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Direito Penal III Resumo

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Direito Penal III – Parte Especial
HOMICÍDIO
Homicídio simples, previsto no caput do art. 121 CP, pena de reclusão varia de 6 a 20 anos. É composto pelo núcleo matar e pelo elemento objetivo alguém. 
Art. 121, par. 1º, CP prevê o chamado homicídio privilegiado. Na verdade, a expressão homicídio privilegiado, embora largamente utilizada pela doutrina e pela jurisprudência, nada mais é do que uma causa de redução de pena, tendo influência no terceiro momento da sua aplicação. (minorante, causa de diminuição).
Homicídio qualificado – Art. 121, par. 2º, CP reclusão de 12 a 30 anos.
O sujeito ativo do delito de homicídio pode ser qualquer pessoa, haja vista tratar-se de um delito comum, uma vez que o tipo penal não delimita sua prática por determinado grupo de pessoas que possua alguma qualidade especial.
Sujeito passivo da mesma forma, pode ser qualquer pessoa, em faze da ausência de qualquer especificidade constante do tipo penal.
Objeto material do delito é a pessoa contra a qual recai a conduta praticada pelo agente. Bem juridicamente protegido é a vida.
Tratando-se de crime material, infração penal que deixa vestígios, o homicídio, para que possa ser atribuído a alguém, exige a confecção do indispensável exame de corpo de delito, direto ou indireto, conforme determinam os arts. 158 e 167 do CPP.
O elemento subjetivo constante do caput do art. 121 CP é o dolo, ou seja, a vontade livre e consciente de matar alguém. O agente atua com o chamado animus necandi ou animus occidendi. A conduta do agente, portanto, é dirigida finalisticamente a causar a morte de um homem.
Dolo direto – Quando o agente quer efetivamente a produção do resultado morte.
Dolo eventual – Assume o risco de produzi-lo.
Pode o delito ser praticado comissivamente quando o agente dirige sua conduta com o fim de causar a morte da vítima, ou omissivamente, quando deixa de fazer aquilo que estava obrigado em virtude de sua qualidade de garantidor (crime omissivo impróprio), conforme preconizado pelo art. 13, par. 2º, alíneas a, b e c do CP, agindo dolosamente em ambas as situações.
A consumação do delito de homicídio ocorre com o resultado morte, sendo perfeitamente admissível a tentativa.
Homicídio privilegiado – Par. 1º do art. 121 CP – Causa especial de diminuição de pena, aplicada às hipóteses nele previstas. 
Motivo de relevante valor social ou moral.
Sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida injusta provocação da vítima.
Homicídio qualificado – Art. 121, par. 2º - A pena passa a ser de 12 a 30 anos de reclusão. As qualificadoras que correspondem aos motivos estão elencadas nos incisos I e II do art. 121: paga ou a promessa de recompensa, ou outro motivo torpe, e o motivo fútil.
No inciso III, diz a lei que qualifica o homicídio o emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum, apontando, assim, os meios utilizados na prática da infração penal.
No inciso IV, o CP arrolou, a título de qualificadoras, os modos como a infração penal é cometida, vale dizer, à traição, de emboscada ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido.
No inciso V, o homicídio é qualificado pelos fins quando for levado a efeito para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou a vantagem de outro crime.
É importante frisar, nesta oportunidade, que o par. 2º do art. 121, CP prevê uma modalidade de tipo derivado qualificado. Isso significa que todas as qualificadoras devem ser consideradas como circunstâncias, e não como elementares do tipo. Tal raciocínio se faz mister pelo fato de que o art. 30, CP determina: “Art. 30. Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime”.
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO A SUICÍDIO
Induzimento, instigação ou auxilio a suicídio
Art. 122 – Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxilio para que o faça:
Pena – reclusão, de 1 a 3 anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
Parágrafo Único – A pena é duplicada:
Aumento de pena
I – Se o crime é praticado por motivo egoístico;
II – Se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.
É um crime comum; simples; de forma livre; doloso (pois o tipo penal não fez visão expressa da modalidade culposa); comissivo; de dano; material;
Pode ser praticado por qualquer pessoa, uma vez que o tipo penal não especifica o sujeito ativo. O sujeito passivo, da mesma forma, poderá ser qualquer pessoa.
Ação penal pública incondicionada 
INFANTICÍDIO
Art. 123 – Matar, sob influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após:
Pena – detenção de 2 a 6 anos.
Que o delito seja cometido sob a influência do estado puerperal;
Que tenha como objeto o próprio filho da parturiente;
Que seja cometido durante o parto ou, pelo menos, logo após.
Crime próprio (pois somente pode ser cometido pela mãe, que atua influenciada pelo estado puerperal); simples; de forma livre; doloso, comissivo e omissivo impróprio (uma vez que o sujeito ativo é garantidor); de dano, material.
Tentativa admissível
Consumação com a morte da vítima
Ação penal pública incondicionada
ABORTO
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento
Art. 124 – Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:
Pena – detenção de 1 a 3 anos.
Aborto provocado por terceiro
Art. 125 – Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:
Pena – reclusão de 3 a 10 anos.
Art. 126 – Provocar aborto com o consentimento da gestante:
Pena – reclusão de 1 a 4 anos.
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de 14 anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.
Forma qualificada
Art. 127 – As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em consequência do aborto ou dos meios empregados para provoca-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.
Art. 128 – Não se pune o aborto praticado por médico:
Aborto necessário
I – Se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
II – Se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.

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