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PERIODONTIA I (caderno Allyson)

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1 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG 
Faculdade de Odontologia – FOUFMG 
 
 
 
 
 
 
 
PERIODONTIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
Segundo semestre de 2013 
2 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Sumário 
Matéria Página 
ASPECTOS CONCEITUAIS E EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS 
PERIODONTAIS 
4 
Aspectos conceituais 4 
Profundidade de Sondagem (PS) 4 
Sondagem ideal 4 
Sangramento à Sondagem (SS) 5 
Supuração 5 
Nível Clínico de Inserção (NCI) 6 
Recessão Gengival ou Periodontal 6 
Atividade de Doença Periodontal 6 
Envolvimento de Furca 6 
Mobilidade dentária 7 
Análise radiográfica 7 
Classificação AAP 2000 7 
RASPAGEM E ALISAMENTO RADICULAR 8 
Fatores que predizem alterações clínicas com raspagem e alisamento 
radicular 
8 
Tratamento Periodontal (3 fases) 8 
Instrumentos para raspagem e alisamento radicular 9 
Técnica de raspagem e alisamento radícula 10 
Instrumentos de raspagem ultra-sônicos 11 
Polimento coronário 11 
ETIOPATOGENIA DAS DOENÇAS PERIODONTAIS 12 
Aspectos relacionados ao hospedeiro 13 
Fases da lesão periodontal 15 
Processos de defesa do hospedeiro 17 
Aspectos Relacionados à Microbiota 18 
MICROBIOLOGIA E HISTOPATOLOGIA DA DOENÇA 
PERIODONTAL 
19 
Estágios clínicos da gengivite inflamatória 22 
Características comuns a gengivites induzidas por biofilme dental 22 
Doenças gengivais associadas a medicamentos (aumento gengival) 23 
Classificação de Aumento Gengival 23 
Gengivite Ulceronecrosante (GUN) 24 
FATORES DE RISCO PARA AS DOENÇAS PERIODONTAIS 25 
Qual a importância em identificar fatores de risco? 25 
Idade 27 
Gênero 27 
Raça / Etnia 27 
Nível socioeconômico 28 
Genética 28 
Microbiota 28 
Tabagismo 29 
Diabetes 30 
Estresse 30 
Osteopenia e Osteoporose 30 
3 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Infecção HIV – AIDS 31 
PERIODONTITES AGRESSIVAS 32 
Parâmetros em Periodontites Agressivas 33 
Características 33 
Periodontite Agressiva Localizada 34 
Periodontite Agressiva Generalizada 35 
Diagnóstico 35 
Considerações para o tratamento 37 
DETERMINAÇÃO DO PROGNÓSTICO PERIODONTAL 39 
Plano de tratamento periodontal 41 
TRAUMA OCLUSAL PERIODONTAL 41 
Força oclusal 41 
Perda de suporte periodontal: Etiologia 41 
Mobilidade dental 42 
Trauma oclusal + doença periodontal associada à placa 42 
Conclusões 43 
PRINCÍPIOS GERAIS BÁSICOS DE CIRURGIAS PERIODONTAIS 44 
Reavaliação 44 
Indicações 45 
Contra indicações 45 
Objetivos 45 
Instrumental 46 
Incisões 47 
Suturas 47 
Recomendações 48 
CIRURGIA PERIODONTAL CONSERVADORA 49 
Retalho de Widman Modificado 49 
Técnica cirúrgica 50 
ENAP 51 
TERAPIA PERIODONTAL DE SUPORTE – TPS 52 
Exame, reavaliação e diagnóstico 54 
Cooperação (compliance) 55 
MANUTENÇÃO PERIODONTAL 56 
Classificação de Merin 56 
Metodologia para Avaliação do Risco Periodontal - Modelo ARP proposto 
por Lang & Tonetti (2003) 
 
56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
13-09-2013 Fernando de Oliveira Costa 
ASPECTOS CONCEITUAIS E EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS 
PERIODONTAIS 
 
 É uma doença que atinge as estruturas de proteção e sustentação do dente 
acometendo milhões de pessoas em todo o mundo. 
Nunca se deve considerar aspectos macroscópicos para caracterizar um paciente 
como portador de doença periodontal. Ela tem, na maioria dos casos, característica 
lenta. 
Aspectos conceituais 
Parâmetros clínicos e radiográficos (mensuração de e diagnóstico) 
 Profundidade de sondagem periodontal (PS) 
 Nível clínico de inserção (NCI) 
 Sangramento a sondagem 
 Envolvimento de furca 
 Mobilidade dental 
 Análise radiográfica 
Profundidade de Sondagem (PS) 
Distância, em mm, da margem gengival ao fundo do sulco gengival ou da bolsa 
periodontal. 
 Bolsa periodontal = PS > 4mm – esta quantidade é considerado um ponto de 
corte entre o saudável e o doente. Assim, o paciente com PS inferior a 4mm é 
considerado saudável (se for considerado apenas este parâmetro). 
 
Sondagem ideal 
 Extremidade da sonda periodontal 
deveria localizar-se na porção mais 
apical do epitélio dentogengival (fundo 
do sulco gengival / bolsa periodontal). 
 Deve ser feito de maneira suave, 
penetrando na porção mais apical 
chegando ao fundo da bolsa periodontal. 
Podendo variar entre os indivíduos. 
 O nível deve ser avaliado 
preferencialmente em 6 sítios. 
Variáveis na sondagem 
 Espessura da sonda – sondas muito rombas (largas) não são capazes de chegar 
ao fundo, devendo, assim, usar sondas mais delicadas. 
 Tipo de sonda 
o OMS – sonda que marca 3,5 e 5,5mm (não serve para a prática 
periodontal) 
o UCN (Sonda Carolina do Norte) – sonda que marca de 1mm em 1mm até 
10mm 
5 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
 Posicionamento incorreto deve ser evitado, considerando: 
o Inclinação / angulação – inserida paralela ao longo eixo do dente 
o Anatomia do dente 
o Cálculo – sonda encosta no cálculo e não chega ao fundo. Obtendo assim 
uma falsa profundidade de sondagem, sendo esta menor que a real. 
 Pressão aplicada – caso a pressão seja exacerbada, a sonda pode romper o 
epitélio juncional ultrapassando o fundo da bolsa/sulco obtendo uma 
profundidade de sondagem maior que a real, alem de provocar sangramento. 
 Grau do infiltrado inflamatório e da perda do colágeno – tecido mais inflamado 
permite uma maior entrada da sonda, porem este tecido também é mais sensível. 
Isso pois o tecido mais inflamado possui um aumento de volume em decorrência 
da vasodilatação e acúmulo de líquidos, assim sua camada superficial fica mais 
delgada, tendo uma maior susceptibilidade ao trauma e ao sangramento. 
 Quando alterada sinaliza periodontite = espessa gravidade da DP 
 Pode alterar devido ao processo inflamatório ter diminuído 
 Valor diagnóstico questionável: sujeita a variáveis clinicas e erros 
sistemáticos. 
Um sítio alterado é um sitio doente e pede uma intervenção. 
 Extensão – número de sítios afetados 
 Gravidade – quantidade da severidade 
Sangramento à Sondagem (SS) 
 O sangramento no sulco gengival / bolsa 
periodontal relaciona-se com a presença de 
infiltrado celular inflamatório, podendo indicar 
atividade da D.P. 
o A atividade do processo inflamatório leva a 
uma destruição dos tecidos, podendo seguir 
para perda da inserção periodontal. 
Supuração 
 Exudato 
 Não relaciona-se com gravidade da bolsa periodontal 
 Relaciona-se com a presença de infiltrado celular inflamatório, podendo indicar 
atividade da Doença Periodontal. 
Para sua avaliação, podemos usar a porção digital do dedo pressionando a gengiva 
na região apical do dente, empurrando para incisal, assim o exudato sairá pelo sulco. 
Pseudobolsa: edema inflamatório (tumefação) causa migração coronal da margem 
gengival. Não há migração do epitélio juncional ao nível apical da junção ameloblástica. 
Anotações:_____________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
6 
Cadernode Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Nível Clínico de Inserção (NCI) 
Distância, em mm, da junção amelocementária ao fundo do 
sulco gengival / bolsa periodontal. 
 Bom valor diagnóstico. 
 Somente o registro da perda de inserção clínica não 
indica atividade de periodontite e não distingue história 
atual de pretérita de doença periodontal, uma vez que 
esta pode ser causada por outros fatores como trauma 
oclusal. 
 O nível clínico de inserção é a soma entre a quantidade de recessão + o valor da 
profundidade de sondagem. 
Recessão Gengival ou Periodontal 
Distância da linha amelocementária (LAC) à margem gengival. Pode ocorrer 
perda de inserção sem um aumento da profundidade de sondagem. 
Atividade de Doença Periodontal 
Momento de perda da inserção periodontal (ligamento periodontal, cemento e osso 
alveolar). 
 Indicadores clínicos: PS aumentada com sangramento à sondagem e/ou presença 
de supuração e monitoramento longitudinal controlado da perda de inserção 
clinica periodontal. 
Envolvimento de Furca 
Processo destrutivo das estruturas de suporte na área de furca 
ao redor de dentes bi ou multirradiculares. 
 Área de difícil acesso para limpeza e tratamento. 
Os conceitos mais usados para a classificação de furca é uma medida HORIZONTAL: 
 Grau 1: Perda horizontal de até 1/3 da largura do dente (normalmente até 
2mm), a sonda tem pouca retentividade. 
 Grau 2: Perda horizontal > 1/3 da largura do dente, não envolvendo 
totalmente a área da furca 
 Grau 3: Perda horizontal dos tecidos que suporte da furca, de lado a lado 
 Considerar também o envolvimento vertical na furca. 
 Normalmente a gravidade é maior do que a mensurada ao se associar os fatores. 
É importante avaliar a perda no sentido VERTICAL também. 
 Subclasse A – até 3mm de perda de tecido ósseo 
 Subclasse B – de 4 a 6mm de perda de tecido ósseo 
 Subclasse C – maior ou igual a 7mm de perda de tecido ósseo 
Assim nós associamos os envolvimentos Vertical e Horizontal. Tendo uma visão mais 
próxima da gravidade da recessão. 
7 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Mobilidade dentária 
Pode ocorrer devido á um processo de perda contínua do tecido de suporte dentário 
devido a inúmeros fatores. Ex: doença periodontal, trauma de oclusão, sobrecarga, 
lesões periapicais, pós-operatório, etc. 
 Sinal não patológico, uma vez que o dente pode adquirir mobilidade devido à 
outros acontecimentos como trauma. 
Graus de mobilidade 
 Grau 1: Normal clinicamente fisiológica 
 Grau 2: Mobilidade do sentido V-L 
 Grau 3: Mobilidade no sentido V-L e M-D (pode ser difícil avaliar devido à 
proximidade/contato com os dentes vizinhos) 
 Grau 4: Mobilidade com extrusão e intrusão (cabal) 
Análise Radiográfica 
 Fornece informação da altura e da configuração do osso alveolar interproximal 
 Valor diagnóstico auxiliar. Associar sempre com profundidade de sondagem, 
nível de inserção, presença de sangramento ou supuração. 
 Técnicas mais indicadas: periapical com paralelismo (cone longo) e 
interproximais (Bite Wing) 
 Não distingue casos tratados de não tratados 
 A imagem fornecida é menos grave que a perda real 
 Importante para verificar a distribuição da perda óssea (localização) 
O exame radiográfico é um meio auxiliar importante no diagnóstico, nunca devendo ser 
usado separadamente para o diagnóstico de doenças periodontais. 
Classificação AAP 2000 
Academia Americana de Periodontia 
 Doenças gengivais (gengivites associada à placa e não associadas à placa) 
 Periodontite crônica 
 Periodontite agressiva 
 Periodontites associadas à doenças sistêmicas 
 Doenças periodontais necrotizantes 
 Abscessos do periodonto 
 Periodontites associadas a lesões endodôntica 
 Deformidades e condições desenvolvidas ou adquiridas 
Anotações:_____________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________ 
 
8 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
20-09-2013 Telma 
RASPAGEM E ALISAMENTO RADICULAR 
Objetivos 
 Determinar a reorganização tecidual, através 
da remoção dos fatores que provocam 
inflamação (placa, tártaro, cemento alterado). 
 Reduzir ou eliminar a inflamação 
 Reduzir a profundidade de sondagem 
 Tornar a superfície dentária mais fácil para a 
limpeza manual pelo paciente. 
Conceito 
 Raspagem: é o processo pelo qual o biofilme e o cálculo são removidos das 
superfícies dentárias supra e subgengivais, através de instrumentos manuais 
(curetas) ou ultrassônicos. 
 Alisamento radicular: técnica de instrumentação pelo qual o cálculo incrustado 
e as porções do cemento são removidos das raízes para produzir uma superfície 
lisa, dura e limpa. 
 Sondagem: introdução de uma sonda periodontal dentro do sulco ou bolsa 
periodontal identificando sua profundidade. 
Fatores que predizem alterações clínicas com raspagem e alisamento radicular 
 Grau de inflamação tecidual 
 Facilidade de sangramento na instrumentação ou sondagem 
 Proporção e distribuição da inflamação na parede da bolsa 
 Correlação das alterações clínicas com fatores etiológicos 
Tratamento Periodontal (3 fases) 
1. Terapia associada à causa (índice de placa, raspagem supragengival, e 
alisamento radicular, polimento e aplicação de flúor, raspagens subgengivais). 
2. Terapia cirúrgica 
3. Terapia Periodontal de Suporte (terapia de manutenção). 
Indicações da raspagem e alisamento radicular 
1. Manutenção da saúde periodontal. 
2. Em todo tratamento odontológico. 
3. Em todas as fases do tratamento periodontal. 
4. Como tratamento preliminar à cirurgia periodontal. 
5. Frente à gengiva delgada e friável. 
6. Em pacientes com doenças sistêmicas. 
7. Pacientes idosos. 
8. Pacientes despreparados psicologicamente. 
9. Considerações estéticas, regiões anteriores. 
10. Casos extremamente avançados de Doença Periodontal 
 
9 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Instrumentos para raspagem e alisamento radicular 
 Cureta, foices, enxadas, cinzéis, limas. 
 Instrumentos ultrassônicos 
 Instrumentos rotatórios 
 Instrumentos de movimento alternado: 
PER-IO-TOT 
 Instrumentos a laser Er 
Curetas 
 Bordos arredondados 
 Simples ou dupla 
 Ângulos de corte 
o Somente um ângulo de corte à 
instrumentação 
o Ângulos de corte curvos adaptam-se às superfícies curvas 
 Curtes de Gracey (específicas) 
 Curetas McCall (universal) 
 
Curetas Universais 
Raspadores tipo foice 
Mcall 1-10 
Dentes anteriores 
Raspadores tipo foice 
Mc Call 11-12 
Dentes posteriores 
interproximais 
Curetas 
Mc Call 13-14 
Dentes anteriores 
superfície cervical 
Curetas 
McCall 17-18 
Dentes posteriores superfície 
cervical (molares) 
 
Curetas Específicas 
Gracey n° 1-2 
Gracey n° 3-4 
Dentes anteriores 
Gracey n° 5-6 Dentes anteriores e pré-molares 
Gracey n° 7-8 
Gracey n° 9-10 
Dentes posteriores: Vestibular e lingual 
Gracey n° 11-12 Dentes posteriores (pré-molares e molares): mesial 
Gracey n° 13-14 Dentes posteriores (pré-molares e molares): distal 
 
Técnica de raspagem e alisamento radicular 
1- Instrumental e equipamentos conferidos e afiados 
2- Isolamento relativo – gaze constantemente para limpeza, secagem e hemostasia. 
3- Posicionamento do pacientede acordo com a área trabalhada 
4- Sondagem prévia para identificar os principais focos e profundidade de bolsa 
5- Ponto de apoio: movimento de braço e antebraço para gerar menor esforço 
6- Penetração do instrumento: ângulo de trabalho. 
10 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Posicionamento do paciente 
 Dentes inferiores 
o Paciente sentado 
o Posição do profissional (12 ou 9 horas) 
 Dentes superiores 
o Paciente deitado 
o Angulação de braço e antebraço em 90° 
o Posição do profissional (8 ou 9 horas). 
Princípios gerais de instrumentação 
 Acessibilidade (posicionamento do paciente e do operador) 
 Boa visibilidade, e boa iluminação e afastamento de lábios e jugal. 
 Condições dos instrumentos (afiação e angulação adequados) 
 Manutenção do campo limpo – biossegurança e visibilidade 
 Estabilização do instrumento – evitar cortes no paciente e nas mãos do operador. 
 Ativação do instrumento 
o Adaptação à superfície 
o Angulação, relacionada ao dente – 45º 
o Pressão lateral, em direção do dente 
o Movimentos (exploratório e de raspagem e alisamento radicular) 
Cálculo dental (Tártaro) 
 Placa mineralizada de coloração branco-amarelada ou marrom 
 Cristais de fosfato de cálcio. 
 Adere-se de forma persistente às superfícies dentárias 
 Seu acúmulo pode levar a uma maior retenção de placa. 
Alisamento Radicular 
 Sondagem periodontal (antes do procedimento e 3 semanas após) 
 Empunhadura da cureta (forma de caneta modificada) 
 Ponto de apoio (intra ou extraoral) 
 Determinação correta da extremidade ativa da cureta (bordo cortante) 
 Adaptação da lâmina da cureta à superfície dentária 
 Posicionamento subgengival da lâmina da cureta. 
 Ângulo de trabalho 
 Pressão lateral em direção à superfície dentária 
 Movimento de exploração 
 Movimento de raspagem 
 Aplainamento radicular 
 Avaliação da área 
 Permanência de cálculo pós-raspagem 
o Remoção de cemento (repetidas raspagens) 
o Persistência de bolsa periodontal. 
 
 
11 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Instrumentos de raspagem Ultra-sônicos 
Deve-se limpar bem o aparelho antes e após sua utilização, e lavar bem o 
compartimento que armazena água. Após a limpeza é importante a realização de sua 
desinfecção com álcool 70%. Completar o compartimento de água e preparar o aparelho 
para uso. Lembrando que as pontas a serem usadas bem como a proteção da caneta do 
ultrassom devem ser estéreis. 
1- Sintonizar o instrumento 
produzido leve jato de água na 
ponta ativa (refrigeração). 
2- Usar o sugador, para evitar 
acúmulo de saliva do paciente e 
água proveniente do aparelho 
ultrassônico. 
3- Segurar o instrumento em forma 
de caneta modificada 
4- Ativar o instrumento pisando no 
pedal 
5- Fazer movimentos verticais leves 
e curtos 
6- Deslocar o cálculo com a energia vibratória do instrumento 
7- Não colocar o instrumento perpendicular à superfície do dente, para evitar lesão 
no ligamento periodontal e aumento da sensibilidade dentária. 
8- Completar a raspagem ou alisamento radicular com instrumentos manuais 
 
Polimento coronário 
Objetivos 
 Remover a placa bacteriana 
 Reduzir a aspereza superficial para se inibir a formação de placa e tártaro 
(cálculo dental) 
 É realizado com a caneta de baixa rotação, escova de Robinson para as 
superfícies de sulcos e fissuras alem da região interdental e taça de borracha para 
as superfícies lisas como as regiões vestibular e palatina. É importante o uso de 
fio dental ao término do procedimento. 
 A aplicação de flúor (fluoreto de sódio 2% neutro) para descensibilização. 
Anotações:_____________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
12 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
04-10-2013 Luis Otávio Miranda Cota – luiscota@ufmg.br 
ETIOPATOGENIA DAS DOENÇAS PERIODONTAIS 
Bibliografia indicada: 
 Patogênese da periodontite, capítulo 11, Lindhe 5ª edição 
 Patogênese periodontal, capítulo 21, Carranza 11ª edição 
Doença periodontal 
 Anos 70/80 – microrganismos 
o Natureza infecciosa 
o Grupos de bactérias gran negativas anaeróbicas – infecção bacteriana 
mista, agrupadas de acordo com sua função na formação e postergação 
do biofilme. 
o Necessidade X Suficiência 
 Importante saber como as bactérias se comportam para ajudar a 
realizar um trabalho adequado sobre a patologia. 
 Anos 90 – hospedeiro 
o Mecanismos de defesa 
o Fatores de risco 
 Intrínsecos 
 Extrínsecos 
 
Seymour & Taylor, 2004 
Etiopatogenia 
 
 
 
Fatores 
ambientais 
placa - 
microorganismos 
específicos 
Hospedeiro 
Suceptível 
13 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Aspectos relacionados ao hospedeiro 
Doença periodontal 
 Origem infecciosa 
 Natureza inflamatória crônica 
 Hospedeiro dependente – imuno-inflamatória 
 Sitio específicos – sítios com mais ou menos perda periodontal (em um mesmo 
indivíduo) 
 Progressão não linear – ora ativa ora inativa 
 Surtos de atividade → “Atividade de Doença” 
 Período de quiescência – inatividade 
Lindhe et al., 1983, Albandar et al., 1986, Godson & Socransky, 1986, Albandar, 1990, Offenbacher, 1996, Papapanou, 1996 
A resposta do hospedeiro 
 Resposta inflamatória aguda crônica à agressões bacterianas. 
 Alterações vasculares – neoformação vascular, vasodilatação e aumento da 
permeabilidade vascular. 
 Alterações epiteliais 
 Destruição da matriz tissular 
 Aumento do infiltrado de neutrófilos plasmócitos 
 Citocinas proinflamatórias e antiinflamatórias 
 Destruição óssea 
 Aprofundamento da bolsa periodontal 
1º relato formal 
 Page & Schroder (1976) 
o Modelo animal 
o Características celulares 
o Características histológicas 
o Doença periodontal inflamatória (como um grupo geral) 
 Lesão inicial – (Gengiva clinicamente Sadia) 
 Alterações do plexo vascular – sinal inicial de inflamação 
 Inicio de alterações vasculares e exudativas 
 Aumentos da permeabilidade vascular 
 Extravazamento de proteínas 
 Deslocamento de leucócitos 
 Predominância de neutrófilos 
 Lesão precoce – (Fase aguda – Gengivite) 
 Aumento do número de vasos 
 Inicio de proliferação epitelial 
 Destruição de colágeno 
 Degeneração de fibroblastos 
 Neutrófilos e linfócitos predominam 
 Aumento do fluxo do fluido gengival 
 Sinais clínicos visíveis (vermelhidão, edema e 
sangramento) 
14 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
 Lesão estabelecida – (Fase crônica – Gengivite) 
 Intensificação do estado inflamatório 
 Aumento de exudato 
 Aumento da migração celular 
 Plasmócitos predominam no conjuntivo 
 Aumento da perda de colágeno 
 Aumento epitelial com proliferação das cristas 
 Pode permanecer estável (como gengivite) ou progredir 
(para periodontite). 
 Lesão avançada – (Transição da gengivite para periodontite) 
 Migração apical do epitélio 
 Proliferação apical daplaca bacteriana 
 Dano extenso às fibras de inserção 
 Reabsorção óssea 
 Aumento de infiltrado celular com predomínio de 
plasmócitos. 
 
 
 
15 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Gengiva clinicamente normal parece conviver com o desafio bacteriano contínuo 
sem progredir para a gengivite clínica devido a: 
 Barreira do epitélio juncional 
 Descamação de células epiteliais 
 Fluxo do fluido crevicular gengival que “lava” 
o sulco gengival. 
 Presença de anticorpos no fluido 
 Função fagocítica de neutrófilos presentes no 
meio. 
 Efeito danoso do complemento 
“...Existem muitos fatores ainda desconhecidos relacionados com a progressão de 
gengivite para periodontite...” 
 
Fases da lesão periodontal 
Kornman et al., 1997 
1ª Fase – Agressão Microbiana Aguda 
 Resposta epitelial 
 A presença de placa no sulco vai 
responder a uma agressão 
o Citocinas 
o Moléculas de adesão 
o Substância P 
o IL1 / IL8 / INFγ / TGFβ 
o β defensinas 
 Exposição do epitélio aos produtos bacterianos (citocinas, quimiocinas, LPS) 
 Epitélio 
o Função sinalizadora 
o Função protetora 
 Mudanças epiteliais para facilitar a permeabilidade e o influxo de neutrófilos – 
amento do espaço intersticial, promovendo um maior afastamento celular. 
 Basicamente caracteriza respostas epiteliais e moleculares iniciais às bactérias. 
Se tornam evidentes na fase seguinte. 
Vide figura na página 16 
 
 
16 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
2ª Fase – Resposta Inflamatória Aguda 
 Alterações tissulares aos sinais iniciais 
o Plexo dentogengival 
 Ativação de células endoteliais, aumento da permeabilidade, 
extravazamento de fluido e migração leucocitária. 
 Migração leucocitária seletiva 
 Neutrófilos → 1ª linha de defesa local – impede a 
proliferação apical e lateral da placa bacteriana. 
o Epitélio juncional 
 Aumento do espaço intercelular, aumento do fluxo de fluido e 
infiltração neutofílica 
 Extravazamento vascular facilita a resposta local 
 Migração seletiva de leucócitos para o tecido conjuntivo 
 Migração de neutrófilos para o sulco gengival 
Basicamente caracteriza uma resposta defensiva aos produtos bacterianos (resposta 
aguda). Sendo evidenciada por: 
 Ativação de moléculas de adesão 
 Aumento da migração de neutrófilos 
 Extravazamento e ativação de proteínas plasmáticas 
 Proliferação epitelial 
 Acúmulo de células mononucleares no tecido conjuntivo 
3ª fase – Resposta imune – local e sistêmica 
 Ativação de células do plasma 
o Replicação de linfócitos T e B, ativação de células apresentadora de 
antígenos. 
o Aumento do número de linfócitos, plasmócitos e macrófagos 
o Diminuição da síntese de colágeno 
o Produção de anticorpos 
4ª fase – Regulação/ resolução 
 Determinação da proteção ou destruição 
o 1º evasão bacteriana da defesa 
o 2º Fatores modificadores do hospedeiro 
17 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Processos de defesa do hospedeiro 
Resposta inata – não específica – função de barreira do epitélio, resposta inflamatória 
celular e vascular. 
Resposta adaptativa – específica – mecanismos imunológicos 
Processo dependente de células T – Linfócitos T auxiliares (Helper) produzem 
citocinas que regulam a maioria de funções do sistema imune adaptativo. 
 
 
 
Gemmell & Seymour, 2004 
 
Gengivite 
Resposta imune inata 
TH1 
Imunidade mediada por 
células + produção de 
anticorpos protetores 
Lesão estável 
Periodontite 
Pobre resposta imune inata 
+ bactérias 
periodontopatógenas 
TH2 
Produção de anticorpos 
não protetores 
Lesão progressiva 
18 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Essência da patogênese da doença periodontal 
 
 
Aspectos Relacionados à Microbiota 
Mecanismos de patogeneicidade 
 Fatores de virulência 
o Substâncias que causam dano tecidual – (H2S / metaloproteinases) 
o Substâncias que induzem o dano tecidual – (LPS) 
 Fatores essenciais para colonização bacteriana 
o Adesão (adesinas e estruturas especializadas) 
o Co-agregação – formação de colônias multibacteriana 
o Multiplicação bacteriana 
o Relações intermicrobianas (bacteriocinas e interações positivas) 
o Invasão tecidual 
 Agregatibacter actinomycetemcomitans 
o Fimbrias 
o Cápsula 
o Leucotoxina 
o Invasão tecidual 
 Porphyromonas gingivalis 
o Colagenase 
o Proteases 
o Endotoxinas 
o LPS 
o Invasão celular 
19 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
04-10-2013 Wagner Rodrigues Santos – vegneer2003@yahoo.com.br 
MICROBIOLOGIA E HISTOPATOLOGIA DA DOENÇA PERIODONTAL 
Epidemiologia das doenças periodontais – prevalência das doenças periodontais 
 Doenças gengivais 
 Periodontite crônica 
 Periodontites agressivas 
 Manifestações periodontais de doenças sistêmicas 
 Doenças periodontais necrosantes 
 Abscessos periodontais 
 Lesões endoperiais (periodontite x endodônticas) 
 Deformidades e condições desenvolvidas ou adquiridas 
Gengivite – etiologia 
 Teoria da Placa inespecífica 
o Diversos agentes patógenos ao mesmo tempo para a progressão da 
doença 
 Teoria da placa específica 
o Um único agente patógeno é responsável pela doença 
 
À medida que a placa vai se formando há uma troca entre os microorganismos, 
tendo uma evolução de bactérias mais aeróbias para menos aeróbias, assim as camadas 
mais superficiais da placa tem bactérias que são mais dependentes de oxigênio, e as 
camadas mais internas os microorganismos são menos dependentes de oxigênio. 
20 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
 
Etiologia microbiana 
 Aggregatibacter actinomycetemcomitans 
 Eikenella corrodens 
 Porphyromonas gingivalis 
 Tanerella forsythia 
 Treponema denticola 
 Prevotella intermedia 
 Prevotella nigrescens 
 Fusobacterium nucleatum 
 Campylobacter rectus 
 Peptostreptococcus micros 
A diferença principal entre gram negativos e positivos é que a membrana 
citoplasmática dos Gran negativos possui 2 partes, havendo um espaço periplásico entre 
elas. Nas positivas há apenas uma membrana 
 Complexo púrpura – Veillonella parvula / Actinomyces odontolyticus 
 Complexo amarelo – Streptococcus mitis / S. oralis / S. Sanguis/ Streptococcus 
spp / S. gordonii / S. intermedius 
 Complexo verde – Eikenella corrodens / Capnocytophaga spp / Actinobacillus 
actinomycetemcomitans 
 Complexo laranja – Campilobacter rectus / Porphyromonas intermédia / P. 
nigrescens / Peptostreptococcus micros/ Fusobacterium nucleatum/ 
 Complexo vermelho – Treponema denticola/ Tanerella forsythia/ P. gingivalis 
21 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Enzimas bacterianas 
 Colagenase – enzimas que degradam colágeno 
 Enzima semelhante à tripsina 
 Queratase – enzimas que degradam queratina 
 Arisulfatase 
 Neuraminidase 
 Enzima degradadora – fibronectina 
 Fosfolipase A. 
• Efeitos nas células do hospedeiro
Interleucina - 1 (IL-1)
IL-6
IL-8
Fator de Necrose Tumoral 
(TNF)
Prostaglandina E2
Lipopolissacarídeos / Proteina 37 kDa / Células inteiras
PMN
Macrófagos/ 
Monócitos
Fibroblastos 
Cel. epiteliais
 
Propriedades bacterianas envolvidas na evasão dos mecanismos de defesa do 
hospedeiro 
 Proteases degradadoras de IgA e IgG 
 Leucotoxina 
 Proteína de superfície sensível ao calor 
 Cápsula 
 Inibição da produção de superóxido - 
 Toxina de extensão citoletal 
 Citotoxina 
 Supressão 
 Inibição da produção de IL-8pelas células Epiteliais 
 
Anotações:_____________________________________________________________
______________________________________________________________________
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Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Estágios clínicos da gengivite inflamatória 
Estágio I – Lesão Inicial 
 (24 a 48 horas), 
 Sem características clínicas evidentes 
Estágio II – Lesão Precoce 
 Alterações a níveis celulares, 
 Sem características clínicas evidentes. 
Estágio III – Lesão Estabelecida 
 Gengiva avermelhada ou arrocheada 
 Edemaciada, 
 Lisa e brilhante, 
 Pode ter sangramento provocado ou espontâneo. 
 Reversível 
Estágio IV – Lesão Avançada 
 Formação do biofilme subgengival 
 Bactérias anaeróbias 
 Formação de bolsa periodontal 
 
Características comuns a gengivites induzidas por biofilme dental 
 Sinais e sintomas confinados a gengiva 
 Presença de placa dental 
 Sinais clínicos de inflamação 
o Crescimento do contorno gengival 
o Edema 
o Fibrose 
o Mudança de coloração – mais avermelhado 
o Temperatura sulcular elevada, 
o Sangramento ao toque 
o Aumento do exudato gengival 
 Sem perda de inserção 
 Reversível pela remoção dos fatores etiológicos 
Anotações:_____________________________________________________________
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______________________________________________________________________
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Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Doenças gengivais associadas a medicamentos (aumento gengival) 
 Fenitoina sódica – anticonvulsivante 
 Ciclosporina – imunossupressor para rejeição de enxerto 
 Nifedipina – anti-hipertensivo 
 Clorana – anti-hipertensivo 
I. Aumento gengival 
a. Aumento inflamatório 
i. Agudo 
ii. Crônico 
II. II- Aumento induzido por drogas 
a. Anticonvulsivantes (fenitoina sódica) 
b. Imunossupressores (ciclosporina A) 
c. Bloqueadores dos canais de cálcio (nifedipina) 
III. Aumento Associado a condições sistêmicas 
a. Aumento condicionado: 
i. Gravidez 
ii. Puberdade 
iii. Deficiência de vitamina C 
iv. Gengivite plasmocitária 
v. Granuloma piogênico (não-específico) 
b. Doenças Sistêmicas causando aumento gengival 
i. Leucemia 
ii. Doenças granulomatosas (Sarcoidose, Doença de Wegener) 
IV. Aumento neoplásico 
a. Tumores malignos 
b. Tumores benignos 
 
Classificação de Aumento Gengival 
 Localizado 
 Generalizado 
 Marginal 
 Papilar 
 Difuso 
 Discreto 
0. Grau 0: Ausente (normal) 
1. Grau I: Papila Interdental 
2. Grau II: Papila e Gengiva 
marginal 
3. Grau III: ¾ ou + da Coroa 
 
Anotações:_____________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
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Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Gengivite Ulceronecrosante (GUN) 
É uma infecção atribuída a uma associação fusoespirilar, também chamada de 
gengivite ulceromembranosa e boca de trincheira. É um processo agudo que vem quase 
sempre precedido de traumas psicológicos ou stress, baixas de resistência do organismo, 
ou mudança de vida. A má higiene bucal pode favorecer o seu aparecimento. A GUN 
pode surgir em indivíduos sem doença periodontal. 
Aspectos clínicos - a lesão se restringe à gengiva 
 Qualquer paciente, idade, gênero ou raça 
(predomínio em mulheres). 
 Sialorréia 
 Odor fétido e Sabor metálico – são o resultado 
da destruição tecidual e proliferação bacteriana, 
tornando o quadro clínico característico da 
lesão. 
 Dor intensa 
 Pseudomembrana cobrindo as papilas dentais – 
se retirada é possível ver o tecido conjuntivo 
exposto. 
 Aspecto crateriforme das papilas interdentais (ulceração e necrose) – inversão 
das papilas 
 Sangramento espontâneo e provocado 
 Paciente estressado / fumante 
Diferença da Candidíase: esta libera uma pseudomembrana e a mucosa subjacente está 
normal, diferentemente da GUN. 
Aspecto histopatológico 
 4 zonas distintas 
1. Zona bacteriana – a mais superficial formada por bactérias como, por 
exemplo; Fusobacter e Espiroqueta dentícola 
2. Zona em neutrófilos – logo abaixo da zona bacteriana, observa-se uma 
área de infiltração neutrófila predominante, presença de bactérias, 
incluindo muitas espiroquetas. 
3. Zona necrótica – consiste em células destruídas e em desintegração com 
numerosas espiroquetas e poucos micro-organismos de outros tipos 
4. Zona de infiltração de espiroquetas – presença de espiroquetas no 
tecido vivo, sem outros micro-organismos. 
O quadro histológico da GUN é o de uma inflamação inespecífica que envolve 
os tecidos epitelial e conjuntivo. 
Diagnóstico diferencial 
 Gengivoestomatite herpética primária 
Tratamento: Paciente pode ingerir Amoxicilina 500mg com Metronidazol 
 
25 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
18-10-2013 Luiz Otávio Cota 
FATORES DE RISCO PARA AS DOENÇAS PERIODONTAIS 
Paradigma Epidemiológico – décadas de 80 e 90 
 Alta variação nas condições periodontais em diferentes populações e dentro 
delas. 
 A grande maioria dos indivíduos apresenta problemas insignificantes, enquanto 
um grupo limitado é afetado por doença avançada. 
o Grupo de risco 
 A doença NÃO deve ser entendida como consequência inevitável da gengivite. 
Características das doenças periodontais 
 Origem infecciosa 
 Natureza inflamatória crônica 
 Sítio específica 
 Progressão não linear 
 Surtos de atividade 
 Períodos de quiescência 
 Hospedeiro dependente 
Evidencia da existência de Fatores de Risco 
 Gengivite é uma condição ubíqua 
 A periodontite não é uma condição comum 
 Pequena quantidade de pessoas e sítios desenvolvem perda de inserção 
 Baixa prevalência de formas destrutivas graves 
 Atividade de doença não tem curso linear e contínuo – pode ter períodos de 
atividade e estabilidade. 
 Diferentes formas e modelos de progressão 
 Diferentes manifestações na falta de boa higiene bucal 
“...A periodontite, anteriormente vista como um resultado primário da infecção, hoje é 
abordada como uma complexa interação entre infecção bacteriana e resposta do 
hospedeiro, frequentemente modificadapor fatores de risco...” 
Determinação de causalidade – interferência causal 
 Causalidade suficiente 
 Causalidade necessária 
 Fatores de risco 
 Causalidade multifatorial 
 Critérios 
o Força da associação 
o Efeito dose-resposta 
o Consistência temporal 
o Consistência de achados 
o Plausibilidade biológica 
o Especificidade 
26 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Qual a importância em identificar fatores de risco? 
Classificar o risco, agrupar indivíduos, diferentes estratégias de tratamento e 
manutenção / prevenção. 
 Definição de risco em periodontia 
o Alto risco 
o Médio risco 
o Baixo risco 
 Avaliação dos fatores de risco 
o Etapas 
 Identificação de um ou mais fatores individuais 
 Desenvolver um modelo multivariado 
 Populações são avaliadas com base no modelo proposto 
 A exposição aos fatores de risco é modificada por prevenção ou 
intervenção, e a eficácia deste regime em particular é avaliada. 
 Aspectos conceituais – nomenclatura 
o Determinante de risco 
 Idade 
 Genética 
 Raça 
 Gênero 
o Fator de risco 
 Tabagismo 
 Diabetes 
 Patógenos específicos 
o Indicador de risco 
 Stress 
 Osteoporose 
 HIV / AIDS 
 Nível socioeconômico 
o Fatores de prognóstico 
 Classificação de variáveis de risco 
o Biológicas 
o Sociodemográficas 
o Comportamentais 
Anotações:_____________________________________________________________
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Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Idade 
Diferentes estudos transversais → prevalência e gravidade da perda de inserção 
(PIC) relacionada à idade. 
Envelhecimento 
 Mudanças fisiológicas no periodonto, maior desenvolvimento de inflamação e 
menos ganho de inserção após terapia. 
 Tecido epitelial 
o Alterações na divisão celular 
o Alterações de ceratinização 
 Tecido conjuntivo 
o Redução celular 
 Tecido ósseo 
o Diminuição da capacidade osteogênica 
Visão atual 
 Maior acúmulo de doença ao longo do tempo do que uma condição idade 
especifica. 
 PIC – aumenta com a idade 
 Idade = bom indicador de “agressividade” de doença periodontal 
Gênero 
 PIC em diferentes graus de gravidade → maior 
prevalência entre homens 
 Pior higiene oral maior presença de cálculo e placa 
 Por condição periodontal → atitudes menos 
positivas em relação a saúde menor busca a 
serviços de saúde pior higiene oral 
 Diferentes atitudes e comportamentos 
 Entretanto – condições hormonais diferentes entre 
os gêneros. Por isso na mulher pode ocorrer uma 
maior prevalência de gengivite. 
Raça / Etnia 
 Diferentes grupos étnicos e raciais → 
diferenças marcantes 
 Negros x Brancos 
o Baixa prevalência de PA em populações 
escandinavas 
o Maior prevalência de PA em estudantes 
de descendência africana quando 
comparado a estudantes brancos. 
 Diferenças genéticas 
 Maior resposta quimiotática de neutrófilos na raça branca 
 Maiores diferenças socioeconômicas na raça negra 
 Diferentes tipos bacterianos em grupos raciais 
28 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
 Maior risco de P. gingivalis em negros americanos 
 Cepas mais virulentas 
População brasileira em geral 
 No Brasil, diferentemente de outros, há uma 
miscigenação muito grande, com isso temos um grupo 
racial muito heterogênio e multiétnico. 
Nível socioeconômico 
 Nível socioeconômico → acesso a recursos e 
oportunidades → influência nos comportamentos 
preventivos 
 Gengivite pobre higiene oral 
 Periodontite ajuste para outros fatores podendo 
não ser significante 
 Confundimento: 
o Nível socioeconômico, fatores nutricionais 
o Fatores culturais 
o Diferenças étnicas / raciais 
Genética 
 Padrão de agregação familiar 
 Ocorrência intrafamiliar de síndromes 
relacionadas 
o Anormalidades leucocitárias 
o Produção IL-1, PGE2, TNF-alfa 
o Polimorfismos 
 IL1 ALFA 
 IL1 BETA 
 IL10 
 TNF ALFA 
 TGF BETA 
 
Microbiota 
 O microorganismo estava presente no inicio da doença 
ou colonizou o sitio após a ocorrência da doença? 
 Postulados de Koch modificados por Socransky 
o O micoroorganismo deve ocorrer em grandes 
números em sítios com doença ativa (em 
relação a sítios inativos) 
o A eliminação do microorganismo deve limitar / 
suspender a progressão da doença 
o O microorganismo deve induzir uma resposta imune humoral ou celular 
o Estudo de patogenicidade em animais devem fornecer evidências de 
potencial para a doença 
29 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Patógenos mais prevalentes 
 Porphyromonas gingivalis 
 Tannerella forsythia 
 Aggregatibacter actinomycetemcomitans 
 Atributos comuns 
o Gran negativos, Produtores de lipopolisacaride (LPS) – Modula a 
resposta de células no hospedeiro. 
o Capazes de invadir a barreira mucosa e células epiteliais 
o Produzem fatores que evadem mecanismos antibacterianos da defesa 
imune (cápsula antifagocitária, proteases, outros). 
Resultados controversos 
 Associações entre microflora e periodontite são estabelecidas em estudos 
transversais. 
 Entretanto a presença de patógenos tem baixa previsão de progressão de doença 
em estudos longitudinais. 
Presença bacteriana + carga bacteriana X Eliminação bacteriana + estabilidade 
periodontal 
Tabagismo 
 Sinais de doença de 3 a 6 vezes maiores e mais graves 
 Progressão de doença mais rápida 
 Efeito importante no efeito do tratamento 
 Não pode ser atribuída a maior precariedade do 
controle de placa ou a composição da microflora 
 Importante fator de risco para DPs 
 Mais de 4.000 toxinas diferentes como: 
o Nicotina, Cianeto de H e CO 
Efeitos locais 
 Afetam a vascularização 
o Podem agir como vasoconstritores 
o Isquemia dos tecidos 
o Redução da resposta vascular inflamatória 
o Redução do reparo celular 
o Diminuição do potencial de oxigênio 
Efeitos sistêmicos 
 Resposta celular e humoral 
o Diminuição da quimiotaxia e sinalização 
o Diminuição da fagocitose 
o Diminuição da produção de anticorpos 
Efeitos cumulativos e dose-dependentes 
O fim do hábito de fumar melhora os sinais clínicos da doença. 
30 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Diabetes 
Diabetes Mellitus 
 Maior destruição Periodontal e risco 
aumentado para indivíduos diabetes 
tipo I e tipo II 
 Gravidade de DP parece estar 
associado ao controle do diabetes 
 Importante fator de risco para DPs. 
 Controle glicêmico inadequado 
(hemoglobina glicosilada) 
o Aumento dos produtos finais de glicação 
o Ativação de receptores celulares 
o Aumento da resposta inflamatória 
 Espessamento de vasos 
 Diminuição de quimiotaxia de neutrófilos 
 Alterações na fagocitose 
 Alterações no metabolismo de colágeno 
 Pequenas diferençasna microflora, em relação ao paciente sem diabetes, porem 
não suficientes para explicar graus diferentes entre os pacientes. 
 Controle glicêmico melhora a condição periodontal e o prognóstico do caso 
 
Estresse 
 Interfere diretamente no hipotálamo, interferindo na 
produção do cortizol 
 Sistema neuro endócrino – sistema imune 
o Efeitos inibitórios na resposta celular 
 Monócitos 
 Macrófagos 
 Linfócitos 
 Mastócitos 
o Supressão de produção de citocinas 
 Alterações comportamentais 
o Tabagismo 
o Auto cuidado – práticas de higiene 
 
Osteopenia e Osteoporose 
 Mulheres pós-menopausa pobre higiene oral → maior 
perda de inserção periodontal 
 Perda de densidade óssea sistêmica 
o + Alteração hormonal 
o + Hereditariedade 
o + Fatores do hospedeiros 
31 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Infecção HIV – AIDS 
Com o sistema imune deficiente devido à contaminação pelo 
vírus, maior a possibilidade de atuação bacteriana bem como sua 
proliferação, levando a um aumento do agente patógeno e uma 
maior destruição tecidual. No entanto uma vez que o sistema 
imune esteja deficitário pode haver uma menor resposta ao agente 
agressor, com uma menor inflamação tecidual. A combinação 
destes dois fatores pode influencia no grau de severidade da 
doença. 
Aplicações 
 Tentativa de identificar cada vez mais e classificar o indivíduo, possibilitando 
assim um correto tratamento. 
 Terapia periodontal de suporte 
 Avaliação continua dos riscos múltiplos 
Diagramas de risco – Paciente x Dente x Sítio 
 
 
 
 
 
 
32 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
PERIODONTITES AGRESSIVAS 
Bibliografia: Carranza e Lindhe 
 Estudar classificações da periodontite 
 Classificação da academia americana de periodontia 
o Crônica – mais lenta, mais moderada, normalmente em adultos após 30 
anos. 
o Agressiva – mais rápida, mais grave, normalmente em jovens. 
o Necrosante 
Infecção bacteriana – apresentações clínicas polimórficas – diferentes formas da mesma 
doença 
Epidemiologia 
 Compreensão da historia natural das DPs 
 Diferentes formas clínicas da doença 
 Nenhuma característica clínica, histopatológica, ou microbiológica que 
realmente diferencie formas distintas de doenças pode ser identificada. 
Evidências para a existência de formas verdadeiramente diferentes 
 Consenso clínico de um prognóstico diferente, necessidade de abordagem e 
terapêutica diferente. 
 Heterogeneidade na etiologia 
 Heterogeneidade na suscetibilidade genética e ambiental 
Histórico de classificações 
 Classificação da AAP (1989) 
 Workshop europeu (1993) 
 Classificação da AAP (1999) 
o Apesar de avanços, a definição de DP permanece baseada na definição 
de síndromes específicas. (Tonetti e Mombelli, 1999) 
Critérios para definição das periodontites 
 Relação com condições sistêmicas 
 Idade e referencia à puberdade 
 Envolvimento da dentição permanente/decídua 
 Distribuição das lesões 
 Gravidade das lesões 
 Progressão das lesões 
 Resposta à terapia 
Classificação internacional 1999 
 Crônica 
 Agressiva 
 Necrosante 
 PJL e PJG (juvenil) – PA 
(localizada e generalizada) 
 PJG (juvenil) – PCG ou PAG 
 PPB – PD manifestação sistêmica 
33 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Epidemiologia 
DP agressivas → DP início precoce 
 Doenças raras, 0,1 a 1% dos indivíduos, 5% em algumas populações 
 Dados radiográficos para estimativa 
 O que é periodontite agressiva? 
 O que difere periodontite crônica de agressiva? 
 Quais as implicações clínicas? 
o Propedêuticas? 
o Terapêuticas? 
Parâmetros em Periodontites Agressivas 
Definição 
Tipos distintos de periodontite afetando pessoas que, na maioria dos casos, são 
aparentemente saudáveis (sem problemas médicos específicos). (Podem ser localizadas 
ou generalizadas). 
Armitage, 1999 
Características secundárias (presentes, mas não universais). 
 Quantidades de depósitos são inconsistentes com a gravidade da destruição 
tecidual 
 Rápida progressão da perda de inserção e perda óssea. 
 Normalmente indivíduos mais jovens 
Características 
 Pacientes clinicamente saudáveis 
 Rápida perda de inserção e destruição óssea 
 Quantidade de depósitos bacterianos inconsistente com a gravidade 
 Agregação familiar 
 Elevadas proporções de Aa e Pg 
 Anormalidade fagocitárias 
 Fenótipos de macrófagos hiperresponsivos (PGE-2 e IL-1 elevados) 
Localizada (até 30% dos sítios) 
Generalizada (mais de 30% dos sítios) 
 Ambas podem ser classificadas de acordo com a gravidade da perda de inserção 
o Leve = 1mm ou 2mm 
o Moderada = 3mm ou 4mm 
o Avançada = 5mm ou mais 
Formas localizadas → ausência de tratamento → forma generalizada 
“...estado atual de incerteza em relação a etiologia e suscetibilidade, PAL e PAG podem 
representar variações fenotípicas das mesma doença...” 
34 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Periodontite Agressiva Localizada 
 Inicio circumpuberal (13-14 anos) 
 Dano periodontal restrito a 1°s molares e incisivos 
 Padrões atípicos podem ocorrer 
 Agregatibacter actinomycetencomitans 
 Anormalidades da função neutofílica 
 Alta resposta sérica de anticorpos contra patógenos 
 
 
Anotações:_____________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
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Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Periodontite Agressiva Generalizada 
 Afeta pessoas antes dos 30 anos (embora possa ocorrer em pacientes mais 
velhos) 
 Dano periodontal interproximal generalizado 3 dentes permanentes alem de 1° 
molares e incisivos 
 Perda de inserção em períodos episódicos 
 Agregatibacter actinomycetencomitans e Porphyromonas gingivalis 
 Anormalidades da função neutofílica 
 Pobre resposta sérica de anticorpos contra patógenos 
 Normalmente há um comprometimento grande de região de furca 
 
 
Diagnóstico 
 Parâmetros 
o Sindrômico 
o Etiológico 
o Genético 
 Síndrome – conjunto de sinais e sintomas associados a uma mesma patologia 
que em conjunto definem um diagnóstico ou quadro clínico 
Síndromes PIP 
 Relação com condições sistêmicas 
 Idade de inicio e referencia à puberdade 
 Envolvimento da dentição permanente / decídua 
 Distribuição das lesões 
 Gravidade da destruição 
 Taxa de progressão 
 Resposta a terapia 
36 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Critérios para o diagnóstico 
 Clínicos 
o NIC 
o OS 
o Idade 
 Radiográficos 
o Perda óssea alveolar em um determinado momento e/ou 
longitudinalmente. 
 
Em virtude da perda óssea nas PA ser de 3 a 4 vezes mais rápida do que na 
periodontite crônica, quando o diagnostico é precoce, o prognostico é mais favorável 
para o tratamento. 
Devemos ainda considerar o papel reparador / regenerativo do periodontite, que 
em indivíduos jovens pode ser muito melhor que o observado em periodontite crônica. 
Etiologia 
 Especificidade bacteriana 
o A.a em 90% dos sítios 
o A.a e progressão da doença 
o Elevada resposta imune 
o Sucesso no tratamento e diminuição nos níveis de A.a 
o Fatores de virulência do A.a 
 Leucotoxina – destrói leucócitos PMN e macrófagos 
 Endotoxina – ativa células a produzir mediadores 
 Bacteriocina– Inibe espécies benéficas 
 Fatores imunossupressores – Inibe a produção de IgG 
 Colagenases – leva a degradação de colágeno 
 Fatores de inibição – Inibe a quimiotaxia de leucócitos 
 Desafios 
o Ausência de associação A.a e formas agressivas em alguns casos 
o A.a em sítios saudáveis podem ser encontrados 
Susceptibilidade (parâmetro genético) 
 Desproporção entre quantidade de depósitos bacterianos e destruição tecidual 
 Agregação familiar de casos 
 
Gravidade da destruição 
X 
Idade 
Taxa de progreção 
Estimativa da 
virulência dos 
fatores 
etiológicos 
37 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
 Curiosidades 
o Estudos mostrando 40 a 50% de indivíduos afetados em grupos 
familiares 
o Padrão mendeliano de um gene de maior expressão (fator predisponente) 
o Autossômico dominante, mas modificado pelo fenótipo 
o Defeitos neutrofílicos, habilidade reduzida em produzir IgG2 
o Disfunção de actina (afeta diapedese dos PMN) 
o Disfunção em receptores para fagocitose 
DP agressiva implica uma infecção com uma microflora altamente virulenta e/ou um 
alto nível de susceptibilidade do hospedeiro 
Diagnóstico 
 Existe periodontite? 
 Existe doença sistêmica? 
 Sinais e sintomas de doença necrosante? 
Diferenciar entre crônica e agressiva 
Objetivo terapêutico 
 Alterar ou eliminar a microbiota etiológica e fatores de risco contribuintes 
 Paralisar a progressão da doença 
 Preservar a dentição em função, conforto e estética. 
 Prevenir a recorrência de doença 
 Regeneração periodontal pode ser almejada quando indicado 
“Devido à complexidade das doenças agressivas em relação a fatores sistêmicos, 
defeitos imunes, e microflora, o controle da doença pode não ser possível em tosos os 
casos. Assim, um objetivo razoável do tratamento seria diminuir a progressão da 
doença.” 
Considerações para o tratamento 
Pacientes devem ser informados 
 Processo da doença 
 Possíveis complicações 
 Alternativas terapêuticas 
 Resultados esperados 
 Responsabilidade no tratamento 
 Consequências do não tratamento (perda rápida e progressiva dos tecidos de 
suporte e perda dentária) 
Pacientes ou seus responsáveis legais podem tomar decisões acerca da terapia. 
 Instruções de higiene oral 
 Reforço no controle de placa 
 Motivação do paciente 
 RAR supra e subgengival 
 Controle de fatores locais 
38 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
 Terapia oclusal se necessário 
 Terapia cirúrgica se necessário 
 Terapia periodontal de suporte 
 Alem disso... 
o Avaliação médica geral 
 Particularmente em casos resistentes a terapia 
o Decisões médicas e odontológicas em conjunto 
o Modificação de fatores de risco 
o Terapia inicial isolada é geralmente ineficiente 
o Terapia antimicrobiana em conjunto com RAR (com ou sem cirurgia) 
o Identificação microbiológica, raramente usada, mas em casos resistente é 
importante seu uso, para a indicação de uma terapia antimicrobiana mais 
específica. 
o Recorrência de perda de inserção adicional após tentativas do controle da 
infecção 
 Coleta de amostras subgengivais 
 Testes de sensibilidade a antimicrobianos 
 Escolha do regime adequado 
 Terapia convencional conjunta 
 Reavaliação microbiana 
 Controle de fatores de risco 
 Programa de manutenção rigoroso 
O resultado em longo prazo depende da cooperação do paciente e manutenção 
em intervalos regulares, devido ao possível de natureza familiar a avaliação e 
aconselhamento familiar devem ser uma estratégia. 
O elemento diferencial do tratamento da periodontite agressiva se refere a 
esforços específicos para afetar a composição e não somente a quantidade da 
microbiota. 
 
 
 
 
Patógeno 
Tratamento Paciente 
39 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
25-10-2-13 
DETERMINAÇÃO DO PROGNÓSTICO PERIODONTAL 
 Diagnóstico 
 Prognóstico 
 Plano de tratamento 
 Tratamento 
 Reavaliação 
Classificação das doenças que acometem o periodonto 
 Doenças gengivais podem ser associadas ou não a placa 
 Periodontite agressiva – mesmo com uma boa higiene oral, pouca quantidade de 
placa e tártaro, há uma perda significante das estruturas periodontais, sendo de 
difícil tratamento. 
 Periodontite agressiva localizada – semelhante à anterior, no entanto é mais 
local, normalmente na região de 1° molar. 
 Periodontite crônica 
 Gengivite associada à placa – uma vez realizada a limpeza e polimento dental, 
há uma significativa redução de inflamação e regressão da doença. 
Risco x Prognóstico 
 Risco – probabilidade que um indivíduo tem de adquirir uma doença em um 
período específico 
 Prognóstico – é a previsão do curso ou consequência e desfecho de uma doença. 
Informação essencial 
 Vontade dos pacientes em manter os dentes 
 Capacidade de controle de placa 
 Condição socioeconômica. 
Global 
 A dentição dever ser mantida? 
 O tratamento deve ser tentado? 
 É provável ter sucesso? 
 Os dentes remanescentes podem suportar uma carga aumentada da prótese? 
 Fatores a serem considerados 
o Avaliação da resposta ósseas passada 
o Altura óssea remanescente 
o Severidade da doença 
o Idade – extremamente importante 
o N° e posição dos dentes remanescentes 
o Antecedentes sistêmicos 
o Grau de inflamação tecidual 
o Má-oclusão 
o Fatores ambientais 
 
40 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Unitários – fatores a serem considerados 
 Mobilidade – quanto maior a mobilidade, menor estabilidade do dente no arco, 
quanto maior a mobilidade em decorrência da perda de suporte pior a 
possibilidade de recuperação. 
o Pode ser causada por: 
 Perda de suporte periodontal 
 Trauma oclusal – remoção do trauma pode resolver 
 Alterações endodônticas – tratamento endodôntico pode resolver. 
 Lesões de furca – há uma grande dificuldade de higienização tanto por parte do 
paciente quando do dentista, sendo extremamente difícil sua limpeza por curetas. 
 Bolsas periodontais – quanto mais apical a localização da bolsa, pior o 
prognóstico. 
 Defeitos infra-ósseos 
 Dentes adjacentes a áreas desdentadas – estudar a possibilidade de estes dentes 
suportarem uma carga aumentada. 
 Relação ao nível ósseo. 
 Perda óssea horizontal = sem regeneração 
 Perda óssea vertical = variável (pode ou não ser regenerada) 
Prognóstico excelente 
 Nenhuma perda óssea 
 Nenhuma mobilidade 
 Sem perda dental 
Prognóstico bom 
 Suporte ósseo adequado 
 Boa estabilidade dos dentes 
 Possibilidade de controle dos fatores 
 Presença de dentes adjacentes 
Prognóstico regular 
 Suporte ósseo menor do que o adequado 
 Alguma mobilidade dental 
 Possibilidade de controle dos fatores 
Prognóstico ruim 
 Perda óssea moderada para avançada 
 Mobilidade dental 
 Dificuldade de controle de placa 
 Perda dental adjacente 
Prognóstico desfavorável 
 Perda óssea avançada 
 Mobilidade dental de alto grau 
 Impossibilidade de controle de placa 
Referencias: Carranza Periodontia Clínica 
41 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Plano de tratamento periodontal 
 Estabelecer condições para um controle de placa 
 Evitar a perda de inserção periodontal 
 Regenerar o ligamento periodontal 
Fases 
 Terapia causal – limpeza, raspagem, alisamento radicular, eliminação de dentes 
condenados. 
 Terapia corretiva – cirurgias periodontais 
 Terapia de suporte – manutenção periodontal 
 
01-11-2013 Marcus Martins Guimarães 
TRAUMA OCLUSAL PERIODONTAL 
Objetivos da aula 
 Conceituar 
Diagnosticar 
 Diagnóstico diferencial 
 Interação TP + DP 
Conceito 
“Lesão do aparelho de inserção devido à força oclusal excessiva.” 
Glossário de termos periodontais AAP, 1988. 
Há uma confusão entre os profissionais para o diagnóstico entre o trauma oclusal 
e a doença periodontal. 
Força oclusal 
 A estrutura dental e periodontal são adaptadas para exercer uma determinada 
força de trabalho, uma atividade constante pode fazer com que a estrutura periodontal 
tente se adaptar aumentando sua força. Caso isso não aconteça pode gerar uma lesão 
progressiva do órgão dental ou gerar a adaptação funcional. A direção e intensidade 
de força também são importantes fatores para essas adaptações, por exemplo, o dente é 
preparado para receber forças axiais (da porção coronária para a radicular em sentido ao 
longo eixo do dente), se ele começar a receber forças laterais pode interferir nas 
estruturas afetadas. 
Perda de suporte periodontal: Etiologia 
Sinais clínicos 
 Mobilidade aumentada – fator mais frequentemente citado 
 Desgaste oclusal – muito avançado em relação à idade, pode estar fazendo uma 
força de mastigação muito maior que a normal. Pacientes com parafunção como 
bruxomas (força, e constância muito grande). 
42 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
 Fratura dental 
 Espasmo muscular 
 Disfunção da ATM 
Sinais radiográficos 
 Alteração pulpar 
 Ligamento periodontal espessado – significa que há uma mobilidade dental 
aumentada. 
 Perda da lamina dura 
 Defeito ósseo angular 
 Radiopacidade periapical 
 Radiolucidez periapical 
 Reabsorção radicular 
Mobilidade dental 
Mobilidade fisiológica – quantidade de movimento que o dente faz dentro do 
ligamento periodontal, assim quanto mais largo o ligamento periodontal, mais 
mobilidade o dente pode ter. No caso de perda óssea, mesmo com o ligamento 
periodontal não modificado, tem-se a impressão de uma maior mobilidade dental, no 
entanto é a mesma. Isso ocorre devido à mudança do eixo de rotação que fica mais 
apical. Assim é importante identificar se há um caráter progressivo da mobilidade ou 
estável, para isso é importante o acompanhamento odontológico. No caso de 
progressivo pode-se caracterizar uma lesão traumática. Vide graus de mobilidade pg 7. 
 Excursão da coroa 
 Deslocamento radicular 
Trauma oclusal + doença periodontal associada à placa 
 Estudos de autópsias em humanos 
o Glickman – Zonas 
 Zona de irritação – área de acumulo de placa 
 Zona de co-destruição 
o Waerhaug (1979) 
 Posição subgengival da placa provoca maior defeito ósseo 
vertical. 
 Quantidade de osso subjacente – osso em até 3mm da placa pode 
ser perdido, assim a região mais coronária sofre uma maior 
destruição. 
Estudos clínicos em humanos 
 Mesmo com estes estudos houve muita divergência entre os trabalhos 
Anotações:_____________________________________________________________
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______________________________________________________________________
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43 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Diagnóstico diferencial: TP x DP 
 Sinais TP DP Função Mobilidade 
Mobilidade dentária + + Hipofunção Reduzida 
Defeito angular + + Normal Fisiológica 
Osso marginal + + Hiperfunção Aumentada 
Profundidade de Sondagem - + Traumática Aumentada 
Sangramento - + 
 Falta de critérios confiáveis e bem estabelecidos ... ... 
O trauma periodontal é reversível, pois há destruição apenas de osso, e o 
ligamento periodontal permanece, assim é possível a regeneração óssea (limitada), já na 
doença periodontal há perda de ligamento periodontal, com isso não há reversibilidade 
da lesão. 
Estudos em animais 
 Trauma tipo ortodôntico – áreas de tensão (formação óssea) e de pressão 
(reabsorção óssea) 
 Periodonto sadio com altura normal 
o Dia 0 – estruturas sadias 
o Após pouco tempo – Primeiras áreas que sofreram com o trauma foram 
as periodonto apical e de crista, houve alargamento de ligamento 
periodontal e clinicamente foi identificado mobilidade aumentada. 
Grande reação inflamatória. 
o Após alguns meses, não havia qualquer sinal inflamatório ou perda de 
inserção. 
o Conclusão o trauma não se relaciona com gengivite ou periodontite, e os 
tecidos periodontais são capazes de se adaptar ao trauma. 
 Periodonto sadio com altura reduzida 
o Primeiras semanas – intensa atividade inflamatória 
o Após mais tempo – alargamento do ligamento periodontal, mobilidade 
dentária, sem inflamação. 
 Progressão e severidade – animais com DP e TP 
o Dois trabalhos foram feitos, um mostrou que há diferença e outro não 
 Lindhe – TP e DP podem ser associadas 
Conclusões 
 Não inicia a DP associada à placa. 
 Resulta na reabsorção óssea e pode ter caráter transitório ou permanente. 
 Sob certas condições pode aumentar a taxa de progressão da DP. 
 Critérios de diagnósticos mais precisos. 
 Prevalência reduzida frente aos novos critérios. 
 Diferenciar uma adaptação funcional de uma lesão progressiva. 
 No tratamento de lesões combinadas, ênfase deve ser dada ao controle da placa 
bacteriana. 
 Pesquisas futuras são necessárias, para identificar as condições do dano 
adicional do trauma oclusal. 
Referências – Jan Lindhe et.al. Tratamento de periodontia clínica e Implantodontia Oral, 4ª edição, 2005. 
44 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
22-11-2013 Fernando de Oliveira Costa 
PRINCÍPIOS GERAIS BÁSICOS DE CIRURGIAS PERIODONTAIS 
Para a indicação de um procedimento cirúrgico conservador é importante o tipo 
de tecido (mais fibrótico), o melhor controle de placa possível, e em caso de processo 
inflamatório, este deve ser reduzido previamente à terapia cirúrgica. 
Roteiro 
1. Reavaliação 
2. Indicações 
3. Contraindicações 
4. Objetivos 
5. Instrumental 
6. Incisões 
7. Suturas 
8. Cimento cirúrgico 
9. Pós-operatório 
 
Reavaliação 
Novo exame, após terapia causal, com a revisão dos parâmetros clínicos periodontais. 
 Profundidade de sondagem 
 Presença de sangramento 
 Supuração 
 Problemas mucogengivais 
o Observar área de gengiva inserida 
 2-3 mm – pouco 
 3-4 mm – médio 
 > 5 mm – muita 
o Presença de recessão gengival (determinante para escolha de alguns 
tratamentos cirúrgicos) 
 Mobilidade – significante a partir de mobilidade de grau III. É importante 
lembrar que não esta associada à atividade de periodontite (sangramento à 
sondagem e/ou supuração). Uma mobilidade exacerbada pode ser um problema 
em caso de tratamento cirúrgico, uma vez que essa movimentação pode 
aumentar ou diminuir com o tratamento. 
 Proporção coroa raiz 
 Controle do biofilme – vital importância (pacientes com melhora no controle 
possui um melhor prognóstico). 
 
Quando fazer? 
4 a 6 semanas após a RAR– tempo, mínimo, considerado bom para a reparação 
tecidual, 21 dias não é um tempo ideal porem satisfaz em tempo de reparação e 
velocidade de tratamento. 
45 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
 
 
 
 
 
Se após a reavaliação o paciente tiver uma melhora muito boa, realiza-se 
novamente os procedimentos básicos, a fim de tentar eliminar as bolsas. Nos casos de 
nova sondagem e novos exames onde os dados indicarem persistência da doença ou não 
regressão pode ser necessário a intervenção cirúrgica. 
Indicações 
 Terapia periodontalcirúrgica 
o Realizada para devolver e manter saúde periodontal 
o Acesso para RAR – raspagem e alisamento radicular, principal objetivo 
da cirurgia periodontal, limpando totalmente a superfície radicular, tem-
se a reinserção conjuntiva. 
o Reduzir ou eliminar a profundidade de sondagem 
o Restabelecer topografia do tecido periodontal 
o Cirurgia plástica periodontal 
o Finalidade pré-protética 
o Estabelecimento de uma morfologia favorável da região dentogengival 
que favoreça o controle de placa. 
o Correção de deformidades gengivais 
Contra indicações 
 Temporárias – Permanentes 
o Não cooperação do paciente 
o Controle inadequado do biofilme 
o Doenças sistêmicas não controladas – Ex: diabetes descompensados. 
Glicemia em jejum (90-120 → considerado diabético). Normalmente não 
se opera indivíduos com níveis glicêmicos acima de 120. 
o ASA III e IV – doenças sistêmicas graves 
o Gravidez 
Objetivos 
 Contribuir com a preservação do periodonto facilitando a remoção e o controle 
do biofilme. 
o Criação de acesso para a RAR 
o Obtenção da morfologia periodontal que facilite o controle de placa 
o Regeneração do periodonto – volta completa da morfologia, função e 
arquitetura original. Não existe regeneração em periodontia e sim 
técnicas reparativas. 
 Dar suporte a outras especialidades (prótese, ortodontia, dentística, 
implantodontia, etc.) 
Procedimentos 
básicos Reavaliação 
Tratamento 
periodontal de 
suporte 
Necessidade 
Cirúrgica 
46 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Instrumental 
Incisão e excisão 
 Bisturis periodontais ou gengivótomos 
o Kirkland 
o Goldman-Fox (reduziu o tamanho das pontas ativas dos instrumentos). 
o Orban (quase não se usa devido seu tamanho) 
 Bisturis interdentais 
 Bisturis com laminas descartáveis 
o 11, 12, 15 (melhor), 15C (igual a 15, mas tem a metade do diâmetro em 
todos os sentidos, usada em algumas modalidades de enxertos gengivais) 
 Eletro-bisturis 
o Eletrosecção 
o Eletrocoagulação 
 Raspadores e curetas 
o Foices 
o Enxadas 
o Raspadores 1-10* 
o Curetas Mcall e Grayce 
 Elevadores de periósteo 
o Molt 
o Espátula 1/7* 
 Cinzeis cirúrgicos 
o Fedi 
 Ponta reta 3mm 
 Ponta afilada 2mm* 
 Ponta afilada 3mm 
o Ochsenbein 
 1, 2*, 3, 4 
 Curvo para direta, esquerda, para dentro... 
 Limas 
o Schluger 
o Fina redução de nível ósseo interproximal 
o A de 2mm é a ideal 
 Fresas 
o Perioset 
 Esféricas, tronco-cônicas, lança 
o Broca de baixa 2 e 3 esféricas* 
o Broca de polimento de amalgama em forma de lança – aplaina e alisa 
área de furca.* 
 Brocas Alta Rotação 
o Esféricas 
o Bisel Longo 
o Multilaminadas 
o 2068, 3195 (risectomia) 
 Tesouras e alicates 
o Godman-Fox* (pequenas e com bom corte) 
 Reta e curva 
 10 a 12 cm 
47 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
 Pinças hemostáticas 
o Kelly-Ranking 
 Porta agulhas 
o Castroviejo (muito caro) 
o Crile-Wood* (12 a 14cm, ponta ativa pequena, dentes não cortantes) 
Incisões 
 Horizontais – são dirigidas ao longo da margem gengival em direção mesial ou 
distal, sendo preferencial de distal para mesial para uma melhor visualização da 
incisão sem interferência de sangramento. 
o Intrasulcular – realizada dentro do sulco, circular ao dente (inicia-se no 
fundo da bolsa e é dirigida à margem óssea). 
o Interdental – corta papila horizontalmente. 
o Bisel interno ou invertido 
 Primária ou inicial 
 Triangulo com base voltada para dentro. 
 Pouca exposição de conjuntivo 
 Conserva a superfície externa da gengiva 
 Produz uma margem delgada e afilada 
o Bisel externo 
 Diminui quantidade de volume gengival, mantendo uma área 
cruenta de conjuntivo exposto. 
 Verticais ou oblíquas – incisões de alívio, normalmente são usadas. 
o Nunca deve ser no centro da papila, partindo a papila ao meio – pode 
perder a papila provocando necrose. 
o Nunca deve ser próximo ao vértice do dente – pode formar fissura na 
gengiva. 
o Deve ser feita no final do termino do dente, preservando a papila, sempre 
em direção divergente em sentido apical. 
Suturas 
Em qualquer tipo de retalho não deve ser na ponta da papila e nunca deve ser 
feita em junção muco-gengival. O melhor lugar é pegando mais de 2/3 da papila. 
Objetivos 
 Fechar adequadamente a ferida sem deixar espaços mortos, sem causar isquemia 
e necrose. 
 Manter a hemostasia 
 Reduzir a dor pós-operatória – não apertar muito a sutura (isquemiar) nem 
deixar muito frouxa. 
 Prevenir a exposição óssea 
 Manter adequado posicionamento do retalho. 
o Posicionamento original – o retalho é posicionada na mesma posição 
o Posicionamento coronal - deslocado para coronal 
o Posicionamento apical - deslocado para apical 
o Posicionamento lateral - incisão vertical ou obliqua, retalho puxado para 
o lado 
48 
Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
Suturas 
 Agulhas 
o Ponta 
 Corte convencional 
 Corte reverso 
 Atraumática 
o Curvatura 3/8 – ½ -5/8 
 Fios 
o Absorvíveis 
o Não absorvíveis 
o 4.0 e 5.0 (Ethicon) 
 Nós cirúrgicos 
o Deve ser justo e firme 
o Deve ser colocado fora das linhas de incisão 
o Devem ser pequenos e as pontas curtas (2 a 3mm) 
o Evitar tensão excessiva 
o Evitar o tracionamento excessivo 
o Nó de cirurgião e nó de segurança 
 Técnica de sutura 
o Interrompida 
o Contínua 
 Remoção de sutura 
o Remover de maneira atraumática 
o Utilizar sonda exploradora para levantar o fio e tesoura afiada 
o Utilizar pinça clinica pra a remoção dos pontos 
o Remoção – 7 a 10 dias – evita epitelização e contaminação dos pontos 
Cimento cirúrgico 
 Função 
o Dar ao paciente conforto e proteger a ferida cirúrgica de novas infecções 
enquanto a reparação tecidual se completa. 
 Preferencialmente sem eugenol 
 Periobond e Coepack (melhor, mais caro, porém rende muito) 
Recomendações 
Mesmas de outras cirurgias. Em geral não se prescreve antibióticos e antiinflamatórios 
em cirurgias periodontais com exceção de alguns casos especiais. 
 Uso de colutório bucal 
 Manter adequada higienização da boca 
 Evitar alimentos duros e fibrosos 
 Fazer uso correto da medicação prescrita 
 Compressas frias nas primeiras 24 horas 
 Não fazer exercícios exagerados na semana seguinte à cirúrgica 
 Retornar no dia marcado para o retordo 
 Em caso de duvidas entrar em contato com o cirurgião 
 Etc. 
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Caderno de Periodontia de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 
 
29-11-2013 Fernando de Oliveira Costa 
CIRURGIA PERIODONTAL CONSERVADORA 
 Mínimo de exposição óssea possível. Melhorar o controle de placa por parte do 
paciente e ajudar em sua estabilização. 
 Retalho de Widman Modificado (retalho de Ramjford – Retalho de Widman 
modificado “modificado”). 
 ENAP 
 
Retalho de Widman Modificado 
 Mínimo de descolamento possível, expondo o mínimo de tecido ósseo. 
Objetivos 
 Facilitar o acesso para desintoxicação cementária – não é necessário o 
alisamento extremo da raiz pois pode-se perder muito tecido dentário, no entanto 
devemos promover a melhor limpeza possível. 
 Remoção da reação de granulação – para que se tenha uma melhor visão do sítio 
no qual está se trabalhando tendo melhor acesso à superfície e menor 
sangramento durante o procedimento. 
 Preservação da altura gengival do retalho para formação de um epitélio 
juncional longo (principal resultado do processo cicatricial), obtendo-se um 
sulco curto. 
 Tratamento cirúrgico de bolsas periodontais com profundidade de sondagem 
≥6mm – não se deve estabelecer apenas a profundidade de sondagem como fator 
indicativo de cirurgia periodontal, assim

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