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Contestação Trabalhista

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Contestação
ESTRUTURA	DA	CONTESTAÇÃO
Obs.:	Trata-se	da	principal	modalidade	(espécie)	de	defesa	(resposta)	do	reclamado,	com	fulcro nos	princípios	constitucionais	do	devido	processo	legal,	do	contraditório	e	da	ampla	defesa, insculpidos	nos	incisos	LIV	e	LV	do	art.	5.º	do	Texto	Maior.
1.	Endereçamento	completo	(sem	abreviaturas).
Obs.:	Observar	o	endereçamento	da	exordial.
2.	Processo	número.
Obs.:	No	Exame	de	Ordem	Unificado,	na	2.ª	Fase	Trabalho,	o	ideal	é	não	pular	muitas	linhas	neste momento	da	peça,	pois	o	candidato	tem	várias	Teses	para	desenvolver	em	poucas	linhas.	Pela	nossa experiência,	os	candidatos	estão	pulando	apenas	1	linha	e	ganhando	espaço	precioso	para	o desenvolvimento	das	Teses,	que	representam	a	parte	mais	importante	da	peça.
3.	Qualificação	completa	do	Reclamado	(4	itens:	nome	completo,	pessoa	jurídica	de	direito privado,	CNPJ,	endereço	completo/CEP).
Obs.:	Caso	o	Reclamado	seja	uma	pessoa	física,	como	no	caso	do	empregador	doméstico,	o	ideal	é consignar	o	nome	completo,	nacionalidade,	estado	civil,	RG,	CPF,	endereço	completo/CEP.
4.	Advogado,	procuração	anexa,	endereço	completo/CEP.
5.	Verbo:	apresentar.
6.	Identificação	e	previsão	legal	da	peça	processual	(Contestação:	art.	847	da	Consolidação das	Leis	do	Trabalho	[CLT]	combinado	com	os	arts.	336	e	seguintes	do	Código	de	Processo	Civil (CPC)	de	2015,	aplicados	subsidiária	e	supletivamente	ao	Processo	do	Trabalho	por	força	do art.	769	da	CLT	e	do	art.	15	do	CPC/2015.
Obs.:	Aplica-se	o	Código	de	Processo	Civil,	subsidiária	e	supletivamente,	ao	Processo	do	Trabalho, em	caso	de	omissão	e	desde	que	haja	compatibilidade	com	as	normas	e	princípios	do	Direito Processual	do	Trabalho,	na	forma	dos	arts.	769	e	889	da	CLT	e	do	art.	15	da	Lei	n.	13.105,	de 17.03.2015	(art.	1.º,	caput,	da	Instrução	Normativa	39/2016	do	TST).
7.	Qualificação	do	Reclamante	(já	qualificado	nos	autos	da	reclamação	trabalhista	em epígrafe).
Obs.:	Aqui,	o	reclamado	já	está	qualificado	nos	autos	de	uma	reclamação	trabalhista	ajuizada	(em regra).
8.	Fatos.
Obs.:	No	Exame	de	Ordem	Unificado,	é	aconselhável	fazer	um	breve	relato	dos	fatos	trazidos	pelo problema,	pois	o	candidato	terá	que	elaborar	diversas	Teses	em	poucas	linhas.	Ademais, consubstancia	um	tópico	que,	em	regra,	não	vale	nota	no	Padrão	de	Respostas	FGV.	Todavia,	na praxe	forense	trabalhista,	o	advogado	terá	que	relatar	os	fatos	ao	juiz	de	forma	completa	e minuciosa,	com	fulcro	no	princípio	da	primazia	da	realidade.
9.	Defesa	processual	– –	preliminar(es)	de	contestação	(art.	337	do	CPC/2015)	– –	Tese(s).
Obs.	1:	A	contestação	é	regida	por	2	princípios.	Pelo	princípio	da	impugnação	específica	(do	ônus da	impugnação	especificada,	à	luz	do	art.	341	do	CPC/2015,	compete	ao	reclamado	impugnar especificadamente	cada	fato/pedido	ventilado	na	exordial	pelo	reclamante.	Fato	não	impugnado especificadamente	torna-se	incontroverso,	havendo	a	presunção	relativa	(juris	tantum)	de veracidade.	Em	regra,	não	cabe	contestação	por	negativa	geral.	Outrossim,	pelo	princípio	da eventualidade	(concentração	de	defesas),	insculpido	no	art.	336	do	CPC/2015,	compete	ao	reclamado trazer	toda	a	matéria	de	defesa	no	bojo	da	contestação.	Em	regra,	não	cabe	contestação	por	etapas, sob	pena	de	preclusão.	Com	efeito,	a	expressão	toda	a	matéria	de	defesa	comporta	3	vertentes: defesa	processual	(preliminar	de	contestação),	defesa	indireta	de	mérito	(prejudicial	de	mérito)	e defesa	direta	de	mérito.
Obs.	2:	Na	defesa	processual,	baseada	no	art.	337	do	CPC/2015,	o	reclamado	alega	alguma preliminar	de	contestação,	trazendo	vício	de	ordem	processual.
10.	Defesa	indireta	de	mérito	(prejudicial	de	mérito)	– –	Tese(s).
Obs.	1:	Na	defesa	indireta	de	mérito,	também	conhecida	como	prejudicial	de	mérito,	o	reclamado reconhece	o	fato	constitutivo	do	direito	do	reclamante,	mas	alega	a	existência	de	algum	fato impeditivo,	modificativo	ou	extintivo	desse	direito.
Obs.	2:	Exemplos	–	prescrição	quinquenal	(parcial)	e/ou	bienal	(total).
11.	Defesa	direta	de	mérito	– –	Tese(s).
Obs.:	Nesta	vertente	da	defesa,	o	reclamado	nega	frontalmente	os	fatos/pedidos	ventilados	pelo reclamante	na	exordial.	Exemplo:	não	cabimento	do	adicional	de	transferência.
12.	Pedidos	ou	conclusões	(acolhimento	da	preliminar	e	a	consequente	extinção	do processo	sem	resolução	do	mérito	– –	art.	485,	inciso...,	do	CPC/2015;	acolhimento	da	prescrição	e a	consequente	resolução	do	mérito	– –	art.	487,	inciso	II,	do	CPC/2015;	improcedência	dos pedidos	ventilados	na	exordial	pelo	reclamante).
13.	Requerimentos	finais:
– –	Protesto	por	provas.
Obs.:	Tome	cuidado	para	não	elaborar	os	tópicos	do	requerimento	de	notificação	do	reclamado	e do	valor	da	causa.	Neste	momento	do	processo,	estamos	advogando	em	prol	do	reclamado	(“cabeça de	empregador”).
14.	Encerramento:
a)	nesses	termos,	pede	deferimento;
b)	local	e	data	(sem	identificação);
c)	advogado	e	n.	OAB	(sem	identificação).
Questão	prática
Leonardo	promove	reclamação	trabalhista	em	face	da	empresa	Cinza	Ltda.,	alegando	que:
1)	fora	admitido	em	01.04.1988	na	função	de	porteiro,	para	trabalhar	na	filial	localizada	na cidade	de	Bauru,	onde	residia,	tendo	sido	despedido	sem	justa	causa	em	05.03.2011;
2)	em	virtude	de	promoção	para	a	função	de	encarregado	de	serviços,	ocorrida	em	01.03.2010,	foi transferido	para	a	filial	localizada	na	cidade	de	São	Paulo,	onde	passou	a	residir;
3)	na	filial	da	cidade	de	São	Paulo,	trabalhava	o	empregado	José,	que	fora	admitido	como servente	em	01.05.2007	e	promovido	para	encarregado	de	serviços	em	28.01.2008;
4)	embora	exercendo	idêntica	função	com	a	mesma	perfeição	técnica,	e	tivesse	o	reclamante mais	de	20	anos	de	serviços	prestados	à	empresa	que	o	paradigma,	percebia	salário	30%	inferior	ao dele;
5)	quando	empregado,	a	empresa	lhe	proporcionava	assistência	médica	e	odontológica gratuitamente.
Pretende	a	condenação	da	reclamada	a:
1)	pagamento	de	adicional	de	transferência	de	25%;
2)	diferenças	salariais	por	equiparação	e	seus	reflexos;
3)	integração	das	parcelas	referentes	à	assistência	médica	e	odontológica	na	sua	remuneração, com	pagamento	dos	reflexos	legais,	ao	fundamento	de	que	se	tratava	de	salário	indireto.
Questão:	Como	advogado	da	empresa,	apresentar	a	medida	judicial	cabível	e	seus	fundamentos.
EXCELENTÍSSIMO	SENHOR	DOUTOR	JUIZ	DO	TRABALHO	DA	__	VARA	DO	TRABALHO	DE __________
Processo	número...	(espaço:	seguir	orientações	do	edital	e	da	prova)
CINZA	LTDA.,	pessoa	jurídica	de	direito	privado,	inscrita	no	CNPJ	sob	o	n.	(número),	com	sede	na (endereço	completo/CEP),	por	seu	advogado	que	esta	subscreve	(procuração	anexa),	endereço completo/CEP,	vem,	à	presença	de	Vossa	Excelência,	nos	autos	da	Reclamação	Trabalhista	que	lhe move	LEONARDO,	com	fulcro	no	artigo	(art.)	847	da	Consolidação	das	Leis	do	Trabalho	–	CLT, combinado	com	os	arts.	336	e	ss.	do	CPC/2015,	aplicados	subsidiariamente	ao	Processo	do	Trabalho por	força	do	art.	769	da	CLT	e	do	art.	15	do	CPC/2015,	apresentar	CONTESTAÇÃO,	pelos	motivos	de fatos	e	de	direito	a	seguir	expostos:
I	–	DOS	FATOS
O	Reclamante	foi	contratado	pela	Reclamada	em	01.04.1988,	e	despedido,	sem	justa	causa,	em 05.03.2011.
Ajuizou	reclamação	trabalhista	alegando	fazer	jus	ao	pagamento	do	adicional	de	transferência	de 25%	por	ter	se	mudado	para	São	Paulo	em	01.03.2010,	em	virtude	da	promoção	para	a	função	de encarregado	de	serviços	gerais.
Alega,	ainda,	fazer	jus	às	diferenças	salariais	e	seus	reflexos	baseado	na	equiparação	salarial, sendo	utilizado	como	paradigma	outro	funcionário	que	exerce	função	idêntica	desde	28.01.2008, com	salário	superior	ao	do	Reclamante.
Pleiteou,	ainda,	a	integração	das	parcelas	referentes	à	assistência	médica	e	odontológica	e	seus reflexos,	alegando	que	se	tratava	de	salário	indireto.
II	–	DA	PREJUDICIAL	DE	MÉRITO	(DEFESA	INDIRETA	DE	MÉRITO):	PRESCRIÇÃO QUINQUENAL/PARCIAL
Os	arts.	7.º,	XXIX,	da	Constituição	Federal	de	1988	e	11,	I,	da	CLT,	combinados	com	a	Súmula	308, I,	do	Tribunal	Superior	do	Trabalho	–	TST,	disciplinam	a	prescrição	trabalhista,	estabelecendo	o prazo	de	5	(cinco)anos	na	vigência	do	contrato	individual	de	trabalho	e,	após	sua	extinção	do contrato	de	trabalho,	o	empregado	tem	o	prazo	de	2	(dois)	anos	para	ajuizamento	da	reclamação trabalhista.
Com	efeito,	do	ajuizamento	da	exordial,	ele	terá	direito	à	reparação	dos	últimos	5	(cinco)	anos contados	do	aviamento	da	ação	(prescrição	quinquenal/parcial).
Assim,	no	presente	caso,	se	alguma	condenação	for	devida,	que	sejam	observados	os	5	(cinco) anos	anteriores	contados	do	ajuizamento	da	reclamação	trabalhista,	restando	prescrito	o	respectivo período	anterior,	com	a	consequente	pronúncia	de	mérito	nos	termos	do	art.	487,	II,	do	CPC/2015.
III	–	DO	MÉRITO
As	argumentações	trazidas	pelo	Reclamante	não	merecem	prosperar,	senão	vejamos:
A)	DO	NÃO	CABIMENTO	DO	ADICIONAL	DE	TRANSFERÊNCIA	E	SEUS	RESPECTIVOS	REFLEXOS
Alega	o	Reclamante	que	residia	no	município	de	Bauru	e	que	se	mudou	para	São	Paulo	ao	ser promovido	para	exercer	a	função	de	encarregado	de	serviços	gerais.
Sob	esta	argumentação,	pleiteou	o	pagamento	do	adicional	de	25%	(vinte	e	cinco	por	cento)	por ter	sido	transferido.
Ocorre	que,	contrariando	ao	pleiteado	pelo	Reclamante,	a	legislação	trabalhista	prevê	no	art.	469, §	3.º,	da	CLT,	que	somente	nas	hipóteses	de	transferência	provisória	do	empregado,	haverá	o pagamento	do	adicional	de	no	mínimo	25%	(vinte	e	cinco	por	cento)	sobre	o	seu	salário	até	que permaneça	essa	situação.
No	presente	caso,	o	Reclamante	informa	claramente	que	ele	se	mudou	para	o	município	de	São Paulo,	ou	seja,	a	transferência	deixou	de	ser	provisória	e	passou	a	ser	definitiva,	fato	este	que descaracteriza	o	direito	ao	recebimento	do	adicional	de	25%	(vinte	e	cinco	por	cento).
No	mesmo	sentido,	é	o	entendimento	do	Tribunal	Superior	do	Trabalho	–	TST	em	sua	Orientação Jurisprudencial	113,	da	Seção	de	Dissídios	Individuais,	Subseção	I,	ao	aduzir	que	o	pressuposto	legal apto	a	legitimar	a	percepção	do	mencionado	adicional	é	a	transferência	provisória,	pouco importando	a	condição	do	empregado.
Ademais,	o	fato	de	o	empregado	exercer	cargo	de	confiança	ou	a	existência	de	previsão	de transferência	no	contrato	de	trabalho	não	exclui	o	direito	ao	adicional.	Esta	assertiva	corrobora	o ideário	de	que	a	condição	sine	qua	non	do	direito	ao	adicional	é	a	transferência	ser	provisória.
Deste	modo,	requer	a	Reclamada	a	improcedência	deste	pedido.
B)	DA	NÃO	CARACTERIZAÇÃO	DA	EQUIPARAÇÃO	SALARIAL	E	SEUS	RESPECTIVOS	REFLEXOS
O	Reclamante,	ao	pleitear	equiparação	salarial	e	seus	reflexos,	sustenta	que	trabalhava	há	mais de	20	na	empresa	e	que	havia	outro	funcionário,	exercendo	função	idêntica	a	sua	e	com	salário	30% (trinta	por	cento)	maior	que	o	seu.
O	instituto	da	equiparação	salarial	está	amparado	nas	Convenções	100,	111	e	117	da	Organização Internacional	do	Trabalho	(OIT),	no	art.	7.º,	XXX,	XXXI	e	XXXII,	da	Constituição	da	República	de	1988, nos	arts.	5.º	e	art.	461	da	CLT,	e	na	Súmula	6	do	TST.
Dessarte,	o	ordenamento	justrabalhista	vigente,	bem	como	a	doutrina	e	a	jurisprudência prelecionam	inúmeros	requisitos	cumulativos	para	a	obtenção	da	equiparação	salarial,	quais	sejam: identidade	de	função;	trabalho	de	igual	valor,	composto	pela	igual	produtividade	(elemento objetivo)	e	pela	mesma	perfeição	técnica	(elemento	subjetivo);	diferença	de	tempo	de	serviço	na função	não	superior	a	2	(dois)	anos	em	favor	do	paradigma	(elemento	temporal);	mesmo empregador;	mesma	localidade;	inexistência	de	quadro	de	carreira	homologado	pelo	Ministério	do Trabalho	e	Emprego;	simultaneidade	ou	contemporaneidade	na	prestação	dos	serviços.
Vejamos	que,	no	presente	caso,	o	suposto	paradigma	exercia	a	função	de	encarregado	de	serviços gerais	desde	28.01.2008.
Assim,	quando	o	reclamante	(paragonado)	foi	promovido	para	exercer	a	referida	função (01.03.2010),	o	paradigma	já	a	exercia	há	mais	de	2	anos,	não	atendendo	o	requisito	plasmado	no	§ 1.º	do	art.	461	do	Diploma	Consolidado,	em	interpretação	sistemático-teleológica	com	o	item	II	da Súmula	6	do	Tribunal	Superior	do	Trabalho.
Deste	modo,	não	há	que	se	falar	em	equiparação	salarial	e	tampouco	em	condenação	ao pagamento	dos	respectivos	reflexos.
C)	DO	NÃO	CABIMENTO	DA	INTEGRAÇÃO	DAS	PARCELAS	DE	ASSISTÊNCIA	MÉDICA	E ODONTOLÓGICA	NO	SALÁRIO	/	DA	NÃO	CARACTERIZAÇÃO	DO	SALÁRIO	IN	NATURA	(UTILIDADE OU	INDIRETO)
O	Reclamante	pleiteia,	ainda,	a	integração	das	parcelas	referentes	à	assistência	médica	e odontológica	no	seu	salário,	consubstanciando	salário-utilidade.
Malgrado,	o	inc.	IV	do	§	2.º	do	art.	458	da	CLT	determina	que	não	são	consideradas	como	salário in	natura	as	utilidades	concernentes	à	assistência	médica	e	odontológica.
Deste	modo,	requer	a	improcedência	deste	pedido.
IV	–	DAS	CONCLUSÕES	E	DOS	REQUERIMENTOS	FINAIS
Diante	de	todo	o	exposto,	requer	o	acolhimento	da	prescrição	quinquenal	na	hipótese	de eventual	condenação	e	a	consequente	pronúncia	de	mérito.
Requer,	ainda,	a	total	improcedência	de	todos	os	pedidos	ventilados	na	exordial.
Protesta	provar	o	alegado	por	todos	os	meios	de	prova	em	direito	admitidos,	em	especial	prova documental,	testemunhal,	pericial	e	outras	mais	que	se	fizerem	necessárias	e	que	desde	já	ficam requeridas.
©	desta	edição	[2017]
Termos	em	que,
pede	deferimento.
Local	e	data.
Advogado
OAB	n._____
2017	-	04	-	18 Prática	Trabalhista	-	Edição	2017 TERCEIRA	PARTE	-	PEÇAS	PRÁTICAS 8.	CONTESTAÇÃO	COM	RECONVENÇÃO
8.	Contestação	com	Reconvenção
ESTRUTURA	DA	RECONVENÇÃO
Obs.	1:	A	reconvenção	é	a	demanda	do	réu	em	face	do	autor	na	mesma	relação	jurídica processual,	possuindo	natureza	jurídica	de	ação	autônoma	conexa	ao	processo.	Nesses	termos,	à	luz do	art.	343,	§	6.º,	do	CPC/2015,	o	réu	pode	propor	reconvenção	independentemente	de	oferecer contestação.	Atualmente,	prevalece	o	entendimento	na	doutrina	e	na	jurisprudência	de	que	a reconvenção	é	compatível	com	o	Processo	do	Trabalho	e	perfeitamente	cabível	na	Justiça	do Trabalho.
Obs.	2:	O	Código	de	Processo	Civil	de	2015	disciplina	a	reconvenção	no	seu	artigo	343.	Com	efeito, na	contestação,	é	lícito	ao	réu	propor	reconvenção	para	manifestar	pretensão	própria,	conexa	com	a ação	principal	ou	com	o	fundamento	da	defesa.	Assim,	consubstancia	um	tese	no	bojo	da	própria contestação.
1.	Endereçamento	completo	(sem	abreviaturas).
Obs.:	Observar	o	endereçamento	da	exordial.
2.	Processo	número.
3.	Qualificação	completa	do	Reclamado	Reconvinte	(4	itens:	nome	completo,	pessoa	jurídica de	direito	privado,	CNPJ,	endereço	completo/CEP).
Obs.:	Caso	o	Reclamado	seja	uma	pessoa	física,	como	no	caso	do	empregador	doméstico,	o	ideal	é consignar	o	nome	completo,	nacionalidade,	estado	civil,	RG,	CPF,	endereço	completo/CEP.
4.	Advogado,	procuração	anexa,	endereço	completo/CEP.
5.	Verbo:	apresentar.
6.	Identificação	e	previsão	legal	da	peça	profissional	(Reconvenção:	art.	847	da Consolidação	das	Leis	do	Trabalho	[CLT]	combinado	com	o	art.	343	do	CPC/2015),	aplicados subsidiária	e	supletivamente	ao	Processo	do	Trabalho	por	força	do	art.	769	da	CLT	e	do	art.	15 do	CPC/2015.
7.	Qualificação	do	Reclamante	Reconvindo	(já	qualificado	nos	autos	da	reclamação trabalhista	em	epígrafe).
Obs.:	Aqui,	o	reclamado	já	está	qualificado	nos	autos	de	uma	reclamação	trabalhista	ajuizada	(em regra).
8.	Fatos.
9.	Fundamentos	jurídicos	do(s)	pedido(s)	– –	Tese(s).
Obs.:	Exemplos	de	Teses	–	art.	462,	§	1.º,	da	CLT	(possibilidade	de	desconto	no	salário	em	caso	de dano	causado	pelo	empregado);	art.	487,	§	2.º,	da	CLT	(a	falta	de	aviso-prévio	por	parte	do empregado	dá	ao	empregador	o	direito	de	descontar	os	salários	correspondentes	ao	prazo respectivo);	devolução	de	equipamento	da	empresa;	devolução	de	empréstimo	realizado	pelo empregador	etc.
10.	Pedido(s).
Obs.:	O	reclamado	reconvinte	pede	a	procedência	do(s)	pedido(s)	ventilado(s)	na	reconvenção.
11.	Requerimentos	finais:
a)	notificação	do	reclamante	reconvindo;
b)	protesto	por	provas;
c)	distribuição	por	dependência.
12.	Valor	da	causa.
13.	Encerramento:
a)	nesses	termos,	pede	deferimento;
b)	local	e	data	(sem	identificação);
c)	advogado	e	número	da	OAB	(sem	identificação).
Obs.	1:	A	doutrinae	a	jurisprudência	já	admitiam	a	apresentação	de	uma	única	peça,	com	a reconvenção	no	bojo	da	contestação,	com	fulcro	nos	grandes	princípios	que	fundamentam	o Processo	do	Trabalho,	como	informalidade,	simplicidade,	oralidade,	celeridade,	economia processual	e	jus	postulandi.
Obs.	2:	No	Exame	de	Ordem	Unificado,	à	luz	do	Edital,	o	candidato	deverá	elaborar	uma	única peça,	sendo	a	reconvenção	um	tópico	interno	da	contestação.	Como	sugestão,	consignar	o	tópico	da reconvenção	logo	após	os	fundamentos	jurídicos	da	contestação	(preliminar,	prescrição	e/ou	teses diretas	de	mérito).	Assim,	no	momento	da	finalização	da	peça,	o	candidato	deverá	elaborar	o	tópico dos	pedidos	ou	conclusões	da	contestação	e,	a	seguir,	da	reconvenção.	Ademais,	o	candidato	deverá observar	as	peculiaridades	de	cada	peça,	por	exemplo,	o	valor	da	causa.
Obs.	3:	O	Código	de	Processo	Civil	de	2015	disciplina	a	reconvenção	no	seu	artigo	343.	Com	efeito, na	contestação,	é	lícito	ao	réu	propor	reconvenção	para	manifestar	pretensão	própria,	conexa	com	a ação	principal	ou	com	o	fundamento	da	defesa.	Assim,	consubstancia	uma	tese	no	bojo	da	própria contestação.
Questão	prática
O	Banco	Money	S/A,	em	liquidação	extrajudicial,	demitiu,	sem	justa	causa,	após	10	anos	e	9	meses de	prestação	de	serviços,	a	gerente	de	uma	de	suas	agências,	Claudia,	ocasião	em	que	percebia	o salário	de	R$	6.500,00	(seis	mil	e	quinhentos	reais),	mais	gratificação	de	função	correspondente	a	1/3 (um	terço)	do	salário.	Por	ocasião	do	pagamento	das	verbas	rescisórias,	o	Banco	não	conseguiu descontar	o	valor	de	empréstimo	de	R$	30.000,00	(trinta	mil	reais)	anteriormente	concedido	à	exempregada,	uma	vez	que	outros	descontos	já	haviam	atingido	o	valor	de	um	salário.	Faltando	um
mês	para	se	vencer	o	biênio	prescricional,	a	ex-empregada,	assistida	por	advogado	de	seu	sindicato de	classe,	sem	apresentar	declaração	de	insuficiência	financeira,	ajuizou	reclamação	trabalhista, pretendendo,	já	que	sempre	laborara,	de	segunda	a	sexta-feira,	8	(oito)	horas	diárias,	a	condenação do	Banco,	no	pagamento	de	2	(duas)	horas	extras	diárias	com	os	acréscimos	legais,	bem	como	de	sua integração	em	férias,	13.º	salários,	descansos	semanais,	FGTS	e	aviso-prévio,	tudo	acrescido	de	juros e	correção	monetária,	além	da	condenação	em	honorários	advocatícios	à	razão	de	20%.	Deu	à	causa o	valor	líquido	de	R$	58.500,00	(cinquenta	e	oito	mil	e	quinhentos	reais),	sendo	R$	52.500,00 (cinquenta	e	dois	mil	e	quinhentos	reais)	pelas	horas	extras	e	R$	6.000,00	(seis	mil	reais)	pelas integrações.
EXCELENTÍSSIMO	SENHOR	DOUTOR	JUIZ	DO	TRABALHO	DA	_____	VARA	DO	TRABALHO	DE __________
Processo	número...	(espaço:	seguir	orientações	do	edital	e	da	prova)
BANCO	MONEY	S/A,	pessoa	jurídica	de	direito	privado,	inscrita	no	CNPJ	sob	o	n.	(número),	com sede	na	(endereço	completo/CEP),	nos	autos	da	Reclamação	Trabalhista	em	epígrafe,	que	lhe	move CLAUDIA,	por	seu	advogado	que	esta	subscreve	(procuração	anexa),	endereço	completo/CEP,	vem, respeitosamente,	à	presença	de	Vossa	Excelência,	com	base	no	artigo	(art.)	847	da	Consolidação	das Leis	do	Trabalho	–	CLT,	combinado	com	os	arts.	336	e	seguintes	do	Código	de	Processo	Civil	de	2015, aplicados	subsidiária	e	supletivamente	ao	Processo	do	Trabalho	por	força	do	art.	769	da	CLT	e	do	art. 15	do	CPC/2015,	apresentar	CONTESTAÇÃO,	consoante	os	fundamentos	fáticos	e	jurídicos	a	seguir expendidos:
I	–	DOS	FATOS
A	Reclamante	trabalhou	para	a	Reclamada	exercendo	a	função	de	gerente	de	uma	de	suas agências.	Percebia	além	do	salário	mensal	de	R$	6.500,00	(seis	mil	e	quinhentos	reais),	o	adicional	de 1/3	do	salário	a	título	de	gratificação	de	função.
No	entanto,	a	Reclamante	ajuizou	a	presente	demanda	objetivando	a	condenação	da	Reclamada no	pagamento	de	2	horas	extras	diárias	com	os	acréscimos	legais,	bem	como	os	reflexos	em	férias, 13.º	salário,	descansos	semanais,	FGTS	e	aviso-prévio.	Tudo	acrescido	de	juros	e	correção	monetária, além	da	condenação	em	honorários	advocatícios	à	razão	de	20%.
Deu	à	causa	o	valor	líquido	de	R$	58.500,00	(cinquenta	e	oito	mil	e	quinhentos	reais),	sendo	R$ 52.500,00	(cinquenta	e	dois	mil	e	quinhentos	reais)	pelas	horas	extras	e	R$	6.000,00	(seis	mil	reais) pelas	integrações.
II	–	DA	PREJUDICIAL	DE	MÉRITO	(DEFESA	INDIRETA	DE	MÉRITO):	PRESCRIÇÃO QUINQUENAL/PARCIAL
Como	relatado,	a	Reclamante	ajuizou	a	presente	Reclamação	Trabalhista	faltando	um	mês	para se	vencer	o	biênio	prescricional.
Os	arts.	7.º,	XXIX,	da	Constituição	Federal	e	11,	I,	da	CLT,	determinam	que	o	direito	de	ação quanto	aos	créditos	resultantes	das	relações	de	trabalho	prescreve	em	5	anos	para	os	trabalhadores urbanos,	até	o	limite	de	2	anos	após	a	extinção	do	contrato	de	trabalho.
Assim,	após	a	extinção	do	contrato	de	trabalho,	a	prescrição	há	de	ser	computada	a	partir	do ajuizamento	da	ação,	retroagindo	5	(cinco)	anos,	de	acordo	com	o	estabelecido	na	Súmula	308,	I,	do Tribunal	Superior	do	Trabalho	–	TST.
Assim,	no	presente	caso,	se	alguma	condenação	for	devida,	que	sejam	observados	os	5	(cinco) anos	anteriores	contados	do	ajuizamento	da	reclamação	trabalhista,	restando	prescrito	o	respectivo período	anterior,	com	a	consequente	pronúncia	de	mérito	nos	termos	do	art.	487,	II,	do	CPC/2015.
III	–	DO	MÉRITO
A)	DO	NÃO	CABIMENTO	DAS	HORAS	EXTRAS	E	REFLEXOS
Como	relatado	na	exordial,	a	Reclamante	exercia	a	função	de	gerente	de	contas	e	percebia,	além do	salário	mensal,	um	adicional	de	1/3	do	salário	em	razão	da	função	de	confiança	que	exercia.
O	art.	224,	caput,	e	§	2.º,	da	CLT	estabelece	que	a	duração	normal	do	trabalho	dos	empregados	de banco	será	de	6	horas	diárias,	exceto	para	os	que	exercerem	cargos	de	confiança	e	desde	que	a gratificação	não	seja	inferior	a	1/3	do	salário	do	cargo	efetivo.
Corroborando	tal	assertiva,	a	Súmula	102,	itens	II	e	IV	do	TST,	estabelece	que	o	bancário	sujeito	à regra	do	art.	224,	§	2.º,	da	CLT	e,	desde	que	receba	gratificação	não	inferior	a	1/3	de	seu	salário,	já tem	remuneradas	as	2	(duas)	horas	extraordinárias	excedentes	de	6	(seis),	cumprindo	jornada	de	8 (oito)	horas,	sendo	extraordinárias	as	trabalhadas	além	da	oitava.
No	caso	em	tela,	verifica-se	que	a	Reclamante	não	apenas	exercia	cargo	de	confiança,	como também	recebia	o	correspondente	adicional	de	1/3	sobre	o	salário,	descaracterizando,	assim,	o pedido	de	2	(duas)	horas	extras	diárias	e	reflexos.
Deste	modo,	não	merece	guarida	o	pedido	da	inicial	concernente	ao	pagamento	de	2	horas	extras diárias	e	reflexos.
Em	atenção	ao	princípio	da	eventualidade	(ou	da	concentração	de	defesas	no	bojo	da contestação),	caso	assim	não	entenda	Vossa	Excelência,	os	demais	pedidos	ventilados	na	exordial não	merecem	prosperar,	senão	vejamos:
B)	DA	NÃO	INCIDÊNCIA	DOS	JUROS
No	presente	caso,	a	Reclamante	pleiteia	a	condenação	da	reclamada	ao	pagamento	de	diversos haveres	trabalhistas,	acrescido	de	juros	e	correção	monetária.
Todavia,	vale	ressaltar	que	o	Banco	Money	está	sendo	submetido	a	um	processo	de	liquidação extrajudicial.
Com	efeito,	a	Súmula	304	do	TST	aduz	que	os	débitos	trabalhistas	das	entidades	submetidas	aos regimes	de	intervenção	ou	liquidação	extrajudicial	estão	sujeitos	à	correção	monetária	desde	o respectivo	vencimento	até	seu	efetivo	pagamento,	sem	interrupção	ou	suspensão,	não	incidindo, entretanto,	sobre	tais	débitos,	juros	de	mora.
Assim,	consoante	o	mencionado	entendimento	consolidado	do	Órgão	de	Cúpula	da	Justiça	do Trabalho,	a	reclamada	não	deve	ser	condenada	em	juros,	justamente	pelo	fato	de	estar	atravessando um	momento	de	liquidação	extrajudicial.
C)	DO	NÃO	CABIMENTO	DOS	HONORÁRIOS	ADVOCATÍCIOS
No	caso	em	tela,	a	Reclamante	pleiteia	a	condenação	em	honorários	advocatícios	à	razão	de	20% (vinte	por	cento).
Nesta	seara,	o	TST	já	pacificou	o	seu	entendimento	em	suas	Súmulas	219	e	329.
Assim,	na	Justiça	do	Trabalho,	os	honorários	advocatícios	não	decorrem	pura	e	simplesmente	da sucumbência,	em	regra,	havendo	a	necessidade	do	preenchimento	de	2	(dois)	requisitos cumulativos,	a	saber:	a	parte	deverá	estar	assistida	pelo	sindicato	de	sua	categoria	profissional	(arts. 14	e	seguintesda	Lei	5.584/1970),	bem	como	ser	beneficiária	da	Justiça	Gratuita.	Preenchidos	esses requisitos,	os	honorários	serão	revertidos	ao	sindicato	assistente,	respeitado	o	limite	de	20%	(quinze por	cento).
Na	presente	ação,	a	Reclamante,	embora	estivesse	assistida	por	sindicato	de	classe,	não	juntou aos	autos	declaração	de	insuficiência	financeira.
Por	conseguinte,	a	Reclamante	não	fará	jus	à	condenação	em	honorários	advocatícios.
IV	–	DAS	CONCLUSÕES	E	DOS	REQUERIMENTOS	FINAIS
Por	todo	o	exposto,	requer,	na	hipótese	de	eventual	condenação,	o	acolhimento	da	prescrição quinquenal/parcial.
Ademais,	requer	a	total	improcedência	dos	pedidos	ventilados	na	exordial.
Protesta	provar	o	alegado	por	todos	os	meios	de	provas	em	direito	admitidos,	em	especial	prova documental,	testemunhal,	pericial	e	outras	mais	que	se	fizerem	necessárias	e	que	desde	já	ficam requeridas.
Nesses	termos,
pede	deferimento.
Local	e	data.
Advogado
OAB	n._____
ATENÇÃO:	No	Exame	de	Ordem	Unificado,	à	luz	do	Edital,	o	candidato	deverá	elaborar	uma única	peça,	sendo	a	reconvenção	um	tópico	interno	da	contestação.	Como	sugestão,	consignar	o tópico	da	reconvenção	logo	após	os	fundamentos	jurídicos	da	contestação	(preliminar,	prescrição e/ou	teses	diretas	de	mérito).	Assim,	no	momento	da	finalização	da	peça,	o	candidato	deverá elaborar	o	tópico	dos	pedidos	ou	conclusões	da	contestação	e,	a	seguir,	da	reconvenção.
O	Código	de	Processo	Civil	de	2015	disciplina	a	reconvenção	no	seu	artigo	343.	Com	efeito,	na contestação,	é	lícito	ao	réu	propor	reconvenção	para	manifestar	pretensão	própria,	conexa	com	a ação	principal	ou	com	o	fundamento	da	defesa.	Assim,	consubstancia	uma	tese	no	bojo	da	própria contestação.
EXCELENTÍSSIMO	SENHOR	DOUTOR	JUIZ	DO	TRABALHO	DA	_____	VARA	DO	TRABALHO	DE __________
Processo	número...	(espaço:	seguir	orientações	do	edital	e	da	prova)
BANCO	MONEY	S/A,	já	qualificado	nos	autos	da	Reclamação	Trabalhista	em	epígrafe,	que	lhe move	CLAUDIA,	por	seu	advogado	que	esta	subscreve	(procuração	anexa),	endereço	completo/CEP,
vem,	respeitosamente,	à	presença	de	Vossa	Excelência,	com	base	no	art.	847	da	CLT,	combinado	com o	art.	343	do	CPC/2015,	aplicado	subsidiária	e	supletivamente	ao	Processo	do	Trabalho	por	força	do art.	769	da	CLT	e	do	art.	15	do	CPC/2015,	propor	RECONVENÇÃO,	consoante	os	fundamentos	fáticos	e jurídicos	a	seguir	aduzidos:
I	–	DOS	FATOS
A	Reconvinda	ajuizou	Reclamação	Trabalhista	pleiteando	a	condenação	do	Reconvinte	no pagamento	de	horas	extras,	reflexos,	juros,	correção	monetária	e	honorários	advocatícios.
II	–	DA	DÍVIDA	DA	RECONVINDA	COM	O	RECONVINTE
A	Reconvinda,	durante	o	pacto	laboral,	contraiu	empréstimo	bancário,	tendo	restado	como	saldo devedor	a	quantia	de	R$	30.000,00	(trinta	mil	reais).
No	entanto,	em	razão	da	rescisão	contratual,	o	Reconvinte	não	conseguiu	descontar	o	valor	do empréstimo	das	verbas	rescisórias,	estando	a	Reconvinda	em	mora.
Com	efeito,	o	art.	586	do	Código	Civil	estabelece	que	o	mutuário	é	obrigado	a	restituir	ao mutuante	o	que	dele	recebeu	em	coisa	do	mesmo	gênero,	qualidade	e	quantidade.
Assim,	a	reconvinda	deverá	ser	condenada	a	devolução	do	empréstimo	auferido	em	decorrência da	relação	de	trabalho.
III	–	DOS	PEDIDOS	E	DOS	REQUERIMENTOS	FINAIS
Pelo	exposto,	requer:
a)	que	seja	a	presente	demanda	distribuída	por	dependência	à	Reclamação	Trabalhista,	processo número	______,	desta	Vara	do	Trabalho;
b)	a	procedência	do	pedido	veiculado	na	presente	reconvenção,	condenando	a	reclamante reconvinda	no	pagamento	do	empréstimo	contraído	no	valor	R$	30.000,00	(trinta	mil	reais);
c)	acréscimo	de	juros	e	correção	monetária;
d)	notificação	da	reconvinda	para	que,	querendo,	apresente	sua	defesa,	sendo	que	o	não comparecimento	importará	na	revelia	e	confissão	quanto	à	matéria	de	fato.
Protesta	provar	o	alegado	por	todos	os	meios	de	provas	em	direito	admitidos,	em	especial	prova documental,	testemunhal,	pericial	e	outras	mais	que	se	fizerem	necessárias	e	que	desde	já	ficam requeridas.
Dá-se	à	causa	o	valor	de	R$	30.000,00	(trinta	mil	reais).
Nesses	termos,
pede	deferimento.
Local	e	data.
Advogado
OAB	n._____
©	desta	edição	[2017]
Obs.	1:	O	juiz	da	causa	principal	é	também	competente	para	a	reconvenção	(art.	109	do	CPC/1973 –	sem	correspondência	no	CPC/2015).
Obs.	2:	Distribuir-se	por	dependência	as	causas	de	qualquer	natureza	quando	se	relacionarem, por	conexão	ou	continência,	com	outra	já	ajuizada.	Havendo	reconvenção,	o	juiz,	de	ofício,	mandará proceder	à	respectiva	anotação	pelo	distribuídos	(art.	286,	I,	CPC/2015).

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