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Terapias Alternativas como complemento e especialidade de Enfermagem: Vantagens e Desafios

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Universidade de Ribeirão Preto
Curso de Enfermagem
matheus barbosa mendonça 
TERAPIAS ALTERNATIVAS COMO COMPLEMENTO E ESPECIALIDADE DE ENFERMAGEM: VANTAGENS E DESAFIOS
Ribeirão Preto
2015
MATHEUS BARBOSA MENDONÇA 
TERAPIAS ALTERNATIVAS COMO COMPLEMENTO E ESPECIALIDADE DE ENFERMAGEM: VANTAGENS E DESAFIOS
Monografia apresentada à Universidade de Ribeirão Preto UNAERP, como requisito para a obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem. Área de Concentração: Saúde. 
Orientador: Profª Drª Érika Bertazone
Ribeirão Preto
2015
FICHA CATALOGRÁFICA 
MATHEUS BARBOSA MENDONÇA
TERAPIAS ALTERNATIVAS COMO COMPLEMENTO E ESPECIALIDADE DE ENFERMAGEM: VANTAGENS E DESAFIOS
Monografia apresentada à Universidade de Ribeirão Preto UNAERP, como requisito para a obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.
Área de concentração: Saúde
Data da defesa: 19 de novembro de 2015.
Resultado: _________
BANCA EXAMINADORA
 Profª Drª Érika Bertazone
Universidade de Ribeirão Preto - orientadora
Profª Msc Roberta H. E. Andrade Dantas
Universidade de Ribeirão Preto
ProfªAndréa Freiria Vieira 
Universidade de Ribeirão Preto
 DEDICATÓRIA
Dedico primeiramente a DEUS, por me sempre me abençoar, pela nova oportunidade que me ofereceu de poder continuar regressar e me aprimorar em novos conhecimentos, a minha família que sempre foi meu ponto seguro e apoiador durante todos esses anos, ao corpo docente da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), que durante este ano nos ofereceram o de melhor, para contribuir ainda mais com a minha formação, permitindo assim um conhecimento amplo, para uma nova conquista, e pela Profª Drª Érika Bertazone pela sua dedicação, compreensão para a realização deste trabalho.
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais que sempre me incentivaram a crescer e a conquistar tudo de bom e estiveram ao meu lado nas horas boas e ruins, aos meus familiares que também sempre estiveram ao meu lado e a minha namorada Ana que também sempre esteve presente em minhas conquistas.
Agradeço há todos os professores por sempre me ensinarem transmitirem o aprendizado da melhor forma possível durante esses anos de formação acadêmica.
Agradeço também aos meus amigos de sala principalmente ao Luís um grande amigo que tornou esses anos de formação muito mais divertidos, há minha amiga Kathyane pela amizade, o carinho e o incentivo aos estudos, há Camila grande amiga desde o início e companheira em vários trabalhos, há Maristela agradeço pela ajuda nos estudos para as provas e compartilhar seu conhecimento e há minha eterna amiga Fran grande companheira de estágio e em diversos trabalhos, além de uma ótima conselheira me ajudando e me dando bronca quando necessário. Também agradeço aos demais companheiros de sala na qual guardarei todos em minha memória.
Agradeço a as Professoras Andréa e Roberta por aceitarem o convite e fazerem parte da minha banca examinadora, e a professora Érika pela orientação.
“A vida é um processo fluente e em alguns lugares do caminho coisas desagradáveis ocorrerão. Podem deixar cicatrizes, mas a vida continua a fluir. É como a água fluente que ao estagnar-se, torna-se podre; não pare! Continue bravamente... porque cada experiência nos ensina uma lição. ”
Bruce Lee
RESUMO 
Trata-se de em estudo descritivo, de abordagem qualitativa, realizado através de pesquisa bibliográfica, que tem como objetivo abordar a utilização das terapias alternativas pela enfermagem, como especialidade e complemento da assistência, descrevendo o conceito, história e os princípios que fundamentam as diversas terapias alternativas bem como seus métodos de aplicação e finalidades terapêuticas, as associando as práticas de Enfermagem, como forma de intervenção a diversos diagnósticos de enfermagem, novos métodos de cuidado, descrevendo as vantagens do uso das práticas pelo profissional enfermeiro, ressaltando o ganho de mais autonomia e mostrando novos campos de atuação para o profissional que integra o uso das terapias alternativas aos seus conhecimentos e saberes, com isso há também a possibilidade de alcançar um olhar mais humanizado e integrado de saúde e bem estar da população, deve se salientar que é necessário que cada vez mais pesquisas sejam realizadas envolvendo as terapias alternativas e a Enfermagem para que assim elas cresçam cada vez mais no âmbito cientifico da saúde reforçando cada vez mais sua eficácia e benéficos terapêuticos. 
	
Palavras-chave: terapias alternativas, enfermagem, holismo, acupuntura, auriculoterapia, iridologia, fitoterapia, toque terapêutico, massagem, aromaterapia e medicina tradicional chinesa.
ABSTRACT
Descriptive study and a qualitative approach made through bibliographical research, which aims to address the use of alternative therapies for nursing as a specialty and complementing the assistance, describing the concepts, history and the principles that underline many alternative therapies as well as their application methods and therapeutic purposes, associating it to nursing practice as an intervention to various nursing diagnoses and new care methods, describing the advantages of using practices by nurses, emphasizing in gaining more autonomy and showing new fields for new activities for those who integrate alternative therapies´ use to their expertise and knowledge. So we can create a possibility of reaching a more humane and integrated care and population´s wellness. We should notice that searches for these kind of therapies are increasing and conducting many people involving alternative therapies and nursing so that they grow amazingly allowed to the scientific health framework reinforcing benefits and therapeutic efficacy.
Keywords: alternative therapies, nursing, holism, acupuncture, auriculotherapy, iridology, herbal medicine, therapeutic touch, massage, aromatherapy and traditional Chinese medicine.
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Lista de afecções tratadas pela acupuntura segundo a OMS...........................................................................................................................32 
Quadro 2 : Tipos de massagem: origem e indicações de uso............................................................................................................................ 50
Quadro 3 : Diagnósticos de Enfermagem com indicações de uso de massagem e acupressão como intervenção..............................................................52
Quadro 4: Principais OE (Óleos essenciais) com suas indicações terapêuticas e formas de uso....................................................................................56
SUMÁRIO
Resumo...........................................................................................................09
Abstract..........................................................................................................10
Curso de Enfermagem (14)	11
1 INTRODUÇÃO	11
2. OBJETIVOS	13
2.1 Geral	13
2.1.1 Específicos	13
3 METODOLOGIA	14
3.1 TIPO DE ESTUDO	14
4 DESENVOLVIMENTO	15
4.1 ACUPUNTURA: CONCEITOS E FUNDAMENTOS DA PRÁTICA	15
4.1.1 Reconhecimento de sua efetividade	16
4.1.2 Acupuntura na Assistência de enfermagem	19
4.2 AURICULOTERAPIA: CONCEITO DE FUNDAMENTOS	21
4.2.1 Auriculoterapia e Enfermagem	23
4.3 FITOTERAPIA: CONCEITO E FUNDAMENTOS	24
4.3.1 Fitoterapia e a Enfermagem	26
4.4 Iridologia: Conceito e Fundamentos da prática	27
4.4.1 Iridologia e Enfermagem	30
4.5 Massagens: Conceito e fundamentos	35
4.5.1 Massagens como práticas de enfermagem	38
4.6 Aromaterapia e enfermagem	40
4.6.1 Aromaterapia e Enfermagem	46
4.7 Outras terapias alternativas: Considerações	48
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS	51
1 INTRODUÇÃO 
 A busca por formas de tratamento que sediferem da medicina convencional tem crescido nos últimos anos, as práticas alternativas são formas de tratamento que visam o indivíduo como um todo, ou seja, tendo uma visão mais voltada para o holismo. 
A maioria das práticas complementares da ênfase ao tratamento da pessoa doente e não só propriamente à doença. Para as práticas, o corpo consiste num sistema indivisível de partes inter-relacionadas e os preceitos que lhe dão sustentação são frutos da observação e da percepção do homem, da natureza que o cerca (SALLES; KUREBAYASHI; SILVA, 2011, p.2). 
 Segundo Salles, Kurebayashi e Silva (2011) embora a maioria das práticas utilizadas nas terapias complementares, tenha surgido na Antiguidade elas foram de certa forma redescobertas pelo ocidente, somente nessas ultimas décadas. Nos últimos 30 anos tem crescido o interesse por tais praticas em todo o mundo por pessoas leigas, profissionais da área da saúde, por instituições governamentais, a comunidade cientifica, ou seja, a sociedade.
 De acordo com Carvalho (1989), a enfermagem como a ciência do cuidar, resgata o holismo juntamente à sua historia e filosofia. A visão de uma Enfermagem Holística é emergente das colocações visionarias de Florence Nightingale, que enfatizava o tocar e a delicadeza como propriedades importantes no processo de cura aliados a boas condições ambientais, como ar fresco, luz e calor do sol, quietude, paz e limpeza.
 Dentre as profissões da área da saúde, a Enfermagem foi pioneira no reconhecimento das práticas complementares. “O reconhecimento das Práticas Complementares pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) foi importante para o desenvolvimento de pesquisas na área” (TROVO et al.2003 p.11).
 O Parecer Normativo 004/1995, dispõe que as terapias alternativas (acupuntura, iridologia, fitoterapia, reflexologia, massoterapia, dentre outras), são práticas oriundas, em sua maioria, de culturas orientais, exercidas ou executadas por práticos treinados sem sistematização e cujos conhecimentos são repassados de geração em geração, não estando vinculados a qualquer categoria profissional. Além disso, resolve o estabelecimento e o reconhecimento das terapias alternativas como especialidade e/ou qualificação do profissional de Enfermagem. Porém, para receber a titulação, profissional de Enfermagem deverá ter concluído e sido aprovado em curso reconhecido por instituição de ensino ou entidade congênere, com uma carga horária mínima de 360 horas (COFEN, 1995).
 Mais tarde a Resolução COFEN n.197/1997 estabelece e reconhece as terapias alternativas como especialidade ou qualificação do profissional de Enfermagem. Outras legislações que podemos citar é sobre a resolução COFEN 283/2003 que fixa regras sobre a prática da Acupuntura pelo enfermeiro dando outras providencias entre as quais, o profissional Enfermeiro deverá ter 1200 horas para poder utilizar a Acupuntura complementarmente em suas condutas e ações profissionais.
 As terapias alternativas trazem enormes vantagens na pratica de enfermagem e na execução dos cuidados, trazendo maior autonomia ao Profissional enfermeiro. Além disso, os fundamentos das práticas complementares possuem enormes semelhanças as primeiras teorias de enfermagem que possuíam aspectos holísticos. “Entre todos os profissionais de saúde, a equipe de enfermagem é a que passa a maior parte do tempo com o paciente e, por isso, tem condições de acompanhar de perto e avaliar os efeitos físicos e emocionais das práticas” (SALLES et al.2011 p.12).
2. OBJETIVOS
2.1 Geral
Abordar a utilização das terapias alternativas pela enfermagem, como especialidade, complemento da assistência e seus benefícios.
2.1.1 Específicos
Ressaltar as vantagens e os benefícios da prática das terapias alternativas pelo profissional Enfermeiro.
Associar as práticas de enfermagem as terapias alternativas.
Mostrar novos campos de atuação para o profissional enfermeiro, e a autonomia ganha através do uso das práticas.
3 METODOLOGIA
3.1 TIPO DE ESTUDO
Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, de revisão sistemática da literatura sobre as Terapias Alternativas como especialidade e complemento da assistência de enfermagem.
Podemos dizer que o estudo é descritivo porque as características, propriedades ou relações existentes na comunidade, grupo ou realidade pesquisada estão sendo descritas. Na pesquisa descritiva, identificam-se também as representações sociais, o perfil de indivíduos e grupos, assim como as estruturas, formas, funções e conteúdos (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007).
Em relação à pesquisa exploratória, não necessita-se de elaboração de hipóteses para serem aplicadas no trabalho, apenas há a importância de definição dos objetivos e a busca pelas informações sobre o determinado assunto que será estudado. Marconi e Lakatos (2005) lembram que o estudo exploratório-descritivo permite ao pesquisador descrever completamente determinado fenômeno, podendo encontrar tanto descrições quantitativas e/ou qualitativas.
Conforme Minayo, Deslandes e Gomes (2008), aplicamos o método do trabalho utilizando-se das técnicas que se caracterizam pelos instrumentos de operacionalização do conhecimento e pela experiência, capacidade pessoal, sensibilidade e criatividade do pesquisador.
Para este estudo foi utilizada o apoio da pesquisa bibliográfica, que diz respeito ao conjunto de conhecimentos encontrados em livros, revistas científicas, sites especializados em artigos indexados nas bases de dados MEDLINE (Literatura Internacional em Ciências da Saúde), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e SCIELO (Scientific Eletronic Library Online). A busca de artigos de revisão sobre as terapias alternativas teve como palavras chaves em sua busca: terapias alternativas, enfermagem, holismo, acupuntura, auriculoterapia, iridologia, fitoterapia, toque terapêutico, massagem, aromaterapia e medicina tradicional chinesa.
4. DESENVOLVIMENTO
4.1 ACUPUNTURA: CONCEITOS E FUNDAMENTOS DA PRÁTICA
Segundo Birch e Kaptchuk (2001) a acupuntura deriva do latim acus,que significa agulha e puntura, punção. É uma técnica de tratamento antiga e amplamente utilizada por países asiáticos, principalmente na China com a Medicina Tradicional Chinesa (MTC). Acupuntura vem da tradução do termo chinês zhenjiu que significa zhen (agulha) e jiu (cauterização/moxa), ou seja, desde seus primórdios o termo acupuntura tem em sua raiz, relação com o agulhamento a seco e o uso de calor pela moxabustão, que é a queima da Artemísia vulgaris, para o tratamento de doenças e afecções.
De acordo com Sourina (1992), a medicina chinesa é baseada nos princípios filosóficos da cultura oriental, o que a diferencia consideravelmente da medicina alopática utilizada no Ocidente. Para a MTC, o fundamental não é saber do que o corpo humano é constituído, nem de que forma seus órgãos se dispõem, mas sim observar o modo como o corpo é estimulado, tanto por fatores endógenos quanto exógenos. Por isso, até final do século XIX, essa técnica médica milenar não se interessava pela anatomia e dissecação, criando uma fisiologia imaginária. Por exemplo, a comunicação do corpo não ocorreria por meio de artérias, veias, nervos, vasos linfáticos ou tendões, mas sim por canais de energia, denominados meridianos. A saúde do indivíduo é o resultado de um equilíbrio entre duas forças opostas – o yin e o yang – cuja complementação é fundamental. Essas forças circulam no organismo sob a forma de energia, que percorre o corpo dentro dos canais e meridianos. A distribuição dessa energia vital pode sofrer perturbações e os órgãos enfrentam desequilíbrios por excesso ou insuficiência de energia. Dessa forma, o corpo funcionaria sob o efeito da circulação dessa energia posta em movimento, e não da circulação de sangue.
Para Maciocia (2006), a acupuntura no Oriente, não é usada como recurso único para tratamento, ela é frequentemente associada a outras técnicas como a moxabustão,ventosa, auriculoterapia, massagem, exercícios físicos e respiratórios, dietoterapia e fitoterapia. Além disso, segundo a World Health Organization (WHO), ou em português Organização Mundial de Saúde (1985) atualmente, na China, tanto o tratamento ocidental quanto o tradicional são usados e oferecidos conjuntamente em hospitais, clinicas e postos de saúde, em áreas urbanas e rurais.
 Sobre a propagação da técnica pelo mundo segundo dados da OMS (1999), pode-se dizer que é uma das mais populares e há séculos vem sendo praticada em vários países asiáticos. No Japão, por exemplo, há 1.450 anos; nas Coréias há, pelo menos, 1.500 anos e no Vietnã há 2 mil anos. É praticada na Europa há 300 anos e na América do Norte há quase 150; nos últimos 30 anos difundiu-se para outros países, em função da crescente aceitabilidade pelas comunidades científicas, após estudos que vêm sendo realizados sob perspectiva médica, com métodos de investigação modernas. 
Segundo Jianping e Rose (2002) traduzidos por Kurebayashi (2011), o novo paradigma holístico com a visão do todo e atendimento humanizado de saúde, trouxe consigo a retomada de conceitos antigos, dentre elas praticas que tiveram suas origens na antiga China. A acupuntura somada a assistência de enfermagem traria de um modo geral, enormes benefícios aos pacientes e também aos profissionais.
4.1.1 Reconhecimento de sua efetividade
	Segundo Silva (2007) a acupuntura tem assumido um papel importante, na prevenção, tratamento e até mesmo cura de algumas patologias e enfermidades. Através da estimulação dos pontos de acupuntura em lugares especificos na superfície do corpo, com a punção de agulhas. Sendo seus resultados e efeitos reconhecidos pela OMS.
De acordo com as ideias de Stux (2005), após a realização de vários estudos sobre o sistema de meridianos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), há cerca de 400 pontos de acupuntura e 20 meridianos/ vasos conectados a maioria dos pontos. Tais pontos apresentam alta capacidade de condução elétrica, na superfície do corpo, sendo identificadas à presença de junções gap nos pontos de acupuntura. As junções gap são complexos proteicos, que facilitam a comunicação intercelular e aumentam a condutibilidade elétrica. Entendendo-se que haja uma conexão entre pontos de acupuntura - cérebro – órgãos.
É possível notar que frequentemente a acupuntura vem sendo utilizada no Ocidente principalmente para analgesia, alivio da dor e tratamento de afecções músculo esqueléticas, embora ela seja indicada para muitos diferentes tipos de enfermidades, agudas e crônicas.
De acordo com dados de Brasília (2005) a Organização Mundial da Saúde publicou uma listagem em 2002 sobre estudos clínicos controlados e doenças tratáveis pela acupuntura, listagem referenciada no Manual de normas e procedimentos das atividades do Núcleo e Medicina Natural e Terapêuticas de Integração- NUMNATI.
 As enfermidades tratadas estão divididas em 4 categorias distintas, contando enfermidades que tem efetividade comprovada, até aquelas que ainda exigem mais estudos comprobatórios. Segue a lista no quadro abaixo.
Quadro 1: Lista de afecções tratadas pela acupuntura segundo a OMS.
	Lista de afecções tratadas pela acupuntura segundo a OMS
	1. Doenças, sintomas ou condições para as quais a acupuntura foi comprovada como tratamento efetivo.
	Artrite reumatóide, AVE, cefaléia, ciática, cólica biliar e renal, depressão (neurose depressiva e depressa pós-AVE), disenteria bacilar aguda, dismenorreia primária, distensão (entorse), dores (cervical, de joelho, odontológica, facial, lombar baixa, pós-operatória), epicondilite lateral, epigastralgia aguda, hiperemese gravídica, hipertensão essencial, hipotensão primária, indução do trabalho de parto, leucopenia, correção de mau posicionamento fetal, náuseas e vômitos, periartrite de ombro, reações adversas à radioterapia e quimioterapia e rinite alérgica.
	2. Doenças, sintomas ou condições em que a acupuntura demonstrou efeitos terapêuticos, mas que precisam de mais comprovações.
	Acne vulgaris, artrite gotosa, asma brônquica, colecistite crônica com agudização, colelitíase, colite ulcreativa crônica, contratura cervical, coqueluche, demência vascular, dependência de ópio, cocaína, e heroína, dependência de tabaco, desintoxicação de álcool, diabetes tipo II, disfunção da articulação temporomandibular, disfunção sexual masculina não orgânica, distrofia simpática reflexa, distúrbio gastrocinético, doença de Ménière, dores (abdominal, câncer, coluna, garganta, ouvido, trabalho de parto, tromboangéite obliterante, ocular, por exame endoscópio), epistaxe simples, espasmo facial, esquizofrenia, febre hemorrágica epidêmica, fibromialgia e fasiíte, hepatite B herpes-zóster, hiperlipidemia, hipo-ovarianismo, infecção recorrente do trato urinário inferior, infertilidade feminina, injuria craniocerebral, insônia,deficiência de lactação, neuralgia pós-herpética, neurodermatite, neurose cardíaca, obesidade, osteoartrite, ovário policístico, paralisia de Bell, pós extubação em crianças, convalescença de pós-operatório, prostatite crônica , prurido, retenção urinária traumática, sialorreia induzida por droga, síndrome de Raynaud, síndrome de Sjögren, síndrome de estresse de competição, síndrome de Tietze, síndrome de Tourette, síndrome pré-menstrual, síndrome uretral feminina, urolitíase. 
	3. Doenças e sintomas ou condições de estudos individuais com efeitos terapêuticos, mas que precisam ser aprofundados, pois tratamentos convencionais foram pouco efetivos.
	Bexiga neuropática por lesa da medula espinhal, cloasma, coroidopatia central serosa, daltonismo, doença cardiopulmonar crônica, hipofrenia, obstrução de pequenas vias aéreas, síndrome do colón irritável, surdez
	4. Doenças, sintomas ou condições em que a acupuntura pode ser utilizada por profissionais com conhecimento médico atualizado e com equipamento de monitoramento adequado
	Coma, convulsões em crianças, diarréia em crianças, (DPOC), doença coronariana (Angina pectoris), encefalite viral em crianças (estagio tardio), paralisia progressiva bulbar e pseudobulbar
Fonte: OMS (2002)
4.1.2 Acupuntura na Assistência de enfermagem
A Enfermagem é a equipe que passa mais tempo com o paciente e é também responsável pelos cuidados e pela assistência de enfermagem. Essa assistência sistematizada através do processo de enfermagem que é composto por coleta de dados, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação. 
Segundo as ideias de Garcez (2010), o diagnostico de Enfermagem faz parte da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), que visa a assistir o ser humano por meio de ações específicas para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo, família e comunidade. A SAE é composta pelo processo de enfermagem que envolve a coleta de dados, definição do problema, intervenções e avaliação dos resultados da assistência. A American Nursing Diagnosis Association International (NANDA-I) tem como objetivo padronizar os diagnósticos para que possam ser aplicados a pratica de Enfermagem. O diagnóstico aborda o julgamento clínico da resposta de um indivíduo, uma família ou uma comunidade diante de situações de doença, promoção da saúde ou do bem-estar em curso ou que podem se manifestar. A padronização foi organizada a partir de classificações: os domínios, as classes e os diagnósticos. 
 Segundo Maciocia (2002) a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) além de um amplo campo de conhecimento e concepção filosófica, ela esta ligada a vários aspectos da saúde e à doença, principalmente às formas de prevenção na qual reside grande parte da filosofia da Medicina Chinesa. Além disso, “Avaliar as prévias condições de desequilíbrio energético, que poderão culminar em doenças, tem sido uma das maiores contribuições desse método de abordar o processo de saúde e doença” (KUREBAYASHI, 2011, p.29).
Os diagnósticos de Enfermagem de risco segundo Kurebayashi (2011) parecem ser bastante adequados, quanto ao primordial papel quea MTC desenvolveu quanto à prevenção de doenças. A acupuntura tem sido extremamente útil em situações de controle de sinais e sintomas que ainda não constituem doenças graves, tais como uma diarreia não infecciosa, no diagnostico de Risco de Desequilíbrio Eletrolítico (00195), Domínio 2 (Nutrição) e Classe 5 (Hidratação). Ou ainda para controle de vômito ou diminuição de efeitos secundários relacionados a tratamento medicamentoso. No Diagnóstico de Risco de Constipação (00015), Domínio 3 e Classe 2 (Função gastrintestinal), para o tratamento de constipação por fragilidade de músculos abdominais ou devido à atividade física insuficiente. A acupuntura poderia ser usada, por exemplo, para o diagnóstico de Risco de Motilidade Gastrintestinal Disfuncional (00197), Domínio 3 (Eliminação e troca), Classe 2 (Função gastrintestinal), visto que auxilia no controle da ansiedade e a melhorar os sintomas de estresse. Além desses citados são muitos os diagnósticos de enfermagem no Domínio 4 ( Atividade e repouso) que são tratados pela acupuntura tais como Insônia e Privação do sono. Contudo é no tratamento de diagnósticos relacionados à atividade física e ao musculoesquelético que a acupuntura é mais utilizada, como deambulação prejudicada, por dor ou por prejuízo neuromuscular. E ainda nos diagnósticos de Dor aguda, Dor crônica, Mobilidade Física Prejudicada, Mobilidade no Leito Prejudicada e o Diagnóstico de Campo de Energia Perturbado, por tratar dor a ansiedade e a desarmonia do corpo, mente e espírito. 
 	
Há, portanto, muitas possibilidades para o enfermeiro utilizar a acupuntura como especialista e as áreas potenciais para inclusão da acupuntura pelo enfermeiro seriam: controle de dor (pós-operatória, em clinicas ambulatoriais, acidentes e emergências); medicina do esporte (em conjunto com a fisioterapia); na obstetrícia (alivio da dor, indução de parto, mudança de posição de feto) na oncologia (controle de náusea e vômito pós-quimioterapia); saúde ocupacional; saúde mental ( estresse emocional); centro de reabilitação de drogados (controle de sintomas de abstinência); tratamento de HIV/Aids como parte da equipe multiprofissional (KUREBAYASHI, 2011 apud DOWNEY, 2005, p.121).
 Conclui se, portanto que a acupuntura pode ser uma ótima aliada, para o profissional enfermeiro na prestação da assistência de enfermagem. Além disso, ela pode ser utilizada de forma isolada, o que seria uma expansão do campo de atuação profissional para o enfermeiro que ganharia muito mais autonomia.
4.2 AURICULOTERAPIA: CONCEITO DE FUNDAMENTOS
	Segundo Kurebayashi e Prado (2011), a auriculoterapia é uma técnica de tratamento, que utiliza estimulação de pontos na orelha com o intuito de tratar disfunções do organismo. Atualmente existem duas linhas de auriculoterapia, uma que segue os preceitos e ensinos da Medicina Tradicional Chinesa e outra derivada da escola francesa. Ambas contêm o mesmo objetivo terapêutico, curativo e preventivo, dado os efeitos de sua eficácia tem se observado crescente, o numero pesquisas que rodeiam a pratica da auriculoterapia. Dentre as enfermidades tratadas pela técnica pode-se citar: insônia, obesidade, dependência química, dor pós-operatória, estresse, ansiedade entre outras.
De acordo com as idéias de Rankin-Box (2005) traduzido por Kurebayashi e Prado (2011) as práticas complementares não representam uma tecnologia da modernidade, afinal muitos desses recursos foram e ainda são utilizados por muitos povos como praticas populares. O uso de agulhas, ervas, óleos, terapias manuais e energéticas, aquecimento, ventosas entre outras. São práticas milenares e tão antigas quanto o próprio homem. Mas o fato é que muitas das terapêuticas tornaram-se foco de pesquisa na atualidade, o que auxilia no reconhecimento social das praticas efetivas no tratamento de muitas doenças.
 Segundo Suen et al, (2001) traduzidos e citados por Kurebayashi e Prado (2011), a orelha e auriculoterapia foram mencionados em um dos mais antigos livros de medicina da china, o livro Medicina Interna do Imperador Amarelo, publicado há cerca de 2000 anos. O pavilhão auricular esta relacionado com todas as partes do corpo pois todos os meridianos convergem para a orelha.
 Segundo Dal Mas (2005), os chineses abandonaram esse tipo de terapia, por muitos anos até que retornaram a praticá-la por volta do século X. Porém, na antiguidade outros povos praticavam algo parecido com a auriculoterapia, Hipócrates fazia uso de cauterização da orelha na tentativa de tratar a impotência masculina. Havia também Cipecladis antigo medico grego, fazia pequenos cortes em vasos sanguíneos na parte posterior da orelha para curar impotência sexual e esterilidade masculina.
 “E 1957, Paul Norgier, médico da região de Lyon, França, apresentou suas primeiras observações sobre correspondências somatotópicas da orelha. Ele é atualmente considerado o pai da Auriculoterapia moderna” (KUREBAYASHI e PRADO, 2011 apud GORI e FIRENZUOLI, 2007, p.4). Segundo as próprias idéias de Nogier (1998), no inicio de suas observações, ele menciona pacientes que haviam realizado cauterização na orelha para dor ciática através do curandeirismo. A partir daí, ele resolveu realizar o mesmo procedimento, o que o levou a pensar na região da anti-hélice pudesse corresponder à coluna, com isso começou a comprovar sua tese experimentalmente. Nogier prosseguiu com os estudos correlacionando as regiões do corpo com a orelha, há visualizando como um feto invertido.
Figura 1: representação do feto invertido na orelha.
 Fonte: http://www.vickk.com/Fotos/bebe-orelha.jpg
 
De acordo com Dal Mas (2005) existem hoje basicamente, duas linhas de auriculoterapia. Uma derivada da escola francesa, que determina o microssistema auricular reflexologia de uma ação neurológica, ou seja, conduzida pelo sistema parassimpático. Quando se perfura uma determinada área da cartilagem, estimula-se, a partir desse ponto, alguma área do cérebro, descarregando endorfinas que agirão no sistema corporal, acionando a liberação de um neurotransmissor. E a linha chinesa da auriculoterapia que é baseada nos preceitos da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) assim como a acupuntura, para se realizar a escolha dos pontos.
Portanto, os pontos da orelha possuem remotas conexões reflexas com outras partes do corpo, por intermédio de vias neurais no sistema nervoso central. Propôs-se também a existência de reflexos viscerossomáticos, que permitem ao microssistema revelar doenças subjacentes do corpo reflexos, que propiciam a cura de uma condição patológica mediante estímulos (OLESON, 2005, p. 107-24).
 Segundo Kurebayashi e Prado (2011) estão sendo encontrados ensaios clínicos controlados randomizados, e revisões sistemáticas que buscam reconhecer a pratica dessa terapêutica como adjuvante ou principal. Podem ser encontrados estudos da auriculoterapia para o tratamento de insônia, redução de peso, tratamentos para dependentes químicos, redução de dor pós-operatória, diminuição de estresse e ansiedade, controle de hipertensão, entre outras enfermidades.
4.2.1 Auriculoterapia e Enfermagem 
Visto que a auriculoterapia tem grandes qualidades como terapêutica e para tratamento ela poderia ser usada como ferramenta da assistência, para diagnósticos de enfermagem como Insônia, Padrão de Sono Prejudicado, Ansiedade, Síndrome do Estresse por Mudança, Dor Aguda, Dor Crônica entre outros. Para Kurebayashi e Prado (2011), os exemplos mencionados se enquadram no tratamento de doenças. Visto que a auriculoterapia além de tratar as doenças também pode atuar no âmbito de prevenção e promoção de saúde, é possível relacionar aos diagnósticos de bem-estar, que podem descrever respostas humanas a níveis de bem-estar individual, familiar quanto em comunidades que apresentam disposição para melhorar. 
Contudo para Maciocia (2006) ao se tentar relacionar a auriculoterapia aos diagnósticos de Enfermagem, nos deparamos em um confronto de preceitos com a MTC. Cuja sua ênfase e essência, estaem tratar o individuo doente e não a doença em si. Ou seja, é questionável se os diagnósticos de Enfermagem podem ser totalmente aplicáveis à técnica da auriculoterapia, pelo fato de que para escolha do tratamento, não se avalia a doença, mas sim o individuo que há apresenta. È necessário que haja mais pesquisas para consolidar essa pratica de forma mais concreta aos diagnósticos de Enfermagem. 
 Por outro lado, para Kober et al. (2003) traduzidos por Kurebayashi e Prado (2011), a auriculoterapia apresenta enormes vantagens, até mesmo sobre a acupuntura. Pelo fato de que, primeiramente exige pouco equipamento para sua realização. Em segundo, exige um treinamento menor quanto a localização dos pontos no pavilhão auricular. O tempo que se gasta para a aplicação não se estende mais do que 10 a 15 minutos. E pelo custo da intervenção, que é mínimo. 
Dito isso podemos dizer que a auriculoterapia pode ser de grande auxilio e de grande utilidade em ambiente hospitalar, em ambulatórios, casas de repouso, clínicas entre outros. Em fim é uma técnica com muitos benefícios e trás um amplo campo de ação para o profissional enfermeiro, contudo é uma história em construção é necessário que haja mais pesquisas e interesse dos profissionais em atuar nessa área.
4.3 FITOTERAPIA: CONCEITO E FUNDAMENTOS
Segundo o Coren (2014), no parecer nº 028/2010 sobre a fitoterapia e a legalidade de prescrições de fitoterápicos pelo Enfermeiro a utilização da natureza para fins terapêuticos, é tão antiga quanto à civilização humana, e por isso durante muito tempo produtos de origem vegetal, animal e mineral foram fundamentais para a área da saúde. Historicamente, as plantas medicinais são importantes como fitoterápicos para a descoberta de novos fármacos, sendo o reino vegetal o mais contribuinte para a descoberta de medicamentos. O termo fitoterapia é dado à terapêutica que utiliza medicamentos cujo seus princípios ativos são derivados de plantas e derivados vegetais e tem sua origem no conhecimento e no uso popular. A terapia com medicamentos de espécies vegetais pode ser vista e é relatada em sistemas de saúde em vários países do mundo, como por exemplo, na medicina chinesa, tibetana e indiana ayurvédica. È estimado que cerca de 25% de todos os medicamentos modernos possuem derivações direta ou indiretamente de plantas medicinais. Utilizando se da aplicação de tecnologias modernas ao conhecimento tradicional.
De acordo as idéias de Alvim et.al (2011), a natureza sempre foi hábitat, do homem desde os primórdios, e nele o homem buscou alimentação e soluções para males espirituais e físicos. Desse processo, o homem adquiriu conhecimento sobre a utilização e aplicação de plantas medicinais e ainda muitas experiências,foram transmitidas ao longo dos tempos. Acredita se que o emprego das plantas para tratamento tenha surgido primeiramente na Índia, e depois se expandido para a China e o restante do Oriente Médio. No entanto a China é a mais reconhecida hoje em dia, como o país com maior tradição na utilização de ervas para fins terapêuticos. No Brasil a origem de sua utilização advém das culturas indígenas, africana e européia.
Para Alvim e Ferreira (2003), o uso de plantas para fins terapêuticos vem crescendo, a fim de encontrar, respostas concretas para os problemas de saúde das pessoas. No entanto seu uso indiscriminado é um fato comum, não há por parte da população, na maioria das vezes preocupação com a cientificidade que as envolvem, e como podem se tornar nocivas ao organismo humano, mas sim se baseiam na experiência empírica, e no saber produzido e difundido na sociedade. Ou seja, as utilizam por se tratar de um recurso autêntico difundido do saber popular, utilizado no seio familiar e socializado nas relações de vizinhança, que vem ganhando hoje em dia mais espaço no saber e na prática, dos profissionais de saúde.
Segundo Matins (1998), por muito tempo ouve uma discussão sobre esse recurso terapêutico no meio cientifico algo que veio se modificando com o resultado de pesquisas que vieram apontando, a potencialidade farmacológica de algumas substâncias presentes em espécies vegetais. Para Medeiros (2000), muitos estudos estão sendo realizados, com o intuito de estudar a eficácia das plantas, de um modo a atender as necessidades de saúde das pessoas. Já existem hoje várias pesquisas que comprovam os feitos farmacológicos das plantas e as lançam no mercado farmacêutico como produtos de baixo custo e com grande potencial medicinal, tais pesquisas experimentais e bioquímicas em volta do saberes advindos do senso comum, tem sido objeto de preocupação de alguns profissionais da saúde inclusive a Enfermagem.
Segundo Alvim et al. (2011) foram realizados muitos estudos nos últimos 10 anos sobre as plantas medicinais, e as plantas que mais mencionadas durante as pesquisas foram: erva-cidreira, boldo, erva-doce, camomila, capim-limão, saião, hortelã, guaco, pata-de-vaca, poejo, carqueja, espinheira e erva-de-santa-maria. E são utilizadas, com finalidades terapêuticas, místicas, ou ainda na gastronomia como condimentos. Entre as principais finalidades terapêuticas que justificam sua utilização são baseados em efeitos calmantes, amenização de dores musculares, problemas digestivos e respiratórios. A forma mais utilizada terapeuticamente é através do chá, preparado por decocção ou infusão. Além disso, apresenta poucos efeitos colaterais tendo maior diluição de seu princípio ativo em água. Dentre outras formas de preparo, há os xaropes, compressas, cataplasmas, banhos e garrafadas.
4.3.1 Fitoterapia e a Enfermagem
De acordo com Alvim et.al (2006), o enfermeiro deve tomar conhecimento das práticas legitimadas que sirvam como forma de assistência a saúde. A fitoterapia é uma das especialidades que podem ser exercidas pelo profissional enfermeiro de acordo com a resolução COFEN-197/97. Ou seja, o profissional enfermeiro deve adquirir competência técnica para atuar nesse campo especifico, como pratica concreta e aplicável no espaço público profissional. Além disso, não deve limitar se, tão somente ao saber cientifico, mas deve também articular a outras manifestações do saber e outros aspectos que possam ser aplicados para a manutenção da saúde.
Para Alvim et.al (2011), o diálogo e a proximidade do profissional enfermeiro com a população e o paciente, é um momento riquíssimo de troca de saberes e práticas sobre as plantas medicinais mais empregadas no cuidado a saúde. Seguindo essa direção, os usuários de plantas medicinais ao compartilharem suas experiências, refletem e analisam acerda do uso das mesmas. È possível dessa forma, avançar nas trocas de experiências a respeito de suas finalidades, formas de preparo, indicações, contraindicações, eficácia, bem como seus efeitos nocivos, tóxicos ou inócuos. Além disso, outros aspectos, que surjam da relação cliente-enfermeiro, esclarecendo duvidas, ensinando e aprendendo com os usuários, assumindo assim uma postura ética de acordo com a individualidade e os valores de cada pessoa reconhecendo a capacidade de discutir e optar pela melhor forma de tratamento para si.
Dito isso é possível enxergar na fitoterapia, uma grande ferramenta de enfermagem para aderir aos seus conhecimentos. Afinal os usos de plantas medicinais são utilizadas pela população a séculos, o enfermeiro englobar esses conhecimentos e adapta-los ao âmbito da saúde e cuidado de enfermagem faz com que surja a oportunidade de trabalhar com os próprios usuários, ensinado aprendendo e ainda realizando ações de prevenção e promoção de saúde. A fitoterapia também pode ser associada a outras formas de terapia, como acupuntura, auriculoterapia e iridologia.
4.4 Iridologia: Conceito e Fundamentos da prática
De acordo com Salles e Silva (2011), a irisdiagnose ou iridologia, é uma ciência que visa estudar e conhecer pela observação da íris, aspectos físicos, mentais e emocionais do indivíduo. Quanto mais irregularidades aparecerem no tecido sedoso da íris, tanto menor será a vitalidade e menor a resistência e maislonge se estará do bem-estar. A irisdiagnose permite uma abordagem propedêutica, profilática e terapêutica e tem como objetivo principal detectar distúrbios que estejam em evolução precocemente, para que seja possível intervir antes que o distúrbio evolua para doença.
De acordo com Batello (1999), a íris é um holograma, parte de algo que representa o todo. Contém na íris a representação do organismo, assim como na palma da mão, na planta do pé e no lóbulo da orelha. Além disso, desde os primórdios da humanidade os olhos exercem um tipo de fascínio. Descobertas arqueológicas demonstram interesse pelos olhos em diferentes épocas, inscrições em pedras relacionando a íris com o resto do corpo foram deixadas por caldeus e babilônios. Em cerâmicas egípcias também podem ser encontrados desenhos de olhos pintados com sinais iridológicos. Outro aforismo deixado por Hipocrates na Escola de Salermo dizia: “Quando examinar os seus doentes, verifica junto às meninas, se não há sujeira. ” O termo meninas se refere à íris. Nos tempos contemporâneos, foi Ignatz Von Peczly, da Hungria quem codificou a iridologia, seu mapa era simples e posteriormente foi sendo completado por seus seguidores.
Fundamentando a iridologia, segundo Salles e Silva (2008), temos que delicada membrana da íris é um holograma e está ligada em conexão nervosa direta ou indiretamente, com todas as partes do nosso corpo. A íris está em constante atividade não permanecendo indiferente a nenhuma reação do organismo. Seguindo essa linha de pensamento de acordo com as ideias de Kalsa (2009), a íris, é a extensão do cérebro ela é fartamente dotada de terminações nervosas, minúsculos capilares sanguíneos entre outros tecidos especializados. Através do tálamo óptico, e sistema nervoso, ela está conectada com todos os órgãos e tecidos do corpo, a íris se torna uma espécie de “televisão” em miniatura que é capaz de revelar as áreas mais remotas do organismo, por meio de mudanças do refluxo neurológico no estroma e nas fibras da íris.
Como dito anteriormente para Salles e Silva (2011), a iridologia tem com objetivo detectar distúrbios precocemente e posteriormente evitar que tal distúrbio evolua para doença. A técnica permite três tipos de abordagem:
Propedêutica: A iridologia não faz diagnóstico, e sim uma espécie de pré-diagnose, visto que ela permite reconhecer órgãos frágeis ou podemos denomina-los órgãos de choque, e sinais que indicam comprometimentos. Isso permite direcionar a anamnese, exame clinico além dos pedidos de exames laboratoriais e de imagem para a confirmação de um diagnóstico. 
Profilática: A íris é um microssistema completamente formado aos 6 anos de idade, e nessa ocasião segundo a iridologia a maior parte dos sinais já estão marcadas nela. Isso permite que sejam detectados órgãos frágeis e sinais comprometedores antes mesmo que o individuo apresente a sintomatologia, e ai é que esta o trunfo da iridologia é uma pratica com ações extremamente preventivas, o que é muito importante para os enfermeiros.
Terapêutica: O principal objetivo do tratamento é manter a homeostase do organismo, com intuitito de evitar a doença, tendo a visão de que quando o individuo sai do equilíbrio ele adoece. Como principio da iridologia, temos que a saúde resulta na alimentação equilibrada e eliminação adequada, além de uma relação adequada entre atividade física, sono, repouso e o relaxamento. A pré-diagnose pode ser completada por indicação de oligoelementos, fitoterápicos, essências florais e remédios homeopáticos, isso claro dependendo da formação do iridologista.
De acordo com Salles e Silva (2008), a consulta de irisdiagnose compreende a anamnese, o exame clínico, a observação e analise da íris. Tais observações podem ser realizadas com uma lupa, que contenha um bom aumento, ou com auxilio de um foco luminoso. Além destes, também pode ser realizada com o uso de uma câmera digital com lentes especificas para fotografar os olhos. Essa opção permite o arquivamento de imagens para comparações futuras e como material para pesquisas científicas.
Segundo Batello (1999), existem diferentes métodos de estudo sobre a íris, os mais utilizados no Brasil são a escola Jensen, a escola Alemã e o método Ray Id. A escola Jensen foi elaborada por Bernard Jensen, nutricionista e autor de diversos, livros, tabelas, mapas sobre a iridologia. Os pilares dessa escola se baseiam na constituição geral e constituição parcial. A constituição geral se da pela densidade das fibras da íris relacionando a resistência, capacidade de defesa e recuperação do organismo. A densidade é regida por leis genéticas de hereditariedade que sofrem influência de ao menos quatro gerações antecedentes. Já a constituição parcial, é representada pelos órgãos de choque, que são aqueles que nasceram mais fracos e os mais frágeis a estímulos nocivos, como sedentarismo, alimentação inadequada e estresse. Os órgãos de choque podem ser encontrados através do mapa condensado, que mostra a relação órgãos com a íris.
Figura 2 – Mapa condensado da iridologia.
Fonte: Batello, 1999.
Já a escola Alemã, de acordo com Beringhs (1997), dá ênfase na morfologia de superfície, na distribuição de pigmentos e na aparência geral da Iris. Baseia-se na cor, com o intuito de estudar a biotipologia do indivíduo e suas diferenças nas funções orgânicas e psíquicas, para assim poder elaborar um tratamento adequado uma vez que se dá a conhecer predisposições básicas e padrões de reações. Os indivíduos que possuem íris verde, azul ou cinza são chamados de linfáticos, pois estudos sugerem que tais pessoas costumam apresentar processos fiscos e mentais mais lentos, e ainda o sistema linfático é sobrecarregado, possuindo predisposição para o acúmulo de muco. Pessoas que possuem a íris marrom são chamadas de hematogênicos ou sanguíneos, apresentando um metabolismo físico e mental mais rápido. Segundo estudos a fragilidade desse grupo está no sistema circulatório: coração, vasos e sangue. E por último, a mistura dos dois grupos resulta no tipo misto biliar ou hepatobiliar, que possuem um metabolismo intermediário entre linfático e hematogênico, sendo assim não tão rápido quanto o segundo, e nem tão lento quanto o primeiro. Esse grupo apresenta dificuldades em eliminar toxinas, sendo assim os órgãos sobrecarregáveis são o fígado, vesícula biliar e o sistema urinário. 
4.4.1 Iridologia e Enfermagem
Para Johnson (1992), como característica da irisdiagnose é permitir conhecer aspectos físicos, emocionais e mentais do indivíduo e tem como principal objetivo detectar distúrbios em evolução dando a possibilidade de intervir antes que tal distúrbio evolua para doença, ela pode ser usada para complementar à assistência de enfermagem a tornando mais completa. Ou seja, as informações captadas através da observação e analise da íris podem ser usadas para direcionar a anamnese e o exame físico, fornecendo novas pistas e revelando outros sinais comprometedores e órgãos doentes, mesmo que o paciente ainda não tenha apresentado a sintomatologia. Segue abaixo alguns exemplos citados por Salles e Silva (2011): 
Por meio da constituição geral temos conhecimento da capacidade de recuperação do organismo do paciente, promovendo assim uma atenção à mudança no seu quadro.
A constituição parcial capaz de mostrar o órgão frágil, que pode ser o que o paciente referiu como determinada queixa ou não. Mesmo que não tenha nada a ver com a queixa principal deve se também ser investigado e tratado.
A íris com o chamado “tapete alérgico”, indica perfil alérgico sugerindo maior cuidado na hora de administrar a mediação, na realização de exames com contrastes e na cirurgia, devido à anestesia.
Em pacientes cirúrgicos, a presença na íris de sinais relacionados ao retorno venoso rosário linfático e catarro sugere a necessidade de estimular a deambulação do paciente o mais rápido possível e elevação dos membros inferiores, assim como também a realização de exercícios respiratórios antes e depois da cirurgia principalmente em indivíduos queapresentam algum sinal na área pulmonar da íris.
Em pacientes hipertensos o sinal “anel de sódio e colesterol” (figura), que assim como o próprio nome sugere a impregnação do sódio e do colesterol na estrutura ocular, é um sinal adquirido devido ao depósito destas substancias na estrutura corneana. Tal sinal assume proporções mais graves em pacientes hipertensos, a dieta desses indivíduos deve ser investigada, bem como a pratica de atividades físicas. A realização de exames laboratoriais também é indicada com o intuito de investigar e evitar acúmulo de fatores predisponentes aos problemas cardiovasculares. 
Figura 3- Irís com anéis de tensão 
Fonte: ìris com anéis de tensão; Salles LF; São Paulo; 2010.
Segundo Valverde e Augusto (1997), o método Ray Id, utilizado na iridologia estuda as áreas mentais e psíquicas. Através dessa técnica denominada método comportamental de iridologia é possível determinar o arquétipo, a predominância cerebral e se o indivíduo nasceu introvertido ou extrovertido e podemos identificar determinados comportamentos que facilitam o relacionamento. De acordo com as ideias de Salles (2006), sabe se que a dificuldade na comunicação interpessoal, e um dos principais fatores que favorecem a falha na coleta de dados, e por consequência a elaboração do diagnóstico de enfermagem. Essa abordagem ao paciente na tentativa de buscar adesão e cooperação ao tratamento é direcionada por características como comportamentos, percepções e modos de aprendizados encontrados na íris. Cada característica tem aspectos positivos de negativos, além da “lição” que a pessoa precisa aprender para se equilibrar. Existem três padrões ou arquétipos básicos de íris, que são: flor, joia e corrente e existe um quarto tipo resultado da combinação flor e joia, denominado ponta de lança. Exemplos:
Biótipo Flor: é aquele individuo sentimental e emocional. Para ele é importante uma equipe que converse muito, o trate bem e ofereça carinho. Necessita sentir atenção dos familiares e da equipe. Como não costuma persistir em suas decisões, precisa de incentivo extra para que não desista das mudanças de hábitos que se façam necessárias no tratamento. Tem melhor aprendizado e entendimento das instruções quando é feita de forma verbal. 
Biótipo joia: Tipo de individuo pensador, analítico, detalhista e controlador. E tem grande capacidade no raciocínio, analise e reflexão. Ele pondera, observa e gosta de estar no controle da situação. Por ser, detalhista, durante o tratamento observa e presteza, a segurança e embasamento para ter certeza se podem ou não confiar na equipe. Ele pode relutar para aceitar a doença, em depender dos outros e em mudar hábitos, devido a suas características de rigidez, individualidade e dificuldade de aceitar o novo. Costuma ter medo do desconhecido, perder o controle e ser criticado, pode reagir à hospitalização com frustração e ansiedade. O tipo joia dificilmente segue a orientação, e só muda se realmente entender a necessidade de mudança. Em relação ao aprendizado da orientação, aprende mais pela visão, ou seja, deve ser demonstrada.
Biótipo corrente: Possui uma percepção intensa com sensibilidade física, intuitiva e mental. Normalmente é sossegado e equilibrado, precisa poder conversar com a equipe, receber orientações e explicações do que esta sendo feito. Tem mais facilidade em adaptar se e isso pode promover a aceitação de sua condição, desde que contenha uma participação no planejamento do seu tratamento. No aprendizado a orientação precisa experimentar reproduzindo a instrução.
Biotipo ponta de lança: é um indivíduo agitador extremista. Costuma ser questionador e dentro do ambiente hospitalar pode confrontar as respostas de diferentes membros da equipe. Também pode apresentar dificuldade em aceitar a doença e a hospitalização, pois costuma ter medo de perder a liberdade ao ter que lidar com limites, bem como ficar parado. Para não se sentir deprimido, sente que necessita continuar com suas atividades. Aprende melhor depois de fazer uma síntese do que aprendeu, assim deve se respeitar o tempo de aprendizagem de cada indivíduo desse tipo.
Os arquétipos de íris citados acima podem ser observados na imagem abaixo:
Figura 4: Exemplo de tipos de íris.
Fonte:https://www.google.com.br/search?q=iris+tipo+flor&biw=1366&bih=647&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0CCsQsARqFQoTCNy2wOOp-cgCFYEMkAodn9kEjA#tbm=isch&q=iris+tipo+corrente&imgrc=wyNhnCMiebL5LM%3ª.
Segundo Salles (2006), basicamente a íris nos fornecem informações que podem ser de grande importância e podem ser utilizadas durante todo o processo de Enfermagem e também para ajudar na comunicação interpessoal durante a assistência prestada em hospitais, ambulatórios, centros de saúde e Programa Saúde da Família. Dito isso pode se dizer que a iridologia seria uma grande aliada do profissional enfermeiro como ferramenta de prevenção e promoção da saúde. Além disso ela pode ser associada a outras terapias alternativas que podem ser utilizadas pelo enfermeiro na assistência.
4.5 Massagens: Conceito e fundamentos
A massagem é uma pratica utilizada desde os tempos mais remotos. E de acordo com Borges e Silva (2011), ocupa espaço em varias bases terapêuticas das civilizações orientais e encontra cada vez mais campo no Ocidente. Muitos institutos e pesquisadores trabalham para demonstrar e validar a eficiência da prática, diversos estudos e pesquisas vêm sendo realizados mostrando resultados em diferentes focos, tanto nos mecanismos de ação quanto nos benefícios da prática. Há vários tipos de massagens cada qual com suas características e indicações.
Para De Domenico e Wood (2007), a palavra massagem pode ter sido originada tanto da palavra hebraica mashesh , da palavra árabe mass ou da palavra grega massin. Na grande maioria das culturas antigas é possível se encontrar registros do uso e dos benefícios da massagem, com descrições bem detalhadas, e apesar de algumas culturas não possuírem registros na sua história, à prática sempre fez parte da arte médica até mesmo dos humanos pré-históricos. Seguindo essas ideias de acordo com Fritz (2002), considera-se que não há uma única origem etiológica, para o termo, pois encontramos também nas línguas francesas e latinas verbos que remetem a palavra massagem, cm massa em latim e masser em francês, que significam amassar. Embora o uso da técnica seja bastante antigo, a palavra massagem só passou a ser usada na maioria das culturas europeias por volta de 1800.
Segundo Fritz (2002), a massagem atua sobre o entrainment, ou seja, sobre a coordenação de ritmos biológicos. Ritmos cardíacos, respiratório, ritmos acelerados ou descompassados entre outros, reflete uma atividade intensa do sistema nervoso simpático. Devido a facilidade que o corpo possui de acompanhar ritmos externos, a partir de movimentos coordenados e lentos, a massagem atua sobre os ritmos fisiológicos, estimulando a atuação do sistema nervoso parassimpático o que causa diminuição das frequências, calma e tranquilidade. Por conta da execução da técnica com diversos tipos de movimentos sobre os vários tecidos do organismo epiderme, derme, hipoderme, muscular e tendíneo os efeitos mecânicos se tonam mais evidentes visto que ocorre uma compressão sobre os tecidos moles, assim como distorção das redes de receptores das terminações nervosas por meio da pressão proveniente de determinados movimentos. Por essas características a massagem tem como objetivos mais referendados para o alivio da dor, redução de edema, quebra de aderências, relaxamento, melhora na qualidade do sono e aumento do bem-estar.
Para Borges e Silva (2011) para que se alcancem os efeitos que a massagem propõe, é necessária uma sequência lógica e muito bem definida em sua execução. O método deve ser passível de repetição bem detalhada da técnica. A prática da massagem faz uso de inúmeros tipos de técnicas, que independente da sequência proposta, devem seguir princípios definidos dos tipos de movimentos utilizados como alisamento, amassamento, torcedura,rolamento, fricções entre outras, além disso, velocidade, pressão, vigor do toque e parte do corpo do profissional a serem utilizados durante a aplicação, dedos, mãos, cotovelos, antebraços ou pés. Assim presume se com clareza que os resultados obtidos são provenientes de uma seção ou de um conjunto delas.
Ainda de acordo com Silva e Borges (2011) dependendo da necessidade trazida pelo indivíduo a ser tratado, o profissional pode se utilizar uma ou mais dentre as diversas técnicas de massagem existentes, cada uma apresentando indicações e especificidades. A depender do conhecimento do terapeuta o tratamento pode influenciar os indivíduos tanto em suas demandas físicas como também emocionais. Veja abaixo uma tabela relacionando alguns tipos de massagens com breves informações sobre suas origens, técnicas e indicações terapêuticas:
Quadro 2 - Tipos de massagem: origem e indicações de uso.
	Tipos de massagem: origem e indicações de uso
	Tipo de massagem: Massagem simples/conforto
	Origem
	Descrita comumente nos livros de Enfermagem como opção de intervenção.
	Sobre A Técnica 
	Recomenda-se usar loção branda, óleo ou talco para facilitar deslizamento evitando atrito. Os movimentos devem ser contínuos, simétricos e rítmicos, principalmente nas mãos e pés.
	Indicações de uso
	Promove redução da dor, produção de relaxamento e/ou melhora da circulação sanguínea.
	Tipo de massagem: Shantala
	Origem
	Massagem milenar do sul da Índia. Trazida para o Ocidente no inicio da década de 1970 pelo obstetra francês Frédérick Leboyer.
	Sobre A Técnica
	Deve ser realizada em bebês acima de um mês de vida
	Indicações de uso
	Promove equilíbrio físico, emocional, e energético do bebê, alívio de cólicas, regulação do sono, tranquilidade, desenvolvimento psicomotor, aumento da imunidade e estreitamento dos laços dos pais com a criança.
	Tipo de massagem: Reflexologia
	Origem
	Sistematizado na China há 5 mil anos
	Sobre A Técnica
	È um método de tratamento que se baseia e utiliza as zonas reflexas que estão nos pés.
	Indicações de uso
	Promove melhora da sensibilidade nervosa, circulação, alivio do estresse, tensão e dores. Auxilia na prevenção no tratamento e na promoção da saúde.
	Tipo de massagem: Shiatsu (shi: dedo, atsu: pressão)
	Origem
	Terapia tradicional japonesa fundada por Tokujiro Namikoshi.
	Sobre A Técnica
	Há dois tipos de shiatsu: um desenvolvido por Tokujiro Namikoshi e o outro por Shizuto Masunaga (Shiatsu de Yokaia). O método Namikoshi realiza a aplicação de pressão em determinados pontos de reflexo relacionados com o sistema nervoso central autônomo. O método Masunaga se caracteriza pela utilização de canais de energia.
	Indicações de uso
	Promove equilíbrio físico e energético, relaxamento. Trabalha a massa muscular, atua nos sistemas reprodutivo, digestivo, respiratório, nervoso (central e periférico), melhorando também a circulação e agindo nos ossos e articulações.
	Tipo de massagem: Anma (na: pressão, ma: amassamento)
	Origem
	Estilo tradicional de massagem japonesa trazida da China no século VI.
	Sobre A técnica
	O corpo é submetido a manobras como deslizamento, a rotação, o amassamento, a vibração e a rolagem.
	Indicações de uso
	Promove relaxamento muscular, diminuição do estresse físico e ansiedade e alivio de dores.
	Tipo de massagem: Massagem sueca
	Origem
	O sistema Sueco de Massagem (Swedish massage) foi elaborado por Peer Henrik Ling no século XIX.
	Sobre A Técnica
	A massagem é aplicada na musculatura superficial através dos movimentos: deslizamentos longos, pressão, percussão e fricção. As massagens conhecidas como de relaxamento e para manutenção da saúde são conhecidas como modalidades da massagem sueca.
	Indicações de uso
	Promove aumento da circulação sanguínea, linfática e a amplitude de movimento.
	Tipo de massagem: Drenagem linfática
	Origem
	Desenvolvida em 1932, na Alemanha, pelo Dr. Emil Vodder e sua esposa, Estrid Vodder.
	Sobre A Técnica
	Através de manobras predominantemente suaves ocorre ação dos capilares linfáticos, aumentando sua capacidade e o aumento da velocidade, filtração e absorção da linfa processada.
	Indicações de uso
	Promove melhora da nutrição celular, oxigenação dos tecidos, diminuição de edemas, estimulação do sistema imunológico.
	Tipo de massagem: Do-in
	Origem
	A origem do Do-in está relacionada com início da humanidade, quando o homem percebeu que era aliviante e reconfortante massagear qualquer parte do corpo, quando estava ferido. Técnica transmitida de geração em geração, alcançou grande popularidade há 5 mil anos, na dinastia do Imperador amarelo.
	Sobre A Técnica
	Prática autoestimuladora. A origem da técnica é chinesa, porém a palavra Do-in é japonesa, cujo significado é “ o caminho de casa”, sendo “casa” o corpo, morada do espírito e do Ki, que significa “energia da vida”.
	Indicações de uso
	Atua em problemas de ordem física, emocional e energética. Exemplos: auxilia a autopercepção, reduz cefaleias tensionais, a constipação, os sinais de TPM, entre muitos outros.
Fonte: Enfermagem e as praticas complementares em saúde (2011, p. 133-134)
4.5.1 Massagens como práticas de enfermagem
A proximidade que a equipe de enfermagem tem para com o cliente, favorece o diagnostico e o planejamento da intervenção correta. Seguindo essa linha de pensamento de acordo com McCloskey e Bulechek (2004), no livro Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC), a prática da massagem que deve ser executada sobre pós-especialização há diagnósticos de enfermagem existentes com indicação das massagens como intervenção como pode ser visto na tabela abaixo:
Quadro 3- Diagnósticos de Enfermagem com indicações de uso de massagem e acupressão como intervenção.
	Diagnósticos de Enfermagem com indicações do uso de massagem e acupressão como intervenção
	Massagem
	Acupressão
	Integridade tissular prejudicada
	Náusea
	Privação do sono
	Campo de energia perturbado
	Controle da pressão sobre áreas do corpo
	
	Cuidados intraparto
	
	Mobilidade física prejudicada
	
	Cuidados com a pele
	
	Cuidado com lesões
	
	Fadiga
	
	Técnica para acalmar
	
	Redução da ansiedade
	
	Controle da dor
	
Fonte: Enfermagem e as praticas complementares em saúde (2011, p.135.)
Para McCloskey e Bulechek (2004), as indicações de massagens como intervenção adicional optativa estão associadas a diagnósticos pontuados na NANDA. Eles definem massagem simples como uma estimulação da pele e tecidos subjacentes, com vários graus de pressão manual aplicada de forma que produza efeitos de relaxamento e melhora na circulação. È o tipo de massagem conhecido no âmbito da Enfermagem como massagem de conforto. Já a acupressão é definida como uma aplicação de pressão continua em determinados pontos a fim de produzir efeitos que diminuam a dor, e produzam efeito de relaxamento e prevenir náuseas e doenças.
De acordo com Borges e Silva (2010), em um estudo que analisou cerca de 79 publicações nas quais se verificou Enfermagem-massagem se iniciou via academia em 1983. Sendo o Brasil um dos três países com maior número de publicações entre 1983 a 2009, ficando atrás somente de países como Estados Unidos e Inglaterra. Houve predominância nos relatos feitos por profissionais sobre a efetividade ou não da prática, com 54,4% das pesquisas com resultados positivos e 10,1% negativos, sendo os demais trabalhos com resultados neutros.
Para Borges e Silva (2011), a Enfermagem de posse do cuidado e da proximidade do paciente no cotidiano, tem a possibilidade de oferecer a pratica da massagem para tratar sintomas já comprovadamente tratáveis pela mesma. Deve se também explorar mais resultados da técnica, com divulgação fidedigna de seus efeitos, custos e possibilidades de tratamento, visando a implantação no SUS, contribuindo para benéfico da população. A elaboração de pesquisas mais bem estruturadas é fundamental para embasar e solidificaro campo do conhecimento que envolva a Enfermagem nesse campo de atuação.
4.6 Aromaterapia e enfermagem
Segundo Gnata e Santos (2011), ás prático complementar está ganhando cada vez mais espaço como uma nova tendência de cuidados a saúde, sendo a própria Organização mundial de Saúde tem incentivado o desenvolvimento de estudos que assegurem e verifiquem cada vez mais a efetividade e segurança dessas práticas. A aromaterapia esta inclusa entre essas práticas e consiste no uso de óleos essenciais (OE), para fins terapêuticos. Os OE são extraídos dos vegetais e são capazes de agir no organismo de diversas formas, principalmente atuando no sistema nervoso central. A aromaterapia esta difundida em bases científicas sólidas, com grande potencial de disseminação na prática assistencial dos profissionais de saúde. 
De acordo com Tisserand (1993), não é possível dizer ao certo quando as plantas começaram a ser utilizadas para fins curativos pela primeira vez. Suas propriedades foram sendo gradualmente descobertas conforme o avanço e desenvolvimento da humanidade, e ao dominar o fogo, o homem pôde começar a desvendar os efeitos das ervas aromáticas sobre o coro e a mente. O uso de OE encontra se na literatura sempre associado a grandes civilizações. Por volta de 2000 a.C., enquanto os chineses desenvolviam a acupuntura, os egípcios aprendiam e estudavam sobre os OE, empregando eles em cosméticos, óleos de massagem, medicamentos, rituais religiosos etc. Um exemplo, era o processo de mumificação onde os egípcios utilizavam mirra, óleo de cedro e de outros aromáticos, sendo os próprios sacerdotes os manipuladores desses óleos, sendo portanto, os primeiros aromaterapeutas da história. Seguido dos gregos e posteriormente os romanos, aprenderam com os egípcios as propriedades dos OE.
Para Corazza (2002), a prática da aromaterapia visa tratar de maneira holística, as enfermidades tanto físicas quanto mentais através do uso de OE que proporcionem e beneficiem a recuperação do individuo. No tratamento com a aromaterapia o individuo deve passar por uma analise abrangente levando em consideração todos os aspectos físicos, mentais e emocionais.
Segundo Lavabre (1995), o tratamento com OE pode ser indicado para tratamentos cosméticos como, por exemplo, acne, caspa, seborreia e inúmeras alterações como insônia, náuseas, tosse bem como amigdalite, sinusite, asma, dermatite, gota, artrite, dismenorreia, depressão e enxaqueca.
Para Corazza (2002), os OE seguem caminhos distintos no organismo humano, sendo capaz de atuar de diversas maneiras. Uma das formas de atuação é pela via olfativa, na qual o Sistema Límbico, um dos conjuntos de estruturas presentes no cérebro humano, que comanda diversas áreas, entre elas emoções, sentimentos e aspectos relacionados à memória, á identidade pessoal, sendo responsável por controlar comportamento emocional e os impulsos motivacionais.
Dessa forma seguindo essa linha de pensamento segundo Rose (1995), ao inalar um óleo essencial, suas moléculas são absorvidas pelas terminações nervosas olfativas, que possuem ligação direta com o Sistema Nervoso Central e levam o estimulo ao Sistema Límbico. Dessa forma acredita se que a aromaterapia estimula a liberação de endorfinas e encefalinas que são neurotransmissores com efeitos analgésicos. Ao inalar um óleo essencial, ele não atua somente sobre a via olfativa, pois através da inalação os OE atravessam as vias respiratórias inferiores sendo, absorvidos pelos vasos sanguíneos pulmonares. Dessa forma agem em todo o Sistema Respiratório e pelo fato dos OE serem capazes de penetrar a membrana celular e participar no metabolismo da célula são considerados substancias ativas com ações farmacológicas. Além disso, há atuação pela via cutânea, que ocorre través da aplicação direta do óleo essencial diluído e manuseado da forma adequada, na pele ou nas mucosas onde são absorvidos, caem na corrente sanguínea onde é transportada para todos os órgãos do corpo.
Ainda segundo Rose (1995), os OE também podem ser ingeridos na qual atravessam o Sistema Gastrointestinal, são absorvidos pelos intestinos e alcançam a corrente sanguínea e são levados a todos os tecidos e órgãos do corpo. Vale ressaltar que a indicação do uso de OE, por essa via só deve ser recomendada pelo profissional médico pelo fato de possuírem princípios ativos que podem induzir o organismo a respostas não seguras.
Segundo as ideias de Carazzo (2002) as principais formas de aplicar os OE são através da inalação, aplicação de compressas, banho, massagem e pulverização e difusão aéreas, que podemos descrever melhor a baixo:
Inalação: é a forma mais indicada para tratar problemas das vias respiratórias e também limpeza facial.
Compressas: mais indicado para tratamentos locais, podendo ser quentes, frias ou mornas dependendo da indicação do terapeuta. A aplicação da técnica feita dessa forma visa facilitar a absorção dos princípios ativos e potencializar os resultados.
Massagem: a técnica tem efeito terapêutico na musculatura através dos movimentos o que facilita a absorção na pele pelos poros provenientes da geração de calor da massagem. O mais ideal para potencializar os resultados seria a técnica ser executada por um profissional especialista em massagem.
Banho: os banhos realizados com OE promovem bem estar e assepsia. È um tipo de utilização em que a área corporal em contato com o óleo é grande, sendo, portanto de alta eficiência.
Pulverização aérea: ideal e mais indicada para locais que necessitam de efeito instantâneo, sendo um ótimo método para desinfecção de ambientes, por exemplo.
Difusão aérea: através de um difusor, que pode ser uma peça de cerâmica ou material refratário adequado, que possua recipiente superior para colocação de água e dos óleos essenciais, é indicado dessa forma para tratar problemas emocionais, psíquicos e respiratórios.
As variadas formas de aplicar os OE, e sua capacidade de atuarem tanto fisicamente quanto emocionalmente, fazem da prática da aromaterapia extremamente versátil cada vez mais adotadas por profissionais da saúde. Na tabela a seguir segue o uso de alguns OE e suas indicações terapêuticas.
Quadro 4- Principais OE (Óleos essenciais) com suas indicações terapêuticas e formas de uso.
	Principais OE com suas indicações terapêuticas e formas de uso
	OE
	Principais Indicações
	Formas de Uso
	Alecrim*
Rosmarinus Officinalis
	Estimulante (metabolismo, sistema, respiratório, memória); tônico geral (cansaço mental e físico); hipertensor; revitalizante, cardiotônico; dores musculares e articulares.
	A B C M
	Bergamota**
Citrus bergamia
	Ansiedade; estados depressivos, de tristeza e tensão; revigorante.
	A B C M
	Camomila
Matricaria chamomilla
	Calmante; sedativo; cicatrizante; analgésico; anti-inflamatório; abscessos; síndromes febris; ansiedade.
	A B C M
	Cedro
Cedrus atlântica
	Calmante; sedativo; relaxamento profundo; sensação de amparo.
	A B C M
	Copaíba
Copaifera officinalis
	Ação antisséptica e cicatrizante, anti-inflamatório.
	A B
	Cravo
Eugenia caryophyllata
	Analgésico (dores musculares, articulares, neuralgia e odontalgia); antisséptico.
	A
	Eucalipito
Eucalyptus globulus
	Clareador da mente; limpador; purificante; descongestionante; antisséptico.
	A B C M
	Funcho
Foenicilum vulgare
	Laxante; antifisético.
	B C M
	Gengibre
Zingiber offinalis
	Antitérmico; antimético; imunoestimulante.
	BCM
	Gerânio
Pelargonium graveolens
	Calmante; relaxante, alivia ansiedade, tensões e sentimentos de mágoas; antidepressivo; estimulante geral para o corpo; reduz a retenção de líquidos; regerador celular; regulador hormonal (síndrome pré-menstrual e menopausa).
	A B C M
	Grapefruit/Toranja**
Citrus paradise
	Estimulante do sistema linfático e digestório; reduz a redução de líquidos.
	A B C M
	Hortelã-pimenta
Mentha piperita
	Estafa mental; fraca concentração; náuseas, antiemético; antiespasmódico; descongestionante; antitérmico; hipertensor.
	A B C M
	Junípero
Juniperuscommunis
	Diurético; estafa nervosa e intelectual.
	A B C M
	Laranja**
Citrus aurantium
	Retenção de líquidos (auxilia na redução de edemas); hipotensor; digestivo; situações de nervosismo, preocupações e ansiedade; momentos de amizade e interação social.
	A B C M
	Lavanda
Lavandula officinalis
Lavandula augustifolia
	Confortante; calmante (tensão nervosa, taquicardia); sedativo (insônia); ansiedade; estimulante do sistema respiratório e centros vitais; anticonvulsivante; cicatrizante (abscessos, lesões, queimaduras); antisséptico; anti-inflamatório; cefaleia; síndrome pré-menstrual; auxiliar em casos de constipação. 
	A B C M
	Limão**
Citrus limonum
	Animador; tônico; hipotensor; tensão nervosa; estafa mental; imunoestimulante; estimulante do sistema linfático; reduz retenção de líquido; ativa a circulação; antisséptico.
	A B C M
	Manjerona
Origanum marjoranal/
Thimus mastichina
	Analgésico (dores em cólica, musculares, articulares e cefaleias), sedativo (insônia); calmante; ansiedade; hipotensor.
	A B C M
	Melissa
Melissa officinalis
	Calmante; sedativo; antidepressivo; traumatismos emocionais; desgostos.
	 A B C M
	Rosa
Rosa centifolia/
Rosa damascena
	Traumatismo emocional; desgostos; tristeza; estresse; desperta sensualidade; problemas menstruais (incluindo síndrome pré menstrual e menopausas).
	A B C M
	Sálvia***
Salvia officinalis
	Estimulante; tônico; animador; antidepressivo; analgésico; hipertensor.
	A B C M
	Sândalo
Santalum album
	Trabalhos psíquicos (inspirador); espiritualidade; meditação; amparador; relaxamento profundo; autocontrole.
	A B M
	Tangerina**
Citrus reticulada
	Aliviador; traumatismo emocional; abranda fortes emoções (choques); desgostos; sedativo; tensões; reduz a retenção de líquidos; estimulantes do sistema linfático; digestivo.
	A B C M
	Tea tree
Melaleuca alternifolia
	Forte antisséptico; imunoestimulante; sinusite; asma; bronquite; gripes; resfriados; descongestionante.
	A B C M
	Vetivér
Vetiveria zizanioides
	Calmante; confortante; amparador; relaxante; dores articulares.
	A B C M
	Ylang-ylang
Unona odorantissimum
	Raiva; medo; frustrações; estados de tristeza; desperta sensulaidade; estimulante sexual; hipotensor; insatisfação própria.
	A B C M
Legenda: A= Ambiental; B= Banho; C= Compressa; M= Massagem
*Contraindicações: epilepsia, gravidez e hipertensão.
**Por ser fotossensibilizante não deve ser aplicado na pele antes de exposição ao sol.
***Relativamente tóxico, não deve ser usado durante a gravidez.
Fonte: Gnata e Santos (2011).
4.6.1 Aromaterapia e Enfermagem
A aromaterapia é uma das mais diversas terapias alternativas, que segundo o Cofen (1997), através da Resolução m. 197 de 1997 do Conselho Federal de Enfermagem, as práticas complementares estão fixadas como uma especialidade de competência do profissional de Enfermagem através de um curso atenda a carga horária mínima de 360 horas. Também podemos salientar que a Enfermagem foi uma das pioneiras em reconhecer as terapias alternativas como especialidade e estimular os estudos para uma assistência integral ao cliente.
Para Gnata e Santos (2011), pelo fato do enfermeiro lidar diretamente com atenção integral á saúde, a aromaterapia pode representar ao Professional de Enfermagem uma nova ferramenta a ser empregada na assistência, para tratamento de desequilíbrios tanto físicos quanto emocionais de seus clientes. Assim como o enfermeiro estomoterapeuta possui autonomia e capacidade de avaliar inúmeras lesões e prescrever para os curativos a utilização de óleos específicos, ricos em lipídeos e ácidos graxos o enfermeiro aromaterapeuta também pode fazer uso dos OE em sua prática assistencial. Para difundir o uso da aromaterapia na assistência o enfermeiro, devidamente especializado pode associar as indicações dos OE, aos diagnósticos já encontrados na literatura de Enfermagem. Na tabela a seguir podemos encontrar segundo Jonhson et.al (2009), diagnósticos referendados por NANDA, NIC e NOC associados algumas sugestões terapêuticas fazendo ouso dos OE na prática da Enfermagem:
Quadro 5- Sugestões dos OE aplicados aos diagnósticos de Enfermagem.
	Sugestões dos OE aplicados aos diagnósticos de Enfermagem
	Diagnósticos de Enfermagem (NANDA, NOC, NIC).
	OE Indicados
	Adaptação Prejudicada
	Gerânio, laranja, lavanda, limão, ylang-ylang
	Ansiedade
	Bergamota, camomila, gerânio, laranja, lavanda, manjerona, sândalo
	Baixa autoestima crônica/situacional
	Rosa, ylang-ylang
	Constipação
	Funcho, lavanda
	Desesperança
	Lavanda, melissa, sândalo, tangerina
	Desobstrução ineficaz de vias aéreas
	Alecrim, eucalipto, hortelã-pimenta, lavanda, tea tree
	Dor aguda
	Camomila, cravo (ambiental), lavanda, manjerona, sálvia
	Dor crônica
	Camomila, lavanda, tangerina
	Fadiga
	Alecrim, eucalipto, junípero, limão
	Hipertermia
	Camomila, gengibre, hortelã-pimenta, tea tree (febre)
	Hipotermia
	Alecrim
	Integridade da pele prejudicada
	Camomila, copaíba, lavanda
	Integridade tissular prejudicada
	Copaíba, gerânio, lavanda
	Interação social prejudicada
	Laranja, melissa
	Medo
	Cedro, melissa, sândalo, tangerina vetiver, ylang-ylang
	Memória Prejudicada
	Alecrim, eucalipto, hortelã-pimenta
	Naúsea
	Gengibre, hortelã-pimenta
	Padrão respiratório ineficaz
	Eucalipto, hortelã-pimenta, lavanda
	Perfusão tissular periférica ineficaz
	Gêranio, limão
	Proteção ineficaz
(estado imunológico)
	Limão, tea tree
	Retenção urinária
	Gêranio, junípero, laranja, melissa, tangerina
	Tristeza crônica
	Bergamota, gerânio, laranja, melissa, tangerina
	Ventilação espontânea prejudicada
	Alecrim, lavanda, limão
Fonte: Gnata e Santos (2011).
Resumindo a aromaterapia, tem potencial para se tornar uma aliada do profissional Enfermeiro em sua prática assistencial, procurando através dela sempre trazer bem-estar ao paciente associada às práticas convencionais.
4.7 Outras terapias alternativas: Considerações
Além das terapias alternativas citadas acima existem muitas outras, a serem estudadas e que se mostram acessíveis ao profissional enfermeiro, na qual gostaria de citar e trazer uma breve apresentação:
Antroposofia: A antroposofia segundo Nuñes (2011) é uma ciência que além de ser apenas antropologia é uma ciência do Cosmo, tendo por centro e ponto de apoio o homem. O desenvolvimento da visão antroposófica trouxe a Enfermagem um novo espaço, por ampliar o conhecimento da natureza humana com um cuidar integral ao paciente, numa visão holística.
Meditação: A meditação de acordo com Osho (2010) é algo que se pode ter e que se pode ser, mas é difícil dizer por sua natureza o que é. A meditação envolve concentração e contemplação de si mesmo o que envolve ser um observador de suas próprias ações e pensamentos. Ela é um estado de clareza e não um estado da mente, onde o indivíduo enraíza se novamente no próprio mundo interno, ou seja, em sua interioridade. Dito isso é fácil perceber que ao atingir essa compreensão, fica fácil perceber o quanto ela pode ser útil para o profissional da saúde que na maioria das vezes vive seu cotidiano em um ambiente estressante e com a meditação tem a chance de rever constantemente suas emoções, escolhas, ações e palavras, e claro também seria útil ao paciente no intuito de auxilia lo a estar no momento presente sem apegos ao passado ou a medos infundados quanto ao futuro.
Musicoterapia: Para Leão et al. (2011) a música faz parte da história do homem há mais de dois milênios. Tem acompanhado, portanto a evolução do homem, marcando suas vivencias e experiências em vários aspectos físicos, emocionais e espirituais. Desde Florence Nightgale, a música já era reconhecida pela Enfermagem como um cuidado ao ser humano e, atualmente já faz partes das práticas complementares em saúde. As grandes possibilidades da musicoterapia como intervenção terapêutica têm incentivado a Enfermagem a buscar maneiras cada vez mais efetivas de utilizar

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