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Direito Empresarial estabelecimento empresarial & comércio eletrônico Unidade 3 aula 6-7 Estabelecimento Empresarial Conceito; natureza; alienação; proteção; ponto empresarial. ( Livro II, título III art. 1.142-1.149 e Lei 8.245/ 1.991, art. 51 ) Conceito (art. 1.142 ) conjunto de bens organizado, que dá suporte à atividade econômica “considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária” (art. 1.142) Conceito A organização é fundamental para a caracterização do estabelecimento. A qualidade de empresário exige que se exerça profissionalmente atividade econômica organizada. (art. 966) Portanto a empresa é uma organização de fatores de produção (capital, mão-de-obra, matéria-prima, capacidade empresarial e capacidade tecnológica) que parte do estabelecimento empresarial para a concretização do objeto social da sociedade empresária. Natureza O estabelecimento é rés, ou seja, é coisa. Pode ser tratado como um todo, quer dizer os bens organizados para a produção. Não se confunde com a empresa, não tem personalidade, pois é patrimônio dela. Pode ser identificado por título que é distinto do nome empresarial Natureza - composição Bens materiais máquinas; prédios; veículos; insumos; matérias-primas etc. Bens imateriais propriedade industrial Patentes; Marcas; Modelo de utilidade etc. Ponto título 6 Fundo de empresa Trata-se do valor inerente a massa organizada de bens para o fim da empresa. O valor dos bens organizados é maior que a soma dos valores dos bens tomados individualmente (aviamento & clientela) O aviamento é o potencial lucrativo de determinada empresa, não compõe o fundo de empresa, mas determina o seu valor. A clientela não é bem econômico, apenas a parcela do agentes de mercado que adquirem bens da empresa. Ponto de comércio ou propriedade empresarial Lugar onde se dá o exercício da atividade e para onde os clientes eventualmente convergem. Quando a empresa é locatária do ponto há proteção legal especial pela lei 8.245/91 Ponto (lei 8.245/ 1991) Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente: I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado; II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos; III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos. Ponto No caso de cessão do contrato, alienação, trespasse, é necessária a autorização do senhorio . O estabelecimento enquanto objeto Alienação (trespasse) Estabelecimento enquanto objeto. O estabelecimento pode ser tomado como coisa unitária e, portanto, ser objeto de obrigações. Constitutivas Traslativas Responsabilidade na alienação do estabelecimento O passivo acompanha o estabelecimento empresarial O adquirente responde pelos débitos anteriores ao trespasse desde que regularmente contabilizados. (art. 1.146) O alienante (vendedor) responde solidariamente pelo passivo até um ano após o trespasse (art. 1.146.) Responsabilidade na alienação do estabelecimento O adquirente pode pedir nulidade em caso de débitos não registrados com base no art. 1.145. O trespasse depende do pagamento de todos os credores pelos alienante ou do consentimento destes quando não houver bens suficientes para adimplir suas obrigações (art. 1.145) Conduta ideal do adquirente auditoria verificando se as operações passivas se encontram devidamente escrituradas e, quanto às ativas, a sua liquidez; verificação da existência de ônus reais que recaiam sobre bens do estabelecimento, móveis e imóveis (hipotecas, contratos, cédulas de crédito etc.); autorização dos credores para a alienação do estabelecimento ou dos maiores credores. Ressalve-se que o risco é inerente à atividade empresarial, e que o emprego das recomendações acima deve ser feito levando em conta esse fator. Das demais responsabilidades Art. 133, Código Tributário Nacional: “A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. Das demais responsabilidades qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados (art. 10 CLT) mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados (art. 448 CLT) Das demais responsabilidades Na responsabilidade aquiliana (extracontratual) do transmitente por fato anterior ao trespasse, o adquirente do estabelecimento não possui qualquer responsabilidade, nem os bens que compõem o estabelecimento respondem pela dívida, a não ser nos caso de simulação Trata-se de responsabilidade objetiva extracontratual. É a responsabilidade que decorre da inobservância de norma jurídica, por aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, viola direito e causa dano a outrem, ainda que exclusivamente moral. Art. 186 / CC Art. 6º , VI / CDC Impedimento de estabelecer-se após o trespasse Art. 1.147 Impedimento ao reestabelecimento Não havendo disposição em contrário, o transmitente (alienante) fica impedido por 5 (cinco) anos de se reestabelecer, ou seja de fazer concorrência prejudicando o fundo de empresa. Consolidad0 Estabelecimento Conceito/ Natureza Alienação Ponto Proteção Regime de locação Fundo de empresa Aviamento e clientela Responsabilidade Alienante (transmitente) Trabalhista Tributária Reestabelecimento
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