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INTRODUÇÃO AO DIREITO AULA 13


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1
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
 AULA 13
2
SEMANA 08
TEORIA DO ORDENAMENTO JURÍDICO 
AULA 13
3AULA 13
CONTEÚDO DESTA SEMANA:
1 – Ordenamento jurídico e seus elementos constitutivos. 
1.1 Normas, regras e princípios. Conceitos e distinções.
2 - Validade do ordenamento jurídico.
2.1 Estrutura escalonada de Kelsen. 
2.2 Hierarquia e constitucionalidade das leis.
2.3 Sistema e ordenamento jurídico à luz da Constituição 
Brasileira.
2.4 A visão sistemática do Direito.
4
 
AULA 1
1. Compreender os diversos critérios de classificação 
das normas jurídicas.
2. Estabelecer a distinção entre os diversos elementos 
constituintes do ordenamento jurídico, a saber: 
normas, regras e princípios.
3. Reconhecer o fundamento de validade das normas, à 
luz da estrutura escalonada do ordenamento jurídico.
4. Conceber o ordenamento jurídico como um sistema 
que doutrinariamente pode ser fechado ou aberto.
AULA 13
NOSSOS OBJETIVOS NESSE ENCONTRO
5
1. O Ordenamento Jurídico à luz da
 Constituição brasileira.
AULA 1AULA 13
Paulo Nader, afirma que o ordenamento jurídico 
compreende “o sistema de legalidade do Estado, formado 
pela totalidade das normas vigentes, que se localizam em 
diversas fontes”.
Para Miguel Reale, é “o sistema de normas jurídicas in acto, 
compreendendo as fontes de direito e todos os seus 
conteúdos e projeções: é, pois, os sistemas das normas em 
sua concreta realização, abrangendo tanto as regras 
explícitas como as elaboradas para suprir as lacunas do 
sistema, bem como as que cobrem os claros deixados ao 
poder discricionário dos indivíduos (normas negociais)”.
6
Moral
AULA 13
O ordenamento jurídico não pode deixar a descoberto, 
sem dar solução, qualquer litígio ou conflito capaz de 
abalar o equilíbrio, a ordem e a segurança da sociedade. 
Por isso, ele contém, a possibilidade de solução para 
todas as questões que surgirem na vida de relação social, 
suprindo as lacunas deixadas pelas fontes do direito
Princípio da plenitude do 
Ordenamento jurídico
7
Os elementos do ordenamento 
jurídico brasileiro estão 
estruturados na forma de 
atenderem à obediência aos 
ditames da Constituição Federal. 
Todo o nosso direito positivo 
para ter validade deriva-se dos 
princípios constitucionais. 
AULA 13
8AULA 13
2. Normas, regras e princípios. Conceitos e 
distinções
Canotilho esclarece que o sistema jurídico deve ser visto como 
um sistema normativo aberto de regras e princípios:
(1)é um sistema jurídico porque é um sistema dinâmico de 
normas;
(2) é um sistema aberto porque tem uma estrutura dialógica 
traduzida na disponibilidade e ‘capacidade de aprendizagem’ das 
normas constitucionais para captarem a mudança da realidade e 
estarem abertas às concepções cambiantes da ‘verdade’ e da 
‘justiça’;
9AULA 13
(3) é um sistema normativo, porque a estruturação das 
expectativas referentes a valores, programas, funções e pessoas, 
é feita através de normas;
(4) é um sistema de regras e de princípios, pois as normas do 
sistema tanto podem revelar-se sob a forma de princípios como 
sob a sua forma de regras. 
10AULA 1
 Por sua vez, Ronald Dworkin mostra 
que, nos chamados casos-limites ou 
hard cases, quando os juristas 
debatem e decidem em termos de 
direitos e obrigações jurídicas, eles 
utilizam standards que não funcionam 
como regras, mas, trabalham com 
princípios, política e outros gêneros de 
standards. 
 Princípios (principles) são, segundo 
este autor, exigências de justiça, de 
equidade ou de qualquer outra 
dimensão da moral, e que junto com 
as regras compõem o sistema jurídico. 
AULA 13
11AULA 1AULA 13
As regras disciplinam uma determinada situação; quando 
ocorre essa situação, a norma tem incidência; quando não 
ocorre, não tem incidência. Para as regras vale a lógica do 
tudo ou nada (Dworkin). 
Quando duas regras colidem, fala-se em "conflito"; ao caso 
concreto uma só será aplicável (uma afasta a aplicação da 
outra). 
O conflito entre regras deve ser resolvido pelos meios 
clássicos de interpretação: a lei especial derroga a lei geral, a 
lei posterior afasta a anterior etc.
Duas espécies de distintas do gênero norma, habitam o 
sistema jurídico: REGRAS e PRINCÍPIOS
12
Princípios são as diretrizes gerais 
de um ordenamento jurídico (ou 
de parte dele). Seu espectro de 
incidência é muito mais amplo 
que o das regras. Entre eles pode 
haver "colisão", não conflito. 
Quando colidem, não se excluem. 
Como "mandados de otimização" 
que são (segundo Robert Alexy), 
sempre podem ter incidência em 
casos concretos (às vezes, 
concomitantemente dois ou mais 
deles). 
AULA 13
13AULA 1
 A diferença marcante entre as regras e os princípios, 
portanto, reside no seguinte:
 A regra cuida de casos concretos. Ex.: o inquérito policial 
destina-se a apurar a infração penal e sua autoria – CPP, 
art. 4º. 
 Os princípios norteiam uma multiplicidade de situações. O 
princípio da presunção de inocência, por exemplo, cuida da 
forma de tratamento do acusado bem como de uma série 
de regras probatórias (o ônus da prova cabe a quem faz a 
alegação, a responsabilidade do acusado só pode ser 
comprovada constitucional, legal e judicialmente etc.).
AULA 13
14AULA 1AULA 13
- por força da função fundamentadora dos princípios, 
outras normas jurídicas neles encontram o seu 
fundamento de validade. Ex.: O artigo 261 do CPP (que 
assegura a necessidade de defensor ao acusado) tem por 
fundamento os princípios constitucionais da ampla defesa, 
do contraditório, da igualdade etc.
Os princípios desempenham funções estratégicas,
 a saber: fundamentadora, interpretativa
 e supletiva ou integradora.
15AULA 1
- Os princípios, não só orientam a interpretação de todo o 
ordenamento jurídico, mas também cumprem o papel de 
suprir eventual lacuna do sistema (função supletiva ou 
integradora). No momento da decisão o juiz pode valer-se da 
interpretação extensiva, da aplicação analógica bem como do 
suplemento dos princípios gerais de direito (CPP, art. 3º).
AULA 13
16AULA 1AULA 13
No caso do conflito entre princípios (ou colisão entre princípios, 
nos termos de Alexy), diversamente das regras, este se dá no 
plano do seu "peso" valorativo que entre eles – os princípios 
colidentes - deverá ser ponderado e não no plano da validade, 
como no caso do conflito entre regras.
17AULA 1
O primeiro passo diz respeito à verificação da adequabilidade dos 
meios jurídicos empregados para a obtenção de um certo fim. Ou 
seja, uma determinada norma restringe, por exemplo, o direito de 
propriedade em razão da tutela do meio ambiente. Caberia verificar 
se a restrição legal atinge o fim proposto ou não. 
O segundo passo questiona a existência de outro meio, menos 
gravoso para a propriedade privada, que tutelasse o meio ambiente 
com a mesma eficácia. 
Por fim, no estágio da razoabilidade em sentido estrito, procede-se 
a um cálculo de custo-benefício entre os princípios colidentes de 
modo a verificar seu maior ou menor grau de eficácia. 
AULA 13
Solucionando os conflitos entre princípios 
(Robert Alexy)
18AULA 13
 Estrutura escalonada de Kelsen: 
O primeiro doutrinador a lecionar que o sistema jurídico 
era composto por normas superiores e inferiores 
interligadas e estruturadas entre si foi Merkel. Porém, a 
estrutura hierárquica das normas jurídicas ganhou 
ênfase através de Hans Kelsen.
2 - Validade do ordenamento jurídico.
19AULA 13
Segundo Kelsen, normas não estão todas num mesmo 
plano de análise. Existem normas superiores e inferiores. As 
inferiores são subordinadas às normas superiores, e este 
escalonamento garante unidade ao sistema. 
20Aprendemos que no sistema jurídico existe a chamada 
hierarquia de normas. Assim, as normas de direito 
encontram sempre seu fundamento em outras normas 
jurídicas. As normas inferiores encontram seu 
fundamento de validade em outras normas de escalão 
superior. Desde a norma mais simples até à própria 
Constituição ocorre o fenômeno da "pirâmide jurídica". 
Representa-se esta estrutura hierárquica de um 
ordenamento através de uma pirâmide. O vértice é 
ocupado pela norma fundamental e a base pelos atos 
executivos.
AULA 13
4. Pirâmide de Kelsen.
21AULA 13
Piramide de Kelsen
22
Hierarquia e constitucionalidade das leis.
 Eis uma das mais citadas concepções de hierarquia das 
normas do ordenamento jurídico brasileiro:
1 .Normas constitucionais: ocupam o grau mais elevado da 
hierarquia das normas jurídicas. Todas as demais devem 
subordinar-se às normas presentes na Constituição Federal, 
isto é, não podem contrariar os preceitos constitucionais. 
Quando contrariam, costuma-se dizer que a norma inferior é 
inconstitucional.
2. Normas complementares: são as leis que complementam o 
texto constitucional. A lei complementar deve estar 
devidamente prevista na Constituição. Isso quer dizer que a 
Constituição declara, expressamente, que tal ou qual matéria 
será regulada por lei complementar.
AULA 13
23
3.Normas ordinárias: são as normas elaboradas pelo Poder 
Legislativo em sua função típica de legislar. Exemplo: 
Código Civil, Código Penal, Código Tributário etc.
4.Normas regulamentares: são os regulamentos 
estabelecidos pelas autoridades administrativas em 
desenvolvimento da lei.Exemplo:decretos e portarias.
5.Normas individuais: são as normas que representam a 
aplicação concreta das demais normas do Direito à conduta 
social das pessoas. Exemplo: sentenças, contratos etc.
AULA 13
24AULA 13
CASO CONCRETO 1:
O candidato a vereador José Afonsino entra na Justiça com uma 
ação requerendo indenização por danos morais pelo fato de um 
jornal local haver divulgado que ele possui um imóvel avaliado 
em R$2 milhões, não declarado no Imposto de Renda. Como 
fundamento constitucional refere-se à violação de sua dignidade. 
O advogado do jornal em contrapartida, defende seu cliente com 
base no princípio constitucional da liberdade de expressão.
 Você, como juiz que estudou sua graduação na Estácio de Sá, 
como resolveria esta questão envolvendo normas 
constitucionais?
O que vem a ser o princípio da ponderação de valores?
25AULA 13
Questão Objetiva:
Leia as afirmações abaixo:
I - Os princípios orientam a interpretação de todo o ordenamento 
jurídico.
II – Os princípios também cumprem o papel de suprir eventual 
lacuna do sistema (função supletiva ou integradora).
III - As normas se exprimem por meio de regras ou princípios.
Agora, escolha a opção CORRETA:
(A)Todas as afirmativas estão corretas.
(B)Todas as afirmativas são falsas.
(C)Somente a afirmativa III está correta.
(D)Somente a afirmativa II é falsa.
26
Nome do livro: Introdução ao estudo do direito.
Nome do autor: NADER, Paulo.
Editora: Rio de Janeiro:Forense
Ano: 2008.
Edição: 30. ed. rev. e ampl.
Nome do capítulo: Capítulo XXIV –
A eficácia da lei no tempo e no espaço
AULA 13
Leitura para a próxima aula: