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Resumo Processo Penal II (Penas, Nulidades, Sentença, Coisa Julgada, Teoria Geral dos Recursos)

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1 Amanda Campos 
 
 
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença 
condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em 
virtude de prisão temporária ou prisão preventiva. 
Prisão 
 Pena/Punição Processual 
 Imposta depois do 
trânsito em julgado da 
sentença penal 
condenatória. Não 
tem natureza 
acautelatória, já 
que visa à 
satisfação da 
pretensão 
executória do 
Estado. 
Prisão processual é uma prisão 
provisória, realizada em caráter 
excepcional, ou seja, decorre da 
necessidade de preservar a 
efetividade do processo penal e o 
fim por este buscado, qual seja 
condenar o culpado e garantir a 
segurança da sociedade. 
Antes do trânsito em julgado da 
sentença penal 
Prisão em Flagrante -
Independe de ordem judicial 
 
 
Prisão Preventiva 
Prisão Temporária – 
APENAS NO INQUERITO!!! 
Quem: I - está cometendo a 
infração penal; II - acaba de 
cometê-la; III - é 
perseguido, logo após, pela 
autoridade, pelo ofendido 
ou por qualquer pessoa, em 
situação que faça presumir 
ser autor da infração; IV - é 
encontrado, logo depois, 
com instrumentos, armas, 
objetos ou papéis que 
façam presumir ser ele 
autor da infração" 
Não pode ser 
decretada de oficio. A 
prisão temporária é 
utilizada durante uma 
investigação, com o 
objetivo de assegurar 
seu sucesso. Em tese, 
é uma medida 
“imprescindível para 
as investigações”. 
 
Pode ser decretada durante as 
investigações ou no decorrer da 
ação penal. De oficio pelo juiz no 
curso da ação, a requerimento 
do MP, querelante, assistente ou 
por representação da autoridade 
policial 
Prazo 5 dias prorrogados 
por mais 5 dias. Crimes 
hediondos prazo de 30 
dias prorrogados por mais 
30 dias. 
 
 
2 Amanda Campos 
 
 
 
 
 
 
 
Prisão em 
Flagrante
Flagrante Próprio ou 
propriamente dito ou real ou 
verdadeiro [302, I e II]
I - o agente é surpreendido enquanto 
ainda está praticando o delito, durante 
sua fase executiva, embora já o possa 
ter consumado.
II - a prisão do sujeito dá-se no 
momento imediatamente posterior ao 
cometimento do crime, depois de haver 
praticado o último ato de execução
Flagrante Impróprio ou irreal ou 
quase-flagrante [III]
Flagrante Presumido, ficto ou 
assimilado [IV]
Flagrante Compulsório ou 
Obrigatório
Flagrante Facultativo
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades 
policiais e seus agentes deverão prender quem quer que 
seja encontrado em flagrante delito. 
 
o agente é perseguido logo após a 
execução do fato. A perseguição 
pode ser feita pela autoridade, 
pelo ofendido ou por qualquer 
pessoa do povo. A prisão pode não 
ser imediata; mas, a perseguição 
ordenada e não uma mera busca 
deve ter se iniciado logo após o 
crime. 
o agente é encontrado, logo depois, 
com instrumentos, armas, objetos ou 
papéis que façam supor seriamente 
ser ele o autor da infração penal. 
pode ocorrer quando o 
sujeito está cometendo 
ou acabou de cometer a 
infração penal 
 
o flagrante é obrigatório 
para a autoridade policial e 
seus agentes 
qualquer cidadão possui o direito 
de prender em flagrante, desde 
que presentes as situações do Art. 
302 CPP 
Momento da prisão: se reage antes da ordem pratica 
resistência (329, CP), se depois, desobediência (330 CP). 
 
Em até 24h da prisão, é 
encaminhado o auto ao 
juiz conforme Art. 310: 
Se ilegal relaxa a prisão. 
Se legal cabe liberdade 
provisória Art. 321 ou 
prisão preventiva Art. 312 
 
3 Amanda Campos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Flagrante Preparado, Provocado, 
delito de ensaio, delito de 
experiência, delito putativo por 
obra do agente provocador 
é aquela prisão em flagrante que 
ocorre indução ou instigação para 
que alguém pratique o crime, tudo 
com o objetivo de efetuar a prisão
Súmula 145, STF - Não há crime, 
quando a preparação do flagrante 
pela polícia torna impossível a sua 
consumação 
Flagrante Esperado 
 
é aquele em que, por exemplo, 
policiais ficam sabendo que um 
crime será praticado e, com base 
nessa informação, vão ao local e 
esperam a prática do crime para dar 
voz de prisão 
Flagrante Forjado, fabricado, 
maquinado ou urdido 
 
é aquele armado, realizado para incriminar 
pessoa inocente. É uma modalidade ilícita 
de flagrante, onde o infrator é o agente que 
forja o delito 
Flagrante nos crimes 
permanentes 
 
Art. 303. Nas infrações permanentes, 
entende-se o agente em flagrante delito 
enquanto não cessar a permanência. 
 
Flagrante Prorrogado ou 
retardado ou diferido 
 
é a possibilidade que a polícia possui de 
retardar a realização da prisão em flagrante, 
para obter maiores dados e informações a 
respeito do funcionamento, componentes e 
atuação de uma organização criminosa 
 
4 Amanda Campos 
 
 
 
 
Sem Fiança Com Fiança – Crimes não 
superiores a 4 anos de 
pena: Delegado. Crimes 
com penas superiores a 4 
anos, Juiz. Art. 325 
Art. 321. impondo, se for o 
caso, as medidas 
cautelares previstas no art. 
319. 
Não será atribuída fiança 
nos casos dos Art. 323 e 
324 
- Se dá por depósito 
(dinheiro, pedras, objetos, 
metais preciosos, títulos da 
dívida pública) e por 
Hipoteca (desde que 
inscrita em primeiro lugar) 
- impõe obrigação de 
comparecer a todos os atos 
do processo; 
- não mudar e nem se 
ausentar por mais de 8 dias 
sem autorização judicial. 
Pressupostos: 
(Obrigatórios) Inquérito 
Policial ou Ação Penal 
Prova de materialidade + 
Indicio de autoria 
Hipóteses: (Alternativos, 
ou um ou outro) 
Garantia da Ordem 
Pública/Econômica, 
Conveniência da instrução 
criminal, assegurar 
aplicação da lei penal e 
descumprimento da 
medida cautelar 
Condição de 
Admissibilidade 
(Obrigatório) 
Art. 313 do CPP 
Prisão em Flagrante 
Liberdade provisória Art. 321 
Prisão preventiva Art. 312 
Prazo indeterminado 
(Pode ser substituída pela domiciliar) 
A prisão domiciliar art. 318 
tem o caráter de medida 
provisória, de cunho 
processual, precário, cautelar, 
capaz de substituir a prisão 
preventiva. Para essa 
substituição é necessário 
demonstrar que a medida é 
adequada e suficiente para 
garantia da ordem pública, da 
ordem econômica, do regular 
andamento da instrução 
criminal e da futura aplicação 
da lei penal. Em outras 
palavras: a prisão domiciliar 
do art. 318 se constitui 
também em uma medida 
cautelar – tanto quanto a 
preventiva –, que não se 
justifica caso ausentes os 
pressupostos para aquela 
prisão, quando então deve o 
juiz conceder a liberdade 
provisória. 
 
(Há prisão domiciliar nos casos 
de já condenados que 
precisam estar no regime 
aberto. Art. 117 Lei e 
Execução Penal) 
 
Fiança: permite ao réu ficar em liberdade durante o processo, 
desde que preenchidos determinados requisitos, mediante caução 
e cumprimento de certas obrigações. A fiança é concedida pelo 
delegado, nos crimes em que a pena máxima não exceda 4 anos, e 
o juiz, em qualquer espécie de crime afiançável. Seu valor é 
fixado, em regra, pela gravidade do crime e da situação 
econômica do réu, podendo ser prestada pelo próprio preso ou 
por terceiro em seu favor Art. 325 e 326. Consistirá no depósito de 
dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, títulos da dívida 
pública ou hipoteca de imóvel. A quebra da fiança implica perda 
demetade de seu valor, devendo o magistrado decretar a prisão 
preventiva ou aplicar qualquer das outras medidas cautelares do 
artigo 319 do CPP. Se o réu for absolvido em definitivo ou se for 
declarada extinta a ação penal, a fiança será devolvida em sua 
integralidade. Nos termos do artigo 344 do CPP haverá perda do 
valor da fiança se o réu for condenado irrecorrivelmente e não se 
apresentar à prisão. Da decisão que concede, nega, arbitra, cassa, 
julga inidônea, quebrada ou perdida a fiança cabe recurso em 
sentido estrito (artigo 581, incisos V e VII, do CPP). 
 
5 Amanda Campos 
 
 
 
 
 
 
O pedido de Revogação 
serve para impugnar a 
prisão temporária e 
preventiva. 
Destaque-se que, o 
pedido de liberdade 
provisória trata de uma 
prisão legal, alegando 
que não é necessária. 
Quanto ao relaxamento 
da prisão, a prisão é 
ilegal. A revogação da 
prisão, por sua vez, 
ocorre quando uma 
prisão legal deixa de ser 
necessária. 
O habeas corpus 
tem por objetivo 
proteger o direito 
de ir e vir. Deve ser 
concedido sempre 
que alguém sofrer 
ou se achar 
ameaçado de 
sofrer violência ou 
coação em sua 
liberdade de 
locomoção, por 
ilegalidade ou 
abuso de poder. 
a liberdade provisória 
pode ser concedida 
com ou sem fiança, de 
acordo com as 
circunstâncias do caso. 
Em simples palavras, é 
a medida cabível para 
determinar a soltura do 
preso em liberdade, 
quando não estiverem 
presentes os requisitos 
da prisão preventiva. 
O relaxamento de 
prisão em 
flagrante é 
cabível quando a 
prisão for ilegal. A 
ilegalidade 
poderá ser 
material ou 
formal, devendo 
ser comprovada. 
Medidas de 
defesa 
Habeas 
Corpus 
Liberdade 
Provisória 
 Relaxamento 
de Prisão 
Pedido de 
Revogação 
OUTRAS MEDIDAS CAUTELARES: Art. 319 
 
6 Amanda Campos 
 
 
 
 
7 Amanda Campos 
 
 
8 Amanda Campos 
 
 
 
9 Amanda Campos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 Amanda Campos 
 
 
 
a) IRREGULARIDADES: desatende exigências formais 
(elementos acidentais) sem relevância 
Ato existente, válido e eficaz. 
b) NULIDADE RELATIVA: viola norma infraconstitucional de 
interesse privado (e não público) apto a gerar prejuízo. 
Deve ser demonstrado o prejuízo e o interesse. Ex: Defesa deficiente. 
• Ordem nas oitivas durante a instrução 
c) NULIDADE ABSOLUTA: normas de ordem pública por ofensa 
direta ou indireta a CF. Ex: Ausência de advogado no interrogatório, ampla defesa, 
publicidade etc. 
d) INEXISTÊNCIA: não reúne elemento de um ato jurídico que 
não é existente, válido ou eficaz. 
• Nunca será convalidado 
• Não precisa ser declarada pelo juiz, pode ser ignorada. 
 
 
PRINCÍPIOS DAS NULIDADES 
a) DO PREJUÍZO. Art. 563, CPP. 
b) DO INTERESSE. Art. 565. CPP. Nenhuma das partes poderá 
arguir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha 
concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à 
parte contrária interesse. 
c) DA CONVALIDAÇÃO: nulidades relativas são sanadas se não 
arguidas no momento oportuno. 
d) da CAUSALIDADE, da SEQUENCIALIDADE, da EXTENSÃO ou 
da CONTAMINAÇÃO. Só os atos dependentes e consequentes 
serão atingidos. Art. 573. 
 
DAS NULIDADES EM ESPÉCIE: Art 564 
I – Por incompetência, suspeição ou suborno do juiz 
II – Por ilegitimidade de parte 
III – Por falta das fórmulas ou dos termos seguintes... 
IV – Por omissão de formalidade que constitua elemento 
essencial do ato. 
 
 
 
 
 
 
NULIDADES: vícios que contaminam determinados atos 
processuais, praticados sem observância da norma, levando 
a sua inutilidade e renovação. 
Precisa demonstrar o dano! 
 
11 Amanda Campos 
SENTENÇA Art. 381. 
Em regra, quando o juiz sentencia, esgota seu poder jurisdicional. Exceto quando há 
erros materiais que necessite de correção/esclarecimentos a cerca desta. 
Absolutórias: Absolutórias são as sentenças que julgam improcedente a pretensão 
punitiva. 
A sentença é, então, absolutória quando se julga improcedente a acusação e ocorre 
nas hipóteses mencionadas no art. 386 do CPP. 
 
Ato pelo qual o juiz põe termo ao processo, decidindo ou não o mérito da causa. 
Condenatória: Julga procedente no todo ou em parte a pretensão punitiva estatal. 
Juiz pode condenar o réu mesmo que o MP demonstre o contrário e vice e versa. 
Absolutórias Próprias: não acolhe a pretensão punitiva estatal, e também não aplica 
nenhuma sanção penal. 
Ex: Ante o exposto absolvo o réu. 
Absolutórias Impróprias: Não acolhe a pretensão punitiva estatal, mas aplica uma 
sanção penal. Ex: Inimputáveis, medidas de segurança. 
 
 
EFEITO AUTOFÁGICO: 
 “Sentença autodestruitiva”. Prescrição retroativa, extinção da punibilidade. 
Demorou tanto o processo que o crime já está prescrito, o réu já cumpriu a pena 
previamente e o juiz reconhece a prescrição pela sentença. 
 
Sentença Suicida: Versões conflitantes, diferentes da fundamentação. A conclusão 
difere dos argumentos. 
Relatório (História, 
apresentar os fatos)
Motivação/ 
Fundamentação 
(Raciocionio sobre 
o caso, 
argumentação)
Conclusão 
(Apresentar a 
condeção ou 
absolvição e a pena 
imposta)
 
12 Amanda Campos 
Sentença Vazia: Não fundamentadas com as provas condenatórias. Provas 
nulas/ilegais. 
 
COISA JULGADA: 
Qualidade conferida à sentença judicial contra a qual não cabem mais recursos, 
tornando-a imutável e indiscutível. 
COISA JULGADA PROPRIAMENTE DITA: Admite revisão. Sentença condenatória ou de 
absolvição imprópria. 
COISA SOBERANAMENTE JULGADA: Absolvição própria. Nunca pode ser modificada. 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIO DA CORRELAÇÃO E DA CONSUBSTANCIAÇÃO 
Princípio da Consubstanciação: o réu se defende dos fatos e não 
da capitulação jurídica aposta na inicial. 
Uma pessoa pode responder 2 vezes pelo mesmo crime 
Princípio da Correlação da Sentença: a sentença precisa seguir à risca os fatos 
descritos na inicial. 
 
 
Emendatio Libelli: 
O juiz, quando da sentença, verificando que a tipificação não corresponde aos fatos 
narrados na petição inicial, poderá de ofício apontar sua correta definição jurídica. 
Na “emendatio” os fatos provados são exatamente os fatos narrados. Ou seja, não 
cabe fato novo. Art. 383 
 
Mutatio Libelli: 
Quando o juiz concluir que o fato narrado na inicial não corresponde aos fatos 
provados na instrução processual 
nesse caso, deve o juiz remeter o processo ao Ministério Público que deverá aditar a 
peça inaugural. Os fatos provados são distintos dos fatos narrados. Ou seja, cabe 
fato novo. Art. 384 
 
 
Excludente de punibilidade = 
In dubio pro reo 
Art 20, 21, 22, 23, 26 e 28 CP 
 
 
13 Amanda Campos 
TEORIA GERAL DOS RECURSOS 
Reexame da decisão: Duplo grau de jurisdição (exceto foro privilegiado) 
Voluntariedade das partes: “Quem não está satisfeito que recorra”. Juiz inerte e 
não vai contra sua própria decisão. (Exceto nos casos de reexame necessário que o 
juízo a quo é obrigado a encaminhar sua decisão a segunda instância. Art. 574 e 411. 
 
Nos casos de reexame necessário as partes também podem recorrer, pois não vai 
com argumentação, e, portanto, não tira o direito de duplo grau de jurisdição das 
partes. O Tribunal apenas aprecia o que chega até ele! Ou seja, apenas é apreciado o 
que é recorrido. 
 
 
PRESSUPOSTOS RECURSAIS: 
PRESSUPOSTOS SUBJETIVOS – LEGITIMIDADE e INTERESSE 
Art. 577. O recurso poderá ser interposto pelo Ministério 
Público, ou pelo querelante, ou pelo réu, seu procurador ou 
seu defensor. 
 
PRESSUPOSTOS OBJETIVOS: 
Cabimento: previsão legal (o “porque” do recurso existir, precisa ter validade nos 
artigosque demonstre.) 
Recurso Adequado: é aquele expressamente previsto para combater a decisão 
impugnada. 
Fungibilidade Recursal: Caso o recurso errado seja interposto, o juiz pode considerar 
como certo desde que não seja reconhecida má fé. 
FENÔMENO DA CONVOLAÇÃO – possibilidade de uma impugnação adequada ao 
caso concreto ser conhecida e recebida como se fosse outra, quer porque esta 
apresente maiores vantagens processuais ao postulante, quer porque ausentes na 
impugnação deduzida os pressupostos recursais de tempestividade, forma, interesse 
ou legitimidade. 
Unirrecorribilidade: impedimento da parte vencida tem de ajuizar recursos 
simultâneos para a mesma sentença ou decisão. Ou seja, apenas um recurso pra 
cada caso. Exceto Apelação e Habeas Corpus pois não considera-se o HC um recurso, 
apenas uma ação, porém duas situações para “recorrer”. 
Tempestividade: O recurso intempestivo (fora do prazo) não será conhecido. 
O prazo é contado em dias corridos. 
Motivação: A parte que recorreu deve sempre motivar, ou seja, dar suas razões para 
interpor o recurso, seja pelo seu inconformismo, seja por discordar de algum ponto 
técnico na decisão. 
Regularidade Formal: obediência das formalidades processuais penais. 
 
 
 
14 Amanda Campos 
 
Efeitos dos recursos: 
Devolutivo Instância superior 
reaprecia os fatos 
Suspensivo Impede os efeitos da 
decisão (exceto se a 
decisão for improcedente) 
Extensivo aos corréus Objetivo: Resultado do 
recurso se estende a 
todos do processo, 
mesmo quem para quem 
não recorreu. Subjetivo: 
Não se estende aos 
outros, pois é algo que 
vale apenas no caso 
especifico daquele que 
recorreu 
Regressivo Direito de retratação do 
próprio julgador (juízo a 
quo), reanalisar os fatos 
 
Extinção dos recursos: 
Não conhecimento do recurso por falta de algum pressuposto 
Desistência: Por força do Princípio da Indisponibilidade o MP não pode desistir de 
recurso que haja interposto, em conformidade com o art. 576. Portanto, somente a 
Defesa (acusado e defensor) pode desistir do recurso interposto, isto pelo Princípio 
da Disponibilidade recursal. 
Deserção: Não pagamento das custas devidas 
 
Reformatio In Pejus Art. 617 cpp: 
Reformatio in pejus Direta: Nos recursos exclusivos da defesa. “Pior que ta não fica!” 
Juizo ad quem apenas aprecia o que foi pedido, podendo alterar para melhor ou 
deixar do jeito que está. 
Caso o MP também recorrer, essa hipótese não é válida. 
Não existe nos casos de reexame necessário. 
Reformatio in pejus Indireta: Se a sentença for anulada, volta para o juízo a quo 
novamente para proferir nova sentença, mas não pode ser pior do que a anterior. 
Tribunal do júri pode ser anulado. 
 
Reformatio in Mellius: 
É proibido piorar a situação do réu, mas melhorar pode! 
 
15 Amanda Campos 
O Tribunal pode melhorar a situação do réu mesmo nas questões que não tenham 
sido alegadas.

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