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MODULO HUMANIZACAO Professora Lourdes Idoso.

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CURSO DE CUIDADOR
 
Sumário
PAG. Apresentação 03
Introdução 04
Cap.01 - A História da Enfermagem e a Humanização na Assistência 05
Cap.02 – Política de Atendimento Humanizado. Política Nacional de Humanização - PNH 08
Cap.03 – Efeitos Psicológicos da Doença e da Internação 13
Cap.04 – Necessidades Humanas Básicas 16
Cap.05 – Processo da Comunicação 19
Cap.06 – Relacionamento Terapêutico 21
35
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A
Cap.07 - Assistência de Enfermagem ao Paciente Terminal 24
I n t r o d u ç ã o 
C A P Í T U L O 0 1
	Data
	Conteúdo 
	CH
	Docente
	14/04/2018
	AULA 1. Aspectos demográfico 
1.1Aspectos fisiopatológico do envelhecimento.
1.2 Perfíl do Cuidador
	10
	Enfª Mª de Lourdes
	21/04/2017
	AULA 2. Legislação do Idoso: 
 Ética. 
Estatuto do Idoso. 
O Projeto de Lei 284/2011 e PL 4702/12 Regulamenta a profissão.
	10
	Enfª Mª de Lourdes
	17/03/2017
	3.Nutrição do idoso
4. Relacionamento interpessoal e autoconhecimento 
4.1 Cuidando do cuidador
	10
	Enfª Mª de Lourdes
	24/03/2017
	5.Sexualidade e Qualidade de Vida; 
6. Espiritualidade;
7.Emergências no domicílio 
	10
	Enfª Mª de Lourdes
	07/04/2017
	8.Atividade Física e ludicidade;
ATIVIDADE LÚDICA DESENVOLVIDA PELOS ALUNOS.
	10
	Enfª Mª de Lourdes
	14/04/2017
	9.Saúde mental do Idoso- 
10. Doenças Relacionada.
11. Cuidando do paciente com Alzheimer
	10
	Enfª Mª de Lourdes
	28/04/2017
	12. AULAS DE PRÁTICAS DE CUIDADOS.
 13.Cuidados paliativos; 14Cuidados pós- morte.
	10
	Enfª Mª de Lourdes
	05/05/2017
	Estágio em ILPs 
	10
	Enfª Mª de Lourdes
	12/05/2017
	Estágio em ILPs 
	10
	Enfª Mª de Lourdes
	19/05/2017
	Prova final. Encerramento e entrega de certificados.
	10
	Enfª Mª de Lourdes
	
	
	
	
Cronograma sujeito a alteração.
AULA 1. Aspectos Demográficos e Epidemiológicos do Envelhecimento
O envelhecimento é uma questão explorada pelos pesquisadores. Há aumento da população idosa tanto nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento.
O suporte p/ essa nova condição não acompanha este crescimento na mesma velocidade.
A sociedade passa por grandes transformações. A tecnologia avança; Os meios de comunicação bombardeiam com fatos e dados; A vida mais agitada, tempo cada vez menor. Isso tudo exige uma capacidade de ADAPTAÇÃO.
O que é envelhecer?
É um processo natural da vida; Mudanças físicas, psicológicas, sociais; É individual; Momento de perdas ->Ex. Saúde
 E a qualidade de vida?
Condições fundamentais nas mudanças do envelhecimento. Devem ser deletérias: reduzir a funcionalidade; Devem ser progressivas: estabelecer gradualmente; Devem ser intrínsecas: o ambiente tem forte influência sobre o aparecimento e velocidade dessas mudanças, apesar de não ser a sua causa; Devem ser universais: dentro de uma mesma espécie; Envelhecimento populacional: fenômeno mundial
No Brasil em 1940 a pop. maior de 60 anos representava 4%.. Já em 1996 essa população já representava 8%. A pop. acima de 80 anos também é crescente. Há redução da mortalidade. Aumento da expectativa de vida + Controle da natalidade  “crise da velhice”. 
Pressão nos sistemas de previdência social. Conseqüências para economia, condições de vida,políticas públicas. No que se dá o aumento da expectativa de vida no Brasil? Avanços tecnológicos nos últimos 60 anos; Vacinas, uso de antibióticos, quimioterápicos; No Brasil estima-se que nos próximos 20 anos a pop. de idosos poderá alcançar 30 milhões de pessoas 15% da pop.
Segundo o IBGE em 2000 o nº de pessoas com mais de 60 anos era de 14.536.029, sendo que em 1991 era de 10.722.705 Quais as conseqüências para este crescimento? Questão Social. Crise de identidade; Mudança de papéis; Aposentadoria; Perdas diversas; Diminuição dos contatos sociais.
Em 1980 existiam, aproximadamente 16 idosos para 100 crianças. Em 2000 essa relação mudou de 30 idosos para 100 crianças. IBGE demonstra também que o grupo de 75 anos é o que mais cresceu nos últimos 10 anos em relação ao total de população idosa.
A sociedade está preparada para esta mudança de perfil?? Aumento da expectativa de vida ≠ qualidade de vida. 1º IBGE comprova que os idosos é a camada que mais sofre com problemas de saúde; 2º Desenvolvimento de doenças crônicas; 3º Maior nº de internações hospitalares.
Outro aspecto importante: Feminização da velhice. Grande parte das mulheres são viúvas, vive só, sem experiência de trabalho formal.
Mulher idosa mais debilidade biológica
Homem idoso morre antes.
 Para o gerontólogos: para as idosas de hoje a velhice e a viuvez  pode representar momento de independência e realização. Solidão na Velhice; Industrialização e urbanização; Nº de idosos vivendo sozinhos cresce; O nº de idosas é maior por conta da viuvez.
Universalização da Seguridade Social: melhorias das condições de saúde, avanços tecnológicos, tais como, meios de comunicação, elevadores, automóveis, medicações como antibióticos e vacinas, etc. O que deveremos refletir? Envelhecimento sem qualidade; Aspecto político e social onde possa dar suporte para um envelhecimento saudável. Transformação da cultura em respeito aos idosos.
Referências
CAMARANO, Ana Amélia. Envelhecimento da População Brasileira: uma contribuição demográfica, RJ 2002.
IBGE. Brasil, 2000
MENDES, Marcia Barbosa. A situação do idoso no Brasil. SP. 2000.
1.1 Aspectos Físicos do Envelhecimento
Envelhecimento é “programado” pela genética. É de forma e ritmo diferentes nas pessoas A idade cronológica influencia menos do que as questões genéticas e “externas” ( ritmo de vida, poluição, etc)
Alguns fatores podem acelerar o processo. Ex: exposição ao sol, medicamentos, sedentarismo. Alterações celulares; Mudança na aparência física; Declínio da função
As alterações celulares provocam mudança na aparência física e declínio geral de funções fisiológicas. As células tornam-se menos capazes de substituir-se,havendo degradação do colágeno e elastina.
Sistema Cardiovascular: Cardiopatia é a principal causa de morte do idoso ( Brunner, 2012).
Há hipertrofia miocárdica, alterando força e função do coração, As valvas tornam-se mais espessas ( grossas) e mais rígidas. Depósitos de cálcio e gordura acumulam-se dentro das paredes arteriais, deixando as artérias mais rígidas, tortuosas, dificultando a circulação e a contratilidade cardíaca.
No que se refere à Hipertensão, percebe-se que esta é mais recorrente no ocidente, não sendo uma realidade dos idosos orientais ( japoneses, etc). Segundo Miller( 2009), a hipotensão ortostástica e pós-prandial aumenta bastante após os 75 anos. Hipertensão sistólica isolada; Hipertensão primária; Hipertensão secundária. 
Débito cardíaco diminuído, Capacidade diminuída de resposta ao estresse, Recuperação cardíaca mais lenta.
Como achados objetivos tem-se: Queixa de fadiga muscular com qualquer esforço, maior tempo de recuperação da frequência cardíaca, náuseas e desconforto abdominal.
Sistema Respiratório:O sistema respiratório parece ser o mais capacitado a compensar as alterações funcionais do envelhecimento ( Brunner, 2012). Observa-se que os idosos não tabagistas continuam tendo boa resposta ventilatória, mesmo após os 75 anos.
Enfraquecimento dos músculos respiratórios intercostais, e diminuição da retração elástica da parede torácica 
Alteração bastante relevante : Diminuição do sistema de transporte do muco pelas estruturas ciliares => Maior Muco nas VA => Tosse => Aumento das infecções respiratórias. O tabagismo é o fator de risco mais significativas para as doenças respiratórias. Atenção especial para a imunização.
Sistema Tegumentar: As funções da pele incluem: proteção, regulação da temperatura, sensibilidade e excreção. Envelhecimento: Pele mais seca ( perde água e oleosidade), Mudança das fibras ( menos elásticas), Enrugamento e flacidez da pele. Pigmentação dos pelos ( perdem proteína), queda, calvície. A pele mais seca leva às rachaduras.
Sistema Reprodutor: Ao contrário de antes, a sexualidade não é mais considerada apenas pertinente aos jovens ( Brunner 2012). Produção de hormônios diminuída. Para ambos os sexos: pode haver mais tempo para que ocorra o despertar sexual, para a completude sexual
Homem: Testículos menos firmes ( flácidos). Produção de espermatozóides é normal, ou pouco diminuída. Testosterona começa a diminuir ( a partir dos 50 anos). Libido diminuída, disfunção erétil pode ocorrer. Piora quando o idoso utiliza medicações para doenças crônicas
Mulher: Produção ovariana de estrogênio e progesterona cessa com a menopausa
Encurtamento e perda de elasticidade no canal vaginal. Ressecamento da mucosa vaginal. Maior acidez vaginal ( levando à dor e doenças). Sangramento vaginal e dor no ato sexual podem ocorrer. Sistema Genitourinário. Diminuição da massa renal. Perda do número de néfrons. Um terço dos idosos não apresentam qualquer alteração renal. 1 em cada 10 adultos sofre com a incontinência urinária. Pode haver perda do controle urinário. Hiperplasia benigna da próstata é comum nos idosos.
Sistema Genitourinário: Maior ocorrência de infecções urinárias. A função renal pode declinar quando o idoso usa medicamentos todos os dias. Doenças tais como a hipertensão podem piorar a função renal no idoso.
Sistema Gastrintestinal: Digestão alimentar será influenciada pelo nível de alimentação do paciente Dificuldade de adquirir e preparar sua própria alimentação Olfato e paladar diminuem bastante => Inapetência e perda do interesse pela comida. A capacidade de reconhecer os sabores ( amargo, doce, salgado) diminui, boca seca. Dificuldade de mastigar e engolir; Perda de dentes; Motilidade gástrica mais lenta; Diminuição de ácido gástrico; Absorção mais lenta de nutrientes; Maior acúmulo de cálcio, levando aos cálculos biliares; Constipação intestinal é condição patológica comum. 
Sistema Nutricional: Hábitos alimentares já estão sedimentados nesta fase ( difícil mudar). Pode haver deficiência nutricional ( mesmo em pacientes com sobrepeso) com a mudança do paladar, há deficiência de identificação de sabores. 
Sono: Os distúrbios do sono afetam mais de 50% dos idosos com mais de 65 anos. Em geral precisam de mais tempo para adormecer, despertam com mais facilidade e frequência. Menos tempo em sono profundo. Sentem-se mais incomodados com barulhos, vozes, iluminação, noctúria. Há incidência grande de apnéia do sono nesta fase
Sistema Músculo- esquelético: A partir dos 40 anos já há uma perda progressiva de massa óssea. Perda da densidade óssea => Osteoporose
Fatores de risco: Inatividade. Ingesta inadequada de cálcio. Perda de estrogênios . tabagismo. Atrofia muscular. Fraturas. Muitas alterações irão ocorrer nesta fase, em geral “para pior” Há perda de massa muscular, especialmente nas mulheres. Diminuição da força óssea, através da perda de cálcio e minerais = > Risco de fraturas e quedas.
Fibras musculares deterioradas: cartilagem perde capacidade de absorção de impactos – doença articular degenerativa
Recomendações: Dieta rica em cálcio; Dieta pobre em fósforo; Exercícios; Redução da cafeína e do álcool (auxilia na paralisação da desmineralização adicional e excreção renal do cálcio); Cessação do tabagismo.
Sistema Nervoso: capacidade intelectual não se perde estrutura e função do sistema nervoso mudam com o passar da idade. Perda de neurônios; Síntese e o metabolismo de neurotransmissores diminuem; Marcha e equilíbrio ficam prejudicados; Hipotensão postural pode ocorrer, levando à queda. Reação lentificada; Função mental ameaçada por estresse físico e emocional; Confusão de dados recentes, palavras novas, pessoas desconhecidas; Memória afetiva preservada
Sentidos :Audição. Na audição há perda de função, principalmente nos homens. Presbiacusia – perda da capacidade de ouvir sons de alta frequência. Os homens perdem audição a partir dos 40 anos ( piora com estímulo e exposição aos fatores de ruídos, etc). Há acúmulo de cêra, crescimento de pelos auriculares ( homens)
Sentidos : Visão. Perda de capacidade visual a partir dos 40 anos ( homens e mulheres). Perda da profundidade visual “ Mosquitos” na visão => Campo visual. Olhos secos. Diminuição de lágrimas. Sensibilidade maior à luz. Diminuição da capacidade de adaptação ao escuro. Pode ocorrer glaucoma, aumento de pressão ocular. Diminuição das pupila; Arco Senil; Catarata
Referências
Brunner & Studdarth, Tratado de Enfermagem Médico- Cirúrgica, 2012.
Caderno de atenção Básica do Idoso, MS , 2008
1) Quais contribuições que o cuidador pode dar para os idosos, de acordo com cada sistema afetado? Liste as prioridades e a assistência proposta .
2) A quais sinais e sintomas o cuidador deve ficar atento no seu paciente idoso, a depender do sistema afetado?
1.2 Perfíl do Cuidador
Mulheres mais velhas Fazendo Home Care: Exploração ou trabalho ideal?
Nos EUA a força de trabalhho é composta de mulheres mais velhas. Cerca de 1/5 da força de trabalho do país é de 55 anos de idade e quase a metade são mulheres. Com os baixos salários e pouca reserva financeira os trabalhhadores mais velhos não tem outra opçãova não, ser continuar trabalhando.
A assitencia de cuidados informais está diminuindo pela oferta de emprego entre as mulheres; O tamanho das famílias menores; Aumento da esterilidade e Maiores taxas de divórcio. Resume-se em maior dependencia de cuidados pagos e a preferência dos idoso em em casa. A necessidade crescente de serviços de cuidados pessoais é uma tendência paralela. O número de pessoas que necessitam de cuidados pessoais deverá dobrar de 13 milhões em 2000 para 27 milhões em 2050 (Kaye, Chapman, Iniciante, e Harrington, 2006). 
Crescimento da demanda por cuidadores especializados. Formal (pagos) em capacidades agudas. Prestam apoio social e assistência com atividades da vida Diária (AVD) e Atividades Instrumentais de vida Diária (AIVD). Predominantemente do sexo feminino; Média de idade de 45 a 65 anos. São escolhidas por sua confiabilidade, experiência de vida e capacidade de se relacionar;
São forçadas a trabalhar até mais tarde na vida; A escolha se dá por ser uma empregabilidade crescente, flexível e oferece contato social; A desvantagem é que é mal pago e sem benefícios se não for um cuidador treinado e habilitado. Os trabaladores mais velhos enfrentam discriminação; Mas na prestação de cuidados: Tendem a ser recebidas por sua confiabilidade; Experiencia de vida; Capacidade de relacionar-se com os mais velhos; São mais carinhosas. 
Os pontos importantes para essa clientela de cuidadores é que o trabalho é flexível; Favore contato socil; O reconhecimento desse profissional é ainda um desafio. 
PERFIL DO CUIDADOR FORMAL
 
As atividades desenvolvidas: Limpeza de corpos; Dos quartos; Higiêne íntima; * há discriminação desse tipo de trabalho. Constrói uma identidade para o autocuidado e do cuidar. Estabelecendo dignidade e valor social. Para outros o desafio é grande. Sem cobertura de seguro de saúde; Sem leis federais; Salário mínimo e pagamento de horasextras. Desde 1974, isenção do companheirismo diminuiu a compensação; Risco de acidente de trabalho. Serviço fisicamete exigente.
Relatos que demonstram insegurança financeira e insegurança para os trabalhadores de home care mais velhos. Divórcio; Vários filhos; Abandono dos maridos; Contas médicas; Doença do cônjuge; Rendas insuficiente.
JOVEM: São mais rápidos; São mais animados; Menos sensíveis; Menos experiêntes com idosos
VELHO: Pouca percepçãoão; São mais lentos; Mais sensíveis; Mais confiável; Mais pacientes; Experiência de vida
PERFIL DO CUIDADOR INFORMAL
A doença aparece na família como: Ameaça à integridade e equilíbrio, Sensação de peso, Sentimento de medo da perda; da dependência e do despreparo para o cuidado. É melhor adaptada quando ocorre gradativamente. A incapacidade funcional envolve as limitações nas atividades da vida diária e as atividades instrumentais. Precisam de ajuda de um cuidador; Esposas e filhas.
Nos próximos 30 anos, de cada quatro brasileiros, um será idoso. Estas pessoas estão aqui: os velhos do presente e do futuro do Brasil. Idoso cuidador, a sobrecarga fisica gerada e maior. Muitas vezes, os cuidadores em idades avancadas possuem doencas crônicas, e problemas osteoarticulares, que dificultam a realizacao de algumas tarefas. Estas tambem podem iniciar ou piorar problemas ja existentes.
O modelo de familia restrita tambem parece contribuir para uniao dos seus membros. Um facilitador do processo de adaptacao dos cuidadores familiares a mudanca, foi a profissao exercida, quatro eram tecnicas de enfermagem e foi benéfico por terem algum conhecimento previo sobre a prestacao dos cuidados, se constituindo em fonte de auxilio e equilibrio familiar. 
O CUIDADOR E O CUIDADO DO SEU EMOCIONAL
A instabilidade emocional familiar estão ligados ao contexto pré-existente à dependência do idoso: Sobre carga dos atores envolvidos e suas consequências: Cuidadores: extrapolam o limite da razão; verbais, descaso e indiferenças, rispidez e impaciência no trato. Onde o cuidador recebe mais apoio percebe-se harmonia e tranquilidade. 
 Consequências da sobrecarga emocional: Isolamento social; Limitações; Alterações no estilo de vida e insatisfação na vida social; Restrito à vida domestica; Sem liberdade Financeira; Dependendo da renda de outros;
CUIDADOR IDOSO, SOBRECARGA FISICA E EMOCIONAL
Ser idoso com incapacidade e seus cuidadores familiare. A incapacidade é a dificuldade para a realização das atividades de vida diária. No idoso pode levar a problemas de saúde: Depressão; Isolamento; Dependência.
O apoio da família na reabilitação é importante, porém não pode ser limitante gerando novas incapacidades. Destaca-se como doenças do aparelho circulatório que ocupa o 1º lugar em internações hospitalares. Nesse contexto o AVC é o principal causador de incapacidade funcional em idosos no Ocidente. As incapacidades cognitivas e funcionais modificam a vida das famílias que age e reagem de acordo com suas vivencias.
Se para a família é difícil o cotidiano do cuidado ao idoso dependente, para este, estar dependente também nem sempre éfácil. Para o cuidador assumir o cuidado é uma imposição e não uma opção. O envelhecimento com dependência e o aparecimento do cuidador demandam novas formas de assistência e enfoques das Políticas Públicas que orientam a assistência.
DINÂMICA FAMILIAR CLIENTE APÓS AVC
Quando o processo de envelhecimento humano começa, uma série de tarefas diárias, tornando-se mais difícil de executar, até que os indivíduos percebem que eles já depender dos outros.
Destaca-se: os cuidadores que enfrentam seus próprios desafios e dificuldades, que torna árdua, o ato de cuidar. A falta de habilidades podem prejudicar a saúde idade e aumentar as pressões sobre o cuidador Através de SRQ-20, 32,26% foram classificados como portadores de doença psicoemocional. O escore médio do impacto total medido utilizando o CBS foi de 1,76, pontuações mais altas ocorreram nas dimensões '' geral tensão '' (2,18) e '' engodo '' (1,91) e inferior na dimensão
Os idosos dependentes: O número médio de doenças relatadas foi de 5,9 2,6, sendo mais frequente: hipertensão arterial sistêmica (66%), doença cardíaca (41%) e catarata (40%). Em relação às queixas, 56,6% relataramdificuldades visuais; 48,8% dificuldades auditivas; 47,6% dificuldades com controle urinário; e 27,8% dificuldades com o controle fecal. Fratura histórias ocorreu em 35,7% e 3,2% em amputações; 47,2% relataram para usar mais de 4 diferentes tipos de medicamento.
Depressão: A correlação sobre a presença de depressão no idosos foi positiva. Relações sociais e de saúde de idosos. A hipótese de que os cuidadores estão sob alto risco de desenvolver depressão, ansiedade e queixas físicas, foi Confirmado. O grau de dependência medida através de AVD e AIVD foi correlacionada com maior impacto na vida dos cuidadores 
ESTRATÉGIAS DESENVOLVIDAS PARA O CUIDAR
Adotar medidas de suporte para prestar os cuidados. Orientar os cuidadores a realizar as atividades cotidianas reduzindo a carga de estresse. O apoio formal, contribui para o equilíbrio familiar e redução de conflitos. O PSF pode ser uma estratégia responsável. Self Report Questionnaire (SRQ).
REFERÊNCIA
1. Butler SS. Older Women Doing Home Care: Exploitation or Ideal Job? J Gerontol Soc Work. 2013; 56(4): 299–317. 
2. Pedreira LC, Oliveira AMS. Cuidadores de idosos dependentes no domicílio: mudanças nas relações familiares. Rev. bras. enferm.  65(5). 2012: 730-736. 
3. Pedreira LC, Oliveira AMS. Being elderly with functional dependence and their family caregivers. Acta paul. enferm. 25(1): 143-149. 2012
4. Rezende TC, Coimbra AM, Costallat LT,Coimbra IB. Factors of high impacts on the life of caregivers of disabled elderly. Arch Gerontol Geriatrics. 51(1): 76-80. 2010.
C A P Í T U L O 0 2
LEGISLAÇ Ã O DO IDOSO
2. Legislação do Idoso
Marco Legal
Constituição Federal (1988);
Política Nacional do Idoso, estabelecida em 1994 (Lei 8.842);
Estatuto do Idoso (Lei Nº 10.741, outubro de 2003) entrou em vigor no dia 1° de janeiro de 2004 .
Ações do Governo Federal para a Garantia dos Direitos da População Idosa – MINISTÉRIO DA SAÚDE
•	Sistema Único de Saúde – SUS 
•	Estratégia Saúde da Família (ESF); 
•	Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS); 
•	Cadernetas de saúde da pessoa idosa; 
•	Campanha de Vacinação para pessoas idosas;
•	Caderno de Atenção em Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idos
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
•	Programa Previdência Social Básica; 
•	Programa Qualidade dos Serviços Previdenciários e Ação Previdência Eletrônica; 
•	Programa de Educação Previdenciária e;
Estímulo à participação social nas políticas previdenciárias
2.2 Estatuto do Idoso.
O Estatuto do Idoso é Lei!
A Cãmara aprovou, o Senado aprovou e o Presidente Luís Inácio Lula da Silva sancionou em 1º de outubro de 2003 o Estatuto do Idoso, que define medidas de proteção às pessoas com idade igual ou superior aos 60 anos. O texto regulamenta os direitos dos idosos, determina obrigações das entidades assistenciais e estabelece penalidades para uma série de situações de desrespeito aos idosos. De autoria do ex-deputado e atual senador Paulo Paim (PT-RS), o projeto (PLC nº 57/2003) foi aprovado por unanimidade tanto na Câmara quanto no Senado. Algumas disposições originais foram vetadas na sanção presidencial.
2. 3 Ética. 
2.4 O Projeto de Lei 284/2011 e PL 4702/12 que Regulamenta a profissão do cuidador.
 PL 4702/12
A Câmara dos Deputados aprovaram em (8/12), na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) a proposta que regulamenta a profissão de cuidador de idosos, crianças, portadores de doenças raras e de necessidades especiais(COFEN, 2015).
Tudo começou assim, o Projeto de Lei 1385/07, apresentado pelo deputado Felipe Bornier (PHS-RJ), regulamenta a profissão de babá, que é definida como a empregada contratada para cuidar de criança;
Assim, o profissional deve zelarpelo bem estar, integridade física, saúde, alimentação, higiene pessoal, educação, cultura, recreação e lazer da pessoa assistida;
Frequente ocorrência de casos de violência contra crianças, praticada por babás. Acrescentando que a ausência de qualificação profissional da babá pode comprometer o desenvolvimento tanto físico como psicológico da criança.
Continuando, mas a relatora da proposta, deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) ampliou o alcance do PL, abrangendo também outros profissionais com atribuições e responsabilidades semelhantes, responsáveis pelo cuidadoa pessoas que possuem necessidade de acompanhamento profissional, como os idosos, portadores de deficiências ou de doenças raras. 
Cuidador de idoso é hoje uma profissão reconhecida e inserida na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) do Ministério do Trabalho e Emprego. 
O CUIDADOR PRECISA CORRESPONDER
A PL nº 4702/12 que trata do exercício da profissão de cuidador de pessoa idosa. Este projeto de lei em seu Art. 3º. Além de exigir dos trabalhadores ensino fundamental completo e curso de qualificação na área, o texto prevê idade mínima de 18 anos, atestados de bons antecedentes, e de aptidão física e mental (COFEN, 2015).
Assim, aconteçeu a regulamentação!
O presidente do Cofen, Manoel Neri, destacou a importância do substitutivo, que atende a demanda do Cofen quanto ao respeito às prerrogativas de Enfermagem, especialmente no caso dos cuidadores de idosos. 
“A regulamentação, nos termos do substitutivo, respeita as atribuições privativas estabelecida na lei 7498/86, que regulamenta o exercício profissional de Enfermagem, representando um avanço em relação PL 4702/12 (COFEN,2015).
Para diferir dos cuidados especializados prestados por profissionais de Enfermagem, a proposta deixa claro que o cuidador só pode administrar medicamentos de via oral e sob orientação de profissionais de saúde.
A Política Nacional de Saúde do Idoso, define o Cuidador do Idoso como: pessoa, membro ou não da família, que, com ou sem remuneração, cuida do idoso doente ou dependente no exercício das suas atividades diárias, tais como alimentação, higiene pessoal, medicação de rotina, acompanhamento aos serviços de saúde ou outros serviços requeridos no cotidiano – por exemplo, ida a bancos ou farmácias -, excluídas as técnicas ou procedimentos identificados com profissões legalmente estabelecidas, particularmente na área da Enfermagem. 
A expressão Atividades de Vida Diária (AVDs)
É usada para descrever os cuidados essenciais e elementares à manutenção do bem-estar do indivíduo, que compreende aspectos pessoais como: banho, vestimenta, higiene e alimentação, e aspectos instrumentais como: realização de compras e cuidados com finanças (Portaria 1.395/GM/1999). 
Assim, a formação necessária envolve: conhecimentos como: Cuidados com a higiene, conforto e alimentação do idoso, observando possíveis alterações no estado geral. 
Zela pela integridade física do idoso, presta primeiros socorros e promove atividades de entretenimento. Portanto o Cuidador de Idoso é a pessoa capacitada para auxiliar o idoso que apresenta limitações para realizar atividades da vida diária. 
Estudando detalhadamente, estão incluídos como Trabalhador Doméstico, conforme a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) das Domésticas. Os Cuidadores de Idosos não pertencem à categoria da Enfermagem, como também não substituem os profissionais de Enfermagem. Não lhes compete, assim, realizar as técnicas ou procedimentos identificados com profissões legalmente estabelecidas, particularmente na área da Enfermagem (Portaria 1.395/1999). 
DIREITOS HUMANOS
09/01/2008 - 18h55
Câmara poderá regulamentar profissão de babá
http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/DIREITOS-HUMANOS/116297-CAMARA-PODERA-REGULAMENTAR-PROFISSAO-DE-BABA.html
10/12/2015
COFEN Câmara aprova regulamentação da profissão de cuidador
http://www.cofen.gov.br/camara-dos-deputados-aprova-regulamentacao-da-profissao-de-cuidador_36815.html
C A P Í T U L O 0 3
3. NUTRIÇÃO DO IDOSO
Uma alimentação saudável, isso é, adequada nutricionalmente e sem contaminação, tem influência no bem-estar físico e mental, no equilíbrio emocional, na prevenção e tratamento de doenças. 
Fique Atento: Durante doenças graves e de longa duração pode ocorrer sangramento nas gengivas, por isso é preciso que o cuidador tenha uma atenção redobrada com a higiene da boca da pessoa cuidada. Ao observar sangramento mais constante e presença de pus nas gengivas o cuidador precisa comunicar o fato à equipe de saúde. 
Fique Atento: - É comum a pessoa idosa ter uma diminuição da estrutura óssea da boca. Essa perda óssea faz com que a prótese fique frouxa, aumentando o movimento, o desconforto e a possibilidade de lesões na gengiva. Lembrar que dentes quebrados podem ferir a boca.
- É comum que pessoas doentes tenham o apetite diminuído, mas é preciso estar atento, a recusa em se alimentar ou a agitação no horário das refeições pode ser decorrente de prótese mal adaptada, cárie, dentes fraturados, feridas, alterações e inflamação das gengivas.
É importante que a alimentação seja saborosa, colorida e equilibrada, que respeite as preferências individuais e valorize os alimentos da região, da época e que sejam acessíveis do ponto de vista econômico. Para se ter uma alimentação equilibrada, com todos os nutrientes necessários para a manutenção da saúde, é preciso variar os tipos de alimentos, consumindo-os com moderação. Os nutrientes são as substâncias químicas que o organismo absorve dos alimentos, esses nutriente são indispensáveis para o bom funcionamento do organismo. Os nutrientes dos alimentos fornecem calorias, que são a quantidade de energia utilizada pelo corpo para a manutenção de suas funções e atividades. Uma alimentação que fornece mais calorias do que o organismo gasta em suas atividades diárias pode provocar o excesso de peso e obesidade. Uma alimentação que fornece menos calorias que o necessário pode levar à perda de peso e desnutrição.
11.1 Os dez passos para uma alimentação saudável 
Os 10 passos para uma alimentação saudável é uma estratégia para buscar uma vida mais saudável, recomendada pelo Ministério da Saúde. Esses passos podem ser seguidos por toda a família. 
1º passo: Aumente e varie o consumo de frutas, legumes e verduras. Coma-os 5 vezes por dia. As frutas e verduras são ricas em vitaminas, minerais e fibras. Coma, pelo menos, 4 colheres de sopa de vegetais (verduras e legumes) 2 vezes por dia. Coloque os vegetais no prato do almoço e do jantar. Comece com 1 fruta ou 1 fatia de fruta no café da manhã e acrescente mais 1 nos lanches da manhã e da tarde. 
2º passo: Coma feijão pelo menos 1 vez por dia, no mínimo 4 vezes por semana. O feijão é um alimento rico em ferro. Na hora das refeições, coloque 1 concha de feijão no seu prato, assim você estará evitando a anemia. 
3º passo: Reduza o consumo de alimentos gordurosos, como carne com gordura aparente, salsicha, mortadela, frituras e salgadinhos, para no máximo 1 vez por semana. Retire antes do cozimento a pele do frango, a gordura visível da carne e o couro do peixe. Apesar do óleo vegetal ser um tipo de gordura mais saudável, tudo em excesso faz mal! O ideal é não usar mais que 1 lata de óleo por mês para uma família de 4 pessoas. Prefira os alimentos cozidos ou assados e evite cozinhar com margarina, gordura vegetal ou manteiga. 
4º passo: Reduza o consumo de sal. Tire o saleiro da mesa. O sal da cozinha é a maior fonte de sódio da nossa alimentação. O sódio é essencial para o funcionamento do nosso corpo, mas o excesso pode levar ao aumento da pressão do sangue, que chamamos de hipertensão. As crianças e os adultos não precisam de mais que 1 pitada de sal por dia. Siga estas dicas: não coloque o saleiro na mesa, assim você evita adicionar o sal na comida pronta. Evite temperos prontos, alimentos enlatados, carnes salgadas e embutidos como mortadela, presunto, lingüiça, etc. Todos eles têm muitosal. 
5º passo: Faça pelo menos 3 refeições e 1 lanche por dia. Não pule as refeições. Para lanche e sobremesa prefira frutas. Fazendo todas as refeições, você evita que o estômago 
fique vazio por muito tempo, diminuindo o risco de ter gastrite e de exagerar na quantidade quando for comer. Evite “beliscar”, isso vai ajudar você a controlar o peso. 
6º passo: Reduza o consumo de doces, bolos, biscoitos e outros alimentos ricos em açúcar para no máximo 2 vezes por semana. 
7º passo: Reduza o consumo de álcool e refrigerantes. Evite o consumo diário. A melhor bebida é a água. 
8º passo: Aprecie a sua refeição. Coma devagar. Faça das refeições um ponto de encontro da família. Não se alimente assistindo TV. 
9º passo: Mantenha o seu peso dentro de limites saudáveis – veja no serviço de saúde se o seu IMC está entre 18,5 e 24,9 kg/m2. O IMC (índice de massa corporal) mostra se o seu peso está adequado para sua altura. É calculado dividindo-se o peso, em kg, pela altura, em metros, elevado ao quadrado. 
10º passo: Seja ativo. Acumule 30 minutos de atividade física todos os dias. Caminhe pelo seu bairro. Suba escadas. Não passe muitas horas assistindo TV.
Essas recomendações foram elaboradas para pessoas saudáveis, mas servem como guia para planejar a alimentação de pessoas que necessitam de cuidados especiais de saúde. Pessoas que precisam de dietas especiais devem receber orientações específicas e individualizadas de um nutricionista, de acordo com o seu estado de saúde.
11.2 Outras recomendações gerais para a alimentação
 Nem sempre é fácil alimentar outra pessoa, por isso o cuidador precisa ter muita calma e paciência, estabelecer horários regulares, criar um ambiente tranqüilo. São orientações importantes:
 •Para	receber	a	alimentação,		a	pessoa	deve	estar	sentada	confortavelmente.	Jamais ofereça água ou alimentos à pessoa na posição deitada, pois ela pode se engasgar.
 •Se	a pessoa	cuidada	consegue	se	alimentar	sozinha,	o	cuidador	deve		estimular	e ajudá-la no que for preciso: preparar o ambiente, cortar os alimentos, etc. Lembrar que a pessoa precisa de uma tempo maior para se alimentar, por isso não se deve apressá-la.
 •É	importante	manter	limpos	os	utensílios	e	os	locais	de	preparo	e	consumo	das	refeições. A pessoa que prepara os alimentos deve cuidar de sua higiene pessoal, com a finalidade de evitar a contaminação dos alimentos. 
•Quando	a	pessoa	cuidada	estiver	sem	apetite,	o	cuidador	deve		oferecer	alimentos	saudáveis e de sua preferência, incentivando-a a comer. A pessoa com dificuldades para se alimentar aceita melhor alimentos líquidos e pastosos, como: legumes amassados, purês, mingau de aveia ou amido de milho, vitamina de frutas com cereais integrais.
•Para	estimular	as	sensações	de	gosto	e	cheiro,	que	com	o	avançar	da	idade	ou	com a doença podem estar diminuídos, é importante que as refeições sejam saborosas, de fácil digestão, bonitas e cheirosas. 
 •Uma	boa	maneira	de	estimular	o	apetite	é	variar	os	temperos	e	o	modo	de	preparo dos alimentos. Os temperos naturais como: alho, cebola, cheiro-verde, açafrão, cominho, manjericão, louro, alecrim, sálvia, orégano, gergelim, hortelã, noz-moscada, manjerona, erva-doce, coentro, alecrim, dão sabor e aroma aos alimentos e podem ser usados à vontade. 
•Se	a	pessoa	consegue	mastigar	e	engolir	alimentos	em	pedaços		não	há	razão	para	modificar a consistência dos alimentos. No caso da ausência parcial ou total dos dentes, e uso de prótese, o cuidador deve oferecer carnes, legumes, verduras e frutas bem picadas, desfiadas, raladas, moídas ou batidas no liquidificador. 
•Para	manter		o	funcionamento	do	intestino	é	importante	que	o	cuidador	ofereça		à		pessoa alimentos ricos em fibras como as frutas e hortaliças cruas, leguminosas, cereais integrais como arroz integral, farelos, trigo para quibe, canjiquinha, aveia, gérmen de trigo, etc. Substituir o pão branco por pão integral e escolher massas com farinha integral. Substituir metade da farinha branca por integral em preparações assadas. Acrescentar legumes e verduras no recheio de sanduíches e tortas e nas sopas.
 •Sempre	que	for		possível,	o	cuidador	deve	estimular	e	auxiliar	a	pessoa	cuidada		a fazer caminhadas leves, alongamentos e passeios ao ar livre. 
•Ofereça	à	pessoa	cuidada,	de	preferência	nos	intervalos	das	refeições,	6	a	8	copos	de líquidos por dia: água, chá, leite ou suco de frutas. 
•É	importante	que	a	pessoa	doente	ou	em	recuperação	coma	diariamente		carnes	e leguminosas, pois esses alimentos são ricos em ferro. O ferro dos vegetais é mais bem absorvido quando se come junto alimentos ricos em vitamina C, como laranja, limão, caju, goiaba, abacaxi e outros, em sua forma natural ou em sucos. 
•O	consumo	moderado	de	açúcar,	doces	e	gorduras	ajudam	a	manter	o	peso	adequado e a prevenir doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes. 
•O	cuidador	e	a	família	da	pessoa	cuidada	deve	observar	a	data	de	validade	dos	produtos, evitando comprar grandes quantidades de alimentos e aqueles com prazo de validade próximo do vencimento. 
•Alimentos	“diet” são aqueles que tiveram um ou mais ingredientes retirados de sua fórmula original, como por exemplo: açúcar, gordura, sódio ou proteínas. 
•Produtos	“light” são aqueles que sofreram redução de algum tipo de ingrediente na sua composição, por exemplo: o creme de leite light apresenta menor quantidade de gordura, o sal light tem menor quantidade de sódio, refrigerante light tem menor quantidade de calorias. Os alimentos light em que foram retirados o açúcar podem ser consumidos por diabéticos. 
•Quando	há	necessidade	de	substituir	o	açúcar	por adoçantes artificiais,	recomendase variar os tipos. Os adoçantes à base de ciclamato de sódio e sacarina podem contribuir para o aumento da pressão arterial. Os adoçantes à base de sorbitol, manitol e xilitol podem causar desconforto no estômago e diarréia. É importante receber orientação da equipe de saúde, quando for necessário usar adoçantes artificiais.
12 Orientação alimentar para aliviar sintomas
 12.1 Náuseas e vômitos •	Oferecer	à	pessoa	com	vômitos	ou	diarréia,	2	a	3	litros	de	líquidos	por	dia	em	pequenas quantidades, de preferência nos intervalos das refeições. •	Oferecer	refeições	menores	5	a	6	vezes	ao	dia.	•	Os	alimentos	muito	quentes	podem	liberar	cheiros	e	isso		pode	agravar	a	náusea.	Os alimentos secos e em temperaturas mais frias são mais bem aceitos. •	É	importante	que	a	pessoa	mastigue	muito	bem	e	devagar	os	alimentos.	•	Logo	após	as	refeições,	o	cuidador	deve	manter	a	pessoa	sentada	para	evitar	as		náuseas e vômitos. •	Enquanto	durar	as	náuseas	e	vômitos,	deve-se	evitar		os		alimentos	muito	temperados, com cheiros fortes, salgados, picantes, ácidos, doces e gorduras. 
 12.2 Dificuldade para engolir (disfagia) •	Oferecer	as	refeições	em	quantidades	menores	de	5	a	6	vezes	por	dia. •	Oferecer	líquidos	nos	intervalos	das	refeições,	em	pequenas	quantidades	e	através	de canudos. •	Manter	a	pessoa	sentada	ou	em	posição	reclinada		com	ajuda	de	travesseiros	nas	costas, para evitar que a pessoa engasgue. •	A	pessoa	com	dificuldade	para	engolir	aceita	melhor	os	alimentos	mais	leves	e	macios, os líquidos engrossados com leite em pó, cereais, amido de milho, os alimentos pastosos como as gelatinas, pudins, vitaminas de frutas espessas, sopas tipo creme batidas no liqüidificador, mingaus, purê de frutas, polenta mole com caldo de feijão. •		As	sopas	podem	ser	engrossadas	com	macarrão,	mandioquinha,	cará,	inhame	e	aveia. •	Evitar	alimentos	de	consistência	dura,	farinhentos	e	secos	como	a	farofa	e	bolachas. O pão francês e as torradas devem ser oferecidos sem casca, molhados no leite. 
 12.3 Intestino preso (constipação intestinal) •			O	intestino	funciona	melhor	quando	a	pessoa	mantém	horários	para	se	alimentar		e evacuar. •	Os	alimentos	ricos	em	fibras	como	o	arroz	e	pão	integrais,	aveia,	verduras	e	legumes, frutas como mamão, laranja, abacaxi, mangaba, tamarindo, ameixa, grãos em geral etc, ajudam o intestino a funcionar. •	Quandoa	pessoa	está	com	intestino	“preso”	evite	oferecer	banana	prata,	caju,	goiaba, maçã, chá preto/mate, pois esses alimentos são ricos em tanino e prendem o intestino. •	Cuidador,	ofereça	à	pessoa		uma	vitamina	laxativa	feita	com	1	copo	de	suco	de	
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laranja, 1 ameixa seca, 1 pedaço de mamão, 1 colher de sopa de creme de leite, 1 colher de sopa de farelo de aveia, milho, trigo, soja. O farelo de arroz deve ser evitado, pois resseca o intestino.
 12.4 Gases (flatulência) •	A	formação	de	gases	causa	muito	desconforto	às	pessoas	acamadas.	Para	evitar a formação de gases é importante oferecer à pessoa mais líquidos e uma alimentação saudável, evitando alguns alimentos, como: agrião, couve, repolho, brócolis, pepino, grãos de feijão, couve-flor, cebola e alho crus, pimentão, nabo, rabanete, bebidas gasosas, doces concentrados e queijos amarelos. •	Os	exercícios	auxiliam	na	eliminação	dos	gases.
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 Alimentação por sonda (Dieta enteral)
A dieta enteral é fornecida na forma líquida por meio de uma sonda, que colocada no nariz ou na boca vai até o estômago ou intestino. Assim, é possível fornecer os nutrientes que a pessoa necessita independente da sua cooperação, fome ou vontade de comer. A alimentação por sonda é usada nas seguintes situações: •	Para	ajudar	na	cicatrização	de	feridas.	•	Para	controlar	a	diarréia,	prisão	de	ventre	e	vômitos.	•	Para	preparar	o	organismo	para	algumas	cirurgias	e	tratamentos	de		quimioterapia,	radioterapia e diálise. •	Quando	a	pessoa	não	pode	se	alimentar	pela		boca. •	Quando	a	quantidade	de	alimentos	que	a	pessoa	come	não	está	sendo	suficiente. •	Quando	há	necessidade		de	aumentar	a	quantidade	de	calorias	sem	aumentar	a	quantidade de comida. Em algumas situações a pessoa recebe alimentação mista, isso é, se alimenta pela boca e recebe um complemento alimentar pela sonda. A nutrição enteral pode ser preparada em casa ou industrializada. As dietas caseiras são preparadas com alimentos naturais cozidos e passados no liqüidificador e coados, devem ter consistência líquida e sua validade é de 12 horas após o preparo. A dieta industrializada já vem pronta para o consumo, tem custo mais alto e pode ser utilizada por 24 horas depois de aberta. A alimentação enteral deve ser prescrita pelo médico ou nutricionista e a sonda deve ser colocada pela equipe de enfermagem. A fixação externa da sonda pode ser trocada pelo cuidador, desde que tenha cuidado para não deslocar a sonda. Para fixar a sonda é melhor utilizar esparadrapo antialérgico, mudando constantemente o local de fixação, assim se evita ferir a pele ou as alergias. 
O cuidador deve seguir os seguintes cuidados quando a pessoa estiver recebendo a dieta enteral:
•	Antes	de	dar	a	dieta	coloque	a	pessoa	sentada	na	cadeira	ou	na	cama,	com		as	costas bem apoiadas, e a deixe nessa posição por 30 minutos após o término da alimentação. Esse cuidado é necessário para evitar que em caso de vômitos ou regurgitação, restos alimentares entrem nos pulmões. •	Pendure	o	frasco		de	alimentação	enteral	num	gancho,	prego	ou	suporte	de	vaso	em posição bem mais alta que a pessoa, para facilitar a descida da dieta. •	Injete	a	dieta	na	sonda	lentamente	gota	a	gota.	Esse	cuidado	é	importante	para	evitar diarréia, formação de gases, estufamento do abdome, vômitos e também para que o organismo aproveite melhor o alimento e absorva seus nutrientes. •	A	quantidade	de	alimentação	administrada	de	cada	vez	deve	ser	de	no	máximo	350ml, várias vezes ao dia; ou de acordo com a orientação da equipe de saúde. •	Ao	terminar	a	alimentação	enteral	injete	na	sonda		20ml	de	água	fria,	filtrada	ou	fervida, para evitar que os resíduos de alimentos entupam a sonda. •	Para	as	pessoas	que	não	podem	tomar	água	pela	boca	ofereça	água	filtrada	ou	fervida entre as refeições, em temperatura ambiente, por meio de seringa ou colocada no frasco descartável. A quantidade de água deve ser definida pela equipe de saúde. •		A	sonda	deve	permanecer	fechada	sempre	que	não	estiver	em	uso. •	A	dieta	enteral	de	preparo	caseiro	deve	ser	guardada	na	geladeira	e	retirada	30	minutos antes do uso, somente a porção a ser dada. •	A	dieta	deve	ser	dada	em	temperatura	ambiente,	não	há	necessidade	de	aquecer	a dieta em banho-maria ou em microondas.
Para o preparo e administração de dieta enteral alguns cuidados de higiene são muito importantes: •	Lave	o	local	de	preparo	da	alimentação	com	água	e	sabão.	•	Lave	bem	as	mãos	com	água	e	sabão	antes	de	preparar	a	dieta. •	Pese	e	meça	todos	os	ingredientes	da	dieta,	seguindo	as	instruções		da	equipe	de	saúde. •	Utilize		sempre	água	filtrada	ou	fervida. •	Lave	todos	os	utensílios	com	água	corrente	e	sabão. •	Lave	com	água	e	sabão	o	equipo,	a	seringa	e	o	frasco	e	enxágüe	com	água	fervendo.
Uma maneira simples de verificar se a nutrição enteral está ajudando na recuperação da pessoa é observar freqüentemente se ela está mais disposta, se o aperto de mão é mais firme e se consegue caminhar um pouco mais a cada dia. Caso a pessoa esteja inconsciente, o cuidador pode verificar se a pele está mais rosada, e menos flácida, se os músculos estão ficando mais fortes. Sempre que for possível é bom pesar a pessoa.
P R O C E S S O D A C O M U N I C A Ç Ã O
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A comunicação entre os seres humanos é feita basicamente pela linguagem. Essa é uma habilidade perdida com o avançar da DA, e é muito frustrante para a pessoa idosa, para seus familiares e também para o cuidador. Ela vai aos poucos esquecendo o nome das coisas e das pessoas, trocando palavras, diminuindo seu vocabulário.
Isso não ocorre apenas com a linguagem verbal, mas também com a escrita.
Progressivamente o idoso terá dificuldades de expressar o que sente ou o que deseja, o que torna seu cuidado um grande desafio para o cuidador.
CONCEITO:
Comunicação é todo meio empregado pelas pessoas para se aproximarem e se entenderem, utilizando símbolos que tenham uma significação para elas. Existe comunicação sempre que podemos identificar um comportamento que tem como objetivo obter uma reação específica de determinada pessoa ou de um grupo de pessoas.
Quando conversamos, cantamos, interpretamos, recitamos, oramos, discursamos, escrevemos, fazemos mímica, estamos nos comunicando.
Pela voz, pelo telefone, rádio, televisão, carta, sinais, telegrama, ofício, emitimos ou expedimos nossas mensagens, as quais são ouvidas ou lidas por outras pessoas.
Do ponto de vista empresarial, podemos conceituá-la como o processo pelo qual se transmitem idéias, informações, determinações, planos, avisos, ordens, etc.
 
TIPOS DE COMUNICAÇÃO:
VERBALIZADAS: são os processos mais comuns no trabalho. Processam-se sob dois aspectos a considerar: Formal e Informal. A comunicação informal nasce da integração social das pessoas. Sendo dinâmica, variada e inconstante. A comunicação formal é a que a pessoa transmite em caráter oficial. Ex: circular, ordens de serviço, etc.
 Vantagens				Desvantagens
FORMAL 			-Segurança				-Num sentido só
				-Clara e objetiva			-Rígida
									-Sem interação
INFORMAL		-Espontânea				-Sem controle
				-Interpessoal			-Subjetiva
				-Capaz de influenciar
NÃO VERBALIZADAS: silêncio, mímica, expressão facial, postura.
Mímica
Nem sempre as palavras exprimem tão bem a mensagem quando não são acompanhadas pelos gestos das mãos e das expressões faciais. Conhecemos peças teatrais inteiramente representadas por mímica e que transmitem aos espectadores, com fidelidade, a história visada.
Olhar
Olhar transmite mensagens de várias ordens: ternura, afeto, amor, compaixão, censura, crítica, aborrecimento, repreensão, ira, desejo, indiferença.
Postura
A postura do corpo indica o estado de espírito e do físico do indivíduo. Corpo ereto pode demonstrar altivez, saúde, “status”. Curvado pode indicar apatia, doença, cansaço, depressão. Encostado, preguiça e relaxamento.
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO:
Imagine que você chegue ao trabalho com uma excelente notíciapara contar a um de seus colegas, ou seja, a de que a empresa vai conceder um aumento de 50% a partir do próximo mês.
Em termos de comunicação chamamos você de Emissor, a novidade de Mensagem, e seus colegas de Receptor. Para que você possa transmitir a novidade (mensagem), deve escolher a forma de transmissão. Pode contá-la, falando, isto é, usando uma série de palavras que para você e seu colega tenham significado. Pode mandar-lhe um bilhete ou recorte de jornal, ou seja, você pode usar um meio, que é o canal de comunicação, para enviar a sua mensagem.
Para que a Comunicação Aconteça é Necessário que:
Exista um EMISSOR e um RECEPTOR;
A mensagem seja clara e objetiva;
O veículo utilizado seja adequado;
O receptor tenha domínio da linguagem (código);
Não existam ruídos ou barreiras (se houver que sejam superadas);
Haja FEEDBACK indicando que a mensagem foi recebida e, principalmente, entendida.
Processo da Comunicação
EMISSOR + MENSAGEM + CANAL + RECEPTOR
 
Quem fala, reza, canta, escreve, é o EMISSOR.
A conversa, a música, a notícia, são MENSAGENS.
A voz, o telefone, o rádio, a televisão, a carta, os canais, o telégrafo, o ofício, os pombos, são CANAIS.
Os sinais podem ser luminosos, sonoros, dinâmicos, etc. como os semáforos, os apitos, os sinos, as cornetas, a linguagem dos surdos-mudos, a linguagem escrita.
Quem recebe essas mensagens é o RECEPTOR.
 Comunicação como Processo Dinâmico
FEEDBACK
	Nem sempre conseguimos dizer o que realmente queremos e o receptor por sua vez, pode interpretar erroneamente a nossa mensagem.
	A comunicação por via única pode ocasionar o que é chamado “arco de distorção”, grave defeito de comunicação. Daí a necessidade de uma comunicação por duas vias, isto é, o Feedback.
	“Feedback”, ou realimentação, retrospecto, consiste na devolução de uma mensagem recebida a fim de que o emissor se certifique se foi bem entendido e faça as retificações necessárias.
Barreiras da Comunicação
 
O que acontece quando comunicamos?
Podem surgir problemas em qualquer um dos elementos do esquema representado. Imagine que a novidade que você ia contar ao colega já era do seu conhecimento e ele não demonstra interesse em ouvi-lo. Ou então ao aproximar-se da sua Instituição você escorregou na calçada e ficou de mau humor.
Existe um grande número de perturbações que podem interferir no seu ato de comunicar. A essas perturbações da comunicação denominamos bloqueio, filtragem e ruído.
BLOQUEIO – faz com que a mensagem não seja captada, ou seja, interrompida.
RUÍDO – provoca a distorção da mensagem ou sua má interpretação.
FILTRAGEM – ocorre quando a mensagem é recebida em parte.
As perturbações da comunicação, ou seja, os bloqueios, filtragens e ruídos são causados por fenômenos pessoais e/ou organizacionais, que podem ser chamados de barreiras pessoais e/ou organizacionais respectivamente.
Barreiras Pessoais
Geralmente o receptor só lê ou ouve o que é de seu interesse, ou traduz a mensagem, de acordo com o seu ponto de vista. Por exemplo: essa notícia publicada no jornal: “Teremos chuvas durante cinco dias”, é lida pelo fazendeiro com satisfação, prevendo a cheia dos seus açudes, a engorda do seu gado o que vale financeiro, pela perda do trabalho já realizado e paralisação das máquinas e operários.
Ambos precipitaram o julgamento da matéria pela manchete lida, antes de verem o texto que esclarecia serem as chuvas de pouca densidade e duração durante aqueles dias e que não atingirão as regiões da fazenda e da estrada.
O egocentrismo é outra barreira que nos impede de ver ponto de vista do transmissor. É aquele indivíduo que acha que as coisas giram em torno dele. Os egocêntricos estão sempre protestando.
Erros mais freqüentes na comunicação:
Não escolher o meio adequado;
Emitir mensagem incompleta, complexa, cansativa ou muito técnica;
Não checar se a mensagem foi corretamente entendida;
Não ter empatia com o receptor;
Utilizar gírias e expressões regionais.
SABER OUVIR E SABER FALAR
 
Tudo que é dito marca de uma forma ou de outra. Entretanto, falar sem marcar o outro seria impossível. Não se pode calcular os efeitos antes de falar, apenas constatá-los depois.
Pensamos que estamos nos expressando muito bem, sem notarmos que as palavras podem ter significados diferentes para cada pessoa. Uma pequena inflexão ou ênfase na voz, a expressão facial, os gestos podem dar significados diferentes ao que queremos comunicar.
É muito importante sabermos dizer não, mas deve ser dito com respeito, segurança e cordialidade, tanto para quem ouve como para quem deve dizê-lo.
Dizer “Não” é uma das habilidades mais difíceis de se desenvolver. Há situações em que dizer não gera culpa e angústia; outras, medo das conseqüências.
O papel profissional do atendente exige constantemente um posicionamento firme diante de situações difíceis e constrangedoras. Algumas pessoas se utilizam de argumentos autoritários ou manipulativos a fim de obterem aquilo que desejam, neste momento, devemos manter a negativa sem, no entanto perder a calma e o tom de gentileza.
Devemos nos lembrar que ninguém gosta de ouvir um não. É importante justificar o porquê do não. Argumentar e ouvir o outro.
Esclarecer e oferecer alternativas para que a pessoa possa administrar seu problema e encontrar novas e viáveis soluções. É requisito fundamental para se dizer não, a segurança de que estamos fazendo o que devemos.
Algumas estratégias são usadas quando as pessoas não conseguem dizer não. Uma delas é o ADIAMENTO. A pessoa coloca a outra em “banho-maria”, deixando sempre uma esperança no ar. Não dá a ela uma resposta definitiva, o que provoca expectativa e dificulta ainda mais a aceitação do não. Outra estratégia é a ESQUIVA. Ela acontece quando se evita situação e pessoas a quem se deve dizer não. A pessoa se mostra sempre ocupada ou sem condições de atender. Estas desculpas transmitem descaso e muitas vezes incompetência.
Podemos perceber, portanto que o não, em algumas situações é um comportamento necessário, mas deve ser dito com segurança, respeito e cordialidade para evitar problemas futuros, tanto para quem ouve, como para quem deve dizê-lo.
“As PALAVRAS podem ferir mais que punhais...
e o TOM mais do que as palavras.”
SABER OUVIR requer:
Tempo;
Esforço da atenção; Ouvir atentamente enquanto o outro fala;
Interesse sincero pelo que é dito;
Esquecimento momentâneo do EU, a fim de compreendermos melhor as idéias e o ponto de vista do outro.
Vantagens do bom ouvinte:
Melhores informações / Produtividade;
Ganha tempo;
Torna-se simpático;
Estimula o interlocutor a falar.
SABER FALAR requer:
Esforço da atenção – olhe a pessoa nos olhos enquanto fala;
Uso de uma linguagem correta e objetiva;
Emprego de altura e tom de voz adequado;
Conhecimento da mensagem a ser transmitida.
Vantagens do bom informante:
Transmite facilmente sua mensagem;
Atinge com rapidez seus objetivos;
Ganha tempo;
Atrai a atenção do ouvinte.
 ATENDIMENTO AO TELEFONE
A comunicação por telefone é bem mais difícil do que a comunicação face a face, pelos seguintes motivos:
A chamada pode incomodar a quem recebe;
A compreensão é mais trabalhosa;
A atenção é mais difícil de ser mantida;
É mais fácil de se dizer “não”;
A conversa é “mais rápida”;
A capacidade de persuadir é diminuída.
Quando fazemos as ligações agimos, e quando atendemos reagimos. Devemos lembrar sempre de que as pessoas telefonam porque têm problemas.
12.1- Regras para Falar Corretamente ao Telefone:
Sorria;
Coloque-se do outro lado;
Faça o cliente se sentir importante, seja cortês;
Esteja preparado, mantenha um registro por escrito, tome notas;
Personalize o atendimento, identifique-se;
Trate o cliente pelo nome;
Demonstre disposição de assumir responsabilidades;
Articule bem as palavras;
Fale devagar;
Fale com entusiasmo;Demonstre interesse;
Dê toda atenção ao cliente:
Demonstre entendimento do problema;
Faça pergunta para aumentar o entendimento;
Prometa providências específicas;
Confirme o acordo, e certifique-se de que a providência prometida foi entendida corretamente;
Não deixe o cliente pendurado, ofereça opções.
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7. EMERGÊNCIAS NO DOMICÍLIO 
Emergência é sempre uma situação grave que acontece de repente e que requer uma ação imediata com a finalidade de resguardar a vida da pessoa. A pessoa cuidada por estar mais frágil e debilitada pode, de uma hora para outra, ter uma piora súbita em seu estado geral ou sofrer um acidente. Esteja atento para perceber uma emergência e procure ajuda para lidar com essa situação de maneira firme e segura. Portanto, a emergência requer cuidados imediatos, com a finalidade de evitar complicações graves ou a morte da pessoa cuidada. A pessoa idosa pode ter mais de uma doença crônica, como por exemplo: diabetes e hipertensão arterial, seqüelas de derrame e Parkinson e por isso seu estado geral pode se alterar muito rapidamente. O aparecimento súbito de sinais que a pessoa não tinha anteriormente, tais como: sonolência excessiva, confusão mental, agitação, agressividade pode indicar uma situação de emergência. É importante manter em local visível e de fácil acesso os números de telefones dos serviços de pronto-socorro, como o SAMU 192, para onde se possa ligar em casos de emergência. 
31.1 Engasgo O engasgo ocorre quando um alimento sólido ou líquido entra nas vias respiratórias, podendo desencadear: Aspiração – quando líquidos ou pedaços muito pequenos de alimentos chegam aos pulmões, o que pode provocar pneumonia por aspiração. Sufocamento – ocorre quando pedaços maiores de alimentos ou objetos param na garganta (traquéia) e impedem a passagem do ar. Cuidador, ao perceber que a pessoa cuidada está engasgada, tente primeiro retirar com o dedo o pedaço de alimento que está provocando o engasgo. Caso não consiga, coloque a pessoa em pé, abrace-a pelas costas apertando com seus braços a “boca” do estômago da pessoa. (Manobra de Heimlich) 
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Cuidador, ao alimentar a pessoa acamada, coloque-a na posição mais sentada possível com a ajuda de almofadas e travesseiros e não dê líquidos e alimentos à pessoa que estiver engasgada. 31.2 Queda As quedas são os acidentes que mais ocorrem com as pessoas idosas e fragilizadas por doenças, ocasionando fraturas principalmente no fêmur, costela, coluna, bacia e braço. Após uma queda é importante que a equipe de saúde avalie a pessoa e identifique a causa, buscando no ambiente os fatores que contribuíram para o acidente. Assim, podem ajudar a família a adotar medidas de prevenção e a tornar o ambiente mais seguro. Ao atender a pessoa que caiu, observe se existe alguma deformidade, dor intensa ou incapacidade de movimentação, que sugere fratura. No caso de suspeita de fratura, caso haja deformidade, não tente “colocar no lugar”, procure não movimentar a pessoa cuidada e chame o serviço de emergência o mais rápido possível. 
31.3 Convulsão A convulsão ou ataque epilético é o resultado do descontrole das ondas elétricas cerebrais e pode acontecer por diversas causas. Não é doença contagiosa, portanto ninguém se contamina ao atender e tocar a pessoa durante a convulsão. Na crise convulsiva a pessoa pode cair, perder a consciência, movimentar braços e pernas contra sua vontade e de maneira desordenada, urinar e defecar involuntariamente. Ao atender a pessoa durante a crise convulsiva, apóie a cabeça da pessoa e gire para o lado, para evitar que a saliva seja aspirada e vá para os pulmões. Proteja a pessoa para ela não se machucar, afastando móveis e objetos. Ao terminar a crise a pessoa acorda confusa, desorientada, sentindo dores no corpo e sem saber o que aconteceu. Tranqüilize a pessoa e procure ajuda da equipe de saúde.
31.4 Vômitos Os vômitos podem estar relacionados à doença ou a uma reação do organismo a um alimento ou medicamento. Vômitos freqüentes causam desidratação principalmente em crianças, idosos e pessoas debilitadas. Para evitar que a pessoa fique desidratada é preciso repor com soro caseiro ou de pacote, o líquido e sais minerais perdidos pelo vômito. Ao atender a pessoa acamada que esteja vomitando, vire-a de lado para evitar que o vômito seja aspirado e chegue aos pulmões. 
31.5 Diarréia Diarréia são fezes líquidas em maior número do que a pessoa evacuava normalmente. As crianças e os idosos com diarréia podem facilmente ficar desidratadas. 
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A alimentação da pessoa com diarréia não deve ter alimentos fibrosos como: verduras, legumes, frutas, feijão e alimentos doces. Nos primeiros sinais de diarréia e vômitos, prepare soro caseiro ou de pacote e ofereça à pessoa em pequenos goles. Se a pessoa cuidada, mesmo tomando soro, continuar com vômito ou estiver com sinais de desidratação, sangue nas fezes, vermelhidão na pele, febre e calafrios, é preciso que seja avaliada pela equipe de saúde. Pessoas com diabetes ou que tomem remédio para o coração podem apresentar complicações mais cedo.
31.6 Desidratação A desidratação acontece quando a pessoa perde líquidos e sais minerais pelo vômito e diarréia. A pessoa desidratada pode apresentar pele seca, olhos fundos, pouca saliva e urina. Nas crianças pequenas a moleira fica afundada. Sonolência, cansaço, piora do estado geral, pressão baixa, confusão mental são sinais de desidratação grave. Se a pessoa não consegue beber água ou soro, ou os vômitos/diarréia não param, procure a equipe de saúde, pois pode ser necessário aplicar soro na veia. 
31.7 Hipoglicemia A hipoglicemia é a diminuição do nível do açúcar no sangue. Isso acontece nos diabéticos quando faz muito exercício físico em jejum ou se fica longo tempo sem se alimentar. No Diabético também pode ocorrer hipoglicemia quando a pessoa recebe uma dose de insulina ou de medicamentos para o controle do Diabetes maior que o necessário ou quando consome bebida alcoólica em excesso. A hipoglicemia pode ocorrer em qualquer hora do dia ou da noite, mas em geral acontece antes das refeições. Os sinais e sintomas de hipoglicemia são: cansaço, suor frio, pele fria, pálida e úmida, tremor, coração disparado, nervosismo, visão turva ou dupla, dor de cabeça, dormência nos lábios e língua, irritação, desorientação, convulsões, tontura e sonolência. Converse com a equipe de saúde para aprender a verificar a glicemia em casa. Se a glicemia estiver abaixo de 50 a 60 mg/dl ou a pessoa estiver sentindo os sintomas referidos acima ofereça-a bala ou meio copo de água com duas colheres de sopa de açúcar. Se ela estiver desmaiada ou se recusar a colaborar, coloque um lenço entre as arcadas dentárias e introduza colheres de café com açúcar entre a bochecha e a gengiva, massageando-a por fora. Assim que a pessoa melhorar, ofereça a ela uma refeição. Se os sintomas não desaparecerem é preciso procurar imediatamente a equipe de saúde ou um serviço de urgência. 
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31.8 Desmaio Desmaio é a perda temporária da consciência, pode ocorrer quando a pessoa tem uma queda da pressão arterial, convulsões, doenças do coração, hipoglicemia, derrame e outras. Por esse motivo é preciso identificar a causa do desmaio. Enquanto a pessoa estiver inconsciente, não ofereça líquidos ou alimentos, pois ela pode engasgar. Verifique se a pessoa apresenta ferimentos ou fraturas. Peça ajuda para levantar a pessoa e colocá-la na cama. Mantenha a pessoa deitada, com a cabeça no mesmo nível do corpo. Se a pessoa que desmaiou for diabética, espere recuperar a consciência, e então ofereça a ela um copo de água com açúcar. Se for possível, meça a pressão e sinta os batimentos do pulso. Se a pessoa não melhorar, procure imediatamente a equipe de saúde.
31.9 Sangramentos É a perda de sangue em qualquer parte do corpo. Pode acontecer externamente ou internamente, resultante de feridas, cortes, úlceras ou rompimento de vasos sangüíneos.O sangramento interno é mais grave e mais difícil de ser identificado. . Procure localizar de onde vem o sangramento e estancá-lo, apertando o local com as mãos. Para evitar contaminação proteja o local com um pano limpo. Para diminuir o sangramanto, utilize compressa com gelo ou água gelada, mantendo elevado. Se a hemorragia acontecer num órgão interno que se comunica com o exterior o sangramanto será percebido na boca, nariz, fezes, urina, vagina ou pênis, dependendo do local onde rompeu o vaso sangüíneo. No sangramento do intestino é possível perceber fezes escuras e com cheiro fétido, o sangue que vem do estômago escuro como borra de café ou vermelho vivo e pode ser observado no vômito. O sangue que sai do pulmão é vermelho vivo e com bolhas de ar. Na hemorragia de bexiga o sangue sai pela urina. O sangue que sai pela vagina pode ser de uma hemorragia da vagina, do útero ou das trompas. Qualquer tipo de sangramento deve ser avaliado pela equipe de saúde. 
31.10 Confusão mental Na confusão mental a pessoa fica agitada, irritada, desorientada, não sabe onde está e fala coisas sem sentido, parece ativa num momento e logo a seguir pode estar sonolenta e com a atenção prejudicada. A confusão mental pode acontecer no infarto do coração, desidratação, traumatismo do crânio, infecção, pressão baixa, derrame ou outra doença grave. É preciso que a pessoa seja avaliada pela equipe de saúde. Com o tratamento dessas doenças geralmente a pessoa sai do estado de confusão.
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R e l a c i o n a m e n t o T e r a p ê u t i c o
Conceito:
É um relacionamento de ajuda que consiste em uma séria de inter-relações entre a equipe de enfermagem e o paciente, conduzindo-o em direção a um maior nível de saúde. Nesse relacionamento a equipe de enfermagem deve ajudar o paciente sem esperar que ele lhe dê algo em troca.
Atitudes da pessoa que ajuda:
A pessoa que ajuda deve ser acessível e deve procurar compreender o paciente; Conhecer a si próprio para que possa aliviar-se de suas próprias tensões; Reconhecer sintomas que indiquem que o paciente está em desconforto;
Dar oportunidade para que o paciente se expresse sem fazer críticas ou julgamentos;
Aceitar o paciente como ele é;
Compreender o paciente para saber como ele se sente; Saber ouvir;
Ajudar o paciente a proteger sua individualidade, chamando-o pelo nome;
Não deixar o paciente esperando. Quando ocorrer uma demora o mesmo deve ser informado, se possível. Ter de esperar pode aumentar a frustração e ansiedade; Respeitá-lo como ser humano;
Compreender a importância da religião para o paciente e respeitar sua criança.
Característica do relacionamento terapêutico:
Empatia – É a capacidade de reconhecer os sentimentos de outra pessoa. Significa procurar imaginar-se no lugar de outra pessoa.
Respeito Mútuo – Respeitar o paciente como uma pessoa de valor e dignidade. É
necessário também que o paciente respeite o profissional.
Clima de Confiança – É o elemento básico do relacionamento assistencial. É necessário que o paciente seja capaz de confiar no auxiliar de enfermagem como uma pessoa encarregada do seu bem-estar, para que possa aceitá-lo sem restrições.
Sinceridade – A espontaneidade da resposta, a falta de defensiva por parte do profissional e a ausência de uma atitude superior (Sei mais que você), contribuem para um clima de sinceridade.
Respeito a Privacidade e Individualidade do Paciente
Conceito de privacidade:
É tudo que pertence a cada individuo, sendo exclusivo e próprio.
Ao ser internado o paciente deixa sua família, seu lar, seus amigos, para entrar num ambiente totalmente desconhecido e estranho. Nesse ambiente, durante a assistência prestada, ele percebe o quanto sua privacidade e individualidade estão sendo invadidas.
Momentos de invasão de individualidade e privacidade do paciente:
1. Durante a admissão, na entrevista detalhes íntimos de sua vida são investigados por pessoa estranhas;
2. Durante determinados procedimentos como banho no leito, tricotomia, passagem de sonda vesical, lavagem intestinal, alimentação...;
3. Quando ouve comentários desagradáveis sobre seu estado de saúde;
4. Na mudança de sua rotina habitual (Horário de dormir, da alimentação, do banho...);
5. Quando o profissional chama o paciente pelo nome do leito ou pela doença;
6. Quando sofre discriminação por parte do profissional...
Ações de Enfermagem:
1. Passar para o paciente segurança e confiança;
2. Proporcionar o ambiente o mais familiar possível;
3. Respeitar o corpo do paciente, não expondo desnecessariamente, e quando for possível, adotar medidas para garantir a privacidade;
4. Respeitar a identidade do paciente, chamando-o pelo nome;
5. Manter sigilo sobre a história do paciente;
6. Não fazer comentários desagradáveis perto do paciente;
7. Esclarecer as dúvidas do paciente;
8. Prestar assistência sem discriminá-lo.
HUMANIZAÇÃO: ALGUNS DE SEUS SIGNIFICADOS
O termo humanização vem aparecendo na primeira década do século XXI com bastante frequência na literatura de saúde, e isso parece ser uma consequência das recentes recomendações do Ministério da Saúde que propõe uma Política Nacional de Humanização(6).
Estudo(7) analisa o discurso do Ministério da Saúde sobre a humanização da assistência, observando que o documento não apresenta uma definição e aponta para o estranhamento que o conceito provoca. Nos significados encontrados, destaca-se a questão da violência, ou seja, a humanização como oposição a ela e nesta são referidos maus-tratos físicos e psicológicos, e a já histórica violência simbólica. Outro significado refere-se à necessidade de melhoria da qualidade dos serviços prestados que se daria por meio da tecnologia e do bom relacionamento e, em terceiro, aparece a ideia de humanizar pela melhoria das condições de trabalho do cuidador. Importante é a ressalva final, que aponta o problema comunicacional entre profissionais e gestores e entre os primeiros e a clientela, o que repercutiria de forma negativa no cuidado prestado trazendo, dessa forma, a proposta de ampliação do processo de comunicação.
Humanizar significa "tornar humano, dar condição humana, humanizar". É também definida como "tornar benévolo, afável, tratável" e ainda "fazer adquirir hábitos sociais polidos, civilizar". Já humano, vem de natureza humana, significando também "bondoso, humanitário"(8).
Humanizar é afirmar o humano na ação e isso significa cuidado porque só o ser humano é capaz de cuidar no sentido integral, ou seja, de forma natural e, ao mesmo tempo, consciente, conjugando desta forma os componentes racionais e sensíveis.
O termo desumanização, por vezes, clareia mais, pois apresenta uma conotação bem mais forte que é a de perda de atributos humanos ou ainda, perda de dignidade e que é intercambiável com o termo despersonalização(9).
Humanizar a saúde compreende o respeito à unicidade de cada pessoa, personalizando a assistência. Além disso, humanizar a saúde relaciona-se com a política e a economia, ou seja, no sentido de igualitarismo no acesso à assistência; afeta também a estrutura e a funcionalidade organizacional no sentido de acessibilidade, organização e conforto; Relaciona-se também com a competência profissional dos agentes de saúde e, por fim, com o cuidado do cuidador(9). Estas ideias parecem ir ao encontro do que propõe o projeto de humanização(6)que foi apontado por outros autores(7), assim como o que foi evidenciado por alguns estudos sobre o assunto(10).
 
Nessa concepção da ideologia neoliberal, a humanização é entendida como um ideal a ser seguido em busca de perfeição moral das ações e relações entre os sujeitos; é uma postura que pode ser seguida a partir de uma escolha individual, por meio do resgate da essência humana perdida e da solidariedade, com ações caritativas, filantrópicas e afetivas para esse objetivo. 
A responsabilidade pela humanização é individual; há um entendimentode que os trabalhadores precisam saber como trabalhar de forma humanizada, pois o foco é na técnica e não no objetivo da ação. Esse conceito é assistencialista e não problematiza a influência do contexto nas relações nem a exclusão e a desigualdade social. Segundo esse entendimento, a responsabilidade pelo atendimento desumanizado é atribuída prioritariamente aos trabalhadores, à sua formação e educação familiar e, para reverter essa situação, as organizações devem investir em cursos e capacitações. 
Ainda de acordo com essa concepção, o atendimento humanizado é realizado com tratamento afetivo, acolhedor, numa ambiente confortável, com atividades interativas e valorizando o atendimento às solicitações dos usuários ou pacientes, muitas até “luxuosas” e clientelistas, principalmente em serviços privados. 
Alguns serviços de saúde implantam ações de humanização sustentadas por essas ideias do senso comum, às vezes fundamentadas numa concepção humanista do desenvolvimento dos seres humanos ou até mesmo na religião e na filantropia. Além disso, muitos trabalhadores e gestores associam o termo humanização à qualidade no atendimento à saúde e às técnicas e mecanismos para melhorar a comunicação organizacional e a satisfação dos usuários. Mas vivemos dialeticamente, e há outro movimento crescente em nossa sociedade, relacionado à cultura da democratização e da cidadania, que segue um sentido contrário ao apresentado anteriormente. Ele é fruto de movimentos históricos em nosso país, principalmente os da década de 80, momento da promulgação da Constituição Federal de 1988, uma constituição cidadã. A partir desse movimento, cada vez mais as pessoas têm tomado consciência de seus direitos e da possibilidade de reintegração social a partir de um empoderamento, isto é, do reconhecimento de suas capacidades, potencialidades, recursos e possibilidades de luta e de apoio para transformarem suas vidas. É claro que esse processo ainda precisa de amadurecimento e fortalecimento, mas já é possível identificar, desde seu início, em 1988, conquistas significativas, entre elas a instituição do Sistema Único de Saúde (SUS) e algumas melhorias na atenção à saúde (BENEVIDES; PASSOS, 2005).
 Atualmente, há um entendimento de que as condições para garantir humanidade para toda a espécie humana estão dadas pela capacidade produtiva da civilização moderna. Mas as orientações que têm sido divulgadas para promover a humanização consistem simplesmente em distribuir, integral e igualitariamente às pessoas, uma série de benefícios e quesitos considerados imprescindíveis para a condição humana, como atenção às necessidades básicas de subsistência (alimentação, moradia, vestuário), educação, segurança, justiça, trabalho, direito a um tempo livre, liberdade de pensamento e de expressão, de ir e vir, de opção política, científica, artística, esportiva e religiosa (BAREMBLITT, 2001). Puccini e Cecílio (2004) constatam que a literatura atual apresenta diversas concepções de humanização, que se baseiam: a) na crítica à tecnologia e à tecnocracia no trabalho e na tentativa de criar um “capitalismo humanizado”; b) na busca de uma essência humana perdida no mundo atual, como restauração moral; c) na negação existencialista da realidade concreta, imaginando-se uma autonomia das emoções e afetos individuais do trabalho humano; d) no processo de organização institucional que valoriza a escuta no ato da assistência; ou, como defendido por esses autores, e) na valorização e ampliação da cidadania. Na perspectiva de Puccini e Cecílio (2004), a humanização no SUS está relacionada à ampliação da participação popular, à cidadania, à integralidade da assistência e à autonomia dos atores do sistema público de saúde. Dessa forma, a humanização está relacionada a uma cultura, tanto nos inter-relacionamentos entre todos os atores, gestores, trabalhadores e usuários quanto no estabelecimento de práticas de saúde que assegurem dignidade e cidadania aos usuários dos serviços coletivos. No entendimento da humanização da saúde como conjunto de práticas para a cidadania, demanda-se do profissional uma atenção ao aspecto relacional, sem prescindir da dimensão científica, técnica, social e econômica de seu trabalho. Na realização do cuidado em saúde, as informações sobre a própria doença e sobre os recursos técnicos e sociais são fundamentais, como também a compreensão do processo de adoecimento do sujeito. Essas informações são asseguradas como direito dos cidadãos na Carta de Direito dos Usuários do SUS (BRASIL, 2008a).
 Para Ferreira (2008), estão incluídos no conceito de humanização desde uma escuta atenta, uma boa relação médico-paciente, até a reorganização dos processos de trabalho, com a adoção de mecanismos de escuta dos usuários e trabalhadores, como ouvidorias, e melhoria da infraestrutura. Mas esses aspectos relacionais demandados do profissional são inseparáveis do modelo de gestão em que está inserido, pois, para a realização de um trabalho eficaz, são necessárias condições e organização do processo de trabalho adequadas e integradas às diferentes categorias profissionais, além da gestão participativa, que abrange reconhecimento e oportunidades de desenvolvimento no trabalho. A partir desse entendimento, será apresentado o movimento de humanização no SUS, para que se aprofunde a compreensão sobre o HumanizaSUS.
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A s s i s t ê n c i a d e E n f e r m a g e m a o p a c i e n t e t e r m i n a l
Qualquer que seja a causa ou doença que provoque a morte, observa-se que muitos chegam à fase terminal sem alterações no estado de consciência e quando são informados sobre a gravidade e evolução não satisfatória da doença apresentam reações
emocionais distintas.
Assim, a família pode sentir-se desorientada sobre como agir ou o que dizer ao paciente, uma vez que a abordagem sobre a morte é muito dolorosa e de difícil compreensão e aceitação. Porém, é importante que ela sinta que o paciente está recebendo a melhor assistência possível e que tudo está sendo feito para minimizar sua. dor.. Se o paciente ou um familiar manifestar o desejo de receber assistência espiritual, a equipe de enfermagem pode viabilizar seu encontro com o representante de sua escolha.
A compreensão dos seus sentimentos é fundamental para a definição da abordagem mais propícia e eficaz.
A forma de proporcionar conforto, apoio e encorajamento ao paciente e familiares dependerá das circunstâncias, estado emocional e crenças, bem como do grau de sensibilidade e preparo da equipe que presta atendimento.
Alterações corporais que normalmente antecedem a morte indicam para a equipe que as condições do paciente são graves e a resposta ao tratamento não é satisfatória. É comum a presença de sinais e sintomas neurológicos como agitação psicomotora, estado de inconsciência, diminuição ou abolição de reflexos, relaxamento muscular, queda da mandíbula, incapacidade de deglutição, acúmulo de secreção orofaríngea, relaxamento esfincteriano e midríase.
Outras alterações indicam falência cardiocirculatória e respiratória, como pulso filiforme, hipotensão arterial, choque, taquicardia ou bradicardia, dispnéia acentuada, respiração ruidosa e irregular, cianose, equimoses, pele pálida e fria, sudorese fria e viscosa.
Nesta fase, é importante garantir ao paciente a privacidade e a companhia dos seus entes queridos, mantendo-o em quarto ou utilizando biombos caso ele encontre-se em enfermaria. A enfermagem deve zelar para que os cuidados de higiene corporal sejam realizados com a freqüência necessária, bem como as mudanças de decúbito e o adequado alinhamento de seu corpo, em cama confortável e com grades. Os olhos devem ser mantidos ocluídos se o reflexo palpebral estiver abolido, visando evitar ulceração da córnea. Para manter a permeabilidade das vias aéreas superiores, deve-se realizar aspirações freqüentes de secreções, promover o umedecimento do ar inspirado e retirar as próteses dentárias.
Faz-se necessário lembrar

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