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1 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG Faculdade de Odontologia – FOUFMG DENTÍSTICA II Belo Horizonte Primeiro semestre de 2013 Sumário 2 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Matéria Página DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO 4 INTER-RELAÇÃO DENTÍSTICA / PRÓTESE / PERIODONTIA 7 Periodonto de proteção 8 Gengiva 9 Espaço biológico 10 Distância biológica 10 RESTAURAÇÕES PROVISÓRIAS 12 Restaurações provisórias 12 Materiais utilizados para restaurações provisórias 13 Resinas acrílicas 14 Resina composta Bis-acrilica 15 Materiais borrachóides 15 Técnicas 16 Pré-moldagem 16 Técnica da Bola 17 Facetas pré-fabricadas 17 Técnica de reembasamento 17 CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS NUM PREPARO PARA RMF MATERIAIS MOLDADORES TÉCNICAS DE MOLDAGEM: AFASTAMENTO GENGIVAL 18 Preparo cavitário para RMF 19 Moldagem com elastômeros não aquosos 20 Métodos de desinfecção para os elastômeros 21 PINOS PRÉ-FABRICADOS E NÚCLEOS DE PREENCHIMENTO 22 Núcleo Metálico Fundido 22 Núcleos de Preenchimento 23 Núcleo Metálico Fundido x Núcleo Pré-fabricado 24 Pinos pré-fabricados 25 Riscos no preparo do canal 26 Núcleo de preenchimento 29 PREPARO PARA COROAS PARCIAIS E TOTAIS METÁLICAS 30 Preparo para Coroas Parciais 4/5 e 7/8 30 Coroa parcial metálica 30 Coroa Total Metálica 33 CLAREAMENTO DENTAL ENDÓGENO 34 Alterações de cor 34 Clareamento dental – Tetraciclina 35 Mecanismo de ação 36 Clareamento Endógeno 37 CLAREAMENTO DENTAL EXOGENO 39 Técnica da moldeira assistida pelo dentista 39 Composição 39 Clareamento no consultório 40 PROCEDIMENTOS LABORATORIAIS PÓS-MOLDAGEM 42 Troquelização do modelo 42 Técnica do duplo vazamento 43 3 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão PROTOCOLO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA PARA PACIENTES COM RESTAURAÇÕES ESTÉTICAS 46 RESTAURAÇÕES ESTÉTICAS INDIRETAS: PORCELANAS E RESINAS LABORATORIAIS 49 Princípios biomecânicos dos preparos 50 Onlays estéticas X RMFs 51 Moldagem 51 Seleção do material restaurador 51 CIMENTAÇÃO ADESIVA 53 Adesão ao metal 54 Adesão à cerâmicas 54 Adesão à Resinas Laboratoriais 55 Relação tempo temperatura 56 4 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 04-03-2013 Tadeu DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO Diagnóstico Determinar precisamente o estado de uma doença; tecido normal x patológico; sinais e sintomas. Coleta de dados História do paciente Exame clínico completo Ficha clínica Independente da classe social todos os pacientes devem ser considerados de risco, uma vez que o principal fator é a higiene oral, que mesmo em alguns pacientes de bom nível social esta é de reduzida eficácia. Exame da cavidade bucal Lábios Mucosa jugal e alveolar Língua e assoalho da boca Palato e orofaringe Gengivas e dentes Espátula de madeira Espelho Sonda periodontal Pinça clínica. Ordem esta estabelecida para que possamos observar todas as partes de forma a averiguar a parte inicial, geral e específica. Evitando que alguma lesão passe despercebida. Gengiva Periodonto de proteção vertente externa Gengiva papilar Gengiva livre Gengiva inserida Gengiva marginal Diagnóstico Plano de Tratamento Planejamento 5 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Mucosa ceratinizada (o que é qualidade e o que é quantidade de mucosa ceratinizada) Avaliar o Qualidade e quantidade o Presença de inflamação o Sangramento à sondagem o Gengiva fibrosa o Gengiva vascular Para se colocar um isolamento absoluto deve-se ter no mínimo 3mm de gengiva (gengiva marginal – linha muco-gengival). Indicação básica para a confecção de uma R.M.F. INLAY (não existe RMF) ONLAY o A estrutura dental remanescente não suporta a função oclusal. Há necessidade de proteção das cúspides de contenção. o Variáveis Exame oclusal Curvas Spee (Antero-posterior passando pelas cúspides), Wilson (latero-lateral) Antagonista N° de dentes do arco Posição do dente no arco Presença de vizinhos Presença de antagonista Eixo do dente (versão) Curva de Spee Desoclusão (lateralidade) Nunca restaurar de forma a fazer uma desoclusão em grupo Toda vez que for tratar um dente que participe do movimento de lateralidade este deve ser retirado do movimento. Um dente sem antagonista erui constantermente Posição de trabalho Relação cêntrica Máxima intercuspidação habitual Oclusão em relação cêntrica Lateralidade Lado de trabalho Lado de balanceio o Desoclusão pelo canino o Desoclusão em grupo 6 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Protrusão Guia anterior ou guia Incisiva Interferência oclusal Contatos oclusais que produzem desvios da mandíbula durante os movimentos excurssivos ou de fechamento. Conhecer a posição de relação cêntrica Localizar contato interferente Máxima intercuspidação habitual Conhecendo a Cêntrica Paciente deitado e relaxado Fechamento com língua na úvula Fechamento lento até 1º contato. Anotar dente e local do contato Anotar a direção do desvio ↔ este contato será nosso controle O ajuste oclusal é feito através de desgaste pelas beradas, começando pela parte mais perto do sulco. Protocolo Oclusal Papel carbono de até 100µm de espessura. Verificar contatos oclusais o MIH – anotar como referencia o RC – 1º contato – ajustar Depois da restauração, verificar contatos oclusais o MIH – voltar à situação anterior o RC – 1º contato – ajustar Ajuste oclusal Está alto? Verificar contatos Corrigir/manter Restauração 7 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Exame radiográfico Interproximal de todos os dentes (validos por até 2 anos) Periapical de todos os dentes a serem tratados Descrição da estrutura dental remanescente Doutor faça o melhor X RMF ou Cerâmica ou Resina composta Princípios Biomecânicos do Preparo Cavitário Relacionar princípios com forma do preparo Preservação do periodonto Forma de retenção e estabilidade Durabilidade estrutural do dente Forma de conveniência Forma de contorno Forma de resistência do remanescente Forma de resistência da restauração Forma de retenção Forma de estabilidade Forma de conveniência Deve-se sempre saber a justificativa da utilização dos materiais. 07-03-2013 Lincon Lanza INTER-RELAÇÃO DENTÍSTICA / PRÓTESE / PERIODONTIA DATO – Desoclusão – Alinhamento Tridimensional do plano oclusal – Oclusão Estamos constantemente atuando sobre os tecidos de suporte e proteção dental na cavidade oral o periodonto. A proteção é proporcionada pela gengiva que deve ser cuidadosamente avaliada no exame intra e extraoral sempre, não somente ao realizar uma intervenção restauradora. É preciso avaliar o periodonto em todos os aspectos; quantidade e qualidade observar o tipo de tecido (mais ou menos fibroso), presençade retrações/recessões, cor e forma da gengiva, papilas frenulos e estruturas adjacentes. Após minucioso exame intra oral, passamos a enfocar o objeto de estudo principal, neste contexto o dente. Avaliamos neste ponto a susceptibilidade à doença do paciente, fazendo uma avaliação da quantidade e tipos de restaurações presentes associados à seu estado e ficha clinica. 8 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Planejamento Para ser um bom profissional é preciso entender a odontologia como um todo, neste contexto é fundamental a relação entre oclusão e periodontia. Anatomia do periodonto Avaliara as características como cor, textura, inflamação, Em caso de doença periodontal ou gengivite podem ser identificadas fazendo uma simples manobra – aperta-se a região periodontal de forma a fazer o liquido crevicular sair do sulco gengival, neste caso temos uma condição de saúde, caso tenha apenas sangramento tem-se gengivite, caso saia pus tem-se doença periodontal. Caso a tábua óssea seja fina, automaticamente a gengiva e o periodonto são finos, devendo-se ter muito cuidado com os tratamentos, pois corre-se o risco, maior, de iatrogenias. Biótipo periodontal 1º sinal de paciente bruxo – desgaste da coroa do canino. 2º sinal de paciente bruxo – tórus mandibular Toda criança é bruxa – para desenvolvimento facial. Susceptibilidade à doença Cárie Periodontal Cárie e periodontal Nenhuma Periodonto de proteção Gengiva – mucosa queratinizada, função protetora = determina o quanto se pode trabalhar com o paciente. o Marginal – tem como limites interna e externa com o meio bucal, não está inserida em dente o Papilar – entre a papila vestibular e a lingual/palatina, não é ceratinizada o Inserida – é inserida em osso, e é importante para o planejamento do isolamento (grampos). Devemos observar seu tamanho, no mínimo 2mm de gengiva livre. Mucosa alveolar Oclusão Odontologia Restauradora Periodontia 9 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Exame clínico do periodonto Toque ou palpação – pressionar a gengiva periférica de cada dente, é esperado que saia um líquido claro (normal). Em caso de inflamação pode sair sangue, em caso de pus é indicação de doença periodontal crônica. Em uma doença periodontal crônica há perda de 1,5 mm ao ano, no caso de uma aguda pode haver perda de 1 mm por dia. Gengiva Cor – 1º sinal clínico de uma patologia Forma – observar alterações da forma e o contorno gengival o Retração gengival o Doença periodontal o Má oclusão o Ortodontia o Iatrogenia protética Quantidade – quanto mais melhor (sem hiperplasia), quantidade de mucosa queratinizada Qualidade – qual o biótipo da gengiva. Profundidade de sondagem o Clínica – epitélio sulcular + parte do juncional o Histológica – epitélio sulcular o Vertente interna Epitélio sulcular 0,5-1,0 Epitélio juncional 0,7-1,5 Inserção conjuntiva 1,0-1,5 A escova entra no mpaximo 0,5mm dentro do sulco, este é um dos motivos pelo qual os preparos intrasulculares serem no máximo 0,5mm de profundidade. “Regiões com menos de 1mm de gengiva inserida não podem ser mantidas livres de inflamação gengival, independentes de uma boa higiene oral” Lang & Loe Periodonto de suporte Cemento 25 micrometros Ligamento periodontal Osso Limite cervical Espaço entre o termino da restauração e do nível ósseo – respeitando o espaço biológico com mais de 3mm. Deve-se ter em mão radiografia interproximal para avaliar este limite 10 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Espaço biológico “Espaço virtual acima da crista óssea que contém as distancias bilógicas” União dento-gengival – homeostasia Vertente interna o Epitélio juncional o Inserção conjuntiva Nível supra-gengival – acima da gengiva marginal livre Nível sub-gengival o Sulcular o Intra-sulcular o Ultra-sulcular Distância biológica Recuperação o Aumento de coroa clínica aparente o Procedimento ressectivos de tecido mole Gengivectomia / gengivoplastia Cunhas interproximais Cunhas proximais Cirurgia a retalho Gengivectomia (em altura) / Gengivoplastia (em espessura) Toda vez que for feita gengivectomia, deve-se fazer gengivoplastia o Remodelação cirúrgica da gengiva o Somente poderá ser indicada quando: Bolsa supra óssea Gengiva inserida suficiente Tecido gengival fibroso o Indicação Hiperplasia gengival Bolsa periodontal supra óssea Correção de defeitos gengivais Exposição de coroa clínica aparente Para cicatrização pode-se indicar, após 2 dias (após a tamponação), bochechos de água morna com sal. Cunhas interproximais (entre dentes) Cunhas proximais (distal) o Incisão em “H” – cicatrização de primeira intenção 11 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Cirurgia a retalho o “Mini retalhos ou retalho de Barkmeier” Jada, v.96,n6 Nível ultra-sulcular o Recuperação do espaço biológico Procedimento cirúrgico – removendo osso em altura Extrusão ortodôntica “Nenhuma restauração deverá ser realizada com seu limite cervical (V, L, M ou D) com menos de 1,5mm aquém da crista óssea”. Procedimento cirúrgico Aumento de coroa clínica real o Planejamento Restaurações diretas - restauração realizada durante a cirurgia (após realizar o aumento de coroa clinica). Restaurações indiretas – restauração realizada em outra seção (uso de provisória) “O exame radiográfico é um meio auxiliar, não sendo por si só o objeto para definição de um diagnóstico. Deve-se sempre atentar ao fato que suas imagens serão sujestivas de algo, e nunca uma realidade absoluta”. Limite cervical. Definir o termino cervical e confecção de uma provisória representa o inicio do sucesso de qualquer cirurgia periodontal. Extrusão ortodôntica Lenta o Tecido mole e tecido ósseo acompanham – gengivoplastia Rápida o Só tecido mole acompanha – gengivoplastia e gengivectomia 12 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 22-03-2013 Lincoln Lanza RESTAURAÇÕES PROVISÓRIAS PLANEJAMENTO .... D.A.T.O (Desoclusão – Alinhamento tridimensional do plano oclusal – Oclusão) Susceptibilidade à doença Apenas à doença periodontal Apenas à doença cárie À doença periodontal e à cárie – o mais difícil e complexo de se tratar A nenhuma doença (10%) O tratamento e a conduta entre estes tipos de paciente é diferente, a ênfase que deve ser dada é diferente. Por isso deve ser avaliado cuidadosamente cada paciente de forma única. A reabilitação de um paciente pode ser fácil, no entanto a reeducação pode ser extremamente difícil. Restaurações provisórias Diagnóstico Ortodontia Fase de adequação – reeducação e tratamento prévio. Guia cirúrgico do preparo cavitário - provisório Cuia de cicatrização do periodonto Dentes com prognóstico duvidoso Objetivos Devem proteger as estruturas preparadas durante o período de confecção da restauração definitiva: o Restabelecer oclusão o Manter o preparo protegido e coberto Características Proteção do complexo dentina-polpa Proteção periodontal Adaptação marginal Oclusão Estética e fonética – para os dentes anteriores (pré a pré) 13 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais MourãoProteção do complexo dentina-polpa Proteção aos estímulos termo-elétricos o Verniz a base de copal o “Sistema adesivo”??? (contra indicado – citotóxico) o Soluções desensibilizantes (oxalato de potássio, fluoreto de potássio 0,2%) – obliteração dos túbulos dentinários. o Cimento de hidróxido de cálcio o Laser terapêutico Vedamento e obliteração dos túbulos dentinários Redução da sensibilidade pós operatória Preservação da vitalidade pulpar Proteção periodontal Preservar a integridade periodontal Auxiliar no tratamento e na recuperação do tecido gengival alterado Manutenção da saúde do periodonto tratado Ainti inflamatório caseiro: para um copo de água bem morna + um colherinha de sal. A água provoca vasodilatação. Higiene oral A restauração provisória confeccionada, facilita, orienta e estimula a manter sua higiene oral. Falhas “Nenhuma prótese por melhor que seja executada será melhor que o ângulo de higienização..” Acumulo de placa – sobre contorno, sub contorno, porosidade Dificuldade em higienizar – técnica de escovação incorreta Inflamação – o objetivo da provisória é desinflamar Desconforto Trauma mecânico Ulceração Recessão perda de tonicidade. Materiais utilizados para restaurações provisórias Resina acrílica (90%) Resina composta Bis-acrilica (muito boa porem mais cara) Resina composta Materiais borrachóides (não é bom) 14 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Resinas acrílicas Quimicamente ativada – tem que saber utilizar! o Técnica imediata – reação exotérmica (quanto maior o volume de resina, maior o calor) Dura Lay – particular pequenas, muito opaca (leitosa) com isso o contraste fica grande, mais rápido, mais resistente, alto custo. Dencor – particular maiores 60 A1, 61 A2, 62 A3, 63 A3, 77 A5 Vipi Cor (incisal 1) Termicamente ativada o Técnica mediata Fases da resina acrílica 1- Arenosa a. Pó e líquido 2- Filamentosa a. Grande escoamento, grande capacidade de cópia de detalhes (mais importante) 3- Pegajosa a. Não é possível trabalhar nesta fase, começa a reação de polimerização (reação ezotermica) 4- Borrachóide a. Não tem capacidade de cópias finas (términos dos preparos) O uso de calor é benéfico para restauração provisória??? Sim desde que seja utilizado em conjunto com a fria, assim o tempo de reação será menor e não haverá grande porosidade. Consequência do calor: Maior porosidade Maior acumulo de placa Menor resistência ao desgaste Maior manchamento 15 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Vantagens Facilidade na execução da técnica Facilidade de reparo Adaptação marginal Proteção do complexo dentina-polpa Obtenção dos contatos V e L fisiológicos Estabilidade de contatos oclusais (depende muito do volume de masseter) Obtenção dos contatos proximais efetivos. Desvantagens Descoloração com o tempo da resina acrílica Porosidade superficial (tamanho da partícula) Durabilidade clinica limitada Alteração pulpar pela reação exotérmica (pouco provável) Reação dos tecidos periodontais ao monômero residual (não se pode reenbazar a provisória em campo aberto, pois se a resina cair em osso pode provocar abscesso) Degradação da integridade marginal Redução da resistência da resina acrílica (com o tempo ela vai absorvendo água, com isso perdendo propriedades) Resina composta Bis-acrilica Structur 2 SC, Luxatemp Materiais provisórios de duas pastas dispensadas com uma pistola de auto mistura Facilidade da técnica Pequena contração Superfície mais lisa Maior resistência ao desgaste Rapidez da técnica Não aceita reenbasamento com o próprio material, pode ser feito com resina acrílica ou resina composta. Alto custo Materiais borrachóides Clip® F Materiais flexíveis, fotopolimerizaveis, com único componente e duas consistências diferentes das restaurações temporárias convencionais. Marcas comerciais: o Fermit – Vivadente o Clip F – Wilcos 16 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Técnicas Diretas: imediata Indireta: mediata Independente da técnica a ser utilizada, o resultado tem que ser o mesmo, por isso é preciso dominar todas as técnicas. Fatores que determinam a qualidade de uma provisória Forma de contorno Anatomia dental Precisão na adaptação Contatos oclusais Contatos proximais Manipulação do material Técnica direta Técnica da pré-moldagem Técnica da bola Técnica do pincel Técnica da faceta pré-fabricada Técnica da matriz Pré-moldagem Alginato – a resistência é menor que a da silicona Silicona – Para esta técnica é preciso ter uma superfície integra, como um dente que ainda possui sua anatomia ou um enceramento. O tempo é fundamental nesta técnica. Para o ajuste oclusal deve-se começar em MIH, detectamos assim contatos prematuros e Quando se tem um halo e no meio está branco quer dizer que furou o carbono – temos com isso um contato prematuro. O que faz saber se uma restauração está alta ou não é a sensibilidade do ligamento periodontal. Pois mesmo que o pacientes for anestesiado, ele ainda possui esta sensibilidade. Quando um paciente falar “tá alto” acredite! No entanto quando ele falar que “está bom” não acredite, neste momento temos que acreditar no carbono e na sua visão. 17 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Oclusão em dentística Equilíbrio oclusal Como ajustar uma provisória o MIH X Relação Cêntrica Verificar a retenção nos movimentos de lateralidade em ambos os casos o carbono deve se soltar logo no inicio do movimento. Com isso não há interferência no trabalho nem em balanço (esta é a pior interferência para o sistema estomatognático possível uma vez que altera a ATM). Verificar também nos movimentos de protrusão e deglutição (checar a RC). Adaptação marginal A adaptação marginal está diretamente ligada ao acabamento (lisura) dado ao termino cervical. Técnica da Bola A definição do termino cervical, será o responsável pelo sucesso do planejamento periodontal. É preciso ter uma noção muito boa de anatomia dental É feita uma bola de resina, esta é levada ao dente, assim conseguimos a cópia da superfície preparada, depois fazemos o preparo da superfície oclusal através de broca. Facetas pré-fabricadas Facetas prontas de fábrica que basta fazer uma adaptação com broca em sua face interna e adaptar ao preparo. Técnica de reembasamento Resina acrílica o MOD o Limpasse o provisório, desgasta o interior com uma fresa Duralay Resina composta o Coroa total 18 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 19-04-2013 Tulimar CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS NUM PREPARO PARA RMF MATERIAIS MOLDADORES TÉCNICAS DE MOLDAGEM: AFASTAMENTO GENGIVAL Restaurações indireta Fase diagnóstica → Plano de tratamento Muitas vezes as restaurações vão para método indireto após a realização de um direto mal feito, e destes a maioria devido à preparo incorreto (este que é a parte mais importante para as restaurações). Para isso é preciso destreza e treinamento em conjunto com um diagnóstico bem feito. Para o diagnóstico é fundamental avaliar a oclusão sempre! Observamos ainda a presença de lesões e acausa destas lesões. A pré moldagem deve ser realizada em silicona de condensação. Protocolo de atendimento dos pacientes da disciplina de dentística Identificação Planejamento e plano de tratamento 1. Dente a ser restaurado 2. Análise oclusal: a. Relação do dente no arco dental (antagonista, adjacentes, alinhamento tridimensional...) b. Padrão de oclusão (MIH – o dente em tratamento tem interferência em RC?... se tiver → ajusta-se! Pós restauração sempre verificar se a nova restauração promoverá interferências...) c. Padrão de desoclusão 3. Análise radiográfica (diagnóstico pulpar e periodontal) 4. Anestesia 5. Execução do tratamento restaurador a. Análise do remanescente dental = tipo de preparo RX (diagnóstico pulpar, periodontal), remanescente, padrão oclusal (MIH, RC, desoclusão), remanescente dental. Pré-moldagem a. Moldagem parcial do dente a ser preparado Remoção de tecido cariado Reconstrução 19 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Para remoção de amalgama usa-se a broca 1558 Ponta piranha ou ponta de óxido de alumínio – tronco-cônica para polimento. Na utilização do “Hydro C” pode-se misturar um pouquinho de vaselina em uma das pastas, com isso temos maior tempo de trabalho e de escoamento. Preparo cavitário para RMF Normalmente os dentes trabalhados estão reconstruídos com resina, para redução desta usa-se ponta tronco-cônica diamantada ao invés da 170 usada em dente. Distância biológicas Conceito: dimensão do periodonto compreendida da crista óssea alveolar à margem gengival livre, caracterizando-se pelas estruturas bio-anatômicas: Sulco – 0,69mm Epitélio juncional – 0,97mm Inserção conjuntiva – 1,07mm Crista óssea – 2,0 a 3,0mm Consequências da invasão do espaço biológico Inflamação gengival persistente, mesmo na presença de um bom controle de placa. Dor sob forma de sensibilidade gengival a estímulos mecânicos Recessão Formação de bolsa (a reabsorção do osso alveolar tenta restabelecer o espaço correspondente à inserção conjuntiva). Afastamento gengival – mecânico e mecânico/químico Objetivos o Possibilitar e facilitar a execução visualização e/ou moldagem de preparos dentários com términos cervicais intra-sulcular. (Fio) Método mecânico o Isolamento relativo o Deslocamento físico, afastando a margem da gengiva da superfície do dente, alongando as fibras periodontais circunferenciais. i. Utilização de 2 fios um mais fino que é inserido primeiramente, o segundo mais calibroso para manter a gengiva separada. 20 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Método mecânico/químico o Substâncias adstringentes e/ou hemostáticas – promove o afastamento dos tecidos, diminuem a permeabilidade da membrana celular, reduzem secreções e sangramento. o Promovem afastamento do tecido gengival e/ou eliminam o sangramento i. Promovem o afastamento dos tecidos, diminuem a permeabilidade da membrana celular e o sangramento. ii. Adrenalina – epinefrina 0,1 a 8% (cuidado!!!) iii. Cloreto de zinco – cáustico para o tecido gengival iv. Sulfato férrico – impede a polimerização da silicona de adição, assim deve-se levar primeiro a silicona pesada, com o fio já posicionado. Posteriormente retira-se o fio e rapidamente faz a moldagem com a silicona leve. v. Sulfato de alumínio à 25% - adstringente 1. Mais usado. Adstringente suave, antisséptico, detergente, é uma das substancias menos irritativas que promovem satisfatoriamente o afastamento gengival. vi. Interações dos elastômeros com materiais de uso odontológico vii. S(enxofre) inibem a cura das siliconas de adição 2. Ex.: luvas de látex e fios afastadores (sulfato de alumínio e férrico) – lavar ii. A pasta base de cloreto de alumínio e caulim é um novo produto no mercado, uma vez dentro do sulco ela sofreria expansão e faria hemostasia. (Expansil). Para inserção do Fio retrator no sulco gengival utiliza-se um calcador de fio reto que deve ter sua ponta ativa previamente lixada para que fique sem dentes (o que pode machucar o paciente e dificultar a inserção do fio). O ideal é que se use dois fios, um mais fino mais profundamente e um mais grosso mais próximo ao preparo. Moldagem com elastômeros não aquosos “A obtenção de excelência numa restauração indireta depende da correta moldagem” Dentre os materiais existentes para moldagem, a melhor opção para as restaurações indiretas são os elastômeros não aquosos: eles reproduzem com precisão os tecidos orais – basicamente existem três grupos de materiais elastoméricos não aquosos = polissulfetos, poliéteres e siliconas. Poliéteres Pode ser armazenado até 7 dias desde que conservado seco (não usar caixa de isopor com água para deixar úmido) Absorção de água durante a armazenagem 21 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Silicona de condensação Necessidade de vazamento imediato ou no máximo em uma hora. Vantagens o Boa reprodução de detalhes o Facilidade de manipulação o Grande variedade de consistências o Odor e gosto agradável Desvantagens o Baixa resistência ao rasgamento o Maior contração da presa o Alteração dimensional o Necessidade de vazamento rápido Silicona de adição Polimerização inibida por enxofre Vazamento após 1 hora (liberação de hidrogênio) e até 7 dias. Técnica de moldagem Dupla mistura o O leve e o pesado são levados ao mesmo tempo 2 tempos o Deve-se retirar o fio na hora de moldar o leve. Alem dos materiais o profissional precisa dominar as técnicas de moldagem, os procedimentos de afastamento gengival mecânico e químico mecânico, para obtenção de um molde perfeito. Outros aspectos que devem ser considerados na moldagem são: a interação de elastômeros e materiais de uso odontológico, a importância cada vez maior da desinfecção dos materiais na prevenção de infecção cruzada e as falhas mais comuns nos processos de moldagem. Métodos de desinfecção para os elastômeros Lavagem dos moldes em água corrente Polisulfeto e siliconas – imersão (incel) e glutaraldeido a 2% por 10 minutos Poliéter – spray de hipoclorito de sódio a 1% (pincel) tempo máximo de 10 minutos. Polisulfeto/silicona de adição: imersão em glutaraldeido 22 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 26-04-2013 Rodrigo de Castro Albuquerque – www.rodrigocalbuquerque.com.br PINOS PRÉ-FABRICADOS E NÚCLEOS DE PREENCHIMENTO Dentes tratados endodonticamente são muito mais frágeis que os hígidos, com isso em um trabalho feito como um núcleo metálico fundido ou pinos podem fratura-los com certa facilidade, por isso o preparo e o planejamento devem ser muito bem feitos em todos os casos individualmente, assim evitamos ao máximo fraturas e trincas. Tratamento endodôntico Perda de umidade (até 9%)– ressecamento Diminuição na resistência Alterações de colágeno Alterações estruturais levando a perda do estado “pré-stresses” Gutmann, 1993 Resistência – perda de resistência da estrutura remanescente com os seguintes tratamentos: Tratamento endodôntico – 5% Preparo Oclusal – 20% Preparo MO ou DO – 46% Preparo MOD – 63% Núcleos Opções: Núcleos metálicos fundidos – indicação = apenas para coroa total Núcleos de preenchimento o Em Amálgama o Em Ionômero de vidro o Em Resina composta Núcleo Metálico Fundido “Apesar dos núcleos metálicos fundidos serem mais resistentes, elessão confeccionados com materiais com alto modulo de elasticidade, não sendo adesivos à estrutura dental e geram alto índice de fraturas radiculares.” Plassmann, 1996; Bex, 1992 23 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Vantagens Larga experiência clinica (mais de 100 anos) Excelente a adaptação ao dente – o dente é moldado Alta resistência Ampla aplicação Desvantagens Grande remoção de estrutura dental sadia Alto custo – o melhor é de ouro Tempo clinico – molde, fundição, inserção Fase laboratorial Alta tensão O próprio produto de corrosão do dente pode fraturar o dente Indicação Ampla destruição do elemento, no máximo até 2mm de remanescente dental. Núcleos de Preenchimento Definição São núcleos confeccionados com materiais restauradores plásticos, cuja finalidade do seu emprego é reconstruir elementos dentais que tenham sofrido perda estrutural, podendo se empregados em conjunto com pinos intra-dentinarios, intra-radiculares ou mesmo sem pinos. Importância Padronização dos preparos cavitários Reforço da estrutura dental Conferir planimetria aos preparos Conseguir expulsividade adequada Vantagens Técnica simples Baixo custo Conservação de tecido sadio Economia de tempo Reforça a estrutura dental Menor stress Boa resistência 24 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Desvantagens Menor experiência clinica Menor resistência que os núcleos metálicos fundidos Indicação de pino Perda de até ½ da coroa Retentor de ponte fixa Tipo de prótese a ser colocada Oclusão do paciente (ex. bruxismo) Número de dentes na boca – quanto menos dente maior a carga mastigatória Posição do dente no arco – em molares a indicação de pino é menor Núcleo Metálico Fundido x Núcleo Pré-fabricado “Núcleos metálicos fundidos falham mais frequentemente do que os pinos pré- fabricados e tendem a causar fraturas radiculares não passíveis de tratamento.” Materiais Amálgama (menos usado) Ionômero de vidro Resina composta (mais usado) Amálgama Vantagens o Estabilidade dimensional o Baixa infiltração marginal o Resistência à tração o Contraste com a estrutura dental o Baixo custo o Larga experiência clinica Desvantagens o Ausência de estética o Não são adesivos o Corrosão o Longo tempo de presa Ionômero de vidro Vantagens o Adesividade o Liberação de flúor o Biocompatibilidade 25 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão o Coeficiente de expansão térmica semelhante ao dente Desvantagens o Baixa resistência à tração o Pouca experiência clínica Materiais o Chelon Silver o Ketac Silver o Vidrion N o Vitremer o Miracle Mix Resina composta Vantagens o Fácil manipulação o Boa estética o Boa resistência o Adesividade o Rápida polimerização Desvantagens o Contração de polimerização o Instabilidade dimensional o Infiltração marginal o Menor experiência clinica o Menor resistência que núcleos metálicos Pinos pré-fabricados Pinos pré-fabricados: metálicos, cerâmica, fibra de carbono, fibra de vidro, fibra de carbono revestido por fibra de vidro. Pinos intra-radiculares Pinos intra-dentinários Não utilização de pinos Pinos intra-dentinários Cimentados Friccionados (não se usa mais – causa muitas trincas no dente) Rosqueados Metálicos Não metálicos 26 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Não devem ser empregados em dentes despolpados devido à sua maior friabilidade, o que provoca um maior risco de trincas na dentina ou mesmo fratura do dente. Pinos intra-radiculares “Dentes tratados endodonticamente que perderam mais da metade da estrutura coronária sadia.” Função de pinos intra-radiculares o Aumentar a retenção do material de preenchimento o Ajudar a distribuir as tensões recebidas pela coroa para a raiz o O pino aumenta a resistência da raiz “A colocação de pinos intrarradiculares não deve ser um procedimento de rotina após a terapia endodôntica, se houver estrutura dental remanescente suficiente para reter a restauração.” Cailleteau et al, 1992 “O preparo de um canal radicular para receber um pino enfraquece seriamente a raiz, o que não é recompensado pela sua cimentação.” Trope et al, 1985; Robbins et al, 1993 Quanto mais bem adaptado o pino estiver às paredes do canal radicular, melhor propriedades ele confere à restauração. Riscos no preparo do canal Nunca entre direto no canal com a fresa, desobstrua primeiramente com um instrumento aquecido (Lucas – endo). Com isso temos a entrada livre com a angulação correta do canal, evitando: Perfurações radiculares Adelgaçamento das paredes Perda de orientação do canal Sucesso do pino depende Comprimento do pino o Preparar 2/3 do comprimento do canal o Preparar altura igual ao da coroa o Mede a distância da crista óssea ao ápice da raiz – deve-se ultrapassar metade desta distância. o Deve-se ter no mínimo 4mm de material obturador no ápice do canal radicular. Tendo o maior comprimento possível do pino. 27 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Largura do pino o O mais bem adaptado possível às paredes o O diâmetro de pino não deve exceder 1/3 do diâmetro da raiz Material o Metálicos i. Titânio ii. Aço inoxidável o Não metálicos i. Fibra de carbono ii. Fibra de vidro iii. Fibra de carbono revestido por fibra de vidro iv. Fibra de quartzo v. Dióxido de zircônio (cerâmica) – características semelhantes aos metalicos Formato o Cônicos – geram mais tensão, mas se adaptam melhor à maioria dos canais radiculares. i. Dupla conicidade o Cilíndricos – geram menos tensão, mas se adaptam pior à maioria dos canais radiculares. i. Extremidade cônica ii. Dois estágios o Anatômicos – pino pré-fabricado reembasado com resina composta no canal, retira-o termina de polimerizar e cimenta no canal Configuração superficial o Metálico i. Lisos ii. Rosqueáveis o Não metálico i. Serrilhados ii. Liso Pinos curtos geram mais tensão, possibilitando maior possibilidade de fratura dental. “O fator mais importante para o sucesso é a estrutura dental remanescente. Portanto, recomenda-se a utilização dos pinos mais finos possíveis com a adequada resistência.” Pinos intra-radiculares metálicos Aço inoxidável o Alta rigidez o Alta radiopacidade o Altíssimo módulo de elasticidade o Não estético o Não adesivo o Baixo custo o Técnica de cimentação simples 28 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Titânio – menos tensão que o Aço inoxidável o Alto módulo de elasticidade o Menor radiopacidade o Custo mais elevado que o de aço o Não estético o Não adesivos o Técnica de cimentação simples Cimentação simples – não precisa de cimentação adesiva Radiopaco – titânio < Aço inox Muito mais barato que o não metálico No caso de pinos autorrosqueáveis, deve ser cimentado passivamente para evitar tenção residual – coloca-se o cimento no canal, rosqueia o pino até travar, neste ponto retorna ¼ de volta. Pinos intrarradiculares não metálicos Fibra de carbono o Não estético o Custo elevado o Adesão à estrutura dentária e preenchimento o Técnica de cimentaçãomais complexa o Radiolúcido (muito pouca radiopacidade) Fibra de carbono revestido com quartzo o Estético o Custo elevado o Menor resistência que os pinos de fibra de carbono o Adesão à estrutura dentária e ao material de preenchimento o Técnica de cimentação mais complexa o Pouca radiopacidade o Pouca experiência clinica Fibra de vidro e/ou quartzo Dióxido de titânio Vantagens o Adesão o Biocompatíveis e estáveis o Resistentes à fadiga e à corrosão o Conservação de estrutura dental sadia o Melhoram a integridade do remanescente o Modulo de elasticidade próximo ao da dentina – exceto zircônio o Compatibilidade com os materiais restauradores e de preenchimento 29 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Núcleo de preenchimento Técnica 1. Seleção do caso 2. Avaliação radiográfica 3. Isolamento absoluto 4. Remoção de cárie e restaurações 5. Seleção do pino – através da raiz de maior volume e mais comprida 6. Desobstrução parcial do canal a. Instrumentos aquecidos b. Fresas de pequeno diâmetro 7. Preparo propriamente do conduto 8. Prova do pino 9. Radiografia 10. Cimentação 11. Inserção do material restaurador Pinos de fibra de carbono Não estético Custo elevado Adesão à estrutura dentária e preenchimento Técnica de cimentação mais complexa Radiolúcido (muito pouca radiopacidade) Pouca experiência Se for usar cimento auto adesivo não pode lavar o canal com clorexidina, pois ela interfere no grau de conversão e compromete a polimerização. Técnica de inserção do pino 1. Para limpar o pino pode-se passar acido por 1 minuto e lava-se por 1 minuto, no caso do pino de fibra de vidro além do acido passa-se silano por 1 minuto e seca-se bem. 2. Ácido fosfórico em esmalte e dentina, lavar e secar, 3. Passa-se o adesivo no canal do dente e no pino, insere-se o pino em posição bem como o cimento. O adesivo e o cimento tem que inseridos de forma rápida e coordenada devido sua polimerização. 30 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 17-05-2013 Rogeli PREPARO PARA COROAS PARCIAIS E TOTAIS METÁLICAS Princípios biomecânicos dos preparos cavitários 1- Preservação da estrutura dental 2- Forma de resistência e rentenção 3- Durabilidade estrutural da restauração 4- Integridade marginal 5- Preservação do periodonto Preparo para Coroas Parciais 4/5 e 7/8 Indicações Dentes com extensa destruição, mas que apresentam superfície vestibular total ou parcialmente hígida, boa posição no arco dental e coroa clínica longa. Contra indicações Requisito estético Retentor de prótese removível Coroa parcial metálica 1º tempo operatório – redução oclusal Promover adequada espessura de metal e resistência da restauração – durabilidade estrutural. Reflete a imagem geométrica dos planos inclinados oclusais 1,5mm de redução na cúspide funcional e 1mm na cúspide não funcional. Redução plana – espessura insuficiente sobre sulco e fossa Redução plana profunda – perda desnecessária de estrutura dental sobre a polpa e diminuição das paredes axiais diminuindo o preparo – menor retenção. 31 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Canaletas com pontas adiamantadas tronco cônicas União das canaletas Manutenção da morfologia oclusal Desgaste de no mínimo 1,5mm Redução oclusal inadequada Deixa a restauração menos resistente Não permite espaço adequado para reprodução de morfologia funcional adequada A restauração pode ser facilmente perfurada durante os procedimentos de acabamento e polimento ou pelo desgaste em função. 2º tempo operatório – redução da vertente externa O desgaste adequado da vertente externa da cúspide funcional deixa um espaço suficiente para espessura de metal em áreas de grande contato oclusal. Desgaste inadequado da vertente externa o Pode causar uma área fina sujeita a perfuração o Pode resultar em parede axial muito cônica comprometendo a retenção o Pode levar a um sobrecontorno e dificuldade de ajuste oclusal Canaletas com pontas adiamantadas tronco cônicas – 1,5 mm União das canaletas Manutenção da morfologia dental Consultar movimentos excursivos o Trabalho o Balanceio 32 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 3º tempo operatório – redução axial lingual Redução axial o Cria espaço para um correto volume de metal dentro dos contornos normais do dente. o A redução inadequada pode resultar em coroa fina e com paredes fracas ou em coroa com sobrecontorno Canaletas com pontas adiamantadas União das canaletas Terminação em chanfrado ou ombro biselado 4º tempo operatório – redução proximal Proteção do dente vizinho Ponta posicionada no longo eixo Paralelismo entre paredes proximais Preservação da superfície vestibular – para evitar aparecer muito metal. 5º tempo operatório – canaletas proximais Função retentiva e estabilidade Ponta tronco cônica de extremo arredondado Profundidade do diâmetro da ponta Manter direção das paredes Bisel das arestas vestibulares Posicionamento e direção adequadas dos sulcos – paralelas em direção ao sulco Impede rotação ao redor do eixo vertical. Pode ser feito mais de duas em caso de dente com coroa curta para aumentar a retenção. Bisel das arestas vestibulares Pode-se realizar uma ranhura unindo as duas canaletas proximais – retenção e durabilidade estrutural. 33 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 6º passo operatório – acabamento cavitário Pontas multilaminadas – em baixa rotação levemente Instrumento manual Separação dente vizinho de 0,5/0,8mm Termino da face vestibular Face vestibular o Dentes superiores em bisel externo o Dentes inferiores em ombro biselado ou chanfrado o Chanfrado em ponta de cúspide pelo requisito estético. Coroa Total Metálica Dentes com cúspide M-V intacta 1º redução oclusal 1,5mm de redução na cúspide funcional e 1mm na cúspide não funcional Sulcos de orientação realizados com pontas adiamantadas tronco cônicas de extremo arredondado Fazer as ranhuras nas cristas e sulcos principais Observar o posicionamento e oclusão dental antes de realizar as ranhuras para não remover estrutura sadia desnecessariamente Deve seguir a configuração geométrica e funcional do dente 2º redução da vertente externa Realizada com pontas adiamantadas tronco- conicas de extremo arredondado Sulcos de orientação para redução Seu desgaste inadequado pode levar a uma área fina da restauração, a um sobrecontorno ou perda de retenção Espaço oclusal Checar pedindo ao paciente para morder uma lâmina de cera utilidade sobre o preparo 34 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 3º Redução axial lingual Paredes vestibulares e linguais são reduzidas com a ponta adiamantada em torpedo realizando um termino em chanfrado. 4º Redução proximal Inicio da redução proximal axial com uma ponta adiamantada fina seguida pela ponta adiamantada em torpedo. 5º Confecção da canaleta Realizar canaleta coma a broca 170 ou 170L 6º Acabamento cavitário Acabamentos axiais com brocas multilaminadas de extremo arredondado Todas as superfícies axiais devem ser acabadasinclusive os ângulos. A linha de acabamento deve ser arredondada e contínua. 07-06-2013 Rodrigo de Castro Albuquerque – WWW.rodrigocalbuquerque.com.br CLAREAMENTO DENTAL ENDÓGENO Alterações de cor “A fim de prever o sucesso do clareamento é importante procurar descobrir através de um exame anamésico, clinico e radiográfico, a causa da alteração de cor” Esberard, R. M. 1991 O resultado é imprevisível, e o paciente deve ser informado, pode haver recidiva, isto é fisiológico com isso o tratamento pode/deve ser feito novamente. (Tempo é R$) Etiologia das alterações de cor Manchas extrínsecas o Café o Chá o Cigarro o Bebidas e alimentos com corantes 35 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão o Acumulo de placa (bactérias cromógenas) o Tártaro 1. Raspagem e profilaxia corono-radicular o “Evidências clinicas mostram que manchas causadas por café ou chá se tornam mais difíceis de serem clareados.” Manchas intrínsecas o Ingestão excessiva de Tetraciclina e Flúor 1. Tetraciclina - Uma das piores situações para se tentar remover a alteração de cor. 1. Grau 1 e 2 (possível o clareamento), Grau 3 e 4 (não é possível o clareamento – facetas ou coroas) 2. O Flúor – Grau 0 à 9 (ordem crescente de destruição), o dente é mais poroso, a fluorose por si é branca, no caso de mancha escura é devido à manchamento extrínseco. o Traumatismo dental – prognóstico favorável com o clareamento o Cárie o Tratamento endodôntico mal realizado 1. Acesso incorreto 2. Colocação de medicação incorreta capaz de manchar o dente 1. Eugenol o Materiais restauradores 1. RMF – prata-estanho... 2. Amalgama (sem verniz cavitário) 3. Praticamente não é possível clarear o Fisiológica (idade) o Hipoplasia do esmalte o Perimólise 1. Associação de alimentos ácidos com alimentos abrasivos 1. Fumo de rolo 2. Limão Clareamento dental – Tetraciclina “A dose, a duração,m o tipo e a época de inicio da série de antibioticoterapia com tetraciclina, em relação ao momento da odontogênese, influenciam diretamente na intensidade e severidade... Dentes decíduos: do 6º mês, no útero, até o 10º mês de vida. Dentes permanentes: do 7º mês de vida até o 7º ou 8º ano. Graus o Grau I: manchamento mínimo (amarelo, marrom ou cinza claro) o Grau II: semelhante ao grau I, porem mais intenso o Grau III: descolorações azuladas ou cinzas escuras o Grau IV: manchamento severo 36 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Para dentes cinzas o prognóstico normalmente é pior do que em dentes amarelados. Em dentes com várias cores (cervical e incisal mais claras e terço médio mais escuro), é um caso muito complexo, podendo até tornar o caso pior (as partes claras ficam mais claras e a escura não clareia tanto, com isso há um maior contraste). Algumas vezes nem mesmo uma faceta resolve, tendo-se que fazer coroa total. Mecanismo de ação Processo químico no qual o material orgânico é eventualmente convertido em dióxido de carbono e H2O. Normalmente os agentes clareadores são a base de peróxido de hidrogênio ou peróxido de carbamida. Sucesso Técnica de clareamento Agente clareador o Rápido ou lento, suave ou agressivo Causa do escurecimento Idade do paciente o Não existe idade melhor ou pior, o que pode variar é o prognóstico. Métodos Clareamento Dental Exógeno Moldeira Supervisionado Sem prescrição proficional Consultório Endógeno 37 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Clareamento Endógeno Causas de descoloração Degradação tecidual Hemorragia pulpar Acesso coronário inadequado Pouca irrigação Material restaurador na câmara pulpar Materiais restauradores à base de Eugenol Técnica de clareamento dental interno Técnica mediata / ambulatorial o Perborato de sódio + peróxido de hidrogênio o Não enfraquece o dente Técnica imediata / termocatalítica o Peróxido de hidrogênio + calor o Termocatalítica - Está associada a ela uma alta % de reabsorção radicular externa por isso é muito contraindicada. Associação das duas (técnica combinada) Produtos empregados Superoxol Claridex Whitenessperborato Cuidados prévios Etiologia da descoloração Exame radiográfico Qualidade do tratamento endodôntico Ausência de lesão cariosa Saúde periodontal Contra indicações Obturação do canal radicular de má qualidade Pouca qualidade do remanescente dentário 38 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Reabsorção cervical Para a prevenção: Não usar instrumentos aquecidos Selamento mecânico da região cervical Uso de pasta de Ca(OH)2 após o clareamento Passos para o clareamento 1- Exame clinico 2- Exame radiográfico 3- Determinar a localização do tampão (3mm acima da margem da gengiva) 4- Desobstruir os 3mm e colocar 2 mm de tampão – cimento de óxido de zinco (melhor vedamento devido à expansão, no entanto demora horas para tomar presa) sem eugenol ou ionômero (pior) 5- Após a presa do tampão pode-se iniciar o clareamento. a. Condicionamento com ácido fosfório de 10 a 15 segundos b. Pasta branca de consistência espessa, obtida pela mistura de água oxigenada cremosa 10 volumes + perborato de sódio (bem espessa) – comprimir com papel para retirar excesso de líquido/umidade. Deixar um espaço de 1mm para selamento c. Esquentar um bastão de godiva e aquecer o dente por 5 minutos (não causa dano ao dente) – acelera o processo de liberação dos produtos. O tempo médio é de 3 seções. Peróxido de hidrogênio 30 - 35% + Calor Efeito caustico do agente químico clareador (superoxol) Injuria ao periodonto após aplicação de calor 39 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão CLAREAMENTO DENTAL EXOGENO . . Técnica da moldeira assistida pelo dentista Vantagens “Menor” sensibilidade pós-operatória (menor alteração) Custo Paciente participa do resultado final do clareamento Desvantagens Efeitos colaterais (sensibilidade dentária, injurias aos tecidos moles, “dor de garganta” e efeito laxante – ingestão) Colaboração do paciente “Potencial carcinogênico” Composição Peróxido de carbamida ou peróxido de hidrogênio Glicerina (efeito laxante) ou propilenoglicol (menos efeito colateral) (85%) – espessante Estanato de sódio Agentes produtores de sabor – evitar. Carbopol (espessante e torna a liberação de oxigênio mais lenta) – prolonga o efeito do agente clareador (bom para clareamento noturno). A concentração depende da resposta do paciente como a sensibilidade o Peróxido de carbamida de 10% a 22% (noturno) o Peróxido de hidrogênio 3% a 9% (diurno) Planejamento Detectar a etiologia da pigmentação História médica do paciente Esclarecimentos ao paciente sobre a não previsibilidade do tratamento Restringir o uso de cigarro e alimentos com corantes. Exame radiográfico de dentes suspeitos Restauração de lesões cariosas Reparo de restaurações defeituosas Profilaxia dos dentes Remoção de fatores irritantes ao periodonto – a gengiva deve estar sadia 40 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Cuidados prévios ao tratamento Profilaxia Registro da cor Fotos iniciais Condição geral da cavidade Historia médicado paciente Hábitos (fumo, bebida, corantes) Avisar de possível retratamento Técnica operatória caseira Diagnóstico e plano de tratamento Registro da cor Moldagem Alívio??? – não há necessidade Confecção da moldeira – acetato etilenovinílico, espessura de 0,9mm (redondos ou quadrados) Corta a moldeira 1mm acima da linha da gengiva Prova da moldeira Instruções de uso Controle periódico (semanal) Durante o tratamento Evitar o consumo de tabaco Evitar o consumo de bebidas alcoólicas Evitar o consumo de alimentos pigmentados e cortantes artificiais Evitar o consumo de bebidas ácidas. Um dos melhores prognósticos para o clareamento é o dente com calcificação, um dos priores é manchamento por tetraciclina. Clareamento no consultório Vantagens Controle por parte do profissional Ação do agente clareador somente no dente “Dispensa” a utilização de moldeiras diariamente Sem efeitos colaterais (contato com o agente clareador) 41 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Desvantagens Possibilidade de sensibilidade pós-operatória Necessidade de proteção dos tecidos moles Custo elevado Emprego de ácido fosfórico sobre o esmalte Emprego de substâncias extremamente cáusticas Tempo de consulta considerável Requer uso de luz ou calor – pode dar mais sensibilidade e aumenta o custo Resultados não previsíveis Substâncias usadas Peróxido de hidrogênio 15% Peróxido de hidrogênio 25% Peróxido de hidrogênio 30% Peróxido de hidrogênio 35% . Peróxido de carbamida Clareamento associado ao Laser Dióxido de carbono Argônio Neodymium-YAG “O laser fornece energia para o clareamento, fornecendo radicais de oxigênio para o clareamento ou oxidação dos dentes manchados. O laser não clareia, ele é usado para catalisar a reação.” Reação foto-térmica Aumenta a velocidade de dissociação do peróxido de hidrogênio Melhores resultados Menor tempo de tratamento Marketing Somente deve ser aplicados enquanto o gel apresentar cor Aumenta a sensibilidade durante o tratamento Alto custo Ler sobre microabrasão de esmalte 42 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 13-06-2013 PROCEDIMENTOS LABORATORIAIS PÓS-MOLDAGEM Procedimentos para restaurações indiretas Obtenção de modelos Montagem no verticulador Enceramento Inclusão/fundição Adaptação no modelo Adaptação em boca Acabamento Cimentação da provisória Moldagem parcial x moldagem total A comparação entre os dois tipos de moldagem, mais de 80% dos pacientes preferem as parciais. Na parcial temos: Conforto do paciente Menor custo – menor quantidade de material de moldagem Menor tempo – 3 passos em 1 (moldagem superior, inferior e do preparo) Não compromete qualidade Obtenção de modelos: técnica de troquelização Troquelização do modelo Duplo vazamento Independente da técnica usada, é importante fazer um recore dos excessos do material de moldagem. Troquelização do modelo O modelo é montado...... Recortes, antibolha, secagem. Troquel no modelo Marcação da área a ser troquelizada o Transfixação com alfinete o Caneta o Recorte Seleção de pino o Único 43 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão o Macho/fêmea (melhor) – não sai do lugar Vazamento do 1º gesso, com retenções adicionais, para que o segundo gesso não se solte. Isolame3nto da área - vazelina Proteção do pino – bolinha de cera Vazamento do 2º gesso O gesso deverá se unir na porção anterior ára proporcionar estabilidade dimensional até que a montagem seja realizada. Pode ser uma pequena porção uma vez que esta será cortada posteriormente. Técnica do duplo vazamento 1º vazamento o troquel só é utilizado para vedamento marginal e ajustes da restauração. Feito apenas na região do preparo 1º vazamento o gesso cobrirá os preparos só o necessário para obter espessura que nos dê resistência à manipulação. 2º vazamento é usado para montagem no aparelho (articulador ou verticulador) Vantagens (articuldor) Menor custo Menor tempo de trabalho Reproduz eixo terminal Não permite movimentos Moldagem funcional Reproduz a MIH do paciente Material com memória elástica e estabilidade dimensional Conferir a posição com e sem a moldeira em boca Manter em posição por 8 minutos Perfurações na moldagem Quanto mais material é colocado na moldeira maior a chance de indução do erro. A moldeira plástica pode ser menor que a metálica sendo este um ponto positivo, a vantagem da metálica são as paredes rígidas que ajudam a manter o material. Montagem no verticulador Lina média da moldeira coincidente com a linha média do verticulador Cabo voltado para frente Obedecer posição superior e inferior Utilizar gesso pedra comum. Lubrificação com vaselina 44 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Proteção com fita crepe Vazar gesso pedra comum Virar e prender lado oposto Separar superior do inferior Falhas na montagem Fechamento incorreto do verticulador o Espaço entre as bases Falhas no registro da MIH Enceramento O enceramento deve ser realizado sem o recorte do troquel, para manutenção dos contatos oclusais e interproximais. Recorte do troquel É muito importante para dar visibilidade de todo o contorno do preparo Brocas de aço Lamina de bisturi Estilete / faca olfa CAD/CAM: convergente para o centro da raiz Metal: recorte reto Preparo do metal Pinos de canalização Remoção de bolhas Adaptação ao troquel o Pintar o troquel: pintar troquel com; liqua-mark; tinta guache (misturar um pouco de anti-bolha ou água); tinta pilot 037 + álcool (40%). o Levar o metal sem fazer compressão forte o Remover marcas com broca esférica Adaptação ao modelo Adaptação em boca Ajuste da oclusão Adaptação ao modelo Desgastar ao redor do preparo com broca Pintar dente vizinho para ajustar ponto de contato o Isolamento relativo, tinta guache na proximal de dentes vizinhos com o micro-brusch 45 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão o Caso necessário, o desgaste deve ser feito mais para cervical, para que o contato fique o mais para oclusal possível. Ajuste da oclusão Fita carbono no modelo fino (até 20µm) O controle é o fechamento do verticulador É importante o conhecimento das posições e contatos de oclusão. Ajuste em boca Adaptação ao preparo Adaptação dos contatos proximais e oclusais Ajuste oclusal Paciente sem a restauração: marca contatos do lado oposto Carbono de até 120µm Ajuste em MIH, lateralidade e protrusão Conferir a RC (relação cêntrica) Verificar os contatos o Com peça em boca o Sem a peça o Observar a relação do antagonista Marcas de carbono: RX interproximal – Para avaliar a adaptação Acabamento e polimento Broca de aço 169 ou 170 Ponta adiamantada o Formação de ranhuras uniformes por toda a oclusal Borrachas o Marrom o Verde o Azul 46 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Disco de Bourle – proximais Sempre limpar com gaze ou algodão com álcool entre cada etapa Peça sempre adaptada ao troquel Após o polimento final deve-se aplicar jato de areia só na oclusal para controle da oclusão. Cimenta-se a peça provisoriamente, após uma semana, os contatos aparecem brilhoso. 21-06-2013 Maria Luisa PROTOCOLO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA PARA PACIENTES COM RESTAURAÇÕES ESTÉTICAS Procedimentos clínicos Remoção de cálculo dental o Quando há alguma restauração estética de cerâmica não se deve usar ultrassom, pois pode remover a estrutura (tanto da restauração quanto do dente, sendo ainda mais arriscado para resina e ionômero. Por tanto o ideal é a utilização de curetas (preferencialmente tipo 3). o Pacientes com implantes, não se deve utilizar instrumentos com pontas metálicas, há no mercado pontas plásticas para tal. Polimento coronário o Polimento da superfície para evitar aderência de microorganismos o Melhorar a visualização por parte do profissional para um correto diagnóstico. o Remoção do manchamento extrínseco (superficial) o Pasta profilática 1. Pedra pomes – (80µm) Abrasiva, totalmente irregular – promove ranhuras microscópicas (favorece aderência de midroorganismos) 2. Terradiatomácia – menor capacidade abrasiva (20µm), mais arredondado 3. Polimento – (1,6µm), diamante, totalmente redonda 1. Enamelize 2. Sistema Proxyt (RDA – mede a abrasividade da pasta sobre a dentina) 1. RDA 7 2. RDA 36 3. RDA 86 (mais grossa – indicada sobre restaurações) Jato de bicarbonato – (próprio para remover manchamento pesado), todos os estudos mostram que ele destrói o polimento das restaurações, é utilizado sobre o esmalte, e posteriormente faz-se o polimento com pasta. 47 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Aplicação tópica de flúor – neste caso não é método preventivo e sim como tratamento. o O mais rapidamente absorvido pelo esmalte é o flúor acidulado, no entanto seu pH é ácido por isso deve verificas se ele é adequado para o procedimento pois podem remover as partículas de carga expostas a este flúor. o Para pacientes com restauração na boca o flúor deve ter carga neutra ou próxima da neutralidade Recelamento de restaruações o 2/2 anos selamento da margem das restaurações. o Selante para selamento de material o Objetivo 1. Redução da infiltração marginal 2. Redução do desgaste devido ao vedamento das trincas do material. Produtos de higiene oral o Escovas dentais 1. Cerdas de arredondamento em cerca de 80%, macias, cabeça arredondada, cabo angulado e emborrachado. 2. Escovas elétricas 1. Pacientes com má técnica de escovação 2. Pacientes com reduzida mobilidade 3. Pacientes de periodontia 3. Escovas interdentais o Fio dental 1. Fio dental 2. Fita dental 3. Com ou sem sabor o Dentifrício 1. Inicialmente foi utilizada como branqueador (urina com areia) 2. Dentifrício com agente de limpeza, agente terapêutico-fluor, RDA inferior a 250. 3. Para pacientes de dentística o RDA máximo é 150 4. Tipos por abrasividade 1. Anticárie padrão – RDA 70-100 2. Dentifrício anti-tártaro – quanto mais anti-tártaro maior o RDA (115), pode provocar descamação da boca, maior sensibilidade. 1. Dentifrício pró-saúde da Oral B (RDA 150) pode ser utilizado para pacientes fumantes (propenso a manha e a tártaro). 3. Anti-Gengivite – para pacientes que tem tendência para inflamação gengival. 48 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 1. Oral B – Fluoreto Estanhoso 2. Colgate total – Triclosan (antimicrobiano e antiinflamatória), pode ter desenvolvimento de resistência microbiana. RDA em torno de 70 4. Controle de sensibilidade – indicado em pós tratamento ou pós raspagem, tem que ser utilizado por no mínimo 4 semanas. RDA em torno de 80 (exceção de Sensodine pró-esmalte – RDA 35) 1. Evita condução de estímulos – nitrato de potássio 2. Deposita cristais na raiz para vedar os canalículos. 5. Clareadores – selo de aceitação pela presença de flúor. 1. Efeitos 1. Aumento da abrasividade 2. Presença de Antitartaro 3. Presença de peróxido (tempo de uso controlado – altera célula de mucosa a longo prazo) 5. Enxaguantes Bucais 1. Controle de cárie – tem flúor na composição 1. Para pacientes de dentistica não pode ter álcool – é solvente de bis-gma, dissolvendo a matriz da restauração. Deve ser de veiculo aquoso 2. Corante não é preocupação se não tiver álcool na composição. 1. Café, fumo e vinho tinto tem alto potencial de manchamento. 2. Controle da inflamação 1. Clorexidina – melhor 2. Listerine – o problema é que o paciente usa de forma continua. 25% de álcool (diluente) devido a presença de óleos essenciais, sem álcool não funciona. 3. Controle de halitose 1. Dióxido de cloro estabilizado – Closys II – tratamento de halitose 2. Cloreto de Cetil peridina – Oral B “mascaramento da halitose” 49 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Reparo de restaurações Nenhum reparo é tão bom quanto ao material original. Deve-se ter certeza que não há cárie na margem da restauração. Resina - Deve-se ter condicionamento da resina, pois não há mais adesão química. o Jateamento com óxido de alumínio – promove a retenção entre as resinas Cerâmica o Condicionamento com ácido hidrofluorídrico Se a fratura acometer a margem da restauração o Há dois substratos para ser condicionado o Resina e dente ou cerâmica e dente. 28-06-2013 RESTAURAÇÕES ESTÉTICAS INDIRETAS: PORCELANAS E RESINAS LABORATORIAIS Exigência da sociedade Evolução dos sistemas adesivos: foi muito importantes pois proporciona maior longevidade do material. Aprimoramento dos materiais restauradores Inlay: sem envolvimento de cúspides. Como se fosse uma classe II indireta Onlay: envolvem pelo menos uma cúspide Overlay: todas as cúspides são envolvidas, envolve somente a vertente externa da cúspide, proservando o terço médio e o cervical. Diferença da coroa total: envolve todo o dente, inclusive o terço cervical. Planejamento e plano de tratamento Análise oclusal o Relação do dente na arcada dental: contatos o Padrão de oclusão e desoclusão: guias (contribuem para a durabilidade do material). o Alinhamento do plano oclusal, mordida cruzada, dentes girovertidos, etc. Execução do tratamento restaurador o Descrição da estrutura dental remanescente 1. Perda extensa de estrutura dental, não sendo possível a restauração direta 2. Estética e função 50 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão 3. Substituição de restauração extensa antigas, observa o que restou de estrutura dental remanescente, então, o preparo vai ser ditado por esse remanescente e pelo material restaurador. Pode ser necessário fazer núcleo de preenchimento. Princípios biomecânicos dos preparos Adesão: os princípios devem ser respeitados para todos os procedimentos restauradores. Biológicos Mecânicos Preservação de estrutura dental Forma de retenção e resistência Preservação do periodonto Durabilidade estrutural Integridade marginal Preparo cavitário Requisitos básicos Redução oclusal uniforme mínima de 2.0mm em todas as cúspides (maior que RMF – cúspides de contenção e de trabalho) o Com uso de canaletas para manter a uniformidade e inclinação das cúspides. Redução axial mínima de 1.5mm Ângulos internos arredondados Expulsividade em torno de 10 a 12 graus em todas as paredes internas Contatos cêntricos e durante movimentosexcursivos não devem ocorrer na interface dente/restauração (proporcionado pela própria angulação da broca) Limite cervical supragengival (isolamento absoluto) Margens em esmalte: melhor vedamento Termino oclusal o Calçamento – simplesmente a redução oclusal o Chanfrado Termino cervical o Ombro com ângulos internos arredondados o Chanfrado profundo Ausência de bisel – nenhuma restauração estética posterior é preconizado o uso de bisel em restaurações estéticas indiretas. Brocas o Brocas carbide ou pontas diamantadas o Brocas tronco-cônicas de extremo arredondado o Numeração: 1. (C) 1171, 1171L 2. (PA) 2135, 2135F, 4138, 4138F 51 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Caixa proximal o Abertura VL de 1/3 a altura dos istmos o Paredes V e L expulsivas no sentido Proteção das cúspides o Termino em chanfrado (2135) o Contínuo com as paredes laterais das caixas proximais o Durabilidade estrutural do dente e da restauração Todos os ângulos devem ser arredondados para evitar linhas de fratura. Acabamentos o Brocas diamantadas de granulação fina de formato proporcional à que foi feita o preparo o Instrumentos manuais Onlays estéticas X RMFs Expulsividade das paredes maior – no caso de uma RMF as paredes não podem ser totalmente paralelas porem não podem ser muito cônicas, pois o processo de confecção desta passa pro vários processos que causam alteração dimensional, com isso as paredes mais cônicas ajudam a melhor adaptação da peça. Ausência de retenção friccional de canaletas de retenção Redução maior em função do material Ausência de bisel – durabilidade estrutural Ângulos arredondados Moldagem Fio afastador nas proximais Moldeira triple-tray Técnica da dupla mistura ou passo único Sisliconas por adiação ou polieter Montagem em verticulados Seleção do material restaurador Resinas compostas: o Diretas X Resinas Laboratoriais o Redução do estresse de contração de polimerização na RL o Obtenção de contornos e contatos proximais – nas laboratoriais é mais difícil o Maior grau de polimerização (80%) na RL 52 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Avaliações clínicas de longa duração revelam que restaurações diretas e indiretas apresentam mesmo desempenho clinico. – Sempre que possível faça resina composta direta. Porcelanas (cerâmicas) o Vantagens 1. Estética 2. Biocompatibilidade – não reage a nenhuma substancia (não aceita flúor – evitar aplicação tópica – torna-se rugosa) 3. Saúde periodontal 4. Resistência ao manchamento e à descoloração 5. Resistência química e mecânica 6. Condutibilidade térmica 7. Ausência de oxidação e galvanismo 8. União químico-mecânica (silano) 9. Radiopacidade semelhante à estrutura dental o Desvantagens 1. Friabilidade antes da cimentação 2. Custo 3. Potencial de desgaste do dente antagonista (relativo) – só quando estiver mal adaptada. 4. Dificuldade de polimento – pode retirar o Glaze (polimento laboratorial) Resinas laboratoriais X Porcelanas Propriedades físico químicas melhores nas porcelanas, não reagem com nenhum subproduto. Biocompatibilidade Tática operatória – o trabalho é o mesmo para o dentista, já a parte laboratorial a porcelana requer um aparato técnico maior. Limitações técnicas Custo maior nas porcelanas Onlays cerâmicas Feldspáticas – sistema convencional o Desvantagens: 1. Alta contração 2. Técnico com alta habilidade (ceramista) – técnica do pincel 3. Friabilidade 4. Defeitos estruturais 5. Propagação de trincas 6. Resistência à flexão: 60 a 70 Mega Pascal 53 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Vidro ceramizado – prensado o IPS-Empress 2 o Porcelana vítrea de dissilicato de lítio 1. Pastilha de vidro ceramizado industrialmente 2. Cristais em forma ____________________ 3. Monocromáticas – podem ser maquiadas após a prensa. 4. Técnica da cera perdida 1. Melhor forma anatômica 2. Menos sensível à habilidade do técnico 3. Melhor adaptação Sistema LAVA o 1100MPa o Excelente adaptação marginal o Pigmentação do coping ou subestrutura (7 cores) Cerâmicas usinadas/torneadas o Sistemas computadorizados acoplados a aparelhos 1. Sistema CAD/CAM 1. CAD: desenho computadorizado 2. CAM: fabricação computadorizada 2. Impressão óptica do preparo 3. Fresagem de blocos de cerâmica pré-fabricados 28-06-2013 Rogeli CIMENTAÇÃO ADESIVA Cerâmicas reforçadas por sílica (mais antiga) – matriz vítrea Cerâmicas reforçadas por alumina. – não aceita nenhum tipo de tratamento interno. Para cimentar estas restaurações é necessários passos diferentes. Cimentos adesivos devem ser usados com a finalidade de obter uma integridade adesiva (forma de retenção). Entretanto, a finalidade estética no mascaramento da linha de cimentação é, às vezes, o mais importante. Cimentos resinos são resinas compostas modificadas, que apresentam matriz orgânica similar, divergindo basicamente quanto ao tipo, tamanho e quantidade das partículas de carga. Cimentos resinosos podem ser classificados quanto à forma de ativação: Autopolimerização Foto-ativados 54 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Os cimentos foto-ativados só podem ser utilizados onde se garanta a incidência de luz da fonte ativadora (0,5-1mm de espessura) facetas. – pequena espessura que permita a passagem da luz. Cimentação adesiva Adesão ao metal Adesão a resina laboratoriais Adesão em cerâmicas Adesão ao metal Retenção mecânica o Jateamento com Al2O3 (óxido de alumínio) – aplicada internamente o Técnica do sal – ao fundir o metal, é colocado sal na parte interna da cera o Pérolas de acrílico – muito utilizadas para fazer facetas em restaurações metálicas. Retenção química o Ácido Fosfônico o Acido Poliacrilico o pH = 2,0 Retenção físico-química o Aliança entre as duas técnicas – ideal 1- Fundição 2- Jateamento interno na peça com óxido de zinco 3- Aplicação do ácido na peça – lavagem 4- Isolamento absoluto quando possível – agregando os dentes vizinhos para uma correta adaptação. 5- Coloque um fio dental no sulcos dos dentes vizinhos 6- Manipulação do cimento 7- Cimentação 8- Pressão apical 9- Remova o fio dental por vestibular e lingual retirando os excesso do cimento nas proximais. Adesão à cerâmicas Diferenças químicas e microestruturais existentes entre as cerâmicas tornam necessárias diferentes aboradagens no tratamento da superfície para se obter união adequada. Cerâmicas ricas em sílicas___________ 55 Caderno de Dentística II de Allyson Almeida Carvalhais Mourão Adesão mecânica a porcelana Microjateamento Acido fluorídrico a 10% - aplica o ácido internamente e ele dissolve parcialmente a matriz vítrea, criando assim microrretenções. O tempo de exposição ao ácido é dependente do tipo de cerâmica que está sendo trabalhada. Flúor fosfato acidulado – atua como o ácido fluorídrico Silanização – a aplicação de silano melhora significativamente a resistência de união porcelana/cimento une-se à superfícies orgânicas e inorgânicas. Aplicação por 1 minuto, secar e lavar com água quente por 1 minuto. Adesão mecânica à procelana – porcelanas sinterizadas não respondem ao condicionamento ácido devendo ser cimentadas pela técnica convencional. Adesão à Resinas
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