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OAB1FASE DIR PENAL AULA 02

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CULPABILIDADE 
 
ELEMENTOS: EXCLUDENTES: 
Imputabilidade Inimputabilidade 
Potencial consciência Erro de proibição inevitável 
da ilicitude 
Exigibilidade de Inexigibilidade de 
Conduta diversa conduta diversa 
 
 
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, 
era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-
se de acordo com esse entendimento. 
 
Redução de pena 
 
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de sa-
úde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o 
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 
Menores de dezoito anos 
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas 
na legislação especial. 
 
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: 
 
I - a emoção ou a paixão; 
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. 
 
Artigo 28 (...) 
 
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, 
ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de 
acordo com esse entendimento. 
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou 
força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do 
fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 
Modalidades de embriaguez: 
- Voluntária 
 
O agente quer beber e quer se embriagar 
 
 
 
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EM AMBAS, O AGENTE É IMPUTÁVEL 
- Culposa 
O agente quer beber, mas não quer se embriagar 
 
- Proveniente de Caso Fortuito 
Acidental, o agente não bebe porque quer beber 
- Proveniente de Força Maior 
 
O agente é obrigado a beber 
 
AMBAS – Podem caracterizar inimputabilidade ou semi-imputabilidade (Artigo 28, parágrafo 1º ou 2º.) 
 
- Embriaguez Preordenada 
 
O agente bebe para cometer o crime, já querendo cometer o crime 
Neste caso, o artigo 61 do CP prevê a embriaguez preordenada como circunstância agravante. 
 
O erro de proibição inevitável exclui a potencial consciência da ilicitude, afastando a culpabilidade e por conse-
quência, o próprio conceito analítico de crime. 
 
Erro sobre a ilicitude do fato 
 
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se 
evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. 
 
O erro de proibição não se confunde com erro de tipo. Vejamos o artigo 20 do CP: 
 Erro sobre elementos do tipo 
 
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime 
culposo, se previsto em lei. 
 
O erro de tipo caracteriza-se por erro sobre alguma elementar do tipo, algo que está escrito no tipo penal. 
 
Ex.: O agente pratica ato libidinoso com uma jovem de 13 anos, sem saber da idade dela, pois não é perceptível. 
Neste caso, afasta-se o dolo. Não há estupro de vulnerável na modalidade culposa. Ele não responde por nada. 
 
No erro de tipo, o agente não sabe exatamente o que está fazendo. O equívoco dele é quanto à realidade fática. 
Já no erro de proibição, o agente sabe exatamente o que faz, mas acredita que pode fazer, que sua conduta não 
é proibida. 
 
No conceito analítico de crime, erro de tipo e erro de proibição são tratados em momentos distintos. O erro de tipo 
poderá afastar a própria tipicidade, pois o dolo encontra-se no fato típico, dentro da conduta. 
 
Já o erro de proibição é tratado na culpabilidade, pois afastará a potencial consciência da ilicitude. Se o erro for 
evitável, reduzirá a pena. 
 
 
 
 
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Quanto à última excludente da culpabilidade: 
 
Inexigibilidade de conduta diversa 
Vejamos o artigo 22 do Código Penal 
 
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ile-
gal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem 
 
A coação que poderá afastar a culpabilidade é a coação moral irresistível. 
Já a coação física irresistível afasta a conduta. Afastada a conduta, não haverá tipicidade. 
Logo, podemos concluir que: Enquanto a coação física irresistível exclui a conduta, a coação moral irresistível ex-
clui a culpabilidade. 
 
PUNIBILIDADE 
 
Punibilidade 
 
Normal consequência da prática do crime. 
Ius puniendi – direito do Estado de punir 
 
CAUSAS EXTINTIVAS DA PUNIBILIDADE: 
 
- Conceito 
O Estado perde ou abre mão do direito de punir 
Não se afasta o conceito de crime 
 
Causas extintivas da punibilidade 
 
I - pela morte do agente; 
II - pela anistia, graça ou indulto; 
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; 
IV - pela prescrição, decadência ou perempção; 
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; 
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; 
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei 
 
 
 
 
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Prescrição da pretensão punitiva: 
 
Baseia-se na pena máxima cominada (prevista no tipo penal) 
Para o cálculo da prescrição, a pena máxima em abstrato servirá como parâmetro para o cálculo, com base no 
artigo 109 do CP. 
 
Ex.: Crime de lesão corporal leve. A pena máxima é de 1 ano. Pelo artigo 109, essa pena prescreve em quatro 
anos. 
 
Prescrição da pretensão executória: 
 
Baseia-se na pena em concreto, aplicada na sentença, com trânsito em julgado. 
Para o cálculo da prescrição, a pena aplicada servirá como parâmetro para o cálculo, com base no artigo 109 do 
CP. 
 
Ex.: Crime de lesão leve. A pena aplicada foi de 8 meses. Pelo artigo 109, essa pena prescreve em três anos. 
 
PRAZOS PRESCRICIONAIS - Art. 109. 
 
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; 
 
 
 
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II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze; 
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito; 
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro; 
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois; 
VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. 
 
Se a questão mencionar que o réu era menor de vinte e um anos na data do fato ou maior de 70 anos na data da 
sentença, a prescrição será contada pela metade (a PPP e a PPE). 
 
Redução dos prazos de prescrição 
 
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor 
de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos. 
 
Mas como começar a contar cada modalidade de prescrição? 
 
Termo inicial da prescrição antes de transitar em julgado a sentença final 
 
Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr: 
 
I - dodia em que o crime se consumou; 
II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; 
III - nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; 
IV - nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em que o fato se 
tornou conhecido. 
V - nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste Código ou em legislação es-
pecial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta a 
ação penal. 
 
Termo inicial da prescrição após a sentença condenatória irrecorrível 
 
Art. 112 - No caso do art. 110 deste Código, a prescrição começa a correr: 
 
I - do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a acusação, ou a que revoga a suspensão 
condicional da pena ou o livramento condicional; 
II - do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva computar-se na pena. 
 
Como aplicar a prescrição retroativa? 
 
Prescrição depois de transitar em julgado sentença final condenatória 
 
Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela pena aplicada e ve-
rifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente. 
 
§ 1o A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois de impro-
vido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data 
anterior à da denúncia ou queixa. 
 
Caso a questão de prova mencione hipótese em que o agente já estava cumprindo a pena, mas foge? 
Neste caso, trata-se de PPE. Para o cálculo da prescrição, o parâmetro será o que resta cumprir da pena. 
 
Prescrição no caso de evasão do condenado ou de revogação do livramento condicional 
 
Art. 113 - No caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento condicional, a prescrição é regulada 
pelo tempo que resta da pena. 
 
 
 
 
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A prescrição é contada sem interrupção? 
Não. Há causas que interrompem a contagem da prescrição, fazendo com que a prescrição tenha que ser contada 
novamente, não sendo aproveitado o tempo já contado anteriormente. 
 
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: 
 
 I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; 
II - pela pronúncia; 
III - pela decisão confirmatória da pronúncia; 
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; 
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; 
VI - pela reincidência. 
 
Exemplo: 
 
Sujeito foi condenado a uma pena de doze anos. Cumpre 9 e foge, restando três anos da pena. 
O parâmetro para o cálculo da prescrição será 3 anos. Pelo artigo 109, 3 anos prescrevem em oito anos. 
 
E se a questão de prova mencionar vários crimes praticados ou condenação por vários crimes, como calcular a 
prescrição? 
Ignora-se a pena total. Neste caso, calcula-se a prescrição de cada crime isoladamente. Alguns podem estar pres-
critos e outros não. 
 
Art. 119 - No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isolada-
mente. 
 
QUESTÕES 
 
01 - No dia 25 de fevereiro de 2014, na cidade de Ariquemes, Felipe, nascido em 03 de março de 1996, en-
contra seu inimigo Fernando na rua e desfere diversos disparos de arma de fogo em seu peito com inten-
ção de matá-lo. Populares que presenciaram os fatos, avisaram sobre o ocorrido a familiares de Fernando, 
que optaram por transferi-lo de helicóptero para Porto Velho, onde foi operado. No dia 05 de março de 
2014, porém, Fernando não resistiu aos ferimentos causados pelos disparos e veio a falecer ainda no hos-
pital de Porto Velho. Considerando a situação hipotética narrada e as previsões do Código Penal sobre 
tempo e lugar do crime, é correto afirmar que, em relação a estes fatos, Felipe será considerado: 
 
A) inimputável, pois o Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir o tempo do crime, enquanto que o 
lugar do crime é definido pela Teoria da Ubiquidade; 
B) inimputável, pois o Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir o tempo do crime, enquanto que o 
lugar é definido pela Teoria do Resultado; 
C) imputável, pois o Código Penal adota a Teoria do Resultado para definir tanto o tempo quanto o lugar do crime; 
D) imputável, pois o Código Penal adota a Teoria da Ubiquidade para definir o momento do crime, enquanto que a 
Teoria da Atividade determina o lugar; 
E) inimputável, pois o Código Penal adota a Teoria da Atividade para definir tanto o tempo quanto o local do crime. 
 
02 - Dois prefeitos de cidades vizinhas, Ricardo e Bruno, encontram-se em um bar, após uma reunião can-
sativa de negócios. Ricardo bebia doses de whisky e, mesmo não sendo essa sua intenção, acabou fi-
cando embriagado. Enquanto isso, Bruno bebia apenas refrigerante, mas foi colocado em seu copo um 
comprimido de substância psicotrópica por um eleitor de sua cidade, que também o deixou completa-
mente embriagado. Após, ainda alterados, cada um volta para a sede de sua prefeitura e apropriam-se de 
bens públicos para proveito próprio. 
Considerando o fato narrado, é correto afirmar que: 
 
A) Ricardo e Bruno são isentos de pena, pois a embriaguez de ambos decorreu de força maior; 
B) Ricardo deverá responder pelo crime praticado, enquanto Bruno é isento de pena; 
 
 
 
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C) Ricardo e Bruno deverão responder pelos crimes praticados, pois a embriaguez nunca exclui a imputabilidade 
penal; 
D) Ricardo e Bruno, caso sejam denunciados, responderão criminalmente perante a Câmara de Vereadores; 
E) Ricardo e Bruno são isentos de pena, pois a embriaguez do primeiro foi culposa e do segundo decorreu de 
força maior. 
 
03 - Tony, a pedido de um colega, está transportando uma caixa com cápsulas que acredita ser de remé-
dios, sem ter conhecimento que estas, na verdade, continham Cloridrato de Cocaína em seu interior. Por 
outro lado, José transporta em seu veículo 50g de Cannabis Sativa L. (maconha), pois acreditava que po-
deria ter pequena quantidade do material em sua posse para fins medicinais. 
Ambos foram abordados por policiais e, diante da apreensão das drogas, denunciados pela prática do 
crime de tráfico de entorpecentes. 
Considerando apenas as informações narradas, o advogado de Tony e José deverá alegar em favor dos 
clientes, respectivamente, a ocorrência de 
 
A) erro de tipo, nos dois casos. 
B) erro de proibição, nos dois casos. 
C) erro de tipo e erro de proibição. 
D) erro de proibição e erro de tipo. 
 
04 - Bráulio, rapaz de 18 anos, conhece Paula em um show de rock, em uma casa noturna. Os dois, após 
conversarem um pouco, resolvem dirigir-se a um motel e ali, de forma consentida, o jovem mantém rela-
ções sexuais com Paula. Após, Bráulio descobre que a moça, na verdade, tinha apenas 13 anos e que so-
mente conseguira entrar no show mediante apresentação de carteira de identidade falsa. 
A partir da situação narrada, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Bráulio deve responder por estupro de vulnerável doloso. 
B) Bráulio deve responder por estupro de vulnerável culposo. 
C) Bráulio não praticou crime, pois agiu em hipótese de erro de tipo essencial. 
D) Bráulio não praticou crime, pois agiu em hipótese de erro de proibição direto. 
 
05 - No dia 29/04/2011, Júlia, jovem de apenas 20 anos de idade, praticou um crime de lesão corporal leve 
(pena: de 03 meses a 01 ano) em face de sua rival na disputa pelo amor de Thiago. A representação foi de-
vidamente ofertada pela vítima dentro do prazo de 06 meses, contudo a denúncia somente foi oferecida 
em 25/04/2014. Em 29/04/2014 foi recebida a denúncia em face de Júlia, pois não houve composição civil, 
transação penal ou suspensão condicional do processo. 
(XX Exame)Nesta hipótese, 
 
A) poderá ser requerido pelo advogado de Júlia o reconhecimento da prescrição pela pena ideal, pois entre a data 
dos fatos e o recebimento da denúncia foram ultrapassados mais de 03 anos. 
B) deverá, caso aplicada ao final do processo a pena mínima prevista em lei, ser reconhecida a prescrição da pre-
tensão punitiva retroativa, pois entre a data dos fatos e o recebimento da denúncia foram ultrapassados mais de 
03 anos. 
C) não foram ultrapassados 03 anos entre a data dos fatos e do recebimento da denúncia, pois o prazo prescricio-
nal tem natureza essencialmente processual e não material. 
D) deverá ser reconhecida, de imediato, a prescrição da pretensão punitiva pela pena em abstrato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO: 
01) Gabarito: A 
 
Tempo do crime 
 
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do 
resultado 
 
Lugar do crime 
 
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem 
como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
 
02) Gabarito: B 
 
Ricardo estava em embriaguez culposa, que consoante artigo 28, não afasta a imputabilidade penal. Apenas 
Bruno não responderá por crime, em virtude da embriaguez completa proveniente de caso fortuito, consoante ar-
tigo 28, par. 1º, desde que inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato. 
 
03) Gabarito: C 
 
Comentários: 
Um dos sujeitos teve falsa percepção da realidade, pois não sabia que transportava droga. Logo, incidiu em erro 
de tipo. 
O outro sabia o que estava fazendo, mas acreditava que sua conduta não era proibido. Logo, incidiu em erro de 
proibição, artigo 21 do CP. 
 
04) Gabarito: C 
 
Comentários: 
O erro se deu baseado em uma falsa percepção da realidade fática. Logo, aplica-se o artigo do CP. Excluído o 
dolo, o agente não responderá pelo crime de estupro de vulnerável. 
 
05) Gabarito: D 
 
 
Comentários: 
Para o crime descrito na questão (lesão corporal leve - artigo 129 do Código Penal), o prazo de prescrição da pre-
tensão punitiva propriamente dita é de 4 anos, nos termos do artigo 109, inciso V, do CP: 
 
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do art. 110 deste 
Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: 
(...) 
 
 
 
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V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois; 
 
No entanto, o prazo será computado pela metade (dois anos), em virtude do que dispõe o artigo 115. 
 
Redução dos prazos de prescrição 
Art. 115 - São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 
21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos. 
 
Desta forma, a prescrição da pretensão punitiva se deu entre a data do fato e do recebimento da denúncia. 
 
 
 
 
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