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Responsabilidade Civil do Estado
- Odete Medauar
Introdução ao tema
A responsabilidade civil do Estado diz respeito à obrigação a este imposta de reparar danos causados a terceiros em decorrência de suas atividades ou omissões.
Síntese evolutiva
A responsabilidade objetiva
Nexo causal – se torna necessário existir relação de causa e efeito entre ação ou omissão administrativa e dano sofrido pela vítima.
Princípios:
Sentido de justiça – o causador de prejuízo a outrem fica obrigado a reparar o dano.
Solidariedade social – igualdade de todos ante os ônus e encargos da Administração; se todos se beneficiam, todos devem ressarcir danos causados a alguns.
A responsabilidade objetiva na legislação brasileira
Teoria do risco integral – sentido absoluto da responsabilidade da Administração, para leva-la a ressarcir todo e qualquer dano relacionado a suas atividades.
Teoria do risco administrativo – isenção total ou parcial da responsabilidade, se fosse comprovada força maior ou participação da vítima no evento danoso.
O §6º do art. 37 da CF
“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”
Duas relações de responsabilidade:
A do poder público e seus delegados na prestação de serviços públicos perante a vítima do dano, de caráter objetivo, baseada no nexo causal
União, Estados, DF, Municípios, Administração direta, autarquias são pessoas jurídicas de direito público abrangidas pela responsabilidade objetiva.
Pessoas jurídicas de direito privado podem ou não estar inseridas na Administração.
a do agente causador do dano, perante a administração ou empregador, de caráter subjetivo, calcada no dolo ou culpa.
Responsabilidade civil do agente – relação de responsabilidade entre o agente causador do dano e a Administração.
Direito de regresso – contra o responsável, direito de obter do agente o pagamento, aos cofres públicos da importância despendida no ressarcimento da vítima.
A reparação do dano
A Administração, em geral, propõe ressarcimento vil ou rejeita pedido, para que a vítima se dirija à via jurisdicional.
A vítima ingressa com ação para obter reparação do dano, interposta, de regra, contra pessoa jurídica de direito público ou privada prestadora de serviço público.
Denunciação da lide ao agente
	Com a denunciação da lide ao agente, na mesma ação a Administração é responsabilizada perante a vítima e o agente perante a Administração que, assim, vê concretizado seu direito de regresso. Se a ação de reparação de dano correr sem denunciação da lide, não se exaure o direito de regresso da Administração, que poderá invoca-lo em ação própria.
	Na sentença, o juiz determina as parcelas integrantes do ressarcimento, além do “quantum” referente ao dano em si, cabem lucros cessantes, honorários advocatícios e periciais, custas judiciais.
Causas de exclusão total ou parcial da responsabilidade
Força maior – fatos da natureza, irresistíveis.
Culpa da vítima – exclusiva (Administração se exime completamente) ou concorrente (Administração responde parcialmente).
Conduta culposa de terceiro – elide a responsabilidade do Estado.
Panorama dos casos de responsabilidade
A amplitude das atividades da Administração enseja idêntica amplitude dos casos de responsabilidade.
Responsabilidade civil do Estado por atos jurisdicionais
O tribunal, se o interessado o requerer, poderá reconhecer o direito a uma justa indenização pelos prejuízos sofridos.
O Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença.
Responderá por perdas e danos o juiz quando proceder com dolo ou fraude; ou recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício, ou a requerimento da parte.
Responsabilidade civil do Estado por atos legislativos
Sentido contrário à responsabilização do Estado por danos oriundos de atos legislativos:
Exercício soberano da função de legislar;
A lei é norma de caráter geral e impessoal, não sendo suscetível de causar dano a indivíduo determinado, pois é editada para beneficiar a todos.
Leis inconstitucionais – admite-se a responsabilidade do Estado
Falta de caráter de ato geral e impessoal – há responsabilidade do Estado.

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