Buscar

EBOOK VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

0 
 
 
 
Vigilância Epidemiológica 
 
1 
 
 
 
2 
 
1. SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
 Na primeira metade da década de 60 consolidou-se, internacionalmente, uma 
conceituação mais abrangente de vigilância epidemiológica, em que eram 
explicitados seus propósitos, funções, atividades, sistemas e modalidades 
operacionais. Vigilância epidemiológica passou, então, a ser definida como “o 
conjunto de atividades que permite reunir a informação indispensável para conhecer, 
a qualquer momento, o comportamento ou história natural das doenças, bem como 
detectar ou prever alterações de seus fatores condicionantes, com a finalidade de 
recomendar oportunamente, sobre bases firmes, as medidas indicadas e eficientes 
que levem à prevenção e ao controle de determinadas doenças”. 
 No Brasil, esse conceito foi, inicialmente, utilizado em alguns programas de 
controle de doenças transmissíveis, coordenados pelo Ministério da Saúde. A 
experiência da Campanha de Erradicação da Varíola (CEV) motivou a aplicação dos 
princípios de vigilância epidemiológica a outras doenças evitáveis por imunização, de 
forma que, em 1969, foi organizado um sistema de notificação semanal de doenças, 
baseado na rede de unidades permanentes de saúde e sob a coordenação das 
secretarias estaduais de saúde. 
 As informações de interesse desse sistema passaram a ser divulgadas 
regularmente pelo Ministério da Saúde, através de um boletim epidemiológico de 
circulação quinzenal, editado pela Fundação SESP. Tal processo propiciou o 
fortalecimento de bases técnicas que serviram, mais tarde, para a implementação de 
programas nacionais de grande sucesso na área de imunizações, notadamente na 
erradicação da transmissão autóctone do poliovírus selvagem na região das 
Américas. 
 Em 1975, por recomendação da 5ª Conferência Nacional de Saúde, foi 
instituído o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica - SNVE. Este sistema, 
formalizado pela Lei 6.259 do mesmo ano e decreto 78.231, que a regulamentou em 
1976, incorporou o conjunto de doenças transmissíveis então consideradas de maior 
relevância sanitária no país. Buscava-se, na ocasião, compatibilizar a 
operacionalização de estratégias de intervenção, desenvolvidas para controlar 
 
3 
 
doenças específicas, por meio de programas nacionais que eram, então, 
escassamente interativos. 
 
 
Com a promulgação da lei 8.080, de 1990, que regulamentou o 
Sistema Único de Saúde SUS, ocorreram importantes 
desdobramentos na área de vigilância epidemiológica. 
Conceito de vigilância epidemiológico, segundo a Lei 8.080: 
“conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a 
detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores 
determinantes e condicionantes de saúde individual ou 
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas 
de prevenção e controle das doenças ou agravos. 
 
 
Este conceito está em consonância com os princípios do SUS, que prevê a 
integralidade preventivo-assistencial das ações de saúde, e a consequente 
eliminação da dicotomia tradicional entre essas duas áreas, que tanto dificultava as 
ações de vigilância. 
 
 
 
 
(2016/CONSULPLAN/Prefeitura de Venda Nova do Imigrante – ES) “Conjunto de ações 
que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos 
fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva. ” A descrição 
anterior se refere a: 
 
a) Vigilância sanitária. 
b) Indicadores de saúde. 
c) Vigilância epidemiológica. 
d) Indicadores de morbidade. 
 
Resposta Correta: 
c) Vigilância epidemiológica. 
Comentário: 
Conceito de vigilância epidemiológica, segundo a Lei 8.080: “conjunto de ações que 
 
4 
 
proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores 
determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de 
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. 
 
 
 
 
(2016/FAEPESUL) O conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a 
detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e 
condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e 
adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos constitui a: 
 
a) Vigilância Nutricional. 
b) Vigilância Sanitária. 
c) Política Nacional de saúde do trabalhador. 
d) Vigilância Ambiental em saúde. 
e) Vigilância Epidemiológica. 
 
Resposta Correta: 
e) Vigilância epidemiológica. 
 
Comentário: 
Conceito de vigilância epidemiológica, segundo a Lei 8.080: “conjunto de ações que 
proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores 
determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de 
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. 
 
 
 
 
 
(2016/INSTITUTO AOCP/EBSERH) De acordo com o que dispõe a Lei 8.080/90, 
entende-se por Vigilância Epidemiológica: 
 
a) a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros 
insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção 
b) a participação na formulação da pol tica e na e ecução de aç es de saneamento sico. 
c) um conjunto de aç es que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de 
qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de sa de individual ou 
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das 
doenças ou agravos. 
 
5 
 
d) um conjunto de aç es capa de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à sa de e de intervir 
nos pro lemas sanit rios decorrentes do meio am iente, da produção e circulação de ens 
e da prestação de serviços de interesse da sa de. 
e) o controle de ens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a sa de, 
compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo. 
 
Resposta Correta: 
c) um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecç o ou 
prevenç o de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de 
sa de individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de 
prevenç o e controle das doenças ou agravos. 
 
Comentário: 
Conceito de vigilância epidemiológica, segundo a Lei 8.080: “conjunto de ações que 
proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores 
determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de 
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. 
 
 
 
 
 
(2015/CISCOPAR/CISCOPAR) Entende-se por _______________________ um conjunto 
de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer 
mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, 
com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das 
doenças ou agravos. A expressão que completa CORRETAMENTE a frase é: 
 
a) vigilância epidemiológica 
b) vigilância sanitária 
c) assistência terapêutica integral 
d) vigilância nutricional 
e) assistência à saúde do trabalhador 
 
Resposta Correta: 
a) vigilância epidemiológica 
 
Comentário: 
Conceito de vigilância epidemiológica, segundo a Lei 8.080: “conjunto de ações que 
 
6 
 
 
proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores 
determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de 
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controledas doenças ou agravos. 
 
 
 
 
 
(2015/INAZ do Pará/Prefeitura de Terra Alta – PA) A expressão vigilância 
epidemiológica passou a ser aplicada ao controle das doenças transmissíveis na 
década de 1950, para designar uma série de atividades subsequentes à etapa de 
ataque da Campanha de Erradicação da Malária, vindo a designar uma de suas fases 
constitutivas. Tratava-se, portanto, da vigilância de pessoas, com base em medidas 
de isolamento ou de quarentena, aplicadas individualmente e não de forma coletiva. 
Originalmente, essa express o significava “a observação sistemática e ativa de casos 
suspeitos ou confirmados de doenças transmissíveis e de seus contatos”. A partir do 
exposto leia as assertivas e marque a resposta correta que identifica segundo o 
Ministério da Saúde o conceito de vigilância epidemiológica. 
 
a) Um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir 
nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens 
e da prestação de serviços de interesse da saúde coletiva. 
b) Um conjunto de atividades que se destina, através de ações da vigilância sanitária, à 
promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e 
reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das 
condições de trabalho. 
c) Um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de 
qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou 
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das 
doenças ou agravos. 
 d) Um conjunto de ações e serviços em saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde, 
seja diretamente ou mediante participação complementar da iniciativa privada, ela é 
organizada de forma regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente. 
e) Um conjunto ações de vigilância sanitária em circunstâncias especiais, como na 
ocorrência de agravos inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção 
estadual do Sistema Único de Saúde ou que representem risco de disseminação nacional, 
ela é organizada de forma regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade 
crescente. 
 
 
7 
 
 
Resposta Correta: 
c) Um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou 
prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de 
saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de 
prevenção e controle das doenças ou agravos. 
 
 
Comentário: 
Conceito de vigilância epidemiológica, segundo a Lei 8.080: “conjunto de ações que 
proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores 
determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de 
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. 
 
 
1.1 Propósitos e funções da Vigilância Epidemiológica 
 
 A vigilância epidemiológica tem como propósito fornecer orientação técnica 
permanente para os profissionais de saúde, que têm a responsabilidade de decidir 
sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos, tornando disponíveis, 
para esse fim, informações atualizadas sobre a ocorrência dessas doenças e 
agravos, bem como dos fatores que a condicionam, numa área geográfica ou 
população definida. 
 A operacionalização da vigilância epidemiológica compreende um ciclo de 
funções específicas e intercomplementares, desenvolvidas de modo contínuo, 
permitindo conhecer, a cada momento, o comportamento da doença ou agravo 
selecionado como alvo das ações, para que as medidas de intervenção pertinentes 
possam ser desencadeadas com oportunidade e eficácia. 
 
 
 
 
 
 
8 
 
São funções da Vigilância Epidemiológica 
 
 
 
 
 A eficiência do SNVE depende do desenvolvimento harmônico das 
funções realizadas nos diferentes níveis. Quanto mais capacitada e eficiente a 
instância local, mais oportunamente poderão ser executadas as medidas de controle. 
Os dados e informações aí produzidos serão, também, mais consistentes, 
possibilitando melhor compreensão do quadro sanitário estadual e nacional e 
consequentemente, o planejamento adequado da ação governamental. Nesse 
contexto, as intervenções oriundas do nível estadual e, com maior razão, do federal 
tenderão a tornar-se seletivas, voltadas para questões emergenciais ou que, pela sua 
transcendência, requerem avaliação complexa e abrangente, com participação de 
especialistas e centros de referência, inclusive internacionais. 
Coleta de dados; Processamento de 
dados coletados; 
Análise e 
interpretação dos 
dados processados; 
Recomendação das 
medidas de 
prevenção e controle 
apropriadas; 
Promoção das ações 
de prevenção e 
controle indicadas; 
Avaliação da eficácia 
e efetividade das 
medidas adotadas; 
Divulgação de 
informações 
pertinentes. 
 
9 
 
 
 
 
(2016/SEGPLAN-GO/SEAP-GO) São inúmeras as funções da Vigilância 
Epidemiológica, exceto: 
 
a) coleta de dados. 
b) processamento de dados coletados. 
c) análise e interpretação dos dados processados. 
d) recomendação das medidas de controle apropriadas. 
e) intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e da 
circulação de bens, e da prestação de serviços de interesse da saúde. 
 
Resposta Correta: 
e) intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e da 
circulação de bens, e da prestação de serviços de interesse da saúde. 
 
Comentário: 
Relembrando: São funções da Vigilância Epidemiológica 
 Coleta de dados; 
 Processamento de dados coletados; 
 Análise e interpretação dos dados processados; 
 Recomendação das medidas de prevenção e controle apropriadas; 
 Promoção das ações de prevenção e controle indicadas; 
 Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; 
 Divulgação de informações pertinentes. 
 
 
 
 
(2016/Iniciativa Global/CIAS-MG) Além da coleta, são funções da vigilância 
epidemiológica: 
 
a) Processamento de dados e tratamento dos doentes. 
b) Processamento, análise de dados e promoção das ações de controle indicadas. 
c) Processamento, análise de dados, divulgação de informações e criação de indicadores de 
risco ambiental. 
d) Processamento, análise de dados e notificação de casos suspeitos de doenças 
contagiosas às autoridades judiciais. 
 
Resposta Correta: 
b) Processamento, análise de dados e promoção das ações de controle indicadas. 
 
10 
 
 
Comentário: 
Relembrando: São funções da Vigilância Epidemiológica 
 Coleta de dados; 
 Processamento de dados coletados; 
 Análise e interpretação dos dados processados; 
 Recomendação das medidas de prevenção e controle apropriadas; 
 Promoção das ações de prevenção e controle indicadas; 
 Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; 
 Divulgação de informações pertinentes. 
 
 
 
 
 
(2016/Instituto Excelência/Prefeitura de Monte Azul Paulista – SP) A vigilância 
epidemiológica compreende um ciclo de funções específicas e Inter complementares, 
desenvolvidas de modo contínuo, permitindo conhecer, a cada momento, o 
comportamento da doença ou agravo selecionado como alvo das ações, de forma que 
as medidas de intervenção pertinentes possam ser desencadeadas com oportunidade 
e eficácia. São funções da vigilância epidemiológica: 
 
a) Coleta de dados; processamento dos dados coletados; análise e interpretação dos dados 
processados; recomendaçãodas medidas de controle apropriadas; promoção das ações de 
controle indicadas; avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; divulgação de 
informações pertinentes. 
b) Consolidação e análise de informações já disponíveis; conclusões preliminares a partir 
dessas informações; apresentação das conclusões preliminares e formulação de hipóteses; 
definição e coleta das informações necessárias para testar as hipóteses. 
c) Reformulação das hipóteses preliminares; comprovação da nova conjectura; definição e 
adoção de medidas de prevenção e controle. 
d) Nenhuma das alternativas. 
 
Resposta Correta: 
a) Coleta de dados; processamento dos dados coletados; análise e interpretação dos 
dados processados; recomendação das medidas de controle apropriadas; promoção 
das ações de controle indicadas; avaliação da eficácia e efetividade das medidas 
adotadas; divulgação de informações pertinentes. 
 
11 
 
 
Comentário: 
Relembrando: São funções da Vigilância Epidemiológica 
 Coleta de dados; 
 Processamento de dados coletados; 
 Análise e interpretação dos dados processados; 
 Recomendação das medidas de prevenção e controle apropriadas; 
 Promoção das ações de prevenção e controle indicadas; 
 Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; 
 Divulgação de informações pertinentes. 
 
 
 
 
1.2 Coleta de dados e informações 
 
 O cumprimento das funções de vigilância epidemiológica depende da 
disponibilidade de dados que sirvam para subsidiar o processo de produção de 
INFORMAÇÃO PARA AÇÃO. A qualidade da informação depende, sobretudo, da 
adequada coleta de dados gerados no local onde ocorre o evento sanitário (dado 
coletado). É também nesse nível que os dados devem primariamente ser tratados e 
estruturados, para se constituírem em um poderoso instrumento – a INFORMAÇÃO – 
capaz de subsidiar um processo dinâmico de planejamento, avaliação, manutenção e 
aprimoramento das ações. 
 
 
 
A coleta de dados ocorre em todos os níveis de 
atuação do sistema de saúde. 
 
 
 
 
 
 
12 
 
1.3 Tipos de dados 
 
 Os dados e informações que alimentam o Sistema de Vigilância Epidemiológica 
são os seguintes: 
 
 
 
Dados demográficos 
Socioeconômicos e ambientais: permitem quantificar a população 
e gerar informações sobre suas condições de vida: número de 
habitantes e características de sua distribuição, condições de 
saneamento, climáticas, ecológicas, habitacionais e culturais. 
 
Dados de morbidade 
Podem ser obtidos mediante a notificação de casos e surtos, de 
produção de serviços ambulatoriais e hospitalares, de investigação 
epidemiológica, de busca ativa de casos, de estudos amostrais e 
de inquéritos, entre outras formas. 
 
 
 
Dados de 
mortalidade 
São obtidos através das declarações de óbitos, processadas pelo 
Sistema de Informações sobre Mortalidade. Mesmo considerando 
o sub-registro, que é significativo em algumas regiões do país, e a 
necessidade de um correto preenchimento das declarações, trata-
se de um dado que assume importância capital entre os 
indicadores de saúde. Esse sistema está sendo descentralizado, 
objetivando o uso imediato dos dados pelo nível local de saúde. 
 
 
 
Notificação de 
surtos e epidemias 
A detecção precoce de surtos e epidemias ocorre quando o 
sistema de vigilância epidemiológica local está bem estruturado, 
com acompanhamento constante da situação geral de saúde e da 
ocorrência de casos de cada doença e agravo de notificação. Essa 
prática possibilita a constatação de qualquer indício de elevação 
do número de casos de uma patologia, ou a introdução de outras 
doenças não incidentes no local e, consequentemente, o 
diagnóstico de uma situação epidêmica inicial, para a adoção 
imediata das medidas de controle. Em geral, deve-se notificar 
esses fatos aos níveis superiores do sistema, para que sejam 
alertadas as áreas vizinhas e/ou para solicitar colaboração, 
quando necessário. 
 
 
 
13 
 
1.4 Notificação 
 
 Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo 
à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, 
para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes. Historicamente, a 
notificação compulsória tem sido a principal fonte da vigilância epidemiológica, a 
partir da qual, na maioria das vezes, se desencadeia o processo informação-decisão-
ação. 
 A listagem das doenças de notificação nacional é estabelecida pelo Ministério 
da Saúde entre as consideradas de maior relevância sanitária para o país. 
 Além das doenças ou eventos de “notificação imediata” (informação r pida – 
ou seja, deve ser comunicada por e-mail, telefone, fax ou Web). A escolha dessas 
doenças obedece a alguns critérios, razão pela qual essa lista é periodicamente 
revisada, tanto em função da situação epidemiológica da doença, como pela 
emergência de novos agentes, por alterações. 
 Os dados coletados sobre as doenças de notificação compulsória são incluídos 
no Sistema Nacional de Agravos Notificáveis (SINAN). Estados e municípios 
podem adicionar à lista outras patologias de interesse regional ou local, justificada a 
sua necessidade e definidos os mecanismos operacionais correspondentes. Entende-
se que só devem ser coletados dados para efetiva utilização no aprimoramento das 
ações de saúde, sem sobrecarregar os serviços com o preenchimento desnecessário 
de formulários. 
 
 
 
Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou 
agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde 
ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção 
pertinentes. 
 
 
 
 
14 
 
Os parâmetros para inclusão de doenças e agravos na lista de notificação 
compulsória devem obedecer aos critérios a seguir: 
 
 
Magnitude 
Aplicável a doenças de elevada frequência, que afetam grandes 
contingentes populacionais e se traduzem por altas taxas de incidência, 
prevalência, mortalidade e anos potenciais de vida perdidos. 
Potencial de 
disseminação 
Representado pelo elevado poder de transmissão da doença, através de 
vetores ou outras fontes de infecção, colocando sob risco a saúde coletiva. 
 
 
 
 
Transcendência 
Expressa-se por características subsidiárias que conferem relevância 
especial à doença ou agravo, destacando-se: severidade, medida por taxas 
de letalidade, de hospitalização e de sequelas; relevância social, avaliada, 
subjetivamente, pelo valor imputado pela sociedade à ocorrência da 
doença, e que se manifesta pela sensação de medo, de repulsa ou de 
indignação; e relevância econômica, avaliada por prejuízos decorrentes de 
restrições comerciais, redução da força de trabalho, absenteísmo escolar e 
laboral, custos assistenciais e previdenciários, entre outros. 
 
 
Vulnerabilidade 
Medida pela disponibilidade concreta de instrumentos específicos de 
prevenção e controle da doença, propiciando a atuação efetiva dos serviços 
de saúde sobre indivíduos e coletividades. 
 
Compromissos 
internacionais 
Relativos ao cumprimento de metas continentais ou mundiais de controle, 
de eliminação ou de erradicação de doenças, previstas em acordos 
firmados pelo governo brasileiro com organismos internacionais. 
Ocorrência de 
emergências de 
saúde pública, 
epidemias e 
surtos 
São situações que impõe notificação imediata de todos os eventos de 
saúde que impliquem risco de disseminação de doenças, com o objetivo de 
delimitar a área de ocorrência,elucidar o diagnóstico e deflagrar medidas 
de controle aplicáveis. Mecanismos próprios de notificação devem ser 
instituídos, com base na apresentação clínica e epidemiológica do evento. 
 
 
 
 
15 
 
 
 
ATENÇÃO! 
 
O caráter compulsório da notificação implica responsabilidades 
formais para todo cidadão e uma obrigação inerente ao exercício da 
medicina, bem como de outras profissões na área de saúde. Mesmo 
assim, sabe-se que a notificação nem sempre é realizada, o que 
ocorre por desconhecimento de sua importância e, também, por 
descrédito nas ações que dela devem resultar. 
 
 
 
 
Aspectos da Notificação 
 
 
 
 
 Além da notificação compulsória, o Sistema de Vigilância Epidemiológica pode 
definir doenças e agravos como de notificação simples. O Sistema Nacional de 
Agravos de Notificação (SINAN) é o principal instrumento de coleta dos dados de 
notificação compulsória. 
 
 
O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de 
casos, configurando-se o que se denomina notificação negativa, que funciona como um 
indicador de eficiência do sistema de informações. 
A notificação tem de ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito médico-sanitário 
em caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito de anonimato dos cidadãos. 
Notificar a simples suspeita da doença ou evento. Não se deve aguardar a confirmação do 
caso para se efetuar a notificação, pois isso pode significar perda da oportunidade de intervir 
eficazmente. 
 
16 
 
 
 
 
(2016/Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ) A comunicação da ocorrência de determinada 
doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária, por profissionais de saúde ou 
qualquer cidadão, é conhecida como: 
 
a) subnotificação 
b) vigilância epidemiológica 
c) vigilância em saúde 
d) notificação 
. 
Resposta Correta: 
d) notificação 
 
Comentário: 
Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita 
à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção 
de medidas de intervenção pertinentes. 
 
 
 
 
(2014/BIO-RIO/Fundação Saúde) O procedimento fundamental para o bom 
funcionamento da vigilância epidemiológica é a: 
 
a) notificação. 
b) investigação. 
c) avaliação. 
d) informatização. 
e) informação. 
 
Resposta Correta: 
a) notificação 
 
Comentário: 
Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita 
à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção 
de medidas de intervenção pertinentes. Essa comunicação é imprescindível para que sejam 
tomadas as medidas necessárias inerentes à vigilância epidemiológica. 
 
 
17 
 
1.5 SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
 
 O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE) compreende o 
conjunto articulado de instituições do setor público e privado, componente do Sistema 
Único de Saúde (SUS) que, direta ou indiretamente, notifica doenças e agravos, 
presta serviços a grupos populacionais ou orienta a conduta a ser tomada para o 
controle dos mesmos. 
 Reorganização do Sistema de Vigilância Epidemiológica: desde a 
implantação do SUS, o SNVE vem passando por profunda reorganização 
operacional, para adequar-se aos princípios de descentralização e de integralidade 
da atenção à saúde. Esse processo encontra-se em fase mais adiantada, na área de 
assistência médica, na qual a transferência de recursos, ações e atividades vinha 
ocorrendo desde a publicação da Norma Operacional Básica de 1993 (NOB/93). 
Diferentemente, até meados da década de 1990, o financiamento das ações de 
vigilância epidemiológica era realizado mediante convênios do governo federal com 
as secretarias estaduais e municipais de saúde. Do ponto de vista organizacional, 
permanecia a atuação simultânea das três esferas de governo em cada território 
(FUNASA, SES e SMS), o que resultava em descontinuidade e superposição de 
ações. 
 Em dezembro de 1999, foi redefinida a sistemática de financiamento na área 
de epidemiologia e controle de doenças, que também passou para a modalidade 
fundo-a-fundo. Esses instrumentos legais permitiram o direcionamento de recursos 
para o nível local do sistema de saúde, com o objetivo de atender, prioritariamente, 
às ações demandadas por necessidades locais, quanto à doenças e agravos mais 
frequentes. A partir do ano 2000, o processo de descentralização foi acelerado por 
várias medidas, que romperam os mecanismos de repasses conveniais e por 
produção de serviços. 
 
1.6 SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN) 
 
 É o mais importante para a Vigilância Epidemiológica. Desenvolvido entre 
1990 e 1993, para tentar sanar as dificuldades do Sistema de Notificação 
 
18 
 
Compulsória de Doenças/SNCD, e substituí-lo, tendo em vista o razoável grau de 
informatização já disponível no país, o SINAN foi concebido pelo Centro Nacional de 
Epidemiologia, com o apoio técnico do DATASUS e da PRODABEL (Prefeitura 
Municipal de Belo Horizonte), para ser operado a partir das Unidades de Saúde, 
considerando o objetivo de coletar e processar dados sobre agravos de notificação, 
em todo o território nacional, desde o nível local. Mesmo que o município não 
disponha de microcomputadores em suas unidades, os instrumentos deste sistema 
são preenchidos neste nível, e o processamento eletrônico é feito nos níveis centrais 
das Secretarias Municipais de Saúde (SMS), regional ou nas Secretarias Estaduais 
(SES). 
 O SINAN é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de 
casos de doenças e agravos, que constam da lista nacional de doenças de 
notificação compulsória, mas é facultado a estados e municípios incluir outros 
problemas de saúde, importantes em sua região. Por isso, o número de doenças e 
agravos contemplados pelo SINAN, vem aumentando progressivamente, desde seu 
processo de implementação, em 1993, sem uma relação direta com a 
compulsoriedade nacional da notificação, expressando as diferenças regionais de 
perfis de morbidade registradas no Sistema. A entrada de dados, no SINAN, é feita 
mediante a utilização de alguns formulários padronizados: 
 Ficha Individual de Notificação (FIN): é preenchida para cada paciente. Quando 
da suspeita da ocorrência de problema de saúde de notificação compulsória (Portaria 
1943, de 18 de outubro de 2001) ou de interesse nacional, estadual ou municipal e 
encaminhada pelas unidades assistenciais, aos serviços responsáveis pela 
informação e/ou vigilância epidemiológica. Este mesmo instrumento é utilizado para 
notificação negativa. 
 Notificação negativa é a notificação da não ocorrência de doenças de 
notificação compulsória, na área de abrangência da unidade de saúde. Indica que os 
profissionais e o sistema de vigilância da área estão alertas, para a ocorrência de tais 
eventos. 
 A partir da alimentação do banco de dados do SINAN, pode-se calcular a 
incidência, prevalência, letalidade e mortalidade, bem como realizar análises, de 
acordo com as características de pessoa, tempo e lugar, particularmente, no que 
 
19 
 
tange às doenças transmissíveis de notificação obrigatória. Além disso, é possível 
avaliar-se a qualidade dos dados. 
 
 
 
Indicadores são variáveis suscetíveis à mensuração direta, produzidos 
com periodicidade definida e critérios constantes. Disponibilidade de 
dados, simplicidade técnica, uniformidade, sinteticidade e poderdiscriminatório, são requisitos básicos para a sua elaboração. Os 
indicadores de saúde refletem o estado de saúde da população de uma 
comunidade. 
 
 
 
 
 
 
 
(2014/BIO-RIO/Fundação Saúde) Para fins de vigilância epidemiológica, a notificação 
negativa de uma determinada doença é a: 
 
a) não notificação por parte do médicos. 
b) notificação da não ocorrência de casos da doença. 
c) notificação da não ocorrência de doenças infectocontagiosas 
d) notificação de número de casos abaixo do esperado no período. 
e) não notificação mensal do sistema de vigilância epidemiológica. 
. 
Resposta Correta: 
b) notificação da não ocorrência de casos da doença. 
 
Comentário: 
Notificação negativa é a notificação da não ocorrência de doenças de notificação 
compulsória, na área de abrangência da unidade de saúde. Indica que os profissionais e o 
sistema de vigilância da área estão alertas, para a ocorrência de tais eventos. 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
 
(2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH) Este sistema de informação é um dos mais 
importantes para a Vigilância Epidemiológica e tem o objetivo de coletar e processar 
dados sobre agravos de notificação em todo o território nacional. O enunciado refere-
se ao: 
 
a) SISREG. 
b) SINAN. 
c) SISVE. 
d) SISMEM. 
e) SINESP. 
 
Resposta Correta: 
b) SINAN. 
 
Comentário: 
O SINAN é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças 
e agravos, que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória, mas é 
facultado a estados e municípios incluir outros problemas de saúde, importantes em sua 
região. 
 
 
 
 
 
(2014/CESGRANRIO/Petrobras) Um importante Sistema de Vigilância Epidemiológica 
do Ministério da Saúde, desenvolvido entre os anos de 1990 e 1993, que é alimentado, 
principalmente, pela notificação e pela investigação de casos de doenças e agravos 
constantes da lista nacional de doenças de notificação compulsória, é o: 
 
a) Sistema Integrado de Informações da Saúde (SIIS) 
b) Sistema de Notificação Compulsória de Doenças (SNCD) 
c) Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) 
d) Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) 
e) Sistema Nacional de Notificação de Enfermidades (SNNE) 
 
Resposta Correta: 
d) Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) 
 
21 
 
 
Comentário: 
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN) é o mais 
importante para a Vigilância Epidemiológica. Desenvolvido entre 1990 e 1993, para tentar 
sanar as dificuldades do Sistema de Notificação Compulsória de Doenças/SNCD, e 
substituí-lo, tendo em vista o razoável grau de informatização já disponível no país, o SINAN 
foi concebido pelo Centro Nacional de Epidemiologia, com o apoio técnico do DATASUS e 
da PRODABEL. 
 
 
 
 
 
 
(2013/IBFC/EBSERH) A notificação e investigação de casos de doenças e agravos que 
constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória alimentam um dos 
sistemas de informação em saúde do Brasil, denominado: 
 
a) Sistema Nacional de Agravos de Notificação Compulsória (SINASC). 
b) Sistema Nacional de Morbidade e Mortalidade (SIM). 
c) Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). 
d) Sistema de Informações Gerenciais de Doenças de notificação compulsória (SIG-NC). 
 
Resposta Correta: 
c) Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) 
 
 
Comentário: 
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN) é o mais 
importante para a Vigilância Epidemiológica. Desenvolvido entre 1990 e 1993, para tentar 
sanar as dificuldades do Sistema de Notificação Compulsória de Doenças/SNCD, e 
substituí-lo, tendo em vista o razoável grau de informatização já disponível no país, o SINAN 
foi concebido pelo Centro Nacional de Epidemiologia, com o apoio técnico do DATASUS e 
da PRODABEL. 
 
 
 
 
22 
 
 
 
 
(Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ/2016/TBG) O sistema de informação que reúne 
todos os dados relativos aos agravos de notificação, alimentado pelas notificações 
compulsórias, é denominado: 
 
A) SINAN 
B) SINASC 
C) SIA 
D) SIAB 
 
Resposta Correta: 
A) SINAN 
 
Comentário: 
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN) é o mais 
importante para a Vigilância Epidemiológica. Desenvolvido entre 1990 e 1993, para tentar 
sanar as dificuldades do Sistema de Notificação Compulsória de Doenças/SNCD, e 
substituí-lo, tendo em vista o razoável grau de informatização já disponível no país, o SINAN 
foi concebido pelo Centro Nacional de Epidemiologia, com o apoio técnico do DATASUS e 
da PRODABEL. 
 
 
 
 
 
 
(Instituto Excelência/2016/Prefeitura de Monte Azul Paulista - SP) Referente ao 
Sistema de Informação de Agravos de Notificação, assinale a alternativa que 
apresente alguns aspectos que devem ser considerados na notificação: 
 
A) Notificar a simples suspeita da doença. Deve-se aguardar a confirmação do caso para se 
efetuar a notificação, pois isto pode significar perda da oportunidade de intervir eficazmente. 
B) A notificação tem de ser compartilhada, só podendo ser divulgada dentro do âmbito 
médico sanitário em caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito de 
anonimato dos cidadãos. 
C) O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de 
casos, configurando-se o que se denomina notificação negativa, que funciona como um 
indicador de eficiência do sistema de informações. 
D) Nenhuma das alternativas 
 
23 
 
 
Resposta Correta: 
C) O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na 
ausência de casos, configurando-se o que se denomina notificação negativa, que 
funciona como um indicador de eficiência do sistema de informações. 
 
 
Comentário: 
Relembrando: 
 
 
 
 
 
1.7 NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA 
 
 Notificação Compulsória é a notificação obrigatória de casos e surtos de 
doenças e outros agravos constantes da listagem de doenças de notificação, cujos 
critérios de elaboração serão vistos adiante. É dever de todo cidadão notificar, sendo 
uma obrigação inerente aos profissionais da área da saúde. Sua obrigatoriedade 
consta da Lei n.º 6259/75. 
 
 
 
O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na 
ausência de casos, configurando-se o que se denomina notificação negativa, que 
funciona como um indicador de eficiência do sistema de informações. 
A notificação tem de ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito 
médico-sanitário em caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito de 
anonimato dos cidadãos. 
Notificar a simples suspeita da doença ou evento. Não se deve aguardar a 
confirmação do caso para se efetuar a notificação, pois isso pode significar perda 
da oportunidade de intervir eficazmente. 
 
24 
 
1.7.1 PORTARIA Nº 204 DE 17 DE FEVEREIRO DE 2016 
 
 
 
 
 
 
Considerando a necessidade de padronizar os procedimentos normativos 
relacionados à NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA no âmbito do Sistema Único de 
Saúde (SUS), resolve: 
 
 
CAPÍTULO I 
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS 
 
 
 
Art. 1º Esta Portaria define a LISTA NACIONAL DE NOTIFICAÇÃO 
COMPULSÓRIA de doenças, agravos e eventos de saúde pública: 
 
 
 
 
 
Art. 2º Para fins de notificação compulsória de importância nacional serão 
considerados os seguintes conceitos: 
 
 
 
 
Nos serviços de 
saúde públicos 
e privados 
em todo o 
território 
nacional 
Define a Lista Nacional de NotificaçãoCompulsória de doenças, agravos e eventos de saúde 
pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos termos do 
anexo, e dá outras providências. 
 
 
25 
 
 
I – 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II – 
 
 
 
 
 
 
 
III – 
 
 
 
 
IV – 
 
 
 
 
Agravo Qualquer dano à integridade física ou mental do indivíduo, 
provocado por circunstâncias nocivas, tais como: 
 
 
Autoridades 
de saúde 
 O Ministério da Saúde e 
 As Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito Federal 
e Municípios, 
 
o Responsáveis pela vigilância em saúde em 
cada esfera de gestão do SUS 
 
Doença  Enfermidade ou estado clínico, independente de origem 
ou fonte, que represente ou possa representar um dano 
significativo para os seres humanos; 
 
Epizootia 
Doença ou morte de animal ou de grupo de animais que possa 
apresentar riscos à saúde pública; 
 
26 
 
 
V – 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VI – 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Evento de saúde 
pública (ESP) 
Situação que pode constituir potencial ameaça à 
saúde pública, como a ocorrência de: 
 surto ou epidemia, 
 doença ou agravo de causa desconhecida, 
 alteração no padrão clínico epidemiológico das 
doenças conhecidas, 
 Considerando: 
 
Notificação 
compulsória Comunicação obrigatória à autoridade de saúde, 
realizada: 
Sobre a ocorrência de SUSPEITA ou CONFIRMAÇÃO de 
doença, agravo ou evento de saúde pública, descritos no 
anexo, podendo ser: 
 Imediata ou Semanal 
 
27 
 
VII – 
 
 
 
 
 
 
 
VIII – 
 
 
 
 
IX – 
 
 
 
 
 
 
 
X – 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Notificação 
compulsória imediata 
(NCI) 
Notificação compulsória realizada em até 24 (vinte e 
quatro) horas, a partir do conhecimento da ocorrência 
de doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo 
meio de comunicação mais rápido disponível; 
Notificação 
compulsória semanal 
(NCS) 
Notificação compulsória realizada em até 7 
(sete) dias, a partir do conhecimento da 
ocorrência de doença ou agravo; 
Notificação 
compulsória negativa 
Comunicação semanal realizada pelo 
responsável pelo estabelecimento de saúde à 
autoridade de saúde, informando que na semana 
epidemiológica não foi identificado nenhuma 
doença, agravo ou evento de saúde pública 
constante da Lista de Notificação Compulsória; e 
Vigilância sentinela 
 
Modelo de vigilância realizada a partir de 
estabelecimento de saúde estratégico para a 
vigilância de morbidade, mortalidade ou agentes 
etiológicos de interesse para a saúde pública, 
 com participação facultativa, 
 segundo norma técnica específica 
estabelecida pela Secretaria de Vigilância em 
Saúde (SVS/MS). 
 
Esse prazo é frequentemente cobrado em provas. DOCORE! O 
prazo para a NCI é de 24 horas! 
 
28 
 
 
CAPÍTULO II 
DA NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA 
 
 
Art. 3º A NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA é OBRIGATÓRIA para: 
 
 
 
 Em conformidade com o art. 8º da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975. 
 
 
 
 
 
§ 1º A NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA será realizada diante: 
 
 
 
 
 
Os médicos 
Outros profissionais de saúde 
Ou responsáveis pelos serviços públicos e privados de 
saúde que prestam assistência ao paciente 
da suspeita ou confirmação 
É muito comum questões provas afirmarem que a notificação 
compulsória pode ser realizada APENAS por médicos, o que 
está ERRADO. Perceba que qualquer profissional de saúde 
pode realiza-la. 
 
 
29 
 
 De doença ou agravo, de acordo com o estabelecido no anexo, observando-se, 
também, as normas técnicas estabelecidas pela SVS/MS. 
§ 2º A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de 
notificação compulsória à autoridade de saúde competente também será realizada 
pelos responsáveis por ESTABELECIMENTOS PÚBLICOS OU PRIVADOS: 
 
 
 
§ 3º A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de 
notificação compulsória: 
 
 Pode ser realizada à autoridade de saúde por QUALQUER CIDADÃO 
que deles tenha conhecimento. 
 
 
 
 
(2014/CESGRANRIO/Petrobras) A notificação compulsória é a comunicação 
obrigatória sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou 
evento de saúde pública que deve ser feita à autoridade de saúde. Essa notificação 
NÃO é feita por: 
 
a) médicos. 
b) enfermeiros. 
c) responsáveis pelos serviços privados de saúde. 
d) responsáveis pelos serviços públicos de saúde. 
e) qualquer cidadão que tenha conhecimento dessa(s) ocorrência(s). 
 
Resposta Correta: 
e) qualquer cidadão que tenha conhecimento dessa(s) ocorrência(s). 
Educacionais 
De cuidado 
coletivo 
Além de serviços 
de hemoterapia 
Unidades 
laboratoriais 
Instituições de 
pesquisa 
 
30 
 
Comentário: 
Essa questão é uma boa pegadinha! 
A notificação é OBRIGATÓRIA para Médicos, enfermeiros e profissionais responsáveis 
pelos serviços públicos e privados de saúde. Ou seja, caso não o façam estarão sujeitos às 
penalidades previstas em legislações inerentes à cada um. A comunicação de doença, 
agravo ou evento de saúde pública de notificação compulsória: pode ser realizada à 
autoridade de saúde por QUALQUER CIDADÃO que deles tenha conhecimento. Vejam a 
diferença e interpretem a questão: qualquer cidadão pode, porém aos profissionais de 
saúde não é facultado e sim OBRIGATÓRIO. 
 
 
Art. 4º A NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA IMEDIATA: 
 
 
 
 DEVE SER REALIZADA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(2015/FGV/TCE-SE) A Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de 
saúde faz parte das ações de Vigilância desenvolvidas pelo Ministério da Saúde. 
Sobre as disposições legais relacionadas ao processo de notificação, é correto 
afirmar que: 
 
a) agravo é definido como a situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública, 
como a ocorrência de surto ou epidemia de causa desconhecida; b) o modelo de vigilância 
realizada a partir de estabelecimento de saúde estratégico para a vigilância de morbidade e 
mortalidade de interesse para a saúde pública é denominado vigilância de notificação; 
c) a notificação compulsória realizada em até 7 (sete) dias, a partir do conhecimento da 
Pelo profissional de saúde ou responsável pelo serviço assistencial 
que prestar o PRIMEIRO ATENDIMENTO ao paciente 
Em até 24 horas desse atendimento, pelo meio mais rápido 
disponível 
 
31 
 
ocorrência de doença ou agravo, é denominada notificação compulsória negativa; 
d) os casos de dengue, leishmaniose visceral e hepatites virais fazem parte da lista de 
doenças ou agravos de notificação compulsória imediata; 
e) a notificação compulsória imediata deve ser realizada pelo profissional de saúde ou 
responsável pelo serviço assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente, em 
até 24 horas desse atendimento. 
 
Resposta Correta: 
e) a notificação compulsória imediata deve ser realizada pelo profissional de saúde ou 
responsável pelo serviço assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente, 
em até 24 horas desse atendimento. 
 
 
Comentário: 
Só para reforçar, NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA IMEDIATA deve ser efetuada: 
 
 
 
 
(2015/CONSULPLAN/HOB) A notificação compulsória das doenças listadas pelo 
Ministério da Saúde é obrigatória para quais profissionaisde saúde que prestam 
assistência ao paciente? 
 
a) Médicos, somente. 
b) Médicos e enfermeiros, somente. 
c) Assistentes sociais e enfermeiros, somente. 
d) Médicos e todos os outros profissionais de saúde. 
 
Resposta Correta: 
d) Médicos e todos os outros profissionais de saúde. 
Pelo profissional de saúde ou responsável pelo serviço assistencial 
que prestar o PRIMEIRO ATENDIMENTO ao paciente 
Em até 24 horas desse atendimento, pelo meio mais rápido 
disponível 
 
32 
 
Comentário: 
 
Só para reforçar, A NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA é OBRIGATÓRIA para: 
 
 
 
Parágrafo único. 
 
 A autoridade de saúde que receber a notificação compulsória IMEDIATA 
 
 Deverá informa-la, em até 24 (vinte e quatro) horas desse recebimento, 
às demais esferas de gestão do SUS, o conhecimento de qualquer 
uma das doenças ou agravos constantes no anexo. 
 
 
 
 Art. 5º A notificação compulsória SEMANAL: 
 
o Será feita à Secretaria de Saúde do Município do local de 
atendimento do paciente com suspeita ou confirmação de doença 
ou agravo de notificação compulsória. 
 
 
Os médicos 
Outros profissionais de saúde 
Ou responsáveis pelos serviços públicos e privados de 
saúde que prestam assistência ao paciente 
Profissional que realiza primeiro 
atendimento notifica autoridade 
de saúde em até 24 horas 
Autoridade de Saúde informa as 
demais esferas de gestão do SUS 
em até 24 horas do recebimento 
da notificação 
 
33 
 
 Parágrafo único. No Distrito Federal, a notificação será feita à Secretaria 
de Saúde do Distrito Federal. 
 
 Art. 6º A NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA, independente da forma como 
realizada, 
 
o Também será registrada em sistema de informação em saúde e 
o Seguirá o fluxo de compartilhamento entre as esferas de gestão 
do SUS estabelecido pela SVS/MS. 
 
 
 
CAPÍTULO III 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 
 
 
 
 Art. 7º As autoridades de saúde 
 
o Garantirão o SIGILO das informações pessoais integrantes da 
notificação compulsória que estejam sob sua responsabilidade. 
 
 Art. 8º As autoridades de saúde: 
 
o Garantirão a divulgação atualizada dos dados públicos da 
notificação compulsória para: 
 
 
 
 
 
Profissionais 
de saúde 
Órgãos de 
controle social 
E população 
em geral 
 
34 
 
Art. 9º A SVS/MS e as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios: 
 
 Divulgarão, em endereço eletrônico oficial 
 
 
 
 Art. 10. A SVS/MS publicará normas técnicas complementares relativas: 
 
 aos fluxos, 
 prazos, 
 instrumentos, 
 definições de casos suspeitos e confirmados, 
 funcionamento dos sistemas de informação em saúde e 
 demais diretrizes técnicas para o cumprimento e operacionalização desta 
Portaria, 
 
o No prazo de até 90 (noventa) dias, contados a partir da sua 
publicação. 
 
 
Art. 11. A relação das doenças e agravos MONITORADOS por meio da 
estratégia de vigilância em unidades sentinelas e suas diretrizes 
 
 Constarão em ato específico do Ministro de Estado da Saúde. 
 
Art. 12. A relação das EPIZOOTIAS e suas diretrizes de notificação 
O número 
de telefone 
Fax 
Endereço de 
e-mail 
institucional 
Ou formulário para notificação 
compulsória 
 
35 
 
 
o Constarão em ato específico do Ministro de Estado da Saúde. 
 
Art. 13. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Art. 14. Fica revogada a Portaria nº 1.271/GM/MS, de 06 de junho de 2014, 
publicada no Diário Oficial da União, nº 108, Seção 1, do dia 09 de junho de 
2014, p. 37. 
 
 
1.8. CONCEITOS UTILIZADOS EM VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
 
 
1. AGENTE: entidade biológica, física ou química capaz de causar doença. 
 
2. AGENTE INFECCIOSO: agente biológico, capaz de produzir infecção ou 
doença infecciosa. 
 
3. ANTROPONOSE: infecção cuja transmissão se restringe aos seres humanos. 
 
4. ANTROPOZOONOSE: infecção transmitida ao homem, por reservatório 
animal. 
 
5. ARBOVIROSES: viroses transmitidas, de um hospedeiro para outro, por meio 
de um ou mais tipos de artrópodes. 
 
6. ÁREA ENDÊMICA: aqui considerada como área reconhecidamente de 
transmissão para esquistossomose, de grande extensão, contínua, dentro de 
um município. 
 
 
36 
 
7. ÁREA DE FOCO: área de transmissão para esquistossomose, porém de 
localização bem definida, limitada a uma localidade ou pequeno número desta, 
em um município. 
 
8. ÁREA INDENE VULNERÁVEL: área reconhecidamente sem transmissão para 
esquistossomose, mas cujas condições ambientais (presença de hospedeiros 
intermediários nas condições hídricas), associadas a precárias condições 
socioeconômicas e de saneamento, na presença de migrantes portadores da 
esquistossomose, oriundos de áreas de transmissão, tornam a área sob risco. 
 
9. CASO: pessoa ou animal infectado ou doente, apresentando características 
clínicas, laboratoriais e/ou epidemiológicas específicas. 
 
10. CASO AUTÓCTONE: caso contraído pelo enfermo na zona de sua residência. 
 
11. CASO CONFIRMADO: pessoa de quem foi isolado e identificado o agente 
etiológico, ou de quem foram obtidas outras evidências epidemiológicas, e/ou 
laboratoriais da presença do agente etiológico, como por exemplo, a 
conversão sorológica em amostras de sangue colhidas nas fases aguda e de 
convalescência. Esse indivíduo pode ou não apresentar a síndrome indicativa 
da doença causada pelo agente. A confirmação do caso está sempre 
condicionada à observação dos critérios estabelecidos pela definição de caso, 
que, por sua vez, está relacionada ao objetivo do programa de controle da 
doença e/ou do sistema de vigilância. 
 
12. CASO ESPORÁDICO: caso que, segundo informações disponíveis, não se 
apresenta epidemiologicamente relacionado a outros já conhecidos. 
 
13. CASO ÍNDICE: primeiro, entre vários casos, de natureza similar e 
epidemiologicamente relacionados. O caso índice é muitas vezes identificado 
como fonte de contaminação ou infecção. 
 
 
37 
 
14. CASO IMPORTADO: caso contraído fora da zona onde se fez o diagnóstico. O 
emprego dessa expressão dá a ideia de que é possível situar, com certeza, a 
origem da infecção numa zona conhecida. 
 
15. CASO INDUZIDO: caso de malária que pode ser atribuído a uma transfusão de 
sangue, ou a outra forma de inoculação parenteral, porém não à transmissão 
natural pelo mosquito. A inoculação pode ser acidental ou deliberada e, neste 
caso, pode ter objetivos terapêuticos ou de pesquisa. 
 
16. CASO INTRODUZIDO: na terminologia comum, esse nome é dado aos casos 
sintomáticos diretos, quando se pode provar que os mesmos constituem o 
primeiro elo da transmissão local após um caso importado conhecido. 
 
17. CASO PRESUNTIVO: pessoa com síndrome clínica compatível com a doença, 
porém sem confirmação laboratorial do agente etiológico. A classificação como 
caso presuntivo, está condicionada à definição de caso. 
 
18. CASO SUSPEITO: pessoa cuja história clínica, sintomas e possível exposição 
a uma fonte de infecção, sugerem que possa estar ou vir a desenvolver 
alguma doença infecciosa. 
 
19. CEPA: população de uma mesma espécie, descendente de um único 
antepassado ou que tenha espécie descendente de um único antepassado, ou 
que tenha a mesma origem, conservada mediante uma série de passagens por 
hospedeiros ou subculturas adequadas. As cepas de comportamento 
semelhante chamam-se “homólogas” e de comportamento diferente 
“heterólogas”. Antigamente,empregava-se o termo “cepa” de maneira 
imprecisa, para aludir a um grupo de organismos estreitamente relacionados 
entre si, e que perpetuavam suas características em gerações sucessivas. Ver 
também 
 
 
38 
 
20. COORTE: Grupo de indivíduos que têm um atributo em comum. Designa 
também um tipo de estudo epidemiológico. 
 
21. CONTÁGIO: sinônimo de transmissão direta. 
 
22. CONTAMINAÇÃO: ato ou momento em que, uma pessoa ou um objeto, se 
converte em veículo mecânico de disseminação de um determinado agente 
patogênico. 
 
23. CONTATO: pessoa ou animal que teve contato com pessoa ou animal 
infectado, ou com ambiente contaminado, criando a oportunidade de adquirir o 
agente etiológico. 
 
24. CONTATO EFICIENTE: contato entre um suscetível e uma fonte primária de 
infecção, em que o agente etiológico é realmente transferido dessa para o 
primeiro. 
 
25. CONTROLE: quando aplicado a doenças transmissíveis e alguns não 
transmissíveis, significa operações ou programas desenvolvidos, com o 
objetivo de reduzir sua incidência e/ou prevalência em níveis muito baixos. 
 
26. DOENÇA TRANSMISSÍVEL (doença infecciosa): doença causada por um 
agente infeccioso específico, ou pela toxina por ele produzida, por meio da 
transmissão desse agente, ou de seu produto, tóxico a partir de uma pessoa 
ou animal infectado, ou ainda, de um reservatório para um hospedeiro 
suscetível, seja direta ou indiretamente intermediado por vetor ou ambiente. 
 
27. DOENÇAS QUARENTENÁRIAS: doenças de grande transmissibilidade, em 
geral graves, que requerem notificação internacional imediata à Organização 
Mundial de Saúde, isolamento rigoroso de casos clínicos e quarentena dos 
comunicantes, além de outras medidas de profilaxia, com o intuito de evitar a 
 
39 
 
sua introdução em regiões até então indenes. Entre as doenças 
quarentenárias, encontram-se a cólera, febre amarela e tifo exantemático. 
 
28. ECOLOGIA: estudo das relações entre seres vivos e seu ambiente. “Ecologia 
humana” di respeito ao estudo de grupos humanos, face à influência de 
fatores do ambiente, incluindo muitas vezes fatores sociais e do 
comportamento. 
 
29. ECOSSISTEMA: é o conjunto constituído pela biota e o ambiente não vivo que 
interagem em determinada região. 
 
30. ELIMINAÇÃO: vide ERRADICAÇÃO. 
 
31. ENDEMIA: é a presença contínua de uma enfermidade, ou de um agente 
infeccioso, em uma zona geográfica determinada; pode também expressar a 
prevalência usual de uma doença particular numa zona geográfica. O termo 
hiperendemia significa a transmissão intensa e persistente, atingindo todas as 
faixas etárias, e holoendemia, um nível elevado de infecção, que começa a 
partir de uma idade precoce, e afeta a maior parte da população jovem como, 
por exemplo, a malária em algumas regiões do globo. 
 
 
 
 
(IDECAN/2016/Prefeitura de Miraí - MG) Pelo termo endemia, deve-se entender que 
trata-se de doença: 
 
a) rara. 
b) que ocorre de forma muito além do estipulado para uma região. 
c) que ocorre dentro de limites estabelecidos pelos serviços de vigilâncias em saúde. 
d) que ultrapassa a média e dois desvios-padrão de limite de segurança para uma área. 
 
Resposta Correta: 
c) que ocorre dentro de limites estabelecidos pelos serviços de vigilâncias em saúde. 
 
Comentário: ENDEMIA: é a presença contínua de uma enfermidade, ou de um agente 
infeccioso, em uma zona geográfica determinada; pode também expressar a prevalência 
usual de uma doença particular numa zona geográfica. 
 
40 
 
32. ENZOOTIA: presença constante, ou prevalência usual da doença ou agente 
infeccioso, na população animal de uma dada área geográfica. 
 
33. EPIDEMIA: é a manifestação, em uma coletividade ou região, de um corpo de 
casos de alguma enfermidade que excede claramente a incidência prevista. O 
número de casos, que indica a existência de uma epidemia, varia com o 
agente infeccioso, o tamanho e as características da população exposta, sua 
experiência prévia ou falta de exposição à enfermidade e o local e a época do 
ano em que ocorre. Por decorrência, a epidemia guarda relação com a 
frequências comum da enfermidade na mesma região, na população 
especificada e na mesma estação do ano. O aparecimento de um único caso 
de doença transmissível, que durante um lapso de tempo prolongado não 
havia afetado uma população, ou que invade pela primeira vez uma região, 
requer notificação imediata e uma completa investigação de campo; dois casos 
dessa doença, associados no tempo ou no espaço, podem ser evidência 
suficiente de uma epidemia. 
 
34. EPIDEMIA POR FONTE COMUM (Epidemia Maciça ou Epidemia por Veículo 
Comum): epidemia em que aparecem muitos casos clínicos, dentro de um 
intervalo igual ao período de incubação clínica da doença, o que sugere a 
exposição simultânea (ou quase simultânea) de muitas pessoas ao agente 
etiológico. O exemplo típico é o das epidemias de origem hídrica. 
 
35. EPIDEMIA PROGRESSIVA (Epidemia por Fonte Propagada): epidemia na 
qual as infecções são transmitidas de pessoa a pessoa ou de animal, de modo 
que os casos identificados não podem ser atribuídos a agentes transmitidos a 
partir de uma única fonte. 
 
36. EPIZOOTIA: ocorrência de casos, de natureza similar, em população animal 
de uma área geográfica particular, que se apresenta claramente em excesso, 
em relação à incidência normal. 
 
 
41 
 
37. ERRADICAÇÃO: cessação de toda a transmissão da infecção, pela extinção 
artificial da espécie do agente em questão. A erradicação pressupõe a 
ausência completa de risco de reintrodução da doença, de forma a permitir a 
suspensão de toda e qualquer medida de prevenção ou controle. A 
erradicação regional ou eliminação é a cessação da transmissão de 
determinada infecção, em ampla região geográfica ou jurisdição política. 
 
38. ESTRUTURA EPIDEMIOLÓGICA: conjunto de fatores relativos ao agente 
etiológico, hospedeiro e meio ambiente, que influi sobre a ocorrência natural 
de uma doença em uma comunidade. 
 
39. FÔMITES: objetos de uso pessoal do caso clínico ou portador, que podem 
estar contaminados e transmitir agentes infecciosos, e cujo controle é feito por 
meio da desinfecção. 
 
40. FONTE DE INFECÇÃO: pessoa, animal, objeto ou substância a partir do qual 
o agente é transmitido para o hospedeiro. 
 
41. FONTE PRIMÁRIA DE INFECÇÃO (Reservatório): homem ou animal e, 
raramente, o solo ou vegetais, responsável pela sobrevivência de uma 
determinada espécie de agente etiológico na natureza. No caso dos parasitas 
heteroxenos, o hospedeiro mais evoluído (que geralmente é também o 
hospedeiro definitivo) é denominado fonte primária de infecção; e o hospedeiro 
menos evoluído (em geral hospedeiro intermediário) é chamado de vetor 
biológico. 
 
42. FONTE SECUNDÁRIA DE INFECÇÃO: ser animado ou inanimado que 
transporta um determinado agente etiológico, não sendo o principal 
responsável pela sobrevivência desse como espécie. Esta expressão é 
su stitu da com vantagem pelo termo “ve culo”. 
 
 
42 
 
43. FREQUÊNCIA (Ocorrência): é um termo genérico, utilizado em epidemiologia 
para descrever a frequência de uma doença, ou de outro atributo, ou evento 
identificado na população, sem fazer distinção entre incidência ou prevalência. 
 
44. HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA: descrição que inclui as características das 
funções de infecção, distribuição da doença segundo os atributos das pessoas, 
tempo e espaço, distribuição e características ecológicas do(s) reservatório(s) 
do agente; mecanismos de transmissão e efeitos da doença sobre o homem.45. HOSPEDEIRO: organismo simples ou complexo, incluindo o homem, que é 
capaz de ser infectado por um agente específico. 
 
46. HOSPEDEIRO DEFINITIVO: é o que apresenta o parasita em fase de 
maturidade ou em fase de atividade sexual. 
 
47. HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: é o que apresenta o parasita em fase 
larvária ou assexuada. 
 
48. IMUNIDADE: resistência, usualmente associada à presença de anticorpos, que 
têm o efeito de inibir microorganismos específicos, ou suas toxinas, 
responsáveis por doenças infecciosas particulares. 
 
49. IMUNIDADE ATIVA: imunidade adquirida naturalmente pela infecção, com ou 
sem manifestações clínicas, ou artificialmente pela inoculação de frações ou 
produtos de agentes infecciosos, ou do próprio agente morto, modificado ou de 
uma forma variante. 
 
50. IMUNIDADE DE REBANHO: resistência de um grupo ou população à 
introdução e disseminação de um agente infeccioso. Essa resistência é 
baseada na elevada proporção de indivíduos imunes, entre os membros desse 
grupo ou população, e na uniforme distribuição desses indivíduos imunes. 
 
 
43 
 
51. IMUNIDADE PASSIVA: imunidade adquirida naturalmente da mãe, ou 
artificialmente pela inoculação de anticorpos protetores específicos (soro 
imune de convalescentes ou imunoglobulina sérica). A imunidade passiva é 
pouco duradoura. 
 
52. INCIDÊNCIA: número de casos novos de uma doença, ocorridos em uma 
população particular, durante um período específico de tempo. 
 
53. INQUÉRITO EPIDEMIOLÓGICO: levantamento epidemiológico feito por meio 
de coleta ocasional de dados, quase sempre por amostragem, e que fornece 
dados sobre a prevalência de casos clínicos ou portadores, em uma 
determinada comunidade. 
 
54. INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE CAMPO (classicamente conhecida 
por Investigação Epidemiológica): estudos efetuados a partir de casos clínicos, 
ou de portadores, para a identificação das fontes de infecção e dos modos de 
transmissão do agente. Pode ser realizada em face de casos esporádicos ou 
surtos. 
 
55. ISOLAMENTO: segregação de um caso clínico do convívio das outras 
pessoas, durante o período de transmissibilidade, a fim de evitar que os 
suscetíveis sejam infectados. Em certos casos, o isolamento pode ser 
domiciliar ou hospitalar; em geral, é preferível esse último, por ser mais 
eficiente. 
 
56. JANELA IMUNOLÓGICA: intervalo entre o início da infecção e a possibilidade 
de detecção de anticorpos, através de técnicas laboratoriais. 
 
57. PANDEMIA: epidemia de uma doença que afeta pessoas em muitos países e 
continentes. 
 
 
44 
 
58. PARASITA: organismo, geralmente microrganismo, cuja existência se dá à 
expensa de um hospedeiro. O parasita não é obrigatoriamente nocivo ao seu 
hospedeiro. Existem parasitas obrigatórios e facultativos; os primeiros 
sobrevivem somente na forma parasitária e os últimos podem ter uma 
existência independente. 
 
59. PATOGENICIDADE: capacidade de um agente biológico causar doença em 
um hospedeiro suscetível. 
 
60. PATÓGENO: agente biológico capaz de causar doenças. 
 
61. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: intervalo entre a exposição efetiva do hospedeiro 
suscetível a um agente biológico e o início dos sinais e sintomas clínicos da 
doença nesse hospedeiro. 
 
62. PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: intervalo de tempo, durante o qual uma 
pessoa ou animal infectado elimina um agente biológico para o meio ambiente, 
ou para o organismo de um vetor hematófago, possível, portanto, a sua 
transmissão a outro hospedeiro. 
 
63. PERÍODO DE LATÊNCIA: intervalo entre a exposição a agentes patológicos e 
o início dos sinais e sintomas da doença. 
 
64. PERÍODO PRODRÔMICO: é o lapso de tempo, entre os primeiros sintomas da 
doença e o início dos sinais ou sintomas, com base nos quais o diagnóstico 
pode ser estabelecido. 
 
65. PORTADOR: pessoa ou animal que não apresenta sintomas clinicamente 
reconhecíveis de uma determinada doença transmissível ao ser examinado, 
mas que está albergando o agente etiológico respectivo. Em Saúde Pública, 
têm mais importância os portadores que os casos clínicos, porque, muito 
frequentemente, a infecção passa despercebida nos primeiros. Os que 
 
45 
 
apresentam realmente importância são os portadores eficientes, de modo que, 
na prática, o termo “portador” se refere quase sempre aos portadores 
eficientes. 
 
66. PORTADOR ATIVO: portador que teve sintomas, mas que, em determinado 
momento, não os apresenta. 
 
67. PREVALÊNCIA: número de casos clínicos ou de portadores existentes em um 
determinado momento, em uma comunidade, dando uma ideia estática da 
ocorrência do fenômeno. Pode ser expressa em números absolutos ou em 
coeficientes. 
 
68. PRÓDROMOS: sintomas indicativos do início de uma doença. 
 
69. PROFILAXIA: conjunto de medidas que têm por finalidade prevenir ou atenuar 
as doenças, suas complicações e consequências. Quando a profilaxia está 
baseada no emprego de medicamentos, trata-se da quimioprofilaxia. 
 
70. QUARENTENA: isolamento de indivíduos ou animais sadios pelo período 
máximo de incubação da doença, contado a partir da data do último contato 
com um caso clínico ou portador, ou da data em que esse comunicante sadio 
abandonou o local em que se encontrava a fonte de infecção. Na prática, a 
quarentena é aplicada no caso das doenças quarentenárias. 
 
71. RECAÍDA: reaparecimento ou recrudescimento dos sintomas de uma doença, 
antes do doente apresentar-se completamente curado. No caso da malária, 
recaída significa nova aparição de sintomas depois do ataque primário. 
 
72. RECIDIVA: reaparecimento do processo mórbido após sua cura aparente. No 
caso da malária, recidiva significa recaída na infecção malárica entre a 8ª e a 
24ª semanas posteriores ao ataque primário. Na tuberculose, significa o 
 
46 
 
aparecimento de positividade no escarro, em 2 exames sucessivos, após a 
cura. 
 
73. RECORRENTE: estado patológico que evolui através de recaídas sucessivas. 
No caso da malária, recorrência significa recaída na infecção malárica depois 
de 24 semanas posteriores ao ataque primário. 
 
74. RECRUDESCÊNCIA: exacerbação das manifestações clínicas ou anatômicas 
de um processo mórbido. No caso da malária, recrudescência é a recaída na 
infecção malárica nas primeiras 8 semanas posteriores ao ataque primário. 
 
75. RESERVATÓRIO DE AGENTES INFECCIOSOS (Fonte Primária de Infecção): 
qualquer ser humano, animal, artrópodo, planta, solo, matéria ou uma 
combinação deles, no qual normalmente vive e se multiplica um agente 
infeccioso, dela depende para sua sobrevivência, reproduzindo-se de maneira 
que pode ser transmitido a um hospedeiro suscetível. 
 
76. RESISTÊNCIA: conjunto de mecanismos específicos e inespecíficos do 
organismo que serve de defesa contra a invasão ou multiplicação de agentes 
infecciosos, ou contra os efeitos nocivos de seus produtos tóxicos. Os 
mecanismos específicos constituem a imunidade e os inespecíficos, a 
resistência inerente ou natural. 
 
77. SEPTICEMIA: presença de microrganismo patogênico, ou de suas toxinas, no 
sangue ou em outros tecidos. 
 
78. SINAL: evidência objetiva de doença. 
 
79. SÍNDROME: conjunto de sintomas e sinais que tipificam uma determinada 
doença. 
 
80. SINTOMA: evidência subjetiva de doença. 
 
47 
 
 
81. SURTO EPIDÊMICO: ocorrência de dois ou mais casos epidemiologicamente 
relacionados. 
 
82. SUSCETÍVEL: qualquer pessoa ou animal que supostamente não possui 
resistência suficiente contra um determinado agente patogênico, que o proteja 
da enfermidadecaso venha a entrar em contato com o agente. 
 
83. TAXA DE ATAQUE: é uma taxa de incidência acumulada, usada 
frequentemente para grupos particulares, observados por períodos limitados 
de tempo, e em condições especiais, como em uma epidemia. As taxas de 
ataque são usualmente expressas em porcentagem. 
 
84. TAXA (OU COEFICIENTE) DE LETALIDADE: é a medida de frequência de 
óbitos por determinada causa, entre membros de uma população atingida pela 
doença. 
 
85. TAXA DE MORBIDADE: medida de frequência de doença em uma população. 
Existem dois grupos importantes de taxa de morbidade: as de incidência e as 
de prevalência. 
 
86. TAXA (OU COEFICIENTE) DE MORTALIDADE: é a medida de frequência de 
óbitos em uma determinada população, durante um intervalo de tempo 
específico. Ao serem incluídos os óbitos por todas as causas, tem-se a taxa de 
mortalidade geral. Caso se inclua somente óbitos por determinada causa, tem-
se a taxa de mortalidade específica. 
 
87. TAXA (OU COEFICIENTE) DE NATALIDADE: é a medida de frequência de 
nascimentos, em uma determinada população, durante um período de tempo 
especificado. 
 
48 
 
88. TRANSMISSÃO: transferência de um agente etiológico animado, de uma fonte 
primária de infecção para um novo hospedeiro. A transmissão pode ocorrer de 
forma direta ou indireta. 
 
89. TRANSMISSÃO DIRETA (contágio): transferência do agente etiológico, sem a 
interferência de veículos. 
 
90. TRANSMISSÃO INDIRETA: transferência do agente etiológico, por meio de 
veículos animados ou inanimados. A fim de que a transmissão indireta possa 
ocorrer, torna-se essencial que: a) os germes sejam capazes de sobreviver 
fora do organismo, durante um certo tempo; b) haja veículo que os leve de um 
lugar a outro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
QUESTÕES 
1. (2016/CONSULPLAN/Prefeitura de Venda Nova do Imigrante – ES) “Conjunto de ações que 
proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores 
determinantes e condicionantes de sa de individual ou coletiva.” A descriç o anterior se refere 
a: 
 
a) Vigilância sanitária. 
b) Indicadores de saúde. 
c) Vigilância epidemiológica. 
d) Indicadores de morbidade. 
 
2. (2016/FAEPESUL) O conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou 
prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde 
individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e 
controle das doenças ou agravos constitui a: 
 
a) Vigilância Nutricional. 
b) Vigilância Sanitária. 
c) Política Nacional de saúde do trabalhador. 
d) Vigilância Ambiental em saúde. 
e) Vigilância Epidemiológica. 
 
3. (2016/INSTITUTO AOCP/EBSERH) De acordo com o que dispõe a Lei 8.080/90, entende-se por 
Vigilância Epidemiológica: 
 
a a formulação da pol tica de medicamentos, equipamentos, imuno iológicos e outros insumos de 
interesse para a sa de e a participação na sua produção 
 a participação na formulação da pol tica e na e ecução de aç es de saneamento sico. 
c um conjunto de aç es que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer 
mudança nos fatores determinantes e condicionantes de sa de individual ou coletiva, com a finalidade 
de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. 
d um conjunto de aç es capa de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à sa de e de intervir nos 
pro lemas sanit rios decorrentes do meio am iente, da produção e circulação de ens e da prestação 
de serviços de interesse da sa de. 
e) o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a sa de, 
compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo. 
 
50 
 
4. (2015/CISCOPAR/CISCOPAR) Entende-se por _______________________ um conjunto de 
ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos 
fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de 
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. A expressão 
que completa CORRETAMENTE a frase é: 
 
a) vigilância epidemiológica 
b) vigilância sanitária 
c) assistência terapêutica integral 
d) vigilância nutricional 
e) assistência à saúde do trabalhador 
 
5. (2015/INAZ do Pará/Prefeitura de Terra Alta – PA) A expressão vigilância epidemiológica 
passou a ser aplicada ao controle das doenças transmissíveis na década de 1950, para designar 
uma série de atividades subsequentes à etapa de ataque da Campanha de Erradicação da 
Malária, vindo a designar uma de suas fases constitutivas. Tratava-se, portanto, da vigilância de 
pessoas, com base em medidas de isolamento ou de quarentena, aplicadas individualmente e 
n o de forma coletiva. Originalmente, essa express o significava “a observaç o sistemática e 
ativa de casos suspeitos ou confirmados de doenças transmissíveis e de seus contatos”. A 
partir do exposto leia as assertivas e marque a resposta correta que identifica segundo o 
Ministério da Saúde o conceito de vigilância epidemiológica. 
 
a) Um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos 
problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação 
de serviços de interesse da saúde coletiva. 
b) Um conjunto de atividades que se destina, através de ações da vigilância sanitária, à promoção e 
proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos 
trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. 
c) Um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer 
mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade 
de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. 
 d) Um conjunto de ações e serviços em saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde, seja 
diretamente ou mediante participação complementar da iniciativa privada, ela é organizada de forma 
regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente. 
e) Um conjunto ações de vigilância sanitária em circunstâncias especiais, como na ocorrência de 
agravos inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção estadual do Sistema Único de 
Saúde ou que representem risco de disseminação nacional, ela é organizada de forma regionalizada e 
hierarquizada em níveis de complexidade crescente. 
 
51 
 
6. (2016/SEGPLAN-GO/SEAP-GO) São inúmeras as funções da Vigilância Epidemiológica, 
exceto: 
 
a) coleta de dados. 
b) processamento de dados coletados. 
c) análise e interpretação dos dados processados. 
d) recomendação das medidas de controle apropriadas. 
e) intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e da circulação de 
bens, e da prestação de serviços de interesse da saúde. 
 
7. (2016/Iniciativa Global/CIAS-MG) Além da coleta, são funções da vigilância epidemiológica: 
 
a) Processamento de dados e tratamento dos doentes. 
b) Processamento, análise de dados e promoção das ações de controle indicadas. 
c) Processamento, análise de dados, divulgação de informações e criação de indicadores de risco 
ambiental. 
d) Processamento, análise de dados e notificação de casos suspeitos de doenças contagiosas às 
autoridades judiciais. 
 
8. (2016/Instituto Excelência/Prefeitura de Monte Azul Paulista – SP) A vigilância epidemiológica 
compreende um ciclo de funções específicas e Inter complementares, desenvolvidas

Outros materiais

Outros materiais