico assimétrico ou simétrico. A duração da fase pode variar de 200-1000 microsegundos. Uma das melhores respostas encontradas em laboratórios está por volta de 300 microsegundos. * FES NA LUXAÇÃO DE OMBRO PÓS AVE Na hemiplegia, a paresia ou plegia dos músculos do ombro, juntamente com a instabilidade inferior da articulação glenoumeral, contribuem para a ocorrência do deslocamento inferior da cabeça do úmero * FES NA LUXAÇÃO DE OMBRO PÓS AVE Estudos preliminares indicam a EEF como um recurso terapêutico eficaz para a ativação da musculatura ao redor do ombro, proporcionando melhora na congruência da articulação glenoumeral e permitindo melhora funcional e da dor nessa articulação8,9. Entretanto,o tempo de estimulação utilizado nesses estudos chegou a até 6 horas diárias, mostrando que esse tipo de intervenção fica restrito a uma pequena parcela da população, sendo praticamente inviável no sistema de reabilitação fisioterapêutica, em que as sessões variam de 40 a 60 minutos.(Côrrea, et al, 2009) * Eletrodo 4 x 6 cm- posicionados nos músculos supraespinal e deltóide posterior simultaneamente , no sentido das fibras musculares, observar a contração dos músculos supraespinal e deltóide posterior com mínima interferência do trapézio superior. Exemplo de parametros: corrente pulsada bifásica assimétrica balanceada; freqüência de 30 pulsos por segundo; tempo de duração de pulso, 300 microssegundos; T-on de 15 segundos (s); tempo off (T-off, em que não há passagem de corrente elétrica)- 10 s; subida (rise, em que a amplitude do pulso aumenta até atingir o valor máximo) de 2 s; descida (decay, em que a amplitude do pulso diminui gradualmente até cessar a contração) de 2 s; tempo de tratamento (timer) de 30 minutos e amplitude de acordo com a tolerância de cada indivíduo8. * COLOCAÇÃO DOS ELETRODOS ABDOMINAL * Abdômen em Repouso * Abdômen Em Contração Um Canal * Abdômen Em Contração Dois Canais * Abdômem em repouso Abdômen Em Contração Dois Canais * Estimulação de Músculos denervados Condições favoráveis Usar intensidade de estímulos supra-máximas contração isométrica em resposta a contração isotônica Iniciar a estimulação o mais precoce possível após o trauma nervoso colocação de eletrodo na forma bipolar Correntes bifásicas e monofásicas tem sido utilizadas * Protocolo Número de contrações por sessão : 10 a 20 Freqüência de tratamento : 3 a 4 estimulações por dia Freqüência: suficiente para promover contrações tetânicas 20 a 25 pps ou Hz tempo on:off de no máximo 10 segundos * * FES FES para Ortostatismo e marcha em lesões medulares FES na Reabilitação funcional da marcha no AVE FES para controle da subluxação do Ombro * https://youtube.com/watch?v=HEDzwZriVxAps Videohttps://www.youtube.com/watch?v=HEDzwZriVxA FNP(Facilitação neuro muscular proprioceptiva) associado ao FES na promoção da marcha em hemiplegico-tibial anterior * Referências Bibliográficas Eletroterapia explicada, principios e praticas. John Low; Ann Reed. Ed Manole. 3ªed,2001. * Mensagem O VERDADEIRO ESTUDANTE É AQUELE QUE FAZ DAS DIFICULDADES UM DEGRAU PARA SUBIR NA VIDA. VOE COMO UMA BORBOLETA
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