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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Penal I Teoria do Crime * * * Leis Penais no Tempo Sucessão de Leis: Vigência da Lei (art. 1° da LICC), Vacatio Legis e Revogação da Lei; Regra Geral: A Lei Penal NÃO RETROAGE – Princípio Tempus Regit Actum + aplicação da lei vigente à época dos fatos; Exceção: A Lei Penal RETROAGE PARA BENEFICIAR O RÉU; Extra-Atividade da Lei Penal Retroatividade: aplicação da lei penal benéfica a fato acontecido antes do período de sua vigência; Ultraatividade: aplicação da lei penal benéfica, já revogada, a fato ocorrido após o período de sua vigência. * * * Leis Penais no Tempo Princípios que regem os conflitos de leis no tempo: irretroatividade da lei mais severa; retroatividade da lei mais benigna. Retroatividade – a lei regula situações passadas antes do início de sua vigência; Ultra-atividade – quando se aplica mesmo após a cessação de sua vigência; * * * Hipóteses de Conflito de Leis no Tempo: Lei nova que deixa de considerar ilícito penal fato incriminado pela lei anterior (abolitio criminis); Lei nova que incrimina fato que antes era lícito; Lei nova que, sem suprimir a incriminação, beneficia o agente (novatio legis in mellius); Lei nova que, sem suprimir a incriminação, agrava a situação do agente (novatio legis in pejus). * * * Lei nova que deixa de considerar ilícito penal fato incriminado pela lei anterior (abolitio criminis) - Exemplo; Sedução Art. 217 - Seduzir mulher virgem, menor de 18 (dezoito) anos e maior de 14 (catorze), e ter com ela conjunção carnal, aproveitando-se de sua inexperiência ou justificável confiança: Pena - reclusão, de dois a quatro anos. Adultério Art. 240 - Cometer adultério: Pena - detenção, de quinze dias a seis meses. § 1º - Incorre na mesma pena o co-réu. § 2º - A ação penal somente pode ser intentada pelo cônjuge ofendido, e dentro de 1 (um) mês após o conhecimento do fato. § 3º - A ação penal não pode ser intentada: I - pelo cônjuge desquitado; II - pelo cônjuge que consentiu no adultério ou o perdoou, expressa ou tacitamente. § 4º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: I - se havia cessado a vida em comum dos cônjuges; II - se o querelante havia praticado qualquer dos atos previstos no art. 317 do Código Civil. (Revogados pela Lei nº 11.106, de 2005) * * * Lei nova que incrimina fato que antes era lícito; Exemplo “Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. § 1o Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. § 2o Incorre nas mesmas penas: I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo; II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo. § 3o Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) * * * Lei nova que, sem suprimir a incriminação, beneficia o agente (novatio legis in mellius) Exemplo Lei de Drogas 11.340/06 Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. Lei 6368/76 – Lei de Drogas anterior Art. 16. Adquirir, guardar ou trazer consigo, para o uso próprio, substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - Detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de (vinte) a 50 (cinqüenta) dias-multa. * * * Lei nova que, sem suprimir a incriminação, agrava a situação do agente (novatio legis in pejus). Exemplo Estupro de vulnerável Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. § 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. Estupro Art. 213 - Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça: Pena - reclusão, de seis a dez anos. Presunção de violência Art. 224 - Presume-se a violência, se a vítima: a) não é maior de catorze anos; b) é alienada ou débil mental, e o agente conhecia esta circunstância; c) não pode, por qualquer outra causa, oferecer resistência. * * * Crimes permanentes e crime continuado Crimes permanentes: delitos em que a consumação se estende no tempo; Crime continuado: espécie de concurso de crimes (art. 71 do CP). Súmula 711 do STF A LEI PENAL MAIS GRAVE APLICA-SE AO CRIME CONTINUADO OU AO CRIME PERMANENTE, SE A SUA VIGÊNCIA É ANTERIOR À CESSAÇÃO DA CONTINUIDADE OU DA PERMANÊNCIA. * * * Leis de Vigência Temporária: Leis intermitentes Espécies: Leis Temporárias: formuladas para vigorar durante um período, dotadas de autorrevogação; Leis Excepcionais: formuladas para vigorar enquanto um estado anormal ocorrer. Características: vigência determinada e breve, sempre ultraativas (continuam a produzir efeitos aos fatos praticados durante a sua vigência. Normas penais em branco: são as normas que possuem a descrição de conduta indeterminada, dependendo de um complemento, extraído de outra fonte legislativa extrapenal, para obter sentido e poder ser aplicada. * * * Quadro Comparativo CP X PLS 236 Lei excepcional ou temporária Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. Lei excepcional ou temporária Art. 3º A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. * * * Normas penais em branco Normas penais em branco: são as normas que possuem a descrição de conduta indeterminada, dependendo de um complemento, extraído de outra fonte legislativa extrapenal, para obter sentido e poder ser aplicada. Exemplo: Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Definição de drogas: Portaria 344/98 da ANVISA. * * * Combinação de Leis Processo de integração da lei penal ou; Criação de uma nova lei (ofensa ao princípio da reserva legal – competência do legislativo). * * * Combinação de Leis Súmula 501 do STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei 11.343, desde que o resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368, sendo vedada a combinação de leis”. * * * Quadro Comparativo CP X PLS 236 Lei penal no tempo Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. Sucessão de leis penais no tempo Art. 2º É vedada a punição por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. § 1º A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. § 2º O juiz poderá combinar leis penais sucessivas, no que nelas exista de mais benigno. * * * Tempo do Crime Teoria da Atividade; Teoria do Resultado; Teoria Mista ou da Ubiqüidade. Teoria Adotada pelo nosso CP – Teoria da Atividade. Crimes Permanentes e Continuado Regra Especial: tempo do crime é todo o período em que se desenvolver a atividade delituosa. * * * Tempo do Crime - Exemplos Homicídio Art 121. Matar alguém: Pena – reclusão, de seis a vinte anos. Receptação Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. Seqüestro e cárcere privado Art. 148 – Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado: Pena – reclusão, de um a três anos. * * * Quadro Comparativo CP X PLS 236 Tempo do crime Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Tempo do crime Art. 4º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. * * * Lugar do Crime Teoria da Atividade; Teoria do Resultado; Teoria Mista ou da Ubiqüidade. Teoria Adotada pelo nosso CP – Teoria Mista ou da Ubiqüidade. * * * Quadro Comparativo CP X PLS 236 Lugar do crime Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Lugar do crime Art. 6º Considera-se praticado o crime no território nacional se neste ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como se neste se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
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