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Amebas Prof.ª Denize Maria Galice Rodrigues Unimar/2018 Amebas Protozoários unicelulares eucariontes Ciclo biológico: trofozoito: estágio móvel de alimentação cisto: estágio de resistência infectante Multiplicação: fissão binária Movimentação: através de pseudópodes Amebas Amebas comensais: Entamoeba coli Entamoeba hartmanni Endolimax nana Entamoeba gingivalis (cavidade bucal) Amebas intestinais: Entamoeba histolytica Entamoeba dispar Amebíase Intestinal Agente etiológico: Entamoeba histolytica Distribuição geográfica mundial Presença de quadros benignos a fatais Ciclo biológico: cisto e trofozoito Multiplicação: divisão binária Habitat: intestino grosso Amebíase Transmissão oro-fecal: ingestão de cistos com água e alimentos contaminados por fezes contaminadas mãos contaminadas aglomeração populacional nível sócio-econômico falta de saneamento básico Ciclo Biológico Amebíase Patogenia e virulência: Hospedeiro: raça, sexo, idade estado nutricional e dieta consumo bebida alcoólica Ambiente: clima e localização geográfica Amebíase Patogenia e virulência: Ligados ao meio onde vivem as amebas: presença da biota bacteriana intestinal: Escherichia coli Aerobacter aerogenes Enterobacter sp. Clostridium sp. Patogênese Adesão às células epiteliais do cólon: presença de lectinas, cisteína-proteases invasão do epitélio intestinal: citólise presença de amoebapore (proteína) presença de pseudópodes intensa resposta inflamatória: presença de mediadores inflamatórios e neutrófilos Amebíase Período de incubação: variável de sete dias até quatro meses Formas clínicas: amebíase intestinal assintomática: maioria dos casos amebíase intestinal sintomática Amebíase Amebíase intestinal aguda: dores abdominais, febre, tremores de frio diarreia, evacuações mucosanguinolentas (de 8 a 10 vezes ao dia), acompanhadas de cólicas intensas ausência de tratamento: alta mortalidade ou sintomatologia grave Amebíase Amebíase intestinal “crônica”: de 2 a 4 evacuações, diarreicas ou não, por dia, com fezes moles ou pastosas, às vezes contendo muco ou sangue flatulência, dor e desconforto abdominal fadiga, perda de peso reduzida capacidade para o trabalho Amebíase Colite amebiana fulminante: atinge mulheres grávidas, no puerpério (pós- parto) e imunodeprimidos sintomas: cólicas fortes, fezes sanguinolentas e úlceras perfuração intestinal que podem levar à morte Complicações Atinge 4% dos casos perfuração intestinal peritonite hemorragias, apendicite e ameboma Ameboma: lesões pseudotumorais resultantes de necrose inflamação e edema da mucosa intestinal Ameboma Importante para equipe médica: diagnóstico diferencial de: diverticulites esquistossomíase tuberculose tumores outras colopatias Amebíase extra-intestinal Forma hepática: predominância em homens adultos, 20 aos 60 anos (Pará e Amazonas) presença de necrose de fígado Tríade de sintomas: dor, febre e hepatomegalia fraqueza, perda de peso e icterícia infecções pulmonares e cerebrais: raras Diagnóstico Laboratorial Parasitológico de fezes: procura de trofozoitos exame direto ou a fresco: fezes diluídas em salina e coradas por lugol (30 minutos da emissão das fezes) fezes líquidas: utilizar o fixador de Shaudinn, para fezes coletadas em hospitais Diagnóstico Laboratorial Parasitológico de fezes: procura de cistos em fezes formadas: Método de Hoffmann: sedimentação de cistos por ação da gravidade Método de Faust: centrífugo-flutuação das fezes Diagnóstico Laboratorial Métodos Imunológicos: teste de Elisa e imunofluorescência Outros: retossigmoidoscopia (observação de úlceras) radiografias, tomografias ultra-sonografias ressonância magnética Amebas que parasitam o intestino humano Entamoeba histolytica (cistos) Cisto de Entamoeba coli (10-35µm) Entamoeba histolytica Prevenção Educação sanitária: rigorosa lavagem das mãos, depois de cuidar da higiene de quaisquer doentes e de possíveis eliminadores de cistos eliminar fontes infecção: manipuladores de alimentos lavagem dos alimentos crus não utilizar fezes humanas como adubos Tratamento Medicamentos de ação tecidual: Metronidazol: 500 a 750 mg/dose 3 vezes/dia, por 10 dias (em adultos) 20-40 mg/dia, por 10 dias (em crianças) Controle de cura: exame de fezes 7, 14, 21 e 28 dias após o término do tratamento Amebas de Vida Livre Naegleria fowleri: meningoencefalite amebiana primária: infecção fulminate Acanthamoeba sp: encefalite amebiana granulomatosa ceratite casos raros e graves Amebas de Vida Livre Ambientes naturais: rios, lagos, mares, solo e poeira ambientes artificiais: piscinas, água de abastecimento público ar condicionado sistemas de condução de água em consultórios dentários e hospitais Naegleria fowleri Diagnóstico Laboratorial: confundidos com meningites bacterianas fulminantes exame de líquor: líquor purulento com ausência de bactérias exame à fresco: procura da ameba Meningoencefalite Amebas de Vida Livre Ceratite por Acanthamoeba: infecção crônica da córnea frequente entre usuários de lentes de contato microtraumatismo nos olhos contaminação: água contaminada ou partículas do ar ou solo contendo cistos amebianos Ceratite por Acanthamoeba Tratamento Meningoencefalite: anfotericina B, via endovenosa ausência de tratamento: perda da visão Ceratite: neomicina (colírio) cetoconazol ou itraconazol (via oral) transplante de córnea (após cura parasitológica) Estudo Dirigido Crianças em creches e escolas podem apresentar alta taxa de infecção por alguns agentes infecciosos estudados até o momento. Quais são estes agentes e os motivos dessas infecções? Podem ser graves para as crianças? Justifique. Quais são as formas de transmissão das amebas de vida livre?
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