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REPÚBLICA DE ANGOLA 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
Escola de formação técnica da Saúde
Trabalho Investigativo de 
BIOLOGIA
Perspectiva Histórica da Genética
Yolanda Alexandrina Pinto Chingango
Nº:45
Turma: G
Classe: 11ª
 								 O Docente
____________________
ÍNDICE
Introdução.....................................................................................................1
Desenvolvimento...........................................................................................2
Conclusão.......................................................................................................3
Bibliografia.....................................................................................................4
Introdução
O ensino de ciências necessita do aporte da história das ciências para se efetivar como instrumento de alfabetização científica (termo aqui empregado na acepção de Fourez, 1994). Esta perspectiva é válida quando se considera os aspectos sociológicos na origem dos conhecimentos científicos, isto é, quando a história não é vista simplesmente como uma série de nomes, datas, anedotas e feitos heróicos de personagens geniais. 
    Nossa experiência tem mostrado que, muitas vezes, os professores são motivados a utilizar esta abordagem mas enfrentam dificuldades em encontrar material bibliográfico adequado. 
    Este trabalho é uma tentativa de contribuir para o ensino de ciências, particularmente com o ensino de tópicos ligados à genética, partilhando um olhar sobre a história das leis de Mendel que ainda hoje são centrais na biologia. Faremos aqui uma análise da produção científica de Mendel em relação com o contexto social, histórico e econômico de sua época, a partir das categorias estilo de pensamento e coletivo de pensamento, de Ludwick Fleck. 
    Os livros didáticos frequentemente apresentam Gregor Mendel como um dos heróis da ciência, atribuindo-lhe o título de "pai da genética". A imagem que surge é a de um monge que, trabalhando como um pesquisador recluso, realizando experiências com ervilhas, em um mosteiro isolado, conseguiu estabelecer as "leis da hereditariedade". 
    
História da Genética 
A história da genética começou com a obra do frade agostiniano Gregor Johann Mendel. Seu trabalho em plantas de ervilha, publicado em 1866, descreveu o que veio a ser conhecido como Herança mendeliana. Desprezado em sua época, seu trabalho só foi compreendido no início do século XX e hoje ainda é referência para todos os geneticistas.
História da Genética
Em 1866, Gregor Mendel estabeleceu pela primeira vez os padrões de hereditariedade de algumas características existentes em ervilheiras, mostrando que obedeciam a regras estatísticas simples. Embora nem todas as características mostrem estes padrões de hereditariedade mendeliana, o trabalho de Mendel provou que a aplicação da estatística à genética poderia ser de grande utilidade. 
    Mendel, o pai da Genética 
A partir da sua análise estatística, Mendel definiu o conceito de alelo como sendo a unidade fundamental da hereditariedade. O termo “alelo” tal como Mendel o utilizou, expressa a ideia de “gene”, enquanto que nos nossos dias ele é utilizado para especificar uma variante de um gene.
• Genética populacional
Só depois da morte de Mendel é que o seu trabalho foi redescoberto, entendido e lhe foi dado o devido valor por cientistas que então trabalhavam em problemas similares.
A redescoberta de Mendel
O ano de 1900 marcou a “redescoberta de Mendel” por Hugo de Vries, Carl Correns e Erich von Tschermak, e em 1915 os princípios básicos da genética mendeliana foram aplicados a uma grande variedade de organismos, mais notavelmente a mosca Drosophila melanogaster. 
Liderado por Thomas Hunt Morgan e seus colegas, os geneticistas desenvolveram o modelo mendeliano, que foi amplamente aceito. Juntamente com o trabalho experimental, matemáticos desenvolveram o quadro estatístico da genética de populações, trazendo explicações genéticas para o estudo da evolução.
Mendel não tinha conhecimento da natureza física dos genes. O trabalho de Watson e Crick em 1953 mostrou que a base física da informação genética eram os ácidos nucleicos, especificamente o DNA, embora alguns vírus possuam genomas de RNA. 
A descoberta da estrutura do DNA, no entanto, não trouxe imediatamente o conhecimento de como as milhares de proteínas de um organismo estariam “codificadas” nas sequências de nucleotídeos do DNA. Esta descoberta crítica para o surgimento da moderna Biologia Molecular só foi alcançada no começo da década de 1960 por Marshall Nirenberg, que viria a receber o Nobel em 1968, assim como Watson e Crick cinco anos antes. A manipulação controlada do DNA (engenharia genética) pode alterar a hereditariedade e as características dos organismos.
A genialidade de Mendel – História da Genética
Mendel teve sucesso onde vários experimentadores, que também faziam cruzamentos com plantas e com animais, falharam. O fracasso desses pesquisadores explica-se pelo seguinte: eles tentavam entender a herança em bloco, isto é, considerando todas as características do indivíduo ao mesmo tempo; não estudavam uma característica de cada vez, como fez Mendel. Somente quando se compreendia o mecanismo de transmissão de certa característica é que Mendel se dedicava a outra, verificando se as regras valiam também nesse caso.
O sucesso de Mendel deveu-se também a algumas particularidades do método usava: a escolha do material, a escolha de características constantes e o tratamento dos resultados. Além de ele ter escolhido ervilhas para efetuar seus experimentos, espécie que possui ciclo de vida curto, flores hermafroditas o que permite a autofecundação, características variadas e o método empregado na organização das experimentações eram associados à aplicação da estatística, estimando matematicamente os resultados obtidos.
Uma série de avanços levaram a descoberta, décadas mais tarde, do que o material genético é composto – ADN (ácido desoxirribonucleico).
Genética molecular
As Maiores Descobertas da História Genética
História da Genética: Era pós Mendel
Em 1910, Thomas Hunt Morgan mostrou que os genes residem em cromossomos específicos. Mais tarde, ele mostrou que os genes ocupam locais específicos no cromossoma. Com esse conhecimento, Morgan e seus alunos começaram o primeiro mapa cromossômica da mosca da fruta. 
Em 1928, Frederick Griffith mostrou que os genes podem ser transferidos. 
Em 1941, George Wells Beadle e Edward Lawrie Tatum mostraram que mutações em genes causavam erros em etapas específicas nas vias metabólicas. Isto mostrou que os genes específicos codificam para proteínas específicas, formulando a hipótese “um gene, uma enzima”.
Oswald Avery, Colin Munro MacLeod e Maclyn McCarty mostraram em 1944 que o DNA contém a informação do gene.
Em 1953, James D. Watson e Francis Crick demonstraram como era formada a estrutura molecular do DNA. Esta descoberta estabeleceu o dogma central da biologia molecular, o que indica que as proteínas são traduzidas a partir de RNA e transcritas a partir do DNA. Desde então, este dogma  tem sido quebrado por exceções, como a transcrição reversa em retrovírus.
Em 1972, Walter Fiers e sua equipe da Universidade de Ghent foram os primeiros a determinar a sequência de um gene.
Richard J. Roberts e Phillip Sharp descobriram em 1977 que os genes podem ser divididos em segmentos. Isto levou à ideia de que um gene pode originar várias proteínas.
Em 1998 a primeira sequência do genoma de um eucariota multicelular, Caenorhabditis elegans, foi codificado.
Conclusão
    A apresentação do desenvolvimento do trabalho de Mendel em relação à sua participação em vários coletivos de pensamento sugere que este fator contribuiu para que ele encarasse a hereditariedade sobre uma nova perspectiva. Ele teve um olhar diferente para o problema da herança dos caracteres. Com isso poderíamos dizer que Mendellançou as bases para o que viria se constituir um novo estilo de pensamento. Para existir um estilo de pensamento seria necessária a existência de um coletivo de pensamento, o que não aconteceu enquanto Mendel era vivo. Mendel não conviveu com uma comunidade que concebia o problema da hereditariedade da mesma forma e que compartilhava as mesmas concepções, práticas e tradição. Isto só ocorreu por volta de 1900, dezesseis anos após sua morte, quando três pesquisadores (De Vries, Correns e Tschermak) trabalhando isoladamente em países diferentes reconheceram a importância de seu trabalho. Mendel finalmente conseguia seus interlocutores, vindo então a se instaurar um novo estilo de pensamento. 
    Acreditamos que a utilização da epistemologia de Fleck na interpretação da história da biologia pode ser útil na elaboração de materiais de consulta para professores que desejem conhecer a gênese de um conhecimento científico. Esperamos ter contribuído, com este exemplo de história das leis de Mendel, para o ensino de ciências em uma perspectiva histórica. 
Referências
CANGUILHEM, G. (1977) Ideologia e racionalidade nas ciências da vida. Edições 70, Lisboa. 
CAVALCANTI, A. (1965). G. Mendel – Sua vida, sua obra e conseqüências de sua descoberta. Ciência e Cultura, vol 17, no 4, p.427-436. 
CHAUÍ, M. (2000). Convite à filosofia. Ática, São Paulo. 
DA ROS, M. A. (2000). Estilos de pensamento em saúde pública - um estudo da produção da FSP-USP e ENSP-FIOCRUZ, entre 1948 e 1994, a partir da epistemologia de Ludwik Fleck. Florianópolis, UFSC, Tese de Doutorado. 
DELIZOICOV, D ; CASTILHO, N; CUTULO, L. R A; DA ROS, M. A e LIMA, A. M. C. (1999). Sociogênese do conhecimento e pesquisa em ensino: contribuições a partir do referencial fleckiano. Atas do II Encontro Nacional de Pesquisa Em Educação em Ciências (ENPEC), Valinhos, São Paulo. 
DROUIN, J. M. (1996) Mendel: para os lados do jardim.In: SERRES, M. Elementos para uma história das ciências – vol. III - De Pasteur ao computador. Terramar, Portugal. p. 29-47. 
ENGLEBERT-LECOMTE, V. (2000). Document no 1: Comment introduire de l’epistémologie dans l’enseignement des sciences: le cas de la génétique. In: FOUREZ, G. Les compétences terminales dans l’enseignement secondaire général relatives à la construction des savoir et celles liées à la gestion des technologies. Rapport de Recherche, Facultes Universitaires Notre-Dame de la Paix, Namur

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