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Introdução às máquinas rotativas Máquinas Elétricas Máquinas CA Bezerra, E.C.1 1Engenharia Elétrica Centro de Ciência e Tecnologia 2016 Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes Table of Contents 1 Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes Objetivos Compreender os princípios de funcionamento das máquinas elétricas; Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes Objetivos Compreender os princípios de funcionamento das máquinas elétricas; Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes Tensão Máquinas CA A natureza geral da tensão já foi discutida no começo deste capítulo, agora serão apresentadas as expressões quantitativas. Considerando o entreferro uniforme temos a seguinte generalização Bpico = 4µ0 pig kfNf pólos If (1) Onde kf é o fator de enrolamento de campo, Nf é o total de espiras em série no enrolamento de campo, e If é a corrente de campo. Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes Tensão Máquinas CA B = Bpico cos ( pólos 2 θr ) (2) Onde θr é o ângulo entre o ponto em questão e o eixo magnético do enrolamento do rotor (enrolamento de campo). O fluxo de entreferro por pólo (φp) é dado por φp = l ∫ pi/pólos −pi/pólos Bpico cos ( pólos 2 θr ) rdθr φp = ( 2 pólos ) 2Bpico lr (3) Onde r é o raio até o entreferro, e l o comprimento axial do ferro do estator/rotor. Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes Tensão Máquinas CA φp é o fluxo cte gerado pelo enrolamento de campo, note que a parte desse fluxo que é concatenado pelo enrolamento de armadura varia com o girar do rotor. Para analisar esta variação consideramos o ângulo ωmt . λa = kenrNfaseφp cos ( pólos 2 ωmt ) (4) Considerar t=0, o eixo do rotor está alinhado com o eixo da fase a. O que acontece com λa em ωmt igual a zero e pi/2? Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes Tensão Máquinas CA λa = kenrNfaseφp cos ( pólos 2 ωmt ) Pela lei de Faraday, a tensão induzida na fase a é ea = dλa dt Lembrando que a velocidade mecânica do rotor (em rad/s elétricos - me) é dada por ωme = ( pólos 2 ) ωm (5) ωm é a velocidade do rotor em rad/s. Assim temos, ea = −ωmekenrNfaseφp sinωme t (6) Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes Tensão Máquinas CC Será discutido quando for estudado máquinas CC. Ea = ( pólos 2pi ) ( Ca m ) φpn (7) Tensão entre as escovas da máquina elementar CC Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes Objetivos Nesta seção iremos deduzir as equações de conjugado para uma máquina elementar ideal. Para deduzir as equações, como já vimos anteriormente utilizaremos as equações de energia e co-energia; Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes Passo a passo do método de circuito acoplado A máquina será vista como um elemento de circuito cujas indutâncias dependem da posição angular do rotor. 1 O λ e a co-energia de campo magnético serão expressos em termos das correntes e indutâncias; 2 O conjugado pode então ser encontrado a partir da derivada parcial da energia ou co-energia em relação à posição do rotor; 3 As tensões no terminal será a soma das quedas de tensão nas resistências (Ri) e as tensões da lei de Faraday (dλ/dt); 4 Obtendo assim um conjunto de equações diferenciais não-lineares que descrevem o desempenho dinâmico da máquina. Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes Passo a passo do método de circuito acoplado A máquina será vista como um elemento de circuito cujas indutâncias dependem da posição angular do rotor. Suponha que os enrolamentos do estator sejam concentrados; As indutâncias próprias são cte, e a variação da indutância mútua é Lembre que θme = ( pólos 2 ) θm Para o nosso caso que a máquina tem apenas 2 pólos θme = θm. Observando a figura concluímos que L ′er(θme) = Ler cos(θme) (8) Note que Ler denota o valor cte da indutância mútua. L ′er (θme) para θme = 0 e 2pi, ±pi/2, ±pi? Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes Passo a passo do método de circuito acoplado Partindo do capítulo 3 temos que a função de co-energia é dada por W ′campo = 1 2 Lee i2e + 1 2 Lrr i2r + Ler ie ir cos ( pólos 2 θm ) Note que W ′campo foi espresso em θm porque a equação de T exige que a derivada seja em relação ao ângulo espacial θm. Tcampo = δW’campo(i1, i2, θ) δθ ∣∣∣∣∣∣ i1 ,i2 = i21 2 dL11(θ) dθ + i22 2 dL22(θ) dθ + i1i2 dL12(θ) dθ Assim o torque existente será apenas o conjugado de excitação, já que o conjugado de relutância é nulo (indutâncias próprias cte). Tcampo = − ( pólos 2 ) Ler ie ir sin θme (9) O sinal negativo indica que a ação do torque é no sentido de alinhar os eixos, de maneira a maximizar a indutância mútua. Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes Exemplo 4.6 (Fitzgerald) Aplicando esta análise a máquina síncrona elementar da figura 4.34, temos a) Deduza uma expressão para o conjugado magnético desenvolvido pela máquina quando sua velocidade é variada sob controle do dispositivo mecânico conectado ao seu eixo. Tcampo = − ( pólos 2 ) Ler ie ir sin θme Dados: Pólos = 2, Ir = cte, ie = Ie cosωe t , e θm = ωmt + δ. Tcampo = −Ler Ie cos(ωe t)Ir sin(ωmt + δ) Onde ωm é a velocidade angular do rotor, e δ é a posição inicial do rotor. Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes Exemplo 4.6 (Fitzgerald) a) Deduza uma expressão para o conjugado magnético... Tcampo = −Ler Ie cos(ωe t)Ir sin(ωmt + δ) Lembre que sinα cos β = 1 2 [sinα+ β+ sinα − β] Tcampo = −12Ler Ie Ir {sin[(ωm + ωe)t + δ] + sin[(ωm − ωe)t + δ]} O torque é formado por duas componentes de amplitudes iguais, mas velocidades angulares diferentes (Seção 4.5); Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes Ondas girantes de FMM em máquinas CA A FMM de um enrolamento 1φ pode ser decomposta em duas ondas girantes de FMM, cada com metada da amplitude máxima. F+g1 = 1 2 Fmax cos(θae − ωe t) e F−g1 = 1 2 Fmax cos(θae + ωe t) (10) Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes Ondas girantes de FMM em máquinas CA A decomposição das FMM é um passo conceitual importante para o entendimento das máquinas CA; As ondas progressivas negativas anulam-se; As ondas progressivas positivas somam-se, resultando em uma única onda progressiva positiva de fluxo. Essa resultante produz conjugado útil! Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes Ondas girantes de FMM em máquinas CA polifásicas Assim temos Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes Exemplo 4.6 (Fitzgerald) b) Encontre a velocidade para a qual produz-se conjugado médio quando a frequência do estator é 60 Hz. O conjugado médio em um intervalo de tempo suficientemente longo será 0 (exceto quando ωm = ±ωe); Quando ωm = ωe , o rotor estágirando em sincronismo com a onda de fluxo do estator (Razão por chamar máquina síncrona). T = −1 2 Ler Ie Ir [sin(2ωe t + δ) + sin(δ)] O primeiro termo de seno é um componente cujo valor médio é zero; O segundo termo é o conjugado médio. Tmédio = −12Ler Ie Ir sin(δ) Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes Exemplo 4.7 (Fitzgerald) Máq. síncrona, 3φ, 4 pólos, com entreferro uniforme. Considere indutâncias do enrolamento de armadura cte. Laa = Lbb = Lcc e Lab = Lbc = Lca Considere a indutância própria do enrolamento de campo (Lf ) cte. As indutâncias mútuas entre o enrolamento de campo e os 3 de fase da armadura variam de acordo com θm L ′af = Laf cos(2θm) L ′bf = Lbf cos(2θm − 120◦) L ′cf = Lcf cos(2θm + 120 ◦) Onde θm é o ângulo entre os eixos magnéticos do enrolamento de campo e o da fase a. Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes Exemplo 4.7 (Fitzgerald) Sendo uma máq. 3φ equilibrada, as correntes são dadas por ia = Ia cos(ωe t + δ) ib = Ib cos(ωe t + δ − 120◦) ic = Ic cos(ωe t + δ+ 120◦) Substituímos esses valores na eq. da co-energia do sistema para obter o conjugado W’campo(ia , ib , ic , if , θm) = (termos cte) + L ′af ia if + L ′ bf ib if + L ′ cf ic if = (termos cte) + 3 2 Laf Ia If cos(2θm − ωe t − δ) T = δW’campo δθm ∣∣∣∣∣∣ ia ,ib ,ic ,if ,θm = −3Laf Ia If sin(2θm − ωe t − δ) Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes Exemplo 4.7 (Fitzgerald) T = −3Laf Ia If sin(2θm − ωe t − δ) Considerando os 4 pólos da máquina temos ωme = ( pólos 2 )ωm = 2ωm para nosso problema ωme = ωe e ωm = ωs , então ωs t = ( ωe 2 )t Assim T = 3Laf Ia If sin(δ) Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes Exemplo 4.7 (Fitzgerald) Diferente do caso 1φ, o conjugado da máquina 3φ, opera em condições equilibradas é cte. T = 3Laf Ia If sin(δ) Lembre que δ é a posição angular do rotor em t = 0. Isso é devido ao fato que a onda de FMM do estator consiste em uma única onda de fluxo girante (resultante), pois todas as componenetes negativas se anulam. No caso da máquina 1φ em que a corrente do estator produz duas ondas de fluxo, uma para frente e outra para trás, onda esta que não está em sincronismo com o rotor e responsável pelo aparecimento da componente variável no tempo do conjugado. T = −1 2 Ler Ie Ir [sin(2ωe t + δ) + sin(δ)] Introdução às máquinas rotativas Tensão gerada Conjugado em máquinas de pólos não salientes
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