Buscar

Inclusão social do deficiente auditivo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Inclusão social do deficiente auditivo: uma reflexão do atendimento do psicólogo na internação hospitalar
Autores: Mafalda Luiza Coelho Madeira da Cruz 
Vanessa Marques Lopes
Grupo: Allana Gleba, Amanda Lopes, Bruna Almeirão, Luiz Gustavo, Mônica
Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul
Resumo
O objetivo é demonstrar a importância do atendimento hospitalar ao portador de deficiência auditiva, por profissionais da área da saúde que tenham o conhecimento da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).
Melo (1970): 
	(...)quando comunicamos, tratamos de estabelecer uma comunidade.
Velozo apud Melo (1970):
	(...)estar isolado não se pode ser parte, não participa (...) comunicar é fazer participar, é trazer para a comunidade (...)
“Para comunicar , o sujeito deve estar incluído em seu meio, mostrando-se apto àquele processo de comunicação(...)”
Necessidade dos profissionais da área de saúde.
(É provável o constrangimento desse sujeito, pois alguns seres humanos sentem-se, às vezes, envergonhados por portarem um problema de saúde. Por isso é importante reservar-lhe o direito de falar sobre a questão, em consulta, somente com o profissional da saúde...)
Dificuldades...
Ressaltamos que a dificuldade avança quando o paciente necessita de um exame de endoscopia, uma ultra-sonografia, uma radiografia, um curativo, dentre outros procedimentos hospitalares.
Também quando ele necessita de uma intervenção cirúrgica, pois um ato cirúrgico é assustador para qualquer indivíduo e, na sala de cirurgia, os profissionais encontram-se de máscara, impossibilitando qualquer tentativa de o deficiente auditivo fazer uma leitura labial.
Psicólogo no ambiente hospitalar: dentre as quais, destaca-se aquela em que o deficiente auditivo busca atendimento como forma de obter um suporte no que se refere ao processo de internação e hospitalização. Esse profissional trabalha, basicamente, com a escuta, com a linguagem, seja ela corporal ou falada, por isso, questionamos: como atender o deficiente auditivo? E a linguagem, a comunicação, como ficariam?
Questionamentos...
Será que essa seria uma boa tentativa de inclusão?
Até que ponto a presença de um intérprete habilitado em LIBRAS poderia ajudar na comunicação entre equipe de saúde e paciente?
E o paciente, enquanto sujeito desejante, como veria a atuação do intérprete durante o atendimento, principalmente, no que diz respeito a questões relativas à sua intimidade?
Como a equipe de saúde dará suporte técnico e emocional para esse paciente se não consegue comunicação?
Qual seria o papel do psicólogo como parte da equipe de saúde e de que modo seria o seu atendimento para o deficiente auditivo no âmbito hospitalar?
Sawrey e Telford (1988):
	“Mesmo com intérpretes competentes, o abismo linguístico apresenta problemas graves. A linguagem de sinais dos deficientes auditivos carece de equivalentes vocabulares precisos(...)”
Capacitação linguística de profissionais na área da saúde.
Sabendo-se que hoje no Brasil existem cerca de 10 milhões de pessoa com problemas auditivos, ou seja, cerca de 5% da população em território nacional. 
Cabe a retórica que dentre essa porcentagem de pessoas com deficiência auditiva a grande maioria é depende do sistema único de saúde brasileiro, faço um espelho de como é gerada a situação em outras nações mundiais e nossa nação mãe.
No BRASIL:
Mediante o decreto 5626/05, os serviços de saúde devem atender diferenciadamente a comunidade surda. O decreto determina que a partir de 2006 o atendimento ás pessoas Surdas ou com algum tipo de deficiência auditiva seja realizado por profissionais capacitados para o uso de língua de sinais ou para sua tradução e interpretação.
Como sabemos se torna uma lei com difícil regulamentação e alguns casos quase impossível diante do atendimento de um sistema de saúde que um país praticamente continental com investimentos reduzidos na área da saúde. 
A falta de preparo que nossas unidades de saúde atuam tornam-se retrogradas e ligeiramente desleixadas por falta de investimento profissional e estrutural. Atualmente, o Brasil tem mais de 440 mil médicos em atividade e uma população estimada em 207 milhões de pessoas, segundo dados do conselho federal de medicina (CFM). Isto representa 1 médico atenderá uma média nacional de 470 habitantes. A falta de estrutura ressalta neste dado do CFM que praticamente nos informa que o cotidiano de um médico brasileiro é inflado de pacientes todos os dias fazendo que suas consultas se tornem rápidas para que outro paciente possa ser atendido.
Baseado nesta questão trouxe o depoimento da jornalista Claúdia Werneck que ressalta a violação dos direitos de pessoas surdas que entrevistou alunos residentes da faculdade de medicina se São Paulo:
‘’ Havia na ala de queimados do hospital público em que ele atuava, um homem bastante machucado, que praticamente não se queixava de dor, o que chamava a atenção de médicos, enfermeiros e atendentes. Ele não recebia visitas de familiares, amigos, era muito solitário. As anotações em seu prontuário no que se referia a analgésicos eram raríssimas, fato não compatível com seu estado. Até que um médico resolveu esclarecer este mistério e descobriu que este paciente era surdo, não oralizado, e sentia muita dor, sim, só não conseguia expressar isso, por que, imobilizado por causa das queimaduras, não mexia as mãos nem outras partes de seu corpo’’
Muitos pesquisadores abordam o estudo de LIBRAS para profissionais da área da saúde como obrigatório para o entendimento médico e paciente. Mas não são encontrados relatos mostrando a existência na grade curricular dos cursos superior ou técnicos na área de saúde que abrangem este conteúdo. 
Pelo fato dos deficientes auditivos muitas vezes não terem problemas visuais, a escrita depois da gesticulação torna-se a principal arma para a compreensão e solução do paciente. Mas para muitos surdos a realidade é que o português é sua segunda língua como qualquer outra estrangeira é difícil seu aprendizado. Portanto a escrita não seria o caminho ideal para que o atendimento funcione perfeitamente.
Como exemplo trago um trecho da entrevista da jornalista Claúdia Werneck que entrevistou pessoas com deficiência auditiva que procuravam o sistema único de saúde brasileiro:
 
‘’escrever apenas não resolve os problemas, é necessário que eles expliquem. Pensam que sabemos bem o português, e que só pela escrita poderão resolver esta barreira que impõe a comunicação. ’’
Outro relato que chama a atenção é que algum membro de família ou amigo que saibam libras e conseguiam falar tornem-se tradutores. Mas a mensagem entre profissional da área de saúde e paciente terá ruídos, a mensagem do emissor não chegará por completa ao receptor segundo Lasswell ’’O ruído é uma perturbação indesejável em qualquer processo de comunicação, que pode provocar danos ou desvios de mensagem. ’’
Abaixo segue o relato de pessoas surdas e os problemas de receber a mensagem do médico:
‘’ eu já estive doente e não fui ao médico, porque tive medo de não ser compreendida, tive que esperar mais ou menos cinco dias para minha mão chegar e me levar ao médico. ’’
‘’ quando precisava ir ao médico pedi a minha irmã escrevesse o que eu estava sentido, mostrava para o médico e ele me dava a receita. O médico não explicava nada, eu ficava com muitas dúvidas, eles não entendem nossa vida. ’’
A falta de intérpretes de LIBRAS constitui uma barreira no sistema único de saúde, o que torna ainda mais complicado a vida de pessoas com surdez que procuram atendimentos, Mas se for reavaliado a situação da saúde brasileira com grupos de minorias aparecerá que na verdade as unidades de saúde não estão preparadas para inclusões de deficientes, muitas vezes notamos que não há rampas ou elevadores para cadeirantes, faixas e informações para deficientes visuais, Simplesmente funcionam excluindo deficientes das proximidades de sua casa e o transferindo para instituições de maior porte para que o atendimento do paciente sejarealizado por completo.
alguns exemplos em território nacional que incentivam funcionários da saúde pública a aderirem aulas de libras como um curso técnico em sua área. A universidades Federal de Santa Catarina em extensão com a Universidade Federal de Juiz de fora criaram um projeto chamado ‘’Libras e Saúde’’ que visa despertar o interesse profissional e acadêmico de profissionais na área de saúde na linguagem de libras para facilitar o atendimento as pessoas com surdez e ampliar o alcance do atendimento a deficientes auditivos. Segue o link abaixo:
http://librasesaude.paginas.ufsc.br/
Outro caso de capacitação de profissionais na área de saúde para que atendam pessoas com deficiência auditiva ocorre na cidade de João Pessoa no estado da Paraíba, o projeto ‘’MÃOS QUE MULTIPLICAM SAÚDE’’ já capacitou mais de 200 profissionais da área da saúde até o mês de março de 2018.
Com o objetivo claro de proporcionar aos usuários surdos a inclusão em grandes instituições de saúde da cidade em suas emergências e urgências. Com o intuito de incluir funcionários que dominem a língua de libras em suas unidades básicas em um futuro próximo. 
Conforme conta uma das idealizadoras do projeto, Rosangela lima em cada centro de atenção à saúde – Há um interprete para atender os usuários surdos e acompanhá-los ao atendimento quando precisam.
‘’. Com a capacitação, aumentamos o número de profissionais habilitados a prestarem o atendimento em saúde a necessidade do paciente. Eles fazem o acolhimento, a triagem e o atendimento em si, se comunicando em libras. ’’
Segue o link abaixo:
http://www.joaopessoa.pb.gov.br/pmjp-capacita-profissionais-em-libras-para-melhorar-atendimento-a-usuarios-surdos/
Na Itália…
 A Itália está entre os poucos países europeus que não ainda oficialmente reconheceu sua língua de sinais
26 julho 2017
Até à data, o italiano linguagem gestual (LIS) ainda não ganhou qualquer reconhecimento a nível nacional, embora o processo legislativo para sua formalização é iniciado em 2015.
Esquerda da Itália, então, o único país, junto com Luxemburgo, para não ser oficialmente reconhecido a sua própria língua de sinais, embora o Parlamento Europeu votou a favor do reconhecimento das línguas nacionais do sinal já em 1998 e, mais recentemente, em 2016.
Na Itália, há anos o movimento LIS agora! esforça-se para conseguir o reconhecimento de LIS pelo estado a fim de promover a inclusão e para proteger este idioma.
O projecto de lei sobre o reconhecimento da língua de sinais italiana, sendo debatido no Senado, nos últimos meses, deverá ser garantida de LIS educação primária e escolas secundárias de primeira instância e a presença de um intérprete de LIS para escolas e universidades.
Obrigado!

Outros materiais