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ANÁLISE ECONÔMICA DOS CONTRATOS Contratos Os contratos são instrumentos para geração de riqueza. As trocas na economia acontecem e os contratos são celebrados no sentido de quem mais valoriza o bem. As trocas vão gerando riquezas. Contrato x Direito Contratual O contrato pode existir antes do instrumento jurídico, pois é um elemento com finalidade social. A regulamentação jurídica dessa função social ou manifestação de vontade é o que chamamos de Direito Contratual. O contrato no sentido de relação de troca é anterior ao sistema jurídico ou ao Direito Contratual. Questão de prova: o Direito Contratual vai abranger todos os bens possíveis de serem trocados? NÃO! O mercado de bens ilícitos, por exemplo, não pode ser objeto de contrato. Por exemplo: o traficante não aciona o Poder Judiciário para cobrar uma dívida referente a droga ilícita. Visão Normativa x Visão Positiva - Visão Normativa – um juízo de valor. Ex.: acho que poderia ter um mercado lícito para as drogas (trata-se de uma análise normativa, com carga de valor). - Visão Positiva – as coisas como de fato são. Ex.: é ilícito o comércio de drogas (trata-se da vida como ela é). Excedente: Comprador x Vendedor - Excedente do Comprador: a diferença entre o valor que o comprador dá ao bem e o preço desse bem. - Excedente do Vendedor: é a diferença entre o preço do bem e o preço que vendedor dá ao bem. Benefícios dos Contratos: Divisão do trabalho Aumento de produtividade (ganho de escala em consequência do item anterior) Ideia de melhorias de Pareto (se eu sou capaz de melhorar o bem estar d euma pessoa sem diminuir o bem estar das demais, tenho as melhorias de Pareto. Os contratos são estabelecidos para as melhorias de Pareto). <SABER DEFINIÇÃO DE MELHORIAS DE PARETO> Contratos Ineficientes: as falhas de mercado ocorrem devido as externalidades, a assimetria de informação e custos de transação. Externalidades – normalmente, a relação contratual de compra e venda, por exemplo, deve gerar benefícios e custos apenas as partes envolvidas. A externalidade corre a partir de uma troca em que há um efeito terceiro que pode ser positivo ou negativo a alguém. Quando ocorre externalidades, o contrato é ineficiente independente do tipo de externalidade (positiva ou negativa) que gere. Simetria de Informação – pode ocorrer antes da fase contratual (problema de seleção adversa), ou seja, uma troca deixa de ser realizada porque não há informações para uam das partes; ou pós-estabelecimento do contrato (risco moral), quando se estabelece um contrato e uma das partes passa a agir de maneira que prejudica o outro. Custos de transação – custos envolvidos para a formação de um contrato e a efetivação de uma troca. A relação de troca pode não acontecer devido aos custos de transação. Ex.: deseja comprar um produto, porém desiste da compra devido aos custos da exportação. Teorema de Coase – estruture a lei de modo a remover os impedimentos aos acordos privados (IMPORTANTE). Teorias dos Jogos (coopera ou não coopera): os contratos têm que ser estabelecidos de modo a gerar cooperação entre os agentes (p. 171). ANÁLISE ECONÔMICA DA RESPONSABILIDADE CIVIL O regramento deve ser estruturado de modo que as pessoas identifiquem o nível ótimo de precaução. Medidas que superem o nível ótimo de precaução são custosas e passam a ser ineficientes. Ofensor (causador do dano) x Vítima (sofre o dano) Quais as ações do ofensor e da vítima em relação às precauções que os agentes podem estar abordando? Questão de prova: as medidas de precaução são eficientes quando têm custo inferior aos benefícios que são capazes de gerar. Fórmula de Leanerd Hand (p. 183): o potencial causador de um dano terá agido com culpa se os custos marginais de adoção da precação forem menores do que a redução do dano material esperado. Ex.: alguém instalou um ar-condicionado que está escoando água na sala de aula e não no sistema de escoamento. A má instalação pode ocasionar um curto circuito e estragar a rede elétrica. Caso o instalador tivesse zelo e demorasse mais 5 minutos para instalar da forma correta, não teria prejuízos com a ação executado. Esse dano é em termos marginais. Não existe na fórmula de Hand a observação do cuidado da vítima, apenas do ofensor. É preciso observar o comportamento do ofensor e da vítima, o que não deixa de responsabilizar o ofensor da responsabilidade que lhe cabe. A fórmula de Hand fala sobre o critério de culpa do agressor.
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