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Hiper e Hipotireoidismo Farmacologia - Nutrição - UFF TIREOIDE Pequena glândula com formato de borboleta. Ela se encontra ao longo da base do pescoço, na frente da traquéia. CONSTITUIÇÃO DA TIREOIDE •Glândula endócrina, composta de 2 tipos de células: – Células foliculares da tireoide que constituem o centro da glândula: secretam os hormônios Tiroxina (T4) e triiodotironina (T3); CONSTITUIÇÃO DA TIREÓIDE • Células parafoliculares presentes em menor quantidade : secretam o hormônio Calcitonina envolvido na homeostase do cálcio. FUNÇÃO DA TIREÓIDE Produzir, armazenar e liberar hormônios tireoideanos na corrente sangüínea. Os hormônios: desempenham um importante papel nas células, nos tecidos e nos órgãos do corpo humano. Atuam na regulação do metabolismo corpóreo REGULAÇÃO DA TIREOIDE A glândula tireoide, a hipófise e o hipotálamo trabalham juntos no controle da quantidade de hormônios tireoideanos do corpo. HIPOTÁLAMO HIPÓFISE Libera TSH TIREOIDE Liberação de T3 e T4 Hipotálamo Função: regular determinados processos metabólicos e outras atividades autônomas. Liga o sistema nervoso ao sistema autônomo sintetizando a secreção de neuro-hormônios (também chamado de "liberador de hormônios"). Também controla a temperatura corporal, fome e sede Hipófise Responsável pela regulação da atividade de outras glândulas e de várias funções do organismo como o crescimento e secreção do leite através das mamas. Função do TSH Hormônio que regula a produção de T3 e T4 Teste de dosagem de TSH: mais útil na avaliação da função tireoidiana Dosagem de TSH: recomendada a cada 5 anos em indivíduos com idade ≥ 35 anos e gestantes. Hormônio Triiodotironina (T3) e Hormônio Tiroxina (T4): Agem na maioria dos sistemas corporais, normalmente, estimulando-os. Metabolismo: controlam e aumentam a Taxa de Metabolismo Basal (TMB) aumentando o consumo de oxigênio e a produção de calor. Metabolismo de Carbohidratos: estimulam a captação de glicose, a glicólise, a gliconeogênese e a liberação de insulina. Hormônio Triiodotironina (T3) e Hormônio Tiroxina (T4) Sistema Cardiovascular: interferem nos batimentos cardíacos. SNC: Essenciais para o desenvolvimento e a manutenção do SNC. Também potencializam a ação das catecolaminas. Sistema muscular-esquelético, pele, cabelo e unhas: regulam a síntese de proteínas na célula, essencial para o crescimento e desenvolvimento dos músculos e da massa óssea. Temperatura corporal: regulam a geração de calor por meio de sua ação no metabolismo e no consumo de oxigênio. Hormônio Triiodotironina (T3) e Hormônio Tiroxina (T4) Sistema reprodutor: interagem com os hormônios da hipófise e do aparelho reprodutor, ajudando a manter as funções reprodutivas em ordem. Peso: regulam o metabolismo energético, ou seja, a transformação dos nutrientes (especialmente a glicose) em energia para manter as funções vitais e para a atividade física. Hormônio Triiodotironina (T3) e Hormônio Tiroxina (T4) Distúrbios da Tireoide Bócio: aumento da glândula por deficiência de Iodo Tireoidite: auto-imune ou viral. A tireoidite auto-imune constitui a causa mais comum de hiperplasia, por exemplo, Doença de Hashimoto associada inicialmente com o hipertireoidismo levando após a um hipotireoidismo Hipertireoidismo Hipotireoidismo HIPERTIREOIDISMO Também conhecido como tireotoxicose. Distúrbio da tireóide: resulta em produção excessiva de hormônio tireoidiano circulante . Conseqüência: estado de hipermetabolismo gerando, normalmente, perda de peso significativa. Prevalência maior (± 5x) em mulheres que em homens. Manifestações clínicas mais comuns: Irritabilidade, nervosismo, perda de peso, palpitações cardíacas, tremores, fraqueza muscular e intolerância ao calor. No idosos o hipertireoidismo pode passar despercebido facilmente pois os sintomas são insidiosos e mascarados. Causas: Ingestão de hormônio artificial (medicamentos para emagrecimento) Tireoidites Neoplasias da tireoide e da hipófise Bócio difuso tóxico (ou doença de Graves) e tireoidite de Hashimoto. Doença de Graves Causa mais importante de hipertireoidismo. Caracteriza-se por: infiltração linfocitária da glândula tireoide; ativação do sistema imune com elevação dos linfócitos T circulantes; aparecimento de anticorpos que se ligam ao receptor do TSH e que ↑ o crescimento e função glandular. Ocorre: Aumento difuso da glândula tireoide Exoftalmia olhos protuberantes Tratamento do Hipertireoidismo Medicamentos: Beta bloqueadores: propranolol - atenuam ou eliminam muitas manifestações do hipertireoidismo. É um medicamento seguro mais não corrige a causa do distúrbio, e sim somente seus sintomas. Tratamento do Hipertireoidismo Metimazol: Antitireoidiano pertencente ao grupo das tionamidas Age inibindo a enzima tirosina peroxidase, diminuindo organificação do iodeto, acoplamento de iodotironinas e, conseqüentemente, a síntese dos hormônios tireoidianos. Tratamento do Hipertireoidismo- Metimazol Por via oral: rapidamente absorvido no trato gastrintestinal. Biodisponibilidade: 80 a 95%. Efeitos clínicos iniciam-se dentro de 12 a 18 horas e perduram por 36 a 72 horas. Distribui-se para medula óssea, glândula adrenal, sangue, fígado e baço. Tratamento do Hipertireoidismo - Metimazol Concentra-se na glândula tireoide. Atravessa a placenta; Secretado no leite materno. Não de liga às proteínas plasmáticas. Metabolismo hepático, sendo excretado principalmente (80%) pela urina (11% sob a forma não modificada). Tratamento do Hipertireoidismo - Metimazol Os pacientes normalmente são tratados por 12-18 meses. Efeitos colaterais: febre, erupção cutânea, diarréia, icterícia e hepatotoxicidade Não havendo remissão dos sintomas neste período inicia-se a radioiodoterapia. Tratamento do Hipertireoidismo- Iodo Radioativo O iodo radioativo destrói o tecido tireoidiano de uma maneira relativamente eficaz, segura e econômica. Alguns médicos preferem prescrever, de imediato, o uso da terapia com iodo radioativo. No caso de não haver destruição total da glândula: Resposta terapêutica é lenta: 2-3 meses a tireóide retornar a sua produção normal. Risco de desenvolver hipotireoidismo. Quanto maior a dose, maior o risco. Tratamento do Hipertireoidismo- Iodo Radioativo Cirurgia A Tireoidectomia subtotal é uma forma tradicional de tratamento. Tem sido substituída pela radioioterapia por causa das complicações cirúrgicas. Tratamento do Hipertireoidismo - Cirurgia Tratamento do Hipertireoidismo - Gestantes Medicamento de escolha: Propiltiouracil (Propil®) Menor passagem pela placenta. Efeitos colaterais: gosto amargo na boca, hepatotoxicidade, erupções cutâneas. HIPOTIREOIDISMO Características: Redução da velocidade dos processos metabólicos e, na sua forma mais grave, em acúmulo de mucopolissacarídeos causando edema não-depressível, denominado mixedema (edema localizado, duro e com aspecto de pele opaca). Hipotireoidismo primário(90 - 95% dos casos): quantidadeinsuficiente de tecido tireóideo. Destruição do tecido por processo auto-imune ou por causas iatrogênicas (terapia com iodo radioativo, tireoidectomia cirúrgica, radiação externa). Defeitos na biossíntese do hormônio tireoidiano (defeitos enzimáticos congênitos, deficiência ou excesso de iodo, induzido por fármacos). HIPOTIREOIDISMO - Causas HIPOTIREOIDISMO Hipotireoidismo em crianças: o cretinismo produz uma face túrgida, aumento da língua (sinais grosseiros), abdômen protuberante e retardo mental e físico; O cretinismo pode ser conseqüência de hipotireoidismo materno ou deficiência enzimática hereditária. Sinais e sintomas do Hipotireoidismo Músculo Rigidez, câimbras musculares,fraqueza. Pele Ressecada, edema não-depressível. Metabólico Diminuição do metabolismo basal, intolerância ao frio, aumento de peso corporal. Sinais e sintomas do Hipotireoidismo SNC Esquecimento, demência Cardiovascular HAS Respiratório Derrame pleural, apnéia do sono Gastrintestinal Constipação, hipomotilidade Tratamento Hipotireoidismo Medicamentoso Levotiroxina = T4 sintético (Puran T4®). A reposição do hormônio é ao longo da vida. Avaliação médica periódica (1 a 2 vezes ao ano) Deve ser ingerido em jejum, 30 min antes do desjejum. Tratamento Hipotireoidismo - Levotiroxina Deve ser utilizado com extremo cuidado em pacientes com desordens cardiovasculares não controladas, incluindo : angina, falência cardíaca, infarto do miocárdio e hipertensão. Tratamento Hipotireoidismo - Levotiroxina Gestação e Lactação: Não causa qualquer efeito adverso no feto, não sendo necessária interrupção do tratamento. Quantidades mínimas do fármaco são detectadas no leite materno: pode ser usado na lactação. Durante a gestação: ↑ da necessidade de tiroxina em torno de 25 a 50% da dose. Selênio e Doenças da Tireoide Estudos indicam que baixas concentrações séricas de selênio estão relacionadas a doenças da tireoide. Selenoproteínas com ação antioxidante na tireoide. Suplementação com selênio pode ser benéfica – necessário mais estudos. Bibliografia Drutel et al. Selenium and the thyroid gland: more good News for clinicians. Clinical Endocrinology, 78: 155-164, 2013. Wu et al. Low Population Selenium Status Is Associated With Increased Prevalence of Thyroid Disease. J. Clin. Endocrinol. Metab., 100 (11): 4037-4047, 2015. Minneman & Wecker. Farmacologia Humana. Elsevier, 2010. Silva, Penildon. Farmacologia. Guanabara- Koogan, 2010. Anvisa. Fundamentos Farmacológicos clínicos dos medicamentos de uso corrente. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/divulga/public/livro_eletronico/IND EX.HTM
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