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CURSO: GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA | UNIVESP ORIENTADOR DE DISCIPLINA: MARCOS GARCIA NEIRA ALUNA: ADRIANE GOMES TOGNOLO | POLO: HORTOLÂNDIA A partir da leitura realizada e das videoaulas, descreva as teorias de currículo ao longo do século XX e início do século XXI e apresente ao menos duas justificativas para as transformações conceituais. As teorias do currículo vêm sendo estudadas por muitos educadores, tendo várias interpretações e concepções, todas com mesma importância e valor para compreensão do tema. O currículo, que em seu significado literal significa curso, corrida, esteve presente em diferentes épocas e lugares, antes mesmo do termo começar a ser utilizado na área da Educação. As teorias tradicionais, no século XX, compreendiam o currículo como uma atividade técnica, administrativa e burocrática, sendo uma descrição detalhada dos conteúdos, objetivos, procedimentos e métodos que deveriam ser, rigorosamente, utilizados na Educação, assim garantindo que, quando adultos, estes poderiam exercer suas funções de trabalho com eficiência, não tendo como foco as questões sociais. Mas, as teorias críticas surgiram para questionar esse antigo modelo, com foco em melhores condições de vida e garantia de direitos à população. Este novo modelo buscava uma transformação social, mas ainda com foco para as classes dominantes e o capitalismo, desmotivando as classes dominadas que não viam sentido naquilo que a escola lhes oferecia ou oportunidade de mudança social. Teóricos como Paulo Freire buscavam que o currículo pudesse oferecer emancipação e libertação dos sujeitos de suas condições de dominação, por meio da educação, valorizando todas as classes sociais. Na teoria pós-crítica o currículo é tido como algo que produz uma relação de gêneros. Essa teoria critica a desvalorização do desenvolvimento cultural e histórico de alguns grupos étnicos e os conceitos da modernidade, como razão e ciência. Outros modelos e teorias surgiram com variadas concepções e estudos neste campo, mas, desde então, o currículo foi entendido como documento que propõe conhecimentos e experiências com foco no desenvolvimento integral dos alunos, garantindo oportunidades e conhecimentos para todos, de acordo com a realidade de cada local. No início do século XXI, no ano de 2004, o currículo construtivista deu destaque ao papel de cada indivíduo no processo de aprendizagem, oferecendo oportunidades para que os próprios alunos construíssem o seu conhecimento, passando a serem protagonistas. Já o currículo sociocrítico, da mesma época, pode ser destacado pela defesa da criticidade, participação e autonomia do aluno, com a mediação do professor. Ainda em 2004, o currículo integralizado ou globalizado visava promover a compreensão reflexiva e crítica da realidade, com conteúdos culturais e científicos, pensando na sua produção e transformação. Já o currículo como produção social destaca que o currículo não se baseia em disciplinas ou conteúdos, mas em algo que se cria e produz cultura. Então, no século XX, bastava aprender competências básicas, como português e matemática e o currículo e a escola eram focadas para as classes dominantes. No século XXI a educação e o currículo foram mudando gradualmente, entendendo os alunos como parte atuante no processo de ensino aprendizagem. Os professores da época, século XX, somente ensinavam seus alunos e, com as mudanças de concepções, eles passaram a serem facilitadores e motivadores, para que seus alunos participem do processo de ensino, sendo protagonistas e se sintam pertencentes à escola. Atualmente, com as tecnologias da informação e um mundo cada vez mais globalizado, o currículo escolar também merece transformações, preparando o estudante para a vida em sociedade. O professor também deve estar antenado nessas mudanças para que ele consiga trazer para dentro de suas aulas essas novas tendências e a tecnologia. Os alunos, que são nativos digitais, vivem num mundo online e a escola não pode estar off-line, senão ele se sentirá num ambiente que não condiz com a sua realidade. Assim, o currículo, é um instrumento em constante transformação, que deve ser elaborado levando em conta que devemos desenvolver não apenas habilidades cognitivas — como inteligência, capacidade de resolução de problemas e raciocínio lógico — como também as habilidades não cognitivas — sociabilidade, cooperação, resiliência, protagonismo, entre outras —, tão essenciais quanto as primeiras no desenvolvimento e sucesso de qualquer pessoa.
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