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Penal I Teoria do Crime

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Penal I
Teoria do Crime
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Leis Penais no Tempo
Sucessão de Leis: Vigência da Lei (art. 1° da LICC), Vacatio Legis e Revogação da Lei;
Regra Geral: A Lei Penal NÃO RETROAGE – Princípio Tempus Regit Actum + aplicação da lei vigente à época dos fatos;
Exceção: A Lei Penal RETROAGE PARA BENEFICIAR O RÉU;
Extra-Atividade da Lei Penal
Retroatividade: aplicação da lei penal benéfica a fato acontecido antes do período de sua vigência;
Ultraatividade: aplicação da lei penal benéfica, já revogada, a fato ocorrido após o período de sua vigência. 
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Leis Penais no Tempo
 Princípios que regem os conflitos de leis no tempo:
irretroatividade da lei mais severa;
retroatividade da lei mais benigna.
Retroatividade – a lei regula situações passadas antes do início de sua vigência;
Ultra-atividade – quando se aplica mesmo após a cessação de sua vigência; 
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Hipóteses de Conflito de Leis no Tempo:
Lei nova que deixa de considerar ilícito penal fato incriminado pela lei anterior (abolitio criminis);
Lei nova que incrimina fato que antes era lícito;
Lei nova que, sem suprimir a incriminação, beneficia o agente (novatio legis in mellius);
Lei nova que, sem suprimir a incriminação, agrava a situação do agente (novatio legis in pejus).
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Lei nova que deixa de considerar ilícito penal fato incriminado pela lei anterior (abolitio criminis) - Exemplo;
Sedução
Art. 217 - Seduzir mulher virgem, menor de 18 (dezoito) anos e maior de 14 (catorze), e ter com ela conjunção carnal, aproveitando-se de sua inexperiência ou justificável confiança:
Pena - reclusão, de dois a quatro anos.
Adultério
Art. 240 - Cometer adultério: 
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses.
§ 1º - Incorre na mesma pena o co-réu. 
§ 2º - A ação penal somente pode ser intentada pelo cônjuge ofendido, e dentro de 1 (um) mês após o conhecimento do fato.
§ 3º - A ação penal não pode ser intentada:
I - pelo cônjuge desquitado;
II - pelo cônjuge que consentiu no adultério ou o perdoou, expressa ou tacitamente.
§ 4º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - se havia cessado a vida em comum dos cônjuges;
II - se o querelante havia praticado qualquer dos atos previstos no art. 317 do Código Civil. (Revogados pela Lei nº 11.106, de 2005) 
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Lei nova que incrimina fato que antes era lícito;
Exemplo
“Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável 
Art. 218-B.  Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. 
§ 1o  Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. 
§ 2o  Incorre nas mesmas penas: 
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo; II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo.
 § 3o  Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
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Lei nova que, sem suprimir a incriminação, beneficia o agente (novatio legis in mellius)
Exemplo
Lei de Drogas 11.340/06
Art. 28.  Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
Lei 6368/76 – Lei de Drogas anterior
Art. 16. Adquirir, guardar ou trazer consigo, para o uso próprio, substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
        Pena - Detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de (vinte) a  50 (cinqüenta) dias-multa.
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Lei nova que, sem suprimir a incriminação, agrava a situação do agente (novatio legis in pejus).
Exemplo
Estupro de vulnerável 
Art. 217-A.  Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. 
§ 1o  Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. 
Estupro
        Art. 213 - Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça:
        Pena - reclusão, de seis a dez anos. 
Presunção de violência
        Art. 224 - Presume-se a violência, se a vítima: 
        a) não é maior de catorze anos;
        b) é alienada ou débil mental, e o agente conhecia esta circunstância;
        c) não pode, por qualquer outra causa, oferecer resistência.
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Crimes permanentes e crime continuado
Crimes permanentes: delitos em que a consumação se estende no tempo;
Crime continuado: espécie de concurso de crimes (art. 71 do CP).
Súmula 711 do STF
A LEI PENAL MAIS GRAVE APLICA-SE AO CRIME CONTINUADO OU AO CRIME PERMANENTE, SE A SUA VIGÊNCIA É ANTERIOR À CESSAÇÃO DA CONTINUIDADE OU DA PERMANÊNCIA. 
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Leis de Vigência Temporária: Leis intermitentes
Espécies:
 Leis Temporárias: formuladas para vigorar durante um período, dotadas de autorrevogação;
Leis Excepcionais: formuladas para vigorar enquanto um estado anormal ocorrer.
Características: vigência determinada e breve, sempre ultraativas (continuam a produzir efeitos aos fatos praticados durante a sua vigência.
Normas penais em branco: são as normas que possuem a descrição de conduta indeterminada, dependendo de um complemento, extraído de outra fonte legislativa extrapenal, para obter sentido e poder ser aplicada.
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Quadro Comparativo CP X PLS 236
Lei excepcional ou temporária
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
 Lei excepcional ou temporária 
 Art. 3º A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. 
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Normas penais em branco
Normas penais em branco: são as normas que possuem a descrição de conduta indeterminada, dependendo de um complemento, extraído de outra fonte legislativa extrapenal, para obter sentido e poder ser aplicada.
Exemplo:
Art. 33.  Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
Definição de drogas: Portaria 344/98 da ANVISA. 
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Combinação de Leis
Processo de integração da lei penal ou;
Criação de uma nova lei (ofensa ao princípio da reserva legal – competência do legislativo).
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Combinação de Leis
Súmula 501 do STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei 11.343, desde que o resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368, sendo vedada a combinação de leis”. 
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Quadro Comparativo CP X PLS 236
Lei penal no tempo
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
Sucessão de leis penais no tempo
Art. 2º É vedada a punição por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. 
§ 1º A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.
§ 2º O juiz poderá combinar leis penais sucessivas, no que nelas exista de mais benigno. 
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Tempo do Crime
Teoria da Atividade;
Teoria do Resultado;
Teoria Mista ou da Ubiqüidade.
Teoria Adotada pelo nosso CP – Teoria da Atividade.
Crimes Permanentes e Continuado
Regra Especial: tempo do crime é todo o período em que se desenvolver a atividade delituosa.
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Tempo do Crime - Exemplos
Homicídio
Art 121. Matar alguém: 
Pena – reclusão, de seis a vinte anos.
Receptação 
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Seqüestro e cárcere privado 
Art. 148 – Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado: 
Pena – reclusão, de um a três anos. 
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Quadro Comparativo CP X PLS 236
Tempo do crime 
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. 
Tempo do crime
Art. 4º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. 
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Lugar do Crime
Teoria da Atividade;
Teoria do Resultado;
Teoria Mista ou da Ubiqüidade.
Teoria Adotada pelo nosso CP – Teoria Mista ou da Ubiqüidade.
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Quadro Comparativo CP X PLS 236
Lugar do crime 
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
Lugar do crime 
Art. 6º Considera-se praticado o crime no território nacional se neste ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como se neste se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

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