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INTRODUÇÃO AO DIREITO

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1
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
 
2
2
3
CONTEÚDO DESTA SEMANACONTEÚDO DESTA SEMANA
1. Teoria do Ordenamento Jurídico 
2. A Lei de Introdução ao Código Civil
3. Hermenêutica e interpretação do Direito
4. Relação Jurídica
5. Posições Jurídicas dos Sujeitos de Direito nas relações 
jurídicas. 
6. Direito Subjetivo.
3
4
 
AULA 1
 Reapresentar as noções relativas à hermenêutica e às diversas espécies de 
interpretação jurídica.
 Revisitar os conceitos fundamentais contidos na Lei de Introdução ao Código 
Civil.
 Retomar as principais categorias jurídicas decorrentes das relações jurídicas, 
sempre com preocupação de natureza propedêutica para motivar o 
educando ao estudo das diferentes disciplinas componentes do curso.
 Revisar os elementos relativos À existência da relação jurídica e a sua 
integração normativa.
 Reforçar o entendimento sobre a estrutura da relação jurídica e o manejo do 
Direito subjetivo, bem como as técnicas de aplicação, interpretação e 
efetivação do Direito.
Nossos objetivos nesse encontro
4
5
Moral
Caso 1 - Tema: Características da Norma.
Mario dirigindo seu automóvel BMW/2005, am alta 
velocidade, atropela Carla. Hospitalizada, Carla 
submeteu-se a duas cirurgias, ficando impossibilitada de 
exercer suas atividades laborativas pelo prazo de três 
meses. Tendo em vista os prejuízos que lhe foram 
causados, a vítima ajuizou ação de ressarcimento por 
danos morais e materiais sofridos, com pedido julgado 
procedente para condenar Mario ao pagamento de R$ 
50.000,00. Mario deixou de cumprir a decisão, razão pela 
qual teve seu carro penhorado e alienado judicialmente 
para suportar a dívida.
Caso 1 - Tema: Características da Norma.
Mario dirigindo seu automóvel BMW/2005, am alta 
velocidade, atropela Carla. Hospitalizada, Carla 
submeteu-se a duas cirurgias, ficando impossibilitada de 
exercer suas atividades laborativas pelo prazo de três 
meses. Tendo em vista os prejuízos que lhe foram 
causados, a vítima ajuizou ação de ressarcimento por 
danos morais e materiais sofridos, com pedido julgado 
procedente para condenar Mario ao pagamento de R$ 
50.000,00. Mario deixou de cumprir a decisão, razão pela 
qual teve seu carro penhorado e alienado judicialmente 
para suportar a dívida.
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6
6
O juiz para fundamentar sua decisão baseou-se nos 
artigos 186 e 927 do CC, que determinam o seguinte:Art. 
186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, 
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a 
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato 
ilícitoArt. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), 
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Identifique, no caso, a partir da análise dos artigos de lei 
acima, as seguintes características da norma jurídica:
abstração, generalidade, imperatividade, heteronomia, 
alteridade, coercibilidade e bilateralidade atributiva.
7
7
Caso 2 – Tema: Características da Norma.
Antonia, portadora de uma grave doença, se 
encontra internada em estado terminal. Como está 
“desenganada” e sofrendo muito, a paciente solicita 
à equipe médica que abrevie sua dor, tirando-lhe a 
vida mediante o desligamento dos aparelhos que a 
mantêm viva.
No caso em tela, sob a ótica da norma moral e da 
norma de direito, tomando como parâmetros a idéia 
da morte digna, sem sofrimento, e o dispositivo penal 
que prevê tal conduta médica como crime de 
homicídio, responda:
Quais as principais características das normas 
morais e das normas jurídicas? Justifique.
Caso 2 – Tema: Características da Norma.
Antonia, portadora de uma grave doença, se 
encontra internada em estado terminal. Como está 
“desenganada” e sofrendo muito, a paciente solicita 
à equipe médica que abrevie sua dor, tirando-lhe a 
vida mediante o desligamento dos aparelhos que a 
mantêm viva.
No caso em tela, sob a ótica da norma moral e da 
norma de direito, tomando como parâmetros a idéia 
da morte digna, sem sofrimento, e o dispositivo penal 
que prevê tal conduta médica como crime de 
homicídio, responda:
Quais as principais características das normas 
morais e das normas jurídicas? Justifique.
8
8
1) A norma jurídica compreende um 
instrumento de controle de conduta social.
Qual das características abaixo não diz respeito a ela:
a)espontaneidade;
b)coercibilidade;
c)bilateralidade atributiva;
d)alteridade;
e)heteronomia.
9
9
Classif icação das Normas Jurídicas.
 Estabelece o art. 9o. da Consolidação das Leis do Trabalho: 
“serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo 
 de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação de preceitos 
contidos na presente consolidação.”
A referida norma jurídica, de acordo com a espécie de sanção 
que a acompanha, há que ser classificada como? Como pode 
ser classificada a norma quanto a sua sanção?
Neste caso, a norma se classifica como perfeita, tendo em vista que determina a 
aplicação de uma única sanção, correspondendo a mesma à nulidade do ato 
produzido. Maria Helena Diniz ressalta que normas perfeitas ”são aquelas cuja 
violação as leva a autorizar a declaração da nulidade do ato ou a possibilidade de 
anulação do praticado contra sua disposição ...”
RODRIGUES, Silvio. Direito Civil. Parte Geral. Vol. 1. 32ª. Ed. Ed. Saraiva. São Paulo:
10
10
Tema: Classif icação das Normas Jurídicas.
 O chefe do poder executivo de certo estado da federação 
promove licitação para construir hospital público visando atender 
a uma comunidade onde tal serviço de saúde não existe.
a)A que ramo do Direito pertencem as normas que regulam a 
conduta desta autoridade?
As normas estão presentes no ramo do Direito Administrativo, cujo ponto central está 
voltado para normatização do serviço publico. 
b) Qual a natureza destas normas? 
Trata-se de norma de Direito Público, o que se pode constatar pela forma que a relação 
jurídica se apresenta e, ainda, seu conteúdo. O objeto da relação jurídica é de maior 
interesse da coletividade e esta se apresenta impondo uma subordinação por parte do 
indivíduo perante o Estado. 
c) Que espécie de relação há entre o particular e o Estado neste 
caso?
Trata-se de relação jurídica de subordinação, pois na mesma o poder público participa 
“investido de seu imperium, impondo sua vontade”.
Tema: Classif icação das Normas Jurídicas.
 O chefe do poder executivo de certo estado da federação 
promove licitação para construir hospital público visando atender 
a uma comunidade onde tal serviço de saúde não existe.
a)A que ramo do Direito pertencem as normas que regulam a 
conduta desta autoridade?
As normas estão presentes no ramo do Direito Administrativo, cujo ponto central está 
voltado para normatização do serviço publico. 
b) Qual a natureza destas normas? 
Trata-se de norma de Direito Público, o que se pode constatar pela forma que a relação 
jurídica se apresenta e, ainda, seu conteúdo. O objeto da relação jurídica é de maior 
interesse da coletividade e esta se apresenta impondo uma subordinação por parte do 
indivíduo perante o Estado. 
c) Que espécie de relação há entre o particular e o Estado neste 
caso?
Trata-se de relação jurídica de subordinação, pois na mesma o poder público participa 
“investido de seu imperium, impondo sua vontade”.
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Uma emenda à Constituição foi proposta por todos os estados da 
Federação, manifestando-se cada um deles pela respectiva assembléia 
legislativa. O conteúdo da emenda era o seguinte: “a partir de 5 de 
outubro de 2002, o crime de tráfico ilícito de entorpecentes poderá, nos 
termos da lei, ser punido com pena de morte, ou prisão perpétua ”. 
Votada em dois turnos e aprovada por dois terços dos respectivos 
membros de cada Casa do Congresso Nacional, a emenda foi 
promulgada pelo Presidente da República e entrou em vigor na data de 
sua publicação.a)À vista disso, diga se há, na hipótese acima traçada, violação ao 
devido processo legislativo ditado pela Constituição da República. 
Processo Legislat ivo e Espécies 
Legislat ivas.
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12
A referida Emenda Constitucional encontra-se eivada de vício formal e 
material. Quanto ã afronta formal, não há informações no enunciado da 
questão quanto à manifestação da maioria relativa dos membros das 
Assembléias Legislativas. E mais, a proposta deverá ser discutida e 
votada em Cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, 
considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos 
votos dos respectivos membros, e não por dois terços. O descompasso 
formal é verificado, ainda, pelo fato de que a promulgação se dará 
pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, e não 
pelo Presidente da República. 
O vício material caracteriza-se pela afronta à “cláusula pétrea”, inciso 
IV, do parágrafo 4º, do artigo 60, da CRFB/88, uma vez que a inserção 
da pena de morte é vedada pela Constituição, conforme se verifica no 
inciso XLVII, do Artigo 5º, da CRFB/88. 
Pelo exposto, houve desrespeito ao devido processo legislativo ditado 
pela CRFB/88.
13
b) Quais são as diferenças entre a 
espécie legislativa acima, o 
ordenamento jurídico e o Direito? 
SUGESTÃO DE GABARITO:
A principal diferença se dá pelo fato da 
espécie normativa objeto da questão, 
juntamente com outras alinhadas no 
artigo 59, da CRFB/88, integrarem o 
Ordenamento Jurídico. O Direito 
caracteriza-se por uma realidade mais 
ampla, não caracterizado somente pelo 
direito posto.
14
14
Com o objetivo de contribuir de forma efetiva com a 
campanha nacional do desarmamento, determinado 
Prefeito pretende apresentar projeto de lei visando proibir, 
no âmbito do município, a comercialização de armas de 
pequeno e grande porte. O projeto ainda prevê que a 
fiscalização sobre o cumprimento da medida será 
exercida por funcionários da prefeitura, que poderão 
multar os estabelecimentos comerciais no caso de 
descumprimento da proibição. Contudo, antes de 
apresentar o projeto de lei, o prefeito lhe faz uma consulta 
a respeito da viabilidade de tal projeto. 
À luz do devido processo legislativo, e da repartição de 
competências entre os entes federativos, qual seria o seu 
parecer acerca da viabilidade do projeto de lei?
Processo Legislat ivo e Competência da 
União.
15
15
Há inviabilidade do projeto, tendo em vista que a 
pretensão legifernate do Prefeito esbarra na repartição 
de competências, referente à matéria. No caso, 
compete a União autorizar e fiscalizar a produção e o 
comércio de material bélico, conforme se verifica pelo 
inciso VI, do artigo 21, da CRFB/88. (Ver ainda inciso 
XXI, artigo 22, da CRFB/88) 
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16
Numere, em ordem decrescente, os 
atos que envolvem o processo 
legislativo: 
( ) emenda;
( ) promulgação;
( ) iniciativa legislativa;
( ) sanção e veto;
( ) publicação;
( ) votação.
Numere, em ordem decrescente, os 
atos que envolvem o processo 
legislativo: 
( ) emenda;
( ) promulgação;
( ) iniciativa legislativa;
( ) sanção e veto;
( ) publicação;
( ) votação.
17
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Validade das Normas – Técnico-Formal ou 
Vigência, Social e Ética.
João da Silva casado com Maria da Silva vinha desconfiando que sua 
mulher mantinha um relacionamento extraconjugal com Antonio, amigo 
do casal. Certo dia, voltando mais cedo do trabalho, encontra sua 
mulher trocando carícias com o suposto amigo. Indignado, João da 
Silva abandona o lar conjugal e ingressa imediatamente com a 
separação judicial, bem como, com a queixa-crime em face de sua 
mulher e de Antonio para ver apurado o cometimento do delito de 
adultério, cuja pena é de detenção de 15 dias a 6 meses. O juiz criminal 
condenou os réus ao mínimo da pena, em razão da evidência do 
conjunto probatório.
Analise a decisão do magistrado sob o ângulo da eficácia da lei (técnico-
formal e social) e do costume contra legem como fonte do direito.
Validade das Normas – Técnico-Formal ou 
Vigência, Social e Ética.
João da Silva casado com Maria da Silva vinha desconfiando que sua 
mulher mantinha um relacionamento extraconjugal com Antonio, amigo 
do casal. Certo dia, voltando mais cedo do trabalho, encontra sua 
mulher trocando carícias com o suposto amigo. Indignado, João da 
Silva abandona o lar conjugal e ingressa imediatamente com a 
separação judicial, bem como, com a queixa-crime em face de sua 
mulher e de Antonio para ver apurado o cometimento do delito de 
adultério, cuja pena é de detenção de 15 dias a 6 meses. O juiz criminal 
condenou os réus ao mínimo da pena, em razão da evidência do 
conjunto probatório.
Analise a decisão do magistrado sob o ângulo da eficácia da lei (técnico-
formal e social) e do costume contra legem como fonte do direito.
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Não resta dúvida que, mesmo diante de tantas 
discussões sobre a adequação da norma acima aos 
valores sociais, a lei não é revogada pelo costume 
contra legem. No máximo, poder-se-ia admitir que o 
costume contra legem é fonte material do direito, já 
que pode inspirar a criação de uma lei, que venha a 
revogar aquela que estaria, até então, em vigor. A 
norma, atendendo às exigências formais para sua 
existência (validade formal ou técnico-jurídica = 
vigência); sendo aplicada no âmbito social e, ainda, 
sendo observada pela sociedade (validade social = 
eficácia ou efetividade); e possuindo fundamento 
ético (validade ética = fundamento axiológico), é 
válida.
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19
LEI ANULA CARTEIRA DE IDENTIDADE
Sancionada pelo então presidente Fernando Henrique 
Cardoso em 97, a lei 9.454 instituiu um só registro de 
identidade civil para os brasileiros e limitou a validade dos 
atuais documentos civis por cinco anos. O prazo venceu em 
abril de 2002 sem que a lei fosse regulamentada. O governo 
não tirou a lei do papel nem para definir o órgão que 
centralizaria a criação do cadastro nacional único, mas a lei 
está em vigor... . (Folha de São Paulo – 15.6.03 - C-7)
Assim, a referida lei foi assinada em 8 de abril de 1997 e 
publicada no dia seguinte no D.O. da União, mas não foram 
fornecidas à população condições para a substituição dos 
documentos.
aOs requisitos formais da vigência da lei foram atendidos? 
Neste caso, quais os requisitos? Justifique sua resposta.
20
20
GABARITO: A princípio pode-se afirmar que os 
requisitos formais foram atendidos, sendo os 
mesmos: (a) elaboração por um órgão competente, 
legítimo para tal fim; (b) competência em razão da 
matéria do órgão; (c) observância do processo 
legislativo. O texto acima exposto não demonstra ter 
havido qualquer fato contrário aos requisitos acima 
expostos, tendo sido a lei elaborada pelo legislador 
e sancionada pelo chefe do executivo, como dispõe 
os artigos 61 e seguintes da Constituição Federal.
GABARITO: A princípio pode-se afirmar que os 
requisitos formais foram atendidos, sendo os 
mesmos: (a) elaboração por um órgão competente, 
legítimo para tal fim; (b) competência em razão da 
matéria do órgão; (c) observância do processo 
legislativo. O texto acima exposto não demonstra ter 
havido qualquer fato contrário aos requisitos acima 
expostos, tendo sido a lei elaborada pelo legislador 
e sancionada pelo chefe do executivo, como dispõe 
os artigos 61 e seguintes da Constituição Federal.
21
21
Afinal, a lei entrou em vigor? Justifique.
GABARITO: A lei está em vigor, tendo em vista que obedecidas 
as formalidades para sua elaboração, a mesma foi publicada, 
passando a ser obrigatória, fazendo parte do Direito Positivo.
A referida lei tem eficácia jurídica e/ou social? Justifique.
GABARITO: A lei não tem eficácia, estando comprometida sua 
validade social, uma vez que a mesma impede por si só sua 
observância. “A eficácia é, na lição de Tércio Sampaio FerrazJr., uma qualidade da norma que se refere à sua adequação em 
vista da produção concreta de efeitos. A norma será eficaz se 
tiver condições fáticas de atuar, por ser adequada à realidade 
(eficácia semântica); e condições técnicas de atuação (eficácia 
sintática), por estarem presentes os elementos normativos para 
adequá-la à produção de efeitos concretos.” Neste caso, falta à 
lei condições técnicas de atuação. 
Afinal, a lei entrou em vigor? Justifique.
GABARITO: A lei está em vigor, tendo em vista que obedecidas 
as formalidades para sua elaboração, a mesma foi publicada, 
passando a ser obrigatória, fazendo parte do Direito Positivo.
A referida lei tem eficácia jurídica e/ou social? Justifique.
GABARITO: A lei não tem eficácia, estando comprometida sua 
validade social, uma vez que a mesma impede por si só sua 
observância. “A eficácia é, na lição de Tércio Sampaio Ferraz 
Jr., uma qualidade da norma que se refere à sua adequação em 
vista da produção concreta de efeitos. A norma será eficaz se 
tiver condições fáticas de atuar, por ser adequada à realidade 
(eficácia semântica); e condições técnicas de atuação (eficácia 
sintática), por estarem presentes os elementos normativos para 
adequá-la à produção de efeitos concretos.” Neste caso, falta à 
lei condições técnicas de atuação. 
22
22
É publicada no Diário Oficial Lei Federal dispondo sobre a proteção ambiental. 
Quanto à vigência, validade e eficácia social desta lei, pode-se afirmar que 
sua:
a) vigência não se inicia no dia da publicação, salvo se ela assim o determinar, 
sendo ela válida e eficaz se efetivamente obedecida e aplicada;
b) vigência se inicia necessariamente quarenta e cinco dias após a publicação, 
sendo ela válida se compatível com a Constituição, observado o procedimento 
legislativo estabelecido para a sua produção e eficaz se efetivamente 
obedecida e aplicada; 
c) vigência não se inicia no dia da publicação, salvo se ela assim 
o determinar, sendo ela válida se compatível com a Constituição, 
observado o procedimento legislativo estabelecido para a sua 
produção e eficaz se efetivamente obedecida e aplicada;
d)vigência não se inicia no dia da publicação, salvo se ela assim o determinar, 
sendo ela válida e eficaz se produzida por órgão competente, observado o 
procedimento legislativo estabelecido para a sua produção;
e)vigência se inicia necessariamente no dia da publicação, sendo ela válida se 
efetivamente obedecida e aplicada e eficaz se produzida por órgão 
competente, observado o procedimento legislativo estabelecido para a sua 
produção. 
23
23
A Lei 9.307, de 23 de setembro de 1996, que 
dispõe sobre arbitragem, em seu artigo 44 
estabeleceu: “ficam revogados os artigos 1037 a 
1048 da Lei 3071, de 1º de janeiro de 1916, 
Código Civil Brasileiro; os artigos 101 e 1072 a 
1102 da Lei 5.869, de 11 de janeiro de 1973, 
Código de Processo Civil”. 
Neste caso, é possível dizer então que ocorreu:
a) revogação tácita;
b) ab-rogação expressa;
c)derrogação expressa;
d) repristinação.
A Lei 9.307, de 23 de setembro de 1996, que 
dispõe sobre arbitragem, em seu artigo 44 
estabeleceu: “ficam revogados os artigos 1037 a 
1048 da Lei 3071, de 1º de janeiro de 1916, 
Código Civil Brasileiro; os artigos 101 e 1072 a 
1102 da Lei 5.869, de 11 de janeiro de 1973, 
Código de Processo Civil”. 
Neste caso, é possível dizer então que ocorreu:
a) revogação tácita;
b) ab-rogação expressa;
c)derrogação expressa;
d) repristinação.
24
24
Irretroatividade da Lei.
A Companhia Estadual de Habitação do Rio de Janeiro celebrou, em 
1987, contrato de promessa de compra e venda de um imóvel com 
Mauro dos Santos, pagável em 240 prestações mensais e reajustáveis. 
Faltando 85 parcelas, Mário, sem condições financeiras, interrompe os 
pagamentos, o que acaba por figurar descumprimento contratual por 
infração da cláusula “h” do compromisso de compra e venda. Tendo 
regularmente notificado Mário, a Companhia ajuíza ação visando à 
resolução do contrato, destacando a cláusula que prevê a rescisão de 
pleno direito, no caso de atraso de mais de três prestações (o que de 
fato ocorreu), assim como a perda de todas as parcelas pagas. Em sua 
defesa, Mário alega ser injusta e abusiva a cláusula que impõe a perda 
das parcelas pagas, inclusive porque representam muito mais da 
metade do total contratado. Afirma que o Código de Proteção e Defesa 
do Consumidor, vigente a partir de 1990, impõe pena de nulidade das 
cláusulas abusivas. Assim, requer que o juiz declare a nulidade daquele 
dispositivo do contrato, determinado a devolução das importâncias 
pagas. 
25
25
a) O juiz deve reconhecer a incidência das regras do Código de 
Proteção e Defesa do Consumidor no caso acima, apesar deste só ter 
entrado em vigor três anos após a realização do contrato? 
Sugestão de Gabarito:
Não, a regra no Direito Brasileiro é a da irretroatividade da lei nova, 
ficando a possibilidade da irretroatividade limitada a situações 
excepcionais. 
b) O que significa ato jurídico perfeito? Podemos dizer que o contrato 
existente entre Mário e a Companhia Estadual de Habitação é um ato 
jurídico perfeito? Justifique.
Sugestão de Gabarito:
Nos termos do art. 6º, § LICC, ato jurídico perfeito é aquele que já se 
consumou segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. Não se 
deve confundir o negócio jurídico “Promessa de Compra e Venda”, 
que uma vez celebrada segundo as leis vigentes ao seu tempo 
configura-se em ato jurídico perfeito; com o ato registral da 
transferência de domínio de imóvel quando cumpridas as formalidades, 
torna-se- ia direito adquirido de registro.
26
26
c) O que significa o fenômeno da ultratividade da lei? Seria este um 
caso de ultratividade ou de retroatividade da lei? Justifique.
Sugestão de Gabarito:
Diz-se que uma lei é ultrativa quando produz efeitos após a sua 
revogação. A título de ilustração uma determinada pessoa cumpriu, 
na vigência de determinada lei previdenciária, todos os requisitos 
exigidos para aposentar-se; no entanto, prefere continuar 
trabalhando. Porém, um ano após, lei nova revoga a lei 
previdenciária, e cria novas exigências. A lei revogada terá efeito 
ultrativo para que essa pessoa se aposente pela lei antiga.
A questão apresentada trata do fenômeno da retroatividade; pois o 
promitente comprador quer fazer o código de Proteção e Defesa 
Consumidor retroagir para alcançar a cláusula contratual que 
pretende impugnar, ou seja, quer fazer com que o Código do 
Consumidor produza efeitos em época anterior ao início de sua 
vigência.
27
27
Margareth Nogueira teve uma discussão com sua vizinha, Manoela 
Santos, na reunião de condomínio. Margareth narra que, de forma 
impensada, falou que Manoela, síndica, estava desviando verbas da 
arrecadação mensal do prédio em favorecimento próprio. Deste fato, 
originou-se queixa-crime de calúnia de Manoela em face de Margareth. 
Neste processo, que correu junto ao Juizado Criminal, as partes 
envolvidas celebraram acordo nos seguintes termos: Margareth se 
comprometeu a mandar carta para todos os condôminos retratando-se 
do que falara e, ainda, teria que colocar no quadro de avisos do prédio 
esta mesma carta. O acordo foi cumprido integralmente por Margareth. 
No entanto, esta recebeu uma convocação para comparecer ao Juizado 
Especial Cível para responder a outro processo ajuizado por Manoela 
em razão do mesmo fato acima narrado. Neste último feito, Manoela 
requer a condenação de Margareth ao pagamento de R$ 10.000,00 
pelos supostos danos morais sofridos.
Você, advogado de Margareth, sustentaria a tese da coisa 
julgada? Justifique. 
Margareth Nogueira teve uma discussão com sua vizinha, Manoela 
Santos, na reunião de condomínio. Margareth narra que, de forma 
impensada, falou que Manoela, síndica, estava desviando verbas da 
arrecadação mensaldo prédio em favorecimento próprio. Deste fato, 
originou-se queixa-crime de calúnia de Manoela em face de Margareth. 
Neste processo, que correu junto ao Juizado Criminal, as partes 
envolvidas celebraram acordo nos seguintes termos: Margareth se 
comprometeu a mandar carta para todos os condôminos retratando-se 
do que falara e, ainda, teria que colocar no quadro de avisos do prédio 
esta mesma carta. O acordo foi cumprido integralmente por Margareth. 
No entanto, esta recebeu uma convocação para comparecer ao Juizado 
Especial Cível para responder a outro processo ajuizado por Manoela 
em razão do mesmo fato acima narrado. Neste último feito, Manoela 
requer a condenação de Margareth ao pagamento de R$ 10.000,00 
pelos supostos danos morais sofridos.
Você, advogado de Margareth, sustentaria a tese da coisa 
julgada? Justifique. 
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28
Sim, a forma do art. 74, lei 9099/95 JEC’S, a composição 
dos danos civis será realizada a escrito e, homologada pelo 
juiz mediante sentença irrecorrível...
Ora, trata-se de argüir a preliminar do art. 301, VI, CPC, ou 
seja, o que trata da coisa julgada.
A coisa julgada, é sem dúvida, uma das principais marcas de 
atividades jurisdicional, emprestando à decisão judicial o 
caráter de indiscutibilidade – necessário à segurança das 
relações jurídicas e a paz social.
Deve ser ressaltado que, a alegação de coisa julgada só é 
possível por tratar-se de composição dos danos civis, em 
sede de Juizado Especial Criminal. Em caso de ação criminal 
fora dos JEC’S, não haveria obstáculo à ação cível.
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Paulina da Silva, menor impúbere, representada por sua mãe, ajuíza 
ação em face de Paulo, seu pai, visando ao reajuste de sua pensão 
alimentícia, tendo em vista que este obteve melhora substancial em 
seu padrão de vida há cerca de seis meses, fruto da herança de 
uma bem sucedida empresa de transporte coletivo. Paulo, em 
contestação, afirma que os alimentos relativos à sua filha Paula 
foram decididos na ação de divórcio consensual, julgada 
definitivamente um ano e meio antes da propositura da ação de 
alimentos. Assim, como há coisa julgada, Paulo alega não ser mais 
cabível a revisão pelo poder judiciário. 
a) Incidem os efeitos da coisa julgada nas ações de alimentos? 
Justifique.
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Sugestão de Gabarito:
)Não. Segundo a melhor doutrina, havendo modificação da situação 
fática quanto aos pressupostos da relação jurídica continuativa, a 
parte poderá pedir a revisão da equação estabelecida no decisum 
anterior, através de nova ação. 
Base Legal – Art. 471, I CPC.
Decisão do STJ – Resp – 30.216-3 – SP.
 ...” É permitida a revisão em ação autônoma, mesmo após o trânsito 
em julgado da sentença concessiva....”
b) Quais os pré-requisitos para que alguém possa pleitear a revisão 
dos alimentos já decididos em processo anterior? 
Sugestão de Gabarito:
)Mudança na situação fática relativa à relação jurídica existente ao 
tempo da sentença; em especial aquelas relativas ao binômio 
possibilidade de quem presta e necessidade de quem pede.
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1) Assinale a alternativa correta:
Em 1957, Pedro comprou um imóvel de João, cumprindo 
todas as formalidades legais que previa a lei vigente à época 
para a aquisição do imóvel. Ocorre que, em janeiro de 2000, 
esta lei foi derrogada pela Lei nº 4.200/00, prevendo alguns 
requisitos a mais para a aquisição do imóvel.
Na hipótese acima mencionada, podemos afirmar 
que, com relação ao tema “confl i tos de leis no 
tempo”, estamos diante de:
a) expectativa de direito;
b) bcoisa julgada;
c) direito adquirido;
d) ato jurídico perfeito;
e) direito natural.
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Antes de 1977, o regime legal de bens no casamento, no 
Brasil, era o da comunhão universal. Quem casou até 
então, sem qualquer ressalva expressa em pacto ante-
nupcial, o fez no regime legal de comunhão universal. 
Após 1977, com a mudança da lei, o regime legal 
passou a ser o da comunhão parcial. Quem casou antes 
de 1977 não foi atingido pela nova lei que cuidou desta 
matéria. Assim sendo, é possível afirmar que a situação 
jurídica em questão corresponde à hipótese de:
a) coisa julgada;
b) direito adquirido;
c) ato jurídico perfeito;
d) expectativa de direito;
e) direito natural.
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Tema: Elementos de Integração do Direito.
X, solteira, conviveu em união homossexual com Y durante 10 anos, 
vindo, porém, a se separar. Durante a vigência da união, foi adquirido 
um imóvel com o esforço comum de ambas. No entanto, no Registro 
Geral de Imóveis, o bem somente ficou no nome de Y. X ingressa com 
ação com o objetivo de partilhar o bem comum. Entretanto, quando o 
juiz vai decidir o caso, verifica que inexiste norma jurídica que regule a 
forma de partilha de bens adquiridos em tal situação.
a)Pode o juiz se eximir de decidir a questão? Justifique sua resposta.
Sugestão de gabarito: 
Não, O artigo 4º da LICC determina ao juiz decidir mesmo quando a lei 
for omissa em relação àquela matéria. Nesses casos determina o artigo 
o juiz deve decidir de acordo com a analogia, os costumes e os 
princípios gerais
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b) Um juiz, decidindo a questão, se utilizou dos princípios constitucionais 
da dignidade da pessoa humana, da isonomia e das leis que regulam a 
união estável entre heterossexuais para determinar a partilha igualitária 
dos bens adquiridos na constância da vida em comum. Pergunta-se: que 
critério(s) de integração do direito utilizou o juiz na solução do caso 
concreto? Fundamente sua resposta.
Sugestão de gabarito: 
No caso acima podemos dizer que o juiz realizou uma analogia para 
aplicar normas destinadas a uma situação à outra que guarda com 
aquela a mesma razão de decidir. No entanto, para fundamentar a 
pertinência da aplicação da norma destinada aos heterossexuais aos 
homossexuais, o magistrado teve que recorrer a uma interpretação 
sistemática do ordenamento, reconstruindo-o à luz da principiologia 
constitucional. Podemos dizer, portento, que se utilizou também dos 
princípios gerais para decidir a questão. 
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CONFUSÃO NO CARTÓRIO
Bianca nasceu na semana passada, mas já tem uma história digna 
de novela. A pequena foi fecundada em laboratório, gerada no útero 
da avó paterna e, assim que nasceu, mamou na mãe biológica. 
Veridiana do Vale Menezes, de 30 anos, a mãe, nasceu sem útero. 
Sua sogra, Elisabeth, de 53, ofereceu o dela para abrigar o embrião. 
Durante a gravidez, Veridiana fez tratamento para estimular a 
lactação. O parto foi tranqüilo, apesar da idade avançada da avó. O 
problema ocorreu na hora de registrar o nome. O cartório de Nova 
Lima, Minas Gerais, cidade onde Bianca nasceu, não aceitou 
registrar o nome da mãe biológica.
A partir do caso concreto acima relatado, suponha que, em função 
do problema do registro da criança, tenha sido ajuizada ação e você 
seja o juiz a solucioná-la. Pergunta-se, então: 
Com base em que critério de integração da norma você julgaria o 
caso concreto e como decidiria a questão? 
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Estudem bastante e 
fiquem tranquilos, 
porque ao final tudo 
dará certo!!!
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37AULA 1
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Boas Festas e Feliz Natal a todos!!!

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