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Compreendendo as Seis Cosmovisões

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Disciplina: Cosmovisão bíblico-cristã 
Professor: Rodrigo Silva 
 
1 
 
Compreendendo as Seis Cosmovisões Dominantes no Mundo 
 
Autor: Dr. David Noebel 
Forcing Change, Volume 4, Edição 2 
Disponível em: http://www.espada.a.eti.br/cosmovisao.asp. Acesso em: 25/10/2017 
 
No início dos anos 1990s, o Dr. James Dobson e Gary Bauer procuraram identificar aquilo 
que viam acontecer com os jovens cristãos. A conclusão deles foi que: 
"... nada menos que uma grande guerra civil de valores está ocorrendo hoje na América 
do Norte. Dois lados com cosmovisões tremendamente diferentes e incompatíveis estão 
travados em um conflito amargo que permeia cada nível da sociedade." [1]. 
A guerra, conforme Dobson e Bauer a descreveram, é uma luta "pelos corações e 
mentes das pessoas; é uma guerra de ideias." [2]. 
De um lado está a cosmovisão cristã, a base da civilização ocidental. Do outro lado estão 
cinco cosmovisões: o Islamismo, o Humanismo Secular, o Marxismo, o Humanismo 
Cósmico e o Pós-Modernismo. Embora essas cinco cosmovisões não concordem em 
cada detalhe, elas unanimemente concordam em um ponto: sua oposição ao 
cristianismo bíblico. 
Como em qualquer guerra, existem baixas e as ideias anticristãs estão fazendo suas 
vítimas. Pesquisas recentes indicam que até 59% dos universitários que se declaram 
cristãos "nascidos de novo" mudam de categoria por volta do último ano de seus cursos. 
De acordo com uma pesquisa realizada pelo instituto de pesquisas de George Barna, 
nove de cada dez adultos que se declaram "cristãos" não têm uma cosmovisão bíblica. 
Para efetivamente se envolverem nessa batalha ideológica, os cristãos precisam ter uma 
compreensão dos tempos e "saber aquilo que precisam fazer" (1 Crônicas 12:32). 
O Que É uma Cosmovisão? 
Todos baseiam suas decisões e ações em uma cosmovisão. Podemos não ser capazes de 
articular nossa cosmovisão e ela também pode ser inconsistente, porém todos nós 
temos uma cosmovisão. Portanto, a pergunta é: o que é uma cosmovisão? 
Uma cosmovisão é uma "estrutura interpretativa", [4] uma espécie de par de lentes por 
meio das quais vemos todas as coisas. A cosmovisão se refere a qualquer conjunto de 
ideias, crenças ou valores que forneçam uma estrutura ou mapa para ajudar você a 
compreender Deus, o mundo, e seu relacionamento com Deus e com o mundo. 
Especificamente, uma cosmovisão contém uma determinada perspectiva relacionada 
com pelo menos cada uma das seguintes dez disciplinas: Teologia, Filosofia, Ética, 
Biologia, Psicologia, Sociologia, Direito, Política, Economia e História. [4]. 
Este artigo resume as seis cosmovisões que atualmente exercem mais influência no 
mundo. Existem outras cosmovisões, mas elas são menos importantes em termos de 
influência. Por exemplo, o Confucionismo, o Budismo, o Taoísmo, o Hinduísmo e o 
Disciplina: Cosmovisão bíblico-cristã 
Professor: Rodrigo Silva 
 
2 
 
Xintoísmo podem influenciar profundamente alguns países orientais, mas dificilmente 
afetam todo o mundo. As principais ideias e sistemas de crenças que controlam o 
mundo e, especialmente o Ocidente, estão contidos nas seguintes seis cosmovisões: 
A Cosmovisão Cristã 
Muitas pessoas, incluindo muitos cristãos, não percebem que a Bíblia trata todas as dez 
disciplinas de uma cosmovisão. O Cristianismo é a incorporação da afirmação de Jesus 
Cristo de que Ele é "o caminho, a verdade e a vida" (João 14:6). Quando dizemos: "Este 
é o caminho cristão", queremos dizer que este é o modo como Cristo nos faria tratar a 
vida e o mundo. Não é uma questão de pouca importância pensar e agir como Cristo 
nos instruiu. 
Os EUA são descritos como um país cristão. Entretanto, os EUA — juntos com toda a 
civilização do mundo ocidental — se afastaram de sua herança intelectual, cultural e 
religiosa. Cerca de trinta anos atrás, o filósofo cristão Francis Schaeffer observou a 
tendência do país em direção ao secularismo como uma falha dos cristãos "em verem 
que tudo isto [a ruptura cultural e social] ocorreu devido a uma mudança na cosmovisão, 
isto é, por meio de uma transformação fundamental no modo geral como as pessoas 
pensam e veem o mundo e a vida como um todo." [6]. 
O estudo das cosmovisões em geral e da cosmovisão cristã, em particular, é um 
chamado ao despertamento para todos. Uma nação que esteja procurando promover 
os direitos humanos (incluindo o direito de nascer), a liberdade e o bem comum precisa 
aderir à única cosmovisão que pode explicar nossa existência e dignidade. Afirmamos 
que a dignidade humana advém do fato de termos sido criados à imagem de Deus, uma 
perspectiva singularmente bíblica. O abandono dessa perspectiva traz sérias 
consequências; basta observar o crescimento no número de abortos, nas práticas 
homossexuais, na eutanásia, no casamento entre pessoas do mesmo sexo, a pesquisa 
com células-tronco embrionárias e a tendência em direção à clonagem humana. 
A Cosmovisão Islâmica 
O número de muçulmanos é estimado em 1,3 bilhões de seguidores. [7]. Nos anos 
recentes, a cosmovisão islâmica cresceu exponencialmente em número, poder e 
influência e, portanto, merece ser incluída em nosso estudo. Um artigo publicado teve 
o seguinte título: "O Futuro Pertence ao Islã" [8], o que fornece um incentivo adicional 
para que compreendamos suas crenças e objetivos. 
Escrevendo em The Sword of the Prophet (A Espada do Profeta), o comentarista e 
consultor em política internacional Serge Trifkovic explicou que "o Islã não é uma 'mera' 
religião; é todo um modo de vida e um sistema social, político e jurídico que envolve 
tudo e que gera uma cosmovisão peculiar para si mesmo". [9]. 
O Cristianismo e o Islã têm alguns ensinos em comum, incluindo a crença em um Deus 
pessoal, a criação do universo material, anjos, imortalidade da alma, céu, inferno e 
julgamento dos pecados. Da mesma forma, os muçulmanos aceitam Jesus como um 
Disciplina: Cosmovisão bíblico-cristã 
Professor: Rodrigo Silva 
 
3 
 
profeta (um entre muitos), Seu nascimento virginal, Sua ascensão física, Sua segunda 
vinda, Seus milagres e Seu papel como Messias. [10]. 
As grandes diferenças entre o Cristianismo e o Islã são: a rejeição do Islã do Deus bíblico 
triúno e da morte vicária de Jesus pelos pecados do mundo. Os muçulmanos também 
rejeitam a ressurreição física de Jesus dos mortos e Sua reivindicação de ser o Filho de 
Deus. 
Outra grande diferença entre o fundador do Cristianismo e o fundador do Islã é que a 
Bíblia descreve Jesus como alguém que teve uma vida imaculada, enquanto que as 
tradições do Islã retratam Maomé com muitas falhas e imperfeições. 
"A prática e constante encorajamento de Maomé para o derramamento de sangue", 
escreve Trifkovic, "são singulares na história das religiões. Assassinatos, pilhagens, 
estupros e mais assassinatos estão no Alcorão e nas tradições." [11]. 
Além disso, a vida de Maomé "parece ter impressionado seus seguidores com uma 
crença profunda no valor do derramamento de sangue como um modo de abrir as 
portas do Paraíso". [12]. Assim, desde o ano 622 até o presente, a história do Islã tem 
sido de violência, submissão e guerra contra os infiéis (qualquer um que não seja 
muçulmano). 
Para muitos muçulmanos, um dos legados mais importantes é ver o mundo como um 
conflito entre a Terra da Paz (Dar al-Islam) e a Terra da Guerra (Dar al-Harb). Por outro 
lado, existem muitos muçulmanos, particularmente aqueles que vivem em países 
ocidentais democráticos, que não creem nas passagens violentas do Alcorão sobre 
matar os infiéis e que a história violenta do Islã deva ser aplicada literalmente hoje. [13]. 
Todavia, em ambos os casos, o Islã é uma cosmovisão contra a qual os cristãos precisam 
contender. 
A CosmovisãoHumanista Secular 
O Humanismo Secular (também chamado de Humanismo Laico, ou Humanismo 
Secularizado) refere-se principalmente às ideias e crenças delineadas nos Manifestos 
Humanistas de 1933, 1973 e 2000. O Humanismo Secular é a cosmovisão dominante na 
maioria de faculdades e universidades em todos os países ocidentais. Ele também fez 
avanços em muitas escolas e universidades cristãs, especialmente nas áreas de Biologia, 
Sociologia, Direito, Ciência Política e História. 
Os humanistas seculares reconhecem a sala de aula como uma poderosa incubadora 
para doutrinar os alunos em sua cosmovisão. Operando sob a palavra da moda 
"liberalismo", uma agenda Humanista Secular controla o currículo nas escolas do 
sistema público de ensino dos EUA graças à Associação Nacional da Educação, à 
Academia Nacional de Ciências e diversas fundações, incluindo a Fundação Ford. 
Os cristãos que estão considerando uma educação de nível superior precisam estar bem 
instruídos a respeito da cosmovisão Humanista Secular, ou correm o risco de perderem 
sua própria perspectiva cristã quase que automaticamente. Em seu livro Walking Away 
Disciplina: Cosmovisão bíblico-cristã 
Professor: Rodrigo Silva 
 
4 
 
From the Faith, a autora e professora de seminário Ruth Tucker deixa claro que os 
estudantes cristãos estão se afastando da fé por causa do ensino Humanista Secular. 
As ideias do Humanismo ganharam influência proeminente em toda a sociedade 
moderna. B. F. Skinner, Abraham Maslow, Carl Rogers, and Erich Fromm, todos os quais 
receberam o título "Humanista do Ano" afetaram poderosamente a disciplina da 
Psicologia. Cientistas como o falecido astrônomo Carl Sagan, outro "Humanista do Ano", 
pregaram seu humanismo com grande publicidade na televisão e em livros adotados no 
currículo escolar. Mais recentemente, o combativo ateísta e biólogo da Universidade de 
Oxford Richard Dawkins recebeu muita atenção com seus livros sobre a evolução e, é 
claro, com seu livro de grande sucesso de vendas Deus, um Delírio, publicado em 2006. 
Claramente, os humanistas estão dispostos a apoiarem sua cosmovisão — 
frequentemente com mais fervor e dedicação que os cristãos fazem por sua fé. Por estas 
e por outras razões, precisamos prestar muita atenção à cosmovisão do Humanismo 
Secular. 
A Cosmovisão Marxista 
O Marxismo é uma cosmovisão militantemente ateísta e materialista. Ele desenvolveu 
uma perspectiva com relação a cada uma das dez disciplinas, normalmente em grande 
detalhe. Baseado nos escritos de Karl Marx (fim dos anos 1800s), o Marxismo assumiu 
novas aparências nos anos recentes, incluindo a degradação da cultura como uma forma 
de atividade revolucionária. [14]. O mais recente Manifesto Comunista, 
intitulado Empire (Império) foi publicado no ano 2000 pela editora da Universidade de 
Harvard. A presença de Marx continua a ser sentida em todo o mundo. 
O Marxismo predomina em muitos campi universitários. Recrutados nos anos 1950s e 
1960s como alunos de faculdade, muitos "radicais" marxistas receberam diplomas de 
pós-graduação e hoje integram o corpo docente de muitas universidades. 
"Com algumas poucas e notáveis exceções", diz o ex-professor da Universidade Yale 
Roger Kimball, "nossas universidades e as faculdades de artes liberais instalaram todo o 
menu radical no centro de seus currículos de Ciências Humanas tanto no nível de 
graduação como de pós-graduação." [15]. O U.S. News and World Reportpublicou uma 
extensa matéria em 2003 intitulada "Where Marxism Lives Today" (Onde o Marxismo 
Vive Hoje), que diz o seguinte: "O Marxismo está tão entrincheirado em cursos que vão 
de Literatura a Antropologia... que hoje os estudantes estão virtualmente imersos nas 
ideias de Marx." [16]. 
O "menu radical" mencionado por Kimball inclui uma grande porção de determinismo 
econômico. De acordo com Karl Marx, o problema fundamental com o capitalismo é que 
ele gera a exploração. Portanto, o capitalismo precisa ser substituído por um sistema 
econômico mais humano, um sistema que elimine o livre mercado (a propriedade 
privada e a troca livre e pacífica de bens e serviços) e o substitua por uma economia 
controlada pelo governo. As ideias econômicas de Marx e a definição de políticas 
públicas caminham de mãos dadas. O comunismo no estilo de Marx controla um grande 
número de países em todo o mundo e, disfarçada com o nome de "Social Democracia", 
uma filosofia política de inspiração marxista engolfou os países da Europa Ocidental. 
Disciplina: Cosmovisão bíblico-cristã 
Professor: Rodrigo Silva 
 
5 
 
Além disso, nos anos recentes, muitos países sul-americanos se voltaram para o 
marxismo e muitos acreditam que a atual administração do presidente Obama e o atual 
Congresso dos EUA estão levando rapidamente o país para o mesmo caminho socialista. 
[17]. 
Ademais, alguns grupos cristãos tentaram combinar sua forma de cristianismo com as 
ideias de Marx sobre a igualdade social. Devido à prevalência e à natureza subversiva 
do Marxismo, os cristãos precisam se acautelar dos objetivos dos professores, políticos 
e teólogos de pensamento marxista. 
A Cosmovisão Humanista Cósmica 
A cosmovisão Humanista Cósmica consiste de dois movimentos espirituais inter-
relacionados. Um é conhecido como Movimento de Nova Era e o outro é o 
neopaganismo, que inclui práticas ocultistas, xamanismo indígena e Wicca. 
O Movimento de Nova Era mistura antigas religiões orientais (especialmente o 
Hinduísmo e o Zen-Budismo) com um toque de outras tradições religiosas, adiciona uma 
dose de jargão científico e traz o bolo recém-saído do forno para a sociedade consumir. 
"A Nova Era", explica a pesquisadora cristã Johanna Michaelsen, "é a religião eclética 
máxima do eu: tudo o que você decidir que é certo para você é correto, desde que você 
não fique com a mentalidade estreita e exclusivista sobre aquilo." [18]. 
Entretanto, a suposição que a verdade reside dentro de cada indivíduo torna-se a pedra 
fundamental para a cosmovisão. Dar a alguém o poder de discernir toda a verdade é 
uma faceta da teologia e essa teologia tem ramificações que muitos membros do 
movimento de Nova Era também descobriram. Marilyn Ferguson, autora de A 
Conspiração Aquariana (um livro considerado como "o clássico divisor de águas da Nova 
Era"), diz que o movimento introduz "uma nova mente — o aparecimento de uma 
cosmovisão surpreendente" [19]. 
Essa cosmovisão foi resumida da seguinte forma por Jonathan Adolph: "Em seu sentido 
mais amplo, o pensamento de Nova Era pode ser caracterizado como uma forma de 
utopismo, o desejo de criar uma sociedade melhor, uma 'Nova Era' em que a 
humanidade viva em harmonia consigo mesma, com a natureza e com o cosmos." [20]. 
Embora os aderentes da Nova Era não façam sérias distinções entre as religiões, 
considerando que todas são no fim a mesma coisa, John P. Newport explica que: "... 
geralmente, os neopagãos acreditam que estão praticando uma antiga religião popular, 
seja como uma forma sobrevivente ou restaurada. Assim, estando focados nas religiões 
pagãs do passado, eles não estão particularmente interessados em uma Nova Era do 
futuro." [21]. 
Por meio de livros de grande sucesso de vendas, de programas na televisão e de filmes 
no cinema [22], a cosmovisão Humanista Cósmica está ganhando convertidos no 
Ocidente e em todo o mundo. Malachi Martin lista dezenas de organizações que são de 
Nova Era ou simpatizantes da visão Humanista Cósmica. Claramente, o Humanismo 
Disciplina: Cosmovisão bíblico-cristã 
Professor: Rodrigo Silva 
 
6 
 
Cósmico, um transplante do Oriente, é uma presença crescente em todo o hemisfério 
ocidental. 
A Cosmovisão Pós-Moderna 
Forçados a encararem a desumanidade, a destruiçãoe todos os horrores produzidos 
pelo Terceiro Reich e pelos Gulags soviéticos durante a primeira metade do século 20, 
grupos substanciais de humanistas iluministas e neo-marxistas abandonaram suas 
cosmovisões para criarem uma cosmovisão que eles acreditavam seria mais apropriada 
para a realidade, resultando na virada para o Pós-Moderno. Por volta de 1980, 
professores pós-modernos estavam entrando significativamente nos Departamentos de 
Ciências Humanas e Ciências Sociais das universidades de todo o mundo. 
O filósofo cristão J. P. Moreland observa que o Pós-Modernismo se refere a uma 
abordagem filosófica principalmente na área da Epistemologia, ou aquilo que conta 
como conhecimento ou verdade. Falando em termos bem amplos, Moreland diz: "O 
Pós-Modernismo representa uma forma de relativismo cultural sobre coisas como a 
verdade, a realidade, a razão, os valores, o significado linguístico, o 'eu' e outras 
noções." [23]. 
Embora existam diversas formas de Pós-Modernismo, três valores são unificadores: (1) 
um comprometimento com o relativismo; (2) uma oposição às meta-narrativas, ou 
explicações totalizadoras da realidade que são verdadeiras para todas as pessoas em 
todas as culturas; (3) a ideia de realidades culturalmente criadas. Cada um desses 
comprometimentos tem o propósito de negar que exista uma cosmovisão ou um 
sistema de crenças que possa ser considerado como Verdade absoluta. 
O instrumento metodológico mais eficaz do Pós-Modernismo, que é usado 
extensivamente nos Departamentos de Letras modernos, é conhecido como 
Desconstrução, que significa (1) que as palavras não representam a realidade e (2) que 
os conceitos expressos em sentenças em qualquer idioma são arbitrários. 
Alguns pós-modernistas chegam ao ponto de desconstruírem a própria humanidade. 
Assim, junto com a morte de Deus, da verdade e da razão, a humanidade também é 
obliterada. Paul Kugler observa a inversão irônica: "Hoje, é o sujeito que declarou que 
Deus estava morto cem anos atrás que agora está tendo sua própria existência colocada 
em questão." [24]. 
Para complicar as coisas ainda mais, precisamos reconhecer que existe também uma 
variedade chamada de "Pós-Modernismo Cristão" [25]. Tal é a essência do Pós-
Modernismo dominante — uma cosmovisão que afirma que não existem cosmovisões. 
Essa cosmovisão "anticosmovisão" certamente requer a atenção dos cristãos atentos. 
Conclusão 
Não podemos negligenciar essas cinco cosmovisões anticristãs. A base para muito 
daquilo que é ensinado nas salas de aula nas escolas públicas hoje vem do pensamento 
secularizado, marxista, humanista cósmico e pós-moderno e recebe diversos rótulos: 
Disciplina: Cosmovisão bíblico-cristã 
Professor: Rodrigo Silva 
 
7 
 
Progressismo, Multiculturalismo, Politicamente Correto, Desconstrucionismo, e 
Educação para a Auto-Estima. Ou, como é frequentemente o caso, os rótulos são 
deixados de lado e os cursos são ministrados a partir de suposições anticristãs sem que 
os estudantes sejam informados qual cosmovisão está sendo expressa. A neutralidade 
na educação é um mito. 
O primeiro capítulo do livro de Daniel explica como ele e seus companheiros se 
prepararam para sobreviverem e florescerem no meio de um choque entre civilizações 
em seu tempo. Acreditamos que os jovens cristãos equipados com um conhecimento 
abrangente e uma compreensão da cosmovisão cristã e de suas rivais possam se tornar 
"Daniéis" que não ficarão nas laterais, mas que entrarão em campo para participarem 
na grande colisão de cosmovisões no século 21. 
A sociedade florescerá somente à luz da verdade e quando a ênfase retornar para uma 
perspectiva cristã. Essa mudança drástica em ênfase pode ser produzida por meio da 
liderança de milhares de estudantes cristãos bem-informados e confiantes que pensem 
de modo amplo e profundo a partir de uma bem-afiada cosmovisão bíblica e se 
levantem como líderes na educação, nos negócios, na ciência e no governo. 
Nosso desejo de produzir essa mudança em ênfase é a razão fundamental por que nosso 
ministério cristão produz currículos e recursos para as escolas cristãs e para as famílias 
que oferecem educação no próprio lar para suas crianças (primária, básica e de segundo 
grau), apresenta treinamento em cosmovisão para professores de todo o país e do 
mundo e organiza conferências para os estudantes e para os adultos. Maiores 
informações podem ser obtidas em nossa página na Internet 
em http://www.Summit.org. 
Notas Finais 
1. James C. Dobson e Gary L. Bauer, Children at Risk: The Battle For the Hearts and 
Minds of Our Kids (Dallas, TX: Word, 1990), pág. 19. 
2. Ibidem, pág. 19-20. 
3. Extraído de "College Student Survey". Cooperative Institutional Research Program, 
UCLA. Artigo on-line em http://www.gseis.ucla.edu/heri/css_po.html. [Nota: O 
vínculo não está mais ativo]. 
4. Norman L. Geisler e William D. Watkins, Worlds Apart (Grand Rapids, MI: Baker 
Book House, 1989), pág. 11. 
5. Outras áreas poderiam ser incluídas em uma definição de cosmovisão, como as 
artes, porém estas dez disciplinas contêm as áreas principais, atuando como uma 
teia de ideias em interação, que contribuem para uma visão total do mundo e da 
vida. 
6. Francis A. Schaeffer, A Christian Manifesto (Westchester, IL: Crossway Books, 1981), 
pág. 17. 
7. http://www.infoplease.com/ipa/A0001468.html. 
8. "The Future Belongs to Islam", de Mark Steyn, 20 de outubro de 2006, acessado em 
4/5/2009, http://www.macleans.ca/culture/books/article.jsp?content=20061023_
134898_134898. 
9. Serge Trifkovic, The Sword of the Prophet (Boston, MA, Regina Orthodox, 2002), 
pág. 55. 
Disciplina: Cosmovisão bíblico-cristã 
Professor: Rodrigo Silva 
 
8 
 
10. Ibidem, pág. 369. 
11. Op cit., pág. 51. 
12. Ibn Warraq1 (Ed.), The Quest for the Historical Muhammad, New York, 2000, pág. 
349, citado em Trafkovic, pág. 51. 
13. Veja "The American Islamic Forum for Democracy", 
em http://www.aifdemocracy.org. 
14. Paul Edward Gottfried, The Strange Death of Marxism: The European Left in the New 
Millennium (Columbia, MO, University of Missouri Press, 2005); David 
Horowitz, Unholy Alliance: Radical Islam and the American Left (Washington, DC: 
Regnery Publishing, 2004); Michael Hardt e Antonio Negri, Empire (Cambridge, MA, 
Harvard University Press, 2000); Rolf Wiggershaus, The Frankfurt School: Its History, 
Theories, and Political Significance (Cambridge, NY, MIT, 1998); Raymond Aron, The 
Opium of the Intellectuals (terceira impressão, New Brunswick, NJ, Transaction, 
2003). 
15. Roger Kimball, Tenured Radicals (New York, NY, Harper and Row, 1990), pág. xiii. 
16. U.S. News and World Report, Special Collection Edition, 2 de setembro de 2003, pág. 
86. 
17. Veja o artigo on-line "The Socialization of America", de David Noebel, acessado em 
4/5/2009, http://www.summit.org/blogs/pd/2009/03/the_socialization_of_ameri
ca.a.php 
18. Johanna Michaelsen, Like Lambs to the Slaughter (Eugene, OR, Harvest House, 
1989), pág. 11. 
19. Marilyn Ferguson, The Aquarian Conspiracy (Los Angeles, CA: J. P. Tarcher, 1980), 
pág. 23. 
20. Adolph, pág. 11. 
21. John P. Newport, The New Age Movement and the Biblical Worldview: Conflict and 
Dialogue (Grand Rapids, MI, Eerdmans Publishing Co, 1998) pág. 214. 
22. Livros de autores sucessos de vendas incluem A Profecia Celestina e Conversas com 
Deus, enquanto que os temas Humanistas Cósmicos são explícitos em programas de 
televisão como Buffy, a Caça-Vampiros, Slayer e Lost, bem como em filmes 
como Pocahontas, Mulan, e Guerra nas Estrelas (direcionados para as crianças) 
e Sexto Sentido, Gladiador, Dança com Lobos, e Hidalgo (para o público adulto), 
apenas para citar alguns em cadacategoria. 
23. Veja o artigo "Postmodernism and the Christian Life" no website de J. P. Moreland. 
Veja também de J. P. Moreland e William Lane Craig, "Filosofia e Cosmovisão Cristã", 
Edições Vida Nova, http://www.vidanova.a.com.br/produtos.asp?codigo=192. 
24. Walter Truett Anderson, The Future of the Self: Exploring the Post-Identity 
Society (New York, NY, Tarcher/Putnam, 1997), pág. 32. 
25. Veja D. A. Carson, The Gagging of God: Christianity Confronts Pluralism (Grand 
Rapids, MI, Zondervan, 1996); Myron B. Penner, ed., Christianity and the 
Postmodern Turn (Grand Rapids, MI, Brazos Press, 2005); e D. A. Carson, Becoming 
Conversant with the Emerging Church (Grand Rapids, MI, Zondervan, 2005).

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